domingo, 20 de dezembro de 2009

Férias


Povo, estou entrando de férias e ficarei afastada até fevereiro.
Não postarei nada nesse período porque ficarei sem internet (snif, snif). Inclusive já estava bem complicado nessas últimas semanas devido a correria insana de final de ano (e mudança etc, etc, etc). Talvez, se conseguir, eu poste alguma coisa em janeiro, mas não prometo nada a ninguém.
De certeza mesmo, só depois que eu estiver de volta das férias, na moradia nova e com internet de novo.
See ya.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Dollhouse 2x05 (The Public Eye) e 2x06 (The Left Hand)

Dollhouse – The Public Eye (2x05) e The Left Hand (2x06)
Data de Exibição: 04/11/09


Quando terminei de assistir os dois últimos episódios do dia 04 de novembro (depois do hiato horroroso e sem sentido), não pude deixar de pensar “Como foram cancelar esta série?”. E continuo pensando a mesma coisa. Tudo bem, eu sei que o problema é que o público não comprou a idéia, teve sérios problemas de moralidade (praticamente em todos os lugares eu vejo gente reclamando dos métodos da Dollhouse, do uso do corpo alheio, do estupro, etc, etc, etc) ou simplesmente acharam chato e sonolento. Isso implicou em índices ridículos de audiência e o infeliz cancelamento nesta segunda temporada.

A boa notícia é que a série sempre teve um propósito. É bem verdade que a idéia de Joss Whedon era realmente explorar esses encontros sexuais, essa entrega voluntária ou não do próprio corpo para ser usado por outrem (sim, os ativos estão se vendendo pura e simplesmente, seja para o sexo ou para qualquer outra coisa) e principalmente o que levava uma pessoa a adquirir esse tipo de serviço. Mas como ninguém estava satisfeito com esse rumo, bem, ele precisou adiantar suas intenções e desenvolver muito antes a quebra da identidade da Dollhouse e como a empresa lida com a moralidade.

Desculpe Joss, mas confesso que eu gosto muito mais dessa segunda linha de episódios do que sua intenção original. Não porque eu tenha algum problema moral com a exploração das Dolls (na minha opinião era bem óbvia a tentativa de transportar para a tela em forma de ficção o que acontece na vida real com esse monte de gente que se vê obrigado a se vender, seja fisicamente ou moralmente, e fazer o público pensar a respeito), mas principalmente porque eu não agüentava mais ver episódios centrados na Echo. A personagem é chata demais e a Eliza simplesmente não sustentou a série.

Assim, dei graças a Deus quando a trama saiu um pouco do foco de Echo/Caroline e começou a deslindar os outros personagens. E isso só se deu porque a trama precisava avançar logo, senão o cancelamento ocorreria ainda mais cedo do que se deu. E então tivemos Alpha, a descoberta de que Saunders era Whiskey, tivemos Epitaph One, o passado de Sierra (foi fantástico, mas não resenhei, peço desculpas) e o maldito hiato. Mas a série voltou melhor do que nunca e cada dia tudo faz mais sentido (inclusive a sensação de inevitabilidade de Epitaph One).

The Public Eye e The Left Hand nos trazem um novo olhar sobre a própria Dollhouse (Los Angeles). E isso porque fomos apresentados aos ainda mais gélidos membros da Dollhouse DC.
No primeiro episódio duas coisas foram de suma importância:

1) November se expor ao público e confessar ter sido uma Ativo da Dollhouse;
2) A revelação chocante de que Perrin era um Ativo.

Quando todos pensavam que a mulher do Senador era a doll, descobrir que o próprio Perrin é que vinha sendo manipulado pela Rossum foi um soco no estômago. E nos fez pensar acerca de tudo o que pode estar por trás dessa empresa e que não fazemos a menor idéia. Sim, porque eles se deram ao trabalho de criar um Senador. Transformaram uma pessoa, não para ser um Ativo ‘alugado’ ao melhor cliente, mas sim adulteraram a personalidade real de alguém de modo que pudessem controlá-lo. Ou seja, desde o início planejavam usar Perrin. Talvez devido aos constantes erros de Echo, ou as quase exposições de Ballard, ou mesmo alguma outra ameaça da qual não tenhamos conhecimento, o caso é que em algum momento a Rossum decidiu expor a si mesma de forma que pudesse sair incólume e ainda mais fortificada. E se no meio de campo acabasse fazendo a filial de Los Angeles cair....bem, seriam ossos do ofício.

E toda essa armação me faz perguntar se a própria November não foi induzida a denunciar o que passou. Uma testemunha viva daria credibilidade à cruzada de Perrin, e desmenti-la ao final poderia ser o toque de humanidade que a empresa precisava para demonstrar que não era envolvida com essa canalhice fictícia, essa ‘lenda urbana’ que circulava a quatro vozes.
O que é mais importante aqui, é que se Madeline ainda é sujeita ao aparelho criado por Topher, isso significa que ela ainda é uma doll? Após alguém ser esvaziado por completo e preenchido com outras personalidades, esse alguém pode voltar a ser ele mesmo ou será apenas a casca impressa com a sua antiga personalidade? E se for isso, destruir as outras personalidades, ou mesmo a ‘casca vazia’ (mas que sabemos que não é tão vazia assim) não implicaria em um ato tão imoral quanto destruir a personalidade original?

Mas deixando um pouco de lado as tergiversações, o que realmente me fez sorrir foi o segundo episódio. É sempre maravilhoso rever Summer Glau, e ela esteve beirando a perfeição como a cientista da Dollhouse DC. Entre a loucura e a genialidade, eu não sabia se torcia por ela ou se queria vê-la apanhando (cientificamente falando) de Topher.

E já que mencionei Topher, o que foi Victor personificando o cientista? Meu Deus! Se alguém tinha qualquer dúvida do talento de Enver Gjokaj ela com certeza se dissipou nesse episódio. O homem foi perfeito. Como comentou alguém, se fechássemos os olhos não dava para ter certeza qual dos dois estava falando. A voz, a entonação, os trejeitos (físicos e vocais) eram idênticos. Eu fiquei pasma. Foi muito, muito bom.

Outro que esteve excelente foi Alexis Denisof. É incrível como ao lado dele Eliza mostrou um potencial muito maior. Os dois tem química em cena, coisa que ela não tem como Tahmoh Penikett. E o Senador Perrin é um personagem bem mais interessante que o cego moralista Ballard. E não deixou de ser uma ironia que a frase que a sua handler usava com ele fosse justamente sobre o cavaleiro branco e a donzela em perigo. Alusão óbvia ao complexo de herói de Ballard.

Não consegui decidir ainda se estou com uma raiva suprema do Senador ao final por ter se sujeitado novamente à Rossum para se ver livre da dor insuportável de ter matado a mulher que amava (embora exista a possibilidade dele ter sido recapturado e reimpresso) ou se eu o compreendo e aceito sua atitude, afinal, não é todo dia que temos a oportunidade de apagarmos nosso passado triste e vergonhoso e nos tornarmos uma nova versão totalmente melhorada de nós mesmos. Eu confesso que ficaria incrivelmente tentada a usar a tecnologia para me tornar uma Michele melhor.

E aí fica a observação: o aparelho criado por Alpha e reproduzido com algumas melhorias por Topher acabou sendo a matéria-prima para Bennett reprogramar Perrin. Será esse o início do fim? Será essa a tecnologia que permitirá a impressão à distância e qualquer tempo que levará a humanidade à sua ruína? Se for, não é de admirar Topher ter ficado naquele estado lastimável em Epitaph One.

Inclusive, achei de muito bom tom Topher comentar com Bennett que a única vez que teve um acesso de moral com uma Ativo o levou a um desfecho não muito feliz, por isso não tinha quaisquer objeções ao que ela fosse fazer ali com Echo e Perrin.

Outra coisa que precisa ser analisada com mais calma é esse conhecimento prévio de Caroline e Bennett. Nós agora sabemos que a ativista foi responsável pela perda da função do braço da cientista, resta-nos saber dos detalhes. Teriam as duas sido realmente melhores amigas? Ou Caroline se aproximou de Bennett exclusivamente para ter acesso às instalações da Rossum? Caroline realmente deixou Bennett para morrer? Teria sido esse o motivo de aceitar entrar para a Dollhouse?

De uma coisa eu não tenho dúvidas, todos parecem enfeitiçados por Caroline. Muito pertinente o discurso de Bennett afirmando que Caroline tinha um poder sobre as pessoas. E de fato é isso mesmo. Ela é chata de doer, eu até tenho um certo medo dela (não confio em Caroline, não confio mesmo), mas não posso negar que todos que a conhecem parecem orbitá-la como se ela fosse o centro do universo. Agora estou curiosíssima para saber o passado da ativista e de Bennett.

E vá ser pé frio assim bem longe das séries que eu assisto, Summer! A garota é incrível, atua como ninguém e dá brilho a qualquer cena em que esteja presente, mas tem o dom de entrar em uma série e a bendita ser cancelada logo em seguida. É muito azar para uma atriz só.

domingo, 29 de novembro de 2009

The Rules of Attraction | The Tournament


The Rules of Attraction

Sinto que desperdicei quatro horas da minha vida nesse final de semana assistindo filmes ruins. É nisso que dá escolher filme por conta do ator que você adora e queria muito ver em tela mais vezes. No caso, o ator é o Ian Somerhalder. E, diga-se de passagem, ele é praticamente a única coisa que valeu a pena em ambos os filmes.

The Rules of Attraction até que recebeu críticas razoáveis, mas eu sinceramente achei horrível. Pergunto-me o que os caras tinham na cabeça quando resolveram roteirizar um filme desses. Os atores eu até entendo. Quando se precisa de trabalho, faz-se qualquer coisa, mas escrever um lixo daqueles não tem perdão.

Tudo bem, a coisa toda é uma sátira aos jovens universitários e aos seus estilos de vida, então o que rola no filme todo é muito sexo, drogas e bebidas. E no meio de tudo tem os draminhas amorosos de sempre. Mas eu o achei fraco demais.

James Van Der Beek (ator que nunca suportei) até que está bem no papel de Sean, um universitário viciado que não presta para nada (nem para pagar o maldito traficante de quem compra drogas), mas que por algum motivo consegue levar todo mundo para a cama e é o sonho de consumo de Paul, o personagem do Ian. Mas é claro que ele não está nem aí para a gracinha do Paul e acha que está apaixonado por Lauren, uma garota estranha e ainda virgem, mas que de inocente não tem nada. Essa paixonite só existe porque Sean acredita que as cartas de amor que recebe são de Lauren, mas obviamente está completamente enganado.

Lauren, por sua vez, é apaixonada por Victor, um amigo de Sean e que também não tem nada na cabeça e muito menos tem idéia de quem é Lauren.

Enfim, o filme só prestou mesmo para ver o Ian e eu adoro praticamente todas as suas cenas (porque Paul é o personagem mais humano ali, apesar dos pesares), em especial a que dança Freedom! 90 com Richard na cama. Aliás, por que esse Richard entrou na história? Ele não fez absolutamente nada além de aparecer com a mãe, flertar com Paul, dançar na cama (e ser lindo e maravilhoso de cuecas) e agredir a mãe no jantar. Eu ficaria feliz de entender qual o propósito do cara no filme.

No final o filme termina exatamente onde começou e nós ficamos com aquela cara de “é só isso?” e morrendo de raiva por ter gasto 1 hora e 50 minutos de nosso tempo com um filme que não diz a que veio.

The Tournament

Minha segunda tentativa foi com The Tournament, filme de ação com uma premissa pra lá de interessante. A cada sete anos em uma cidade qualquer do mundo acontece um torneio entre os maiores assassinos existentes. Muita coisa boa pode sair de uma idéia como essa, mas infelizmente nem uma única se realiza.

A personagem principal, Lai Lai Zhen tem aquela cara de coitada e de que está ali por ser obrigada e não por realmente querer. O segundo principal, Joshua Harlow tem tanto appeal quanto uma barata, e nem mesmo o Padre bêbado (interpretado pelo sempre maravilhoso Robert Carlyle) salvava esse trio de protagonistas.

É claro que tinha Ian para se olhar e ficar apaixonada, mas o personagem dele era tão insano e detestável que eu nem ao menos podia gostar do cara em paz. Mas tenho como consolo o fato de que pelo menos atuar bem o Ian atuou.

No final das contas, o único personagem no qual eu realmente estava interessada era no Técnico Rob (talvez porque eu também adore o Iddo Goldberg). E quando você está assistindo um filme cheio de assassinos e o personagem que mais te chama atenção é um técnico em vigilância é porque alguma coisa está seriamente errada.

Nada, mas nada mesmo consegue atrair em The Tournament. E não é nem pelo absurdo da coisa toda (como eles terem acesso a todas as câmeras de vigilância em tudo quanto é lugar, ou ninguém prestar atenção nas mortes horrendas acontecendo pela cidade), é a forma como tudo foi feito mesmo. Colocarem um sensor em cada assassino e que explodiria em 24horas se não houvesse vencedor? É sério isso? Querem coisa mais clichê? E pior, introduzem o sensor na parte frontal do assassino e apenas UM se dá ao trabalho de retirá-lo? Mais ridículo impossível. Se pelo menos o colocassem nas costas eu aceitaria.

E os assassinos são muito ruins. Eles são estereótipos, meio loucos e não muito inteligentes. Desculpem-me, mas eu acredito que se fulano é um dos maiores assassinos do mundo, o mínimo que se espera do bendito é inteligência, frieza, método e sensatez. Mas ninguém ali era sensato. E Lai Lai Zhen era a maior vergonha tanto como assassina como quanto protagonista. Tudo bem que filmes de ação são dominados pelos homens, mas já que colocaram uma mulher protagonizando (o que eu acho legal), precisavam fazer dela um clichê ambulante? Ela é toda atormentada, culpa-se por ter matado algumas pessoas, tem aquela dor no olhar e se arrisca a morrer para salvar o padre. Por favor! Será que se ela fosse um homem o personagem seria tratado com tamanha condescendência? Claro que não! Por isso eu digo: se querem fazer da mulher uma protagonista, que o façam direito. Ela é uma assassina!

E nem menciono as explosões a toda hora, as perseguições absurdas, os personagens queimados e que ficam sem quase nenhuma seqüela, os executivos corruptos apostando ao redor de uma mesa cheia de dinheiro etc, etc, etc.

The Tournament não vale a pena. Tinham uma idéia fantástica na mão e a jogaram no lixo. Exatamente como eu farei com o filme.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Doctor Who - Dreamland

Doctor Who – Dreamland
Data de Exibição: 21 a 26/11/2009


Este ano Doctor Who não voltou com uma temporada completa, mas a BBC não nos deixou órfãos. Além dos quatro especiais, o Décimo Doutor ainda fez uma brilhante participação na terceira temporada de The Sarah Jane Adventures, e essa semana nos apresentaram diariamente a animação Dreamland. David Tennant está se despedindo do seu papel como Doutor, mas não sem nos brindar com alguns agradinhos.

Dreamland teve seis episódios que alternavam entre 12, 7 e 6 minutos cada e foram emocionantes. A história se passou 11 anos após a queda da espaçonave em Roswell. Totalmente por acaso o Doutor se viu capturado (juntamente com a garçonete Cassie e Jimmy, um rapaz amigo da garota) pelo exército americano que havia se aliado a uma raça alienígena (os Viperox). Entre fugas, muita correria e ainda a chance inimaginável de encontrarem um alienígena da raça dos Grey, o Doutor consegue convencer o Coronel Stark de que Lord Azlok – o manda-chuva Viperox – iria destruir a Terra tão logo conseguisse seu intento: matar o casal Grey (pois é o DNA de um deles que ativa a arma que consegue destruir por completo os Viperox).

O mais legal é que o Doutor se nega a aniquilar os inimigos, pois ninguém tem o direito de extinguir uma raça inteira (e ele sabe bem do que está falando), além do mais, no futuro os Viperox irão se redimir e mudar totalmente. Então ele dá o seu ‘jeitinho’ de sempre e consegue afugentá-los da Terra e tudo termina bem quando se está bem.
Por curiosidade, vale dizer que a companheira do Doutor nessa aventura é dublada por Georgia Moffett (a filha legítima do ator que interpretou o Quinto Doutor), que já participou da série como a filha do Décimo. Só não entendi por que não acrescentaram o nome de Tim Howar na abertura, já que seu personagem segue o Doutor tanto quanto a de Georgia.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Legend of the Seeker 2x03 - Broken

Legend of the Seeker – Broken (2x03)
Exibição: 21/11/2009

Quando assisti o trailer do episódio 2x03 eu quase enfartei. Fiquei tão ansiosa que dei graças por só tê-lo visto um dia antes de passar o episódio. E quando finalmente assisti Broken, não me decepcionei. Foi fantástico.

O início é meio corrido, com o sonho de Kahlan, a revelação de Cara e o Con Dar. Mesmo assim funcionou direitinho. O sonho em si eu achei muito bonito visualmente, mas brutal para a Confessora. Em breve ela será a última da sua raça? Não é algo fácil de se ouvir. E mais difícil ainda é descobrir que a mulher que você já odeia (e de quem sente ciúmes, diga-se de passagem) é a responsável pela morte da sua irmã. O Con Dar de Kahlan é perfeitamente compreensível e, confesso, fiquei morrendo de medo por Cara naquele momento.

O que eu não esperava é que Cara fosse buscar abrigo justamente na única família que lhe restou. E pode soar piegas, mas fiquei muito feliz de Nora ter aceitado a irmã em sua casa, apesar de no final ser o cunhado o responsável por Cara ser capturada e levada a julgamento.
Interessante que Kahlan tenha sido chamada para confessar a Mord-Sith. A Confessora não hesitou nem por um instante, pois no fundo queria a garota morta. Se não fosse a insistência de Richard, era uma vez Cara em Legend of the Seeker.

Mas o julgamento foi forte e eu temi pela vida da Mord-Sith. A raiva que aquela cidade guardava das guerreiras de Lord Rahl era descomunal. E no fundo eles não estavam julgando Cara, mas as Mord-Sith. Para eles não importava que Cara não estava mais entre as ‘irmãs’ e que acompanhava o Seeker. Ela havia cometido atos abomináveis e merecia morrer.

Foi muito legal a forma como nos explicaram o passado da guerreira. E a garota que interpretou a pequena Cara era uma gracinha. Toda doce e meiga, transformou-se completamente ao perceber que o pai a havia vendido. Aquele olhar que ela deu antes de matá-lo foi assustador.
Entretanto, o grande problema da Mord-Sith é que ela é orgulhosa ao extremo e no fundo não se envergonha das coisas que fez. Ela segue sim a Richard, mas é porque deu a ele a sua lealdade e ele é o atual Lord Rahl, a quem as Mord-Sith juraram obediência. Inclusive, achei fantástica a cena em que Richard assume o seu título e a obriga a falar a verdade.

O julgamento acabou sem a condenação de Cara, mas não porque não fosse esse o desejo dos aldeões, mas sim porque conseguiram identificar na professora da aldeia, uma Mord-Sith disfarçada e que era a responsável por todos os raptos ao longo dos anos, inclusive o da própria Cara. É claro que a professora foi confessada (o que significa a morte para uma Mord-Sith) por Kahlan, e com isso admitiu que o pai de Cara não a vendeu, mas o emudeceram de forma que não conseguisse negar as acusações para a filha.

Foi a tristeza nos olhos da Mord-Sith ao perceber que matou o homem que lhe deu a vida e que a amava mais do que qualquer coisa nesse mundo, que salvaram Cara da morte por confissão. E a certeza de que ela seguirá o Seeker enquanto ele assim o permitir.

Fica aqui a pergunta: é correto poupar alguém apenas por ter demonstrado remorso e comprovado que a pessoa não escolheu aquela vida, mas foi dobrada pela tortura ainda na infância? Ou Cara deveria pagar por todas as mortes, raptos e destruição que proporcionou em praticamente toda a sua vida adulta?

Eu sei que sou como Richard: toda pessoa tem o direito de mudar e de receber uma segunda chance de fazer as coisas certas. Mas e vocês, o que acham?

sábado, 21 de novembro de 2009

Legend of the Seeker 2x02 - Baneling


Legendo f the Seeker – Baneling (2x02)
Data de Exibição: 14/11/2009


Não há muito o que se falar sobre o segundo episódio de Legend of the Seeker. Foi um episódio maravilhoso e serviu para mostrar o quanto Kahlan e Zed ainda desconfiam de Cara, enquanto a Mord-Sith tenta ajustar o seu comportamento ao estilo do grupo.

O que o episódio trouxe de realmente importante foi a presença dos Banelings, pessoas que morreram e fizeram um pacto com o Guardião do submundo para voltarem à vida, desde que matassem para continuarem vivos.

Não deve ser algo muito difícil para os soldados D’Harans, mas e as pessoas comuns? Como será para elas passarem a matar para sobreviver? O que me faz lembrar que eu me senti um pouco incomodada com Richard dizendo que precisava achar alguém para o monge matar.

Também fiquei chocada com a cena final. Eu esperava tudo, menos que o garoto fosse um Baneling. Se o Guardião pode subverter até crianças, o que será desse mundo?

A propósito, todo o submundo é aquela agonia? Até para as crianças e os justos? Não é a toa que ninguém quer morrer...e que o antigo Seeker na primeira temporada fez de tudo para voltar para a sua amada aqui no mundo dos vivos.

Por outro lado, Richard agora tem uma pista de como conseguir a Stone of Tears (ainda não me sinto confortável para chamá-la de Pedra das Lágrimas). Infelizmente terá que carregar consigo o chato do Hoodlum, o ladrão que enganou Cara e roubou acidentalmente o medalhão que daria a localização a Pedra. Só espero que não tenha que agüentar Hoodlum por muito tempo, a menos que ele acabe se mostrando um personagem gostável como foi (surpreendentemente) Joxer em Xena.

Doctor Who - The First Doctor - An Unearthly Child

Doctor Who (série clássica) – An Unearthly Child


Eu sou fã de Doctor Who há alguns anos. Conheci a série por acaso, assistindo uma propaganda no People & Arts. Lembro que o primeiro episódio que assisti foi Father’s Day, com o Nono Doutor e ainda peguei pela metade. Mas foi paixão a primeira vista. O horário era absurdo (13h diariamente), mas de alguma forma eu dei um jeito de acompanhar a série e nunca mais larguei.

Como eu nunca tinha ouvido falar de Doctor Who antes (pois é, pois é), não tinha a menor idéia de que o Doutor regenerava, então a saída de Christopher Eccleston foi um baque para mim. E acho que foi por isso que comecei a pesquisar sobre a série na internet. Descobri o que todo mundo já sabia: que Doctor Who existia desde 1963 e que o Doutor vinha regenerando há nove gerações.

É claro que fiquei louca de vontade de assistir os episódios da velha escola. Infelizmente nunca os consegui. Tudo a que tive acesso foi um livro (A Invasão dos Autones) e alguns radio dramas. Mas nunca desisti. E ontem soube sobre o site Universo_Who e lá tinha para baixar os episódios iniciais do Primeiro Doutor.

Vocês não tem noção da minha felicidade. Não só consegui assistir alguma coisa da série clássica, como foi o início dela. Estou no céu. Só de ouvir a música tema eu já me senti como uma criança ganhando um presente de natal. Não tem coisa mais bonita para se ouvir/ver na TV.

Confesso que é estranho assistir os episódios ainda em preto e branco. E os efeitos especiais são ainda mais deficientes do que os atuais, mas como eu sempre digo, esse é um dos charmes da série.

O engraçado mesmo é ver a diferença no Doutor. Todo mundo sabe que a cada regeneração alguns traços da personalidade do Doutor mudam, ou melhor, ele assume outros aspectos da sua personalidade, mas não deixa de ser fascinante observar essas mudanças cada vez que elas acontecem. E William Hartnell é perfeito fazendo um Doutor rabugento e arrogante.

O que eu mais estranhei foi a presença da neta, Susan, e uma certa passividade no Doutor. O Primeiro observava mais, reclamava horrores e deixava os outros tomarem a dianteira, embora se negasse a concordar com qualquer opinião que não fosse a sua. Bom, pelo menos foi o que eu depreendi desses quatro episódios que compuseram An Unearthly Child, ainda tenho dezenas para ver (se conseguir obtê-los) e verificar se a impressão inicial está correta ou não.
E se atualmente a TARDIS ainda prega algumas peças no Doutor, imagina lá atrás, quando ele mal sabia utiliza-la. Inclusive foi emocionante vê-lo (e Susan também) comentando que a TARDIS deveria ter mudado de aparência, sem entender por que ela continuou como uma caixa azul de polícia. Hoje em dia nem consigo imaginar a TARDIS de outra forma que não a caixa azul...

Só acho que para um episódio de abertura de série, An Unearthly Child é muito estranho. Aquela história toda com os homens das cavernas não foi lá muito emocionante e atraente (embora a parte em que ainda estão em 1963 eu tenha adorado). Mas o que importa é que funcionou, como comprova o sucesso da série até hoje, quase 50 anos depois.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Stargate Universe - Time (1x08)

Stargate Universe – Time (1x08)
Data de Exibição: 13/11/2009
Written by - Robert C. Cooper
Directed by - Robert C. Cooper

O que esperar de um episódio entitulado Time? Bom, no universo Stargate você logo pensa em dilação temporal, ou viagens ao passado e futuro e, é claro, em explosões solares. E foi exatamente o que vimos nesse oitavo episódio de Universe.

O interessante é que o episódio começou bem sem graça. Aquele efeito de desconexão me irritou bastante. Eu não conseguia decidir se era uma câmera mequetrefe funcionando, ou se eram saltos no tempo (é, fui totalmente influenciada pelo título do episódio). O que eu sei é que à medida que as coisas foram acontecendo eu fui ficando mais intrigada, mais interessada e finalmente terminei o episódio sentada na pontinha da cadeira, totalmente indignada por acabar tão cedo (e daquele jeito).

É meio difícil explicar o que aconteceu em Time. As linhas temporais foram meio confusas, mas basicamente o povo foi para um planeta, encontrou um kino por lá e logo em seguida adoeceram e começaram a morrer. Se foi por algo que pegaram no planeta ou não, ninguém sabia.

Mas então fomos transportados para dentro da Destiny e descobrimos que o povo encontrou o kino e estava assistindo o bendito, ou seja, a tripulação adoecendo e morrendo nunca aconteceu. Pelo menos não com eles. Mas em algum momento aconteceu com o ‘eles’ que gravaram as imagens no kino. Confuso? Pois é.

O caso é que TJ resolveu colocar a tripulação que foi e logo voltou (e estava assistindo o kino) em quarentena, já que poderiam ter pegado alguma coisa no planeta nos poucos minutos que ficaram por lá. E é por isso que pudemos assistir em primeira mão o que foi gravado no kino, ou seja, o povo morrendo da doença ou sendo massacrado por um animal noturno do planeta.

Enquanto isso, a tripulação da nave começou adoecer, o que mandou para o beleléu a teoria de que era algo adquirido no planeta. Só restava uma hipótese: a água. Pois é, a mesma água que o Coronel e o Tenente quase se mataram para conseguir no tal planeta gelado. A bendita estava contaminada por organismos tão microscópicos que nenhum sistema de purificação os detectou. Mas os organismos estavam crescendo e se alastrando pela tripulação e matando-os um a um.

Não foi uma experiência muito feliz assistir as pessoas morrendo. Primeiro tivemos (e eles também, através do kino) que ver a tripulação morrer no planeta. O único sobrevivente foi Scott, que foi mordido pelo animal originário do planeta e desmaiou (enquanto os outros foram perfurados e mastigados e tudo o que tiver de ruim que se puder imaginar). Mas foi exatamente essa mordida que o salvou, pois o animal tinha algum veneno que (providencialmente) matava os organismos se desenvolvendo dentro dos humanos. Ou seja, lá foram Scott e Young (não os que o kino gravou, é claro) para o planeta tentar capturar um animal para produzir um remédio que salvasse a tripulação da Destiny.

Como nem tudo são flores, nesse meio tempo, Chloe morre na nave. Já a vimos (pelo kino) morrer uma vez traspassada pelo animal, agora temos que vê-la morrer novamente, tomada pelos organismos em seu corpo. Mas foi uma cena muito bonita. Enquanto Scott e Young estavam tentando trazer a cura do planeta, Eli ficou ao lado da moça por todo o tempo. E a sua declaração foi tocante. Fiquei mortificada quando percebi que a garota já estava morta. E eu não fui a única. Ao ver a tripulação morrendo sem que pudesse fazer nada, TJ desabou. Acho que a cena em que a tenente encosta na parede e chora a sua impotência foi uma das mais emocionantes e profundas da série.

E agora tudo dependida de Young e Scott no planeta. Mas o Coronel foi traspassado pelos malditos animais e, sem qualquer outra alternativa, Scott corre até o stargate, pega o kino e grava seu pedido de alerta e socorro. Em segundos, outra explosão solar (mais especificamente a mesma mencionada pelo time gravado pelo kino) aconteceria e era a sua única chance de buscar ajuda. E ele joga o kino através do stargate, esperando que voltasse ao passado e desfizesse todo o embrolho no qual se meteram.

Quase morri com esse final.

V - A Bright New Day (1x03)

V – A Bright New Day (1x03)
Exibição: 17/11/2009
Roteiro: Christine Roum e Diego Gutierrez
Direção: Frederic E.O. Toye



Depois do piloto, V só tem crescido. Não digo em audiência, mas em qualidade (não vou discutir audiência aqui). Um episódio tem sido melhor do que o outro e os personagens estão gradualmente saindo do clichê apresentado inicialmente e criando suas próprias personalidades.

Anna continua fantástica como a matriarca dos Visitantes. A forma como ela manipula os humanos (e os próprios alienígenas) é uma coisa surreal. E os ângulos que as câmeras filmam Morena Baccarin deixam-na com uma aparência tão esquisita, tão reptilia que é inevitável enxergarmos a alienígena que a personagem é.

A cena em que Anna treina para falar com a viúva do piloto ficará marcada na minha mente. As leves diferenças na entonação e na expressão facial, culminando nas lágrimas interrompidas pela chegada de Marcus foram muito bem executadas. Só me pergunto se a matriarca convenceu a viúva ou fez algum tipo de lavagem cerebral.

E a resistência finalmente começa a ganhar algum contorno. Enquanto Erica se obriga a cuidar da segurança dos Vs (e aproveita toda oportunidade para conhecê-los mais de perto e talvez encontrar alguma brecha), o Padre Jack sente-se à vontade na casa da agente e pesquisa em locais teoricamente inacessíveis para as pessoas comuns, alguma ligação entre as denúncias de alienígenas nos últimos anos e o grupo que apareceu no galpão na noite em que foram atacados.

Eu gosto do Padre Jack. Ele é preocupado, insistente e perseverante. Aquela cena no confessionário foi muito boa e mostrou a angústia que ele vem sentindo e como as dúvidas do seu rebanho acabam fortalecendo sua certeza de que deve sim resistir aos Visitantes. E sua busca não foi em vão, já que encontrou Georgie. É claro que andar por aí invadindo casas alheias e depois deixando seu cartão de visitas não é lá muito inteligente, mas foi eficiente.

E Georgie parece ter aceitado a verdadeira natureza de Ryan e voltou a se unir ao rebelde nesta luta. Pergunto-me o motivo dos infiltrados terem se rebelado contra sua própria raça. E que história é essa de viciados que Ryan mencionou para Cyrus? Não sei, mas esse negócio de vício me parece um argumento tão pobre, tão batido.

Pelo menos agora sabemos o nome do líder da Quinta Coluna (e qual a origem do nome para os rebeldes além do fato de ter sido usado na minissérie original?). John May Lives! E parece estar infiltrado não apenas na Terra, mas dentro da própria nave mãe. O que foi aquela cena com Dale? Fantástica! Primeiro porque sempre é bom ter Alan Tudyk em cena (não me canso de repetir essa frase), segundo porque eu não esperava que o médico fosse um traidor. Quase senti pena de Dale por ter mencionado Erica (e por falar em Erica, aquela história de pentear os cabelos foi mera confusão ou Dale e Erica tiveram algo mais entre eles?). Só espero que esse não seja o fim de Alan Tudyk na série. Dois episódios não é o suficiente para saciar minha curiosidade.

E os núcleos começam a se juntar. Erica e Jack finalmente se encontraram com Georgie e Ryan. Será que Ryan revelará quem é na verdade? Vamos ver o que teremos daqui para frente.

Por outro lado, há o filho de Erica, completamente apaixonado pela Visitante. Seria um draminha adolescente normal (adorei a cena no quarto do rapaz. A cara que Erica fez ao encontrar a garota só de lingerie foi impagável), não fosse a cena final. Quer dizer que Lisa é filha de Anna? (Espero que seja filha biológica, pois se fosse apenas uma forma de tratamento dos alienígenas com a matriarca seria muito sem graça) E as duas tem um plano para Tyler? O que elas tem em mente? Qual a importância do garoto?

E por falar em importância, o personagem que ainda não consegui definir um lado nessa história é Chad. O que o repórter está planejando? A impressão que eu tenho é a de que bem no fundo desconfia dos Visitantes e está usando a fama para conseguir se aproximar das verdades escondidas pelos visitantes, mas não consigo decidir se ele será um rebelde valioso ou simplesmente um personagem sem muita função além de relações públicas dos Vs.

Mas uma coisa que não consigo tirar da cabeça é a forma como reagimos aos alienígenas. Eu entendo perfeitamente a desconfiança de alguns e mesmo a confiança irrestrita de outros. Mas não dá para ignorar o que faríamos se fossemos nós na situação deles. Quero dizer, há inúmeros filmes e seriados falando de viagens a outros mundos. Stargate e Star Trek no topo da lista, falam da exploração terráquea a outros povos. Nós sempre esperamos ser aceitos pelas outras raças, pois sabemos que viajamos em paz. E por que é tão estranho para nós acreditarmos que se outros povos viessem para cá não poderia ser também em paz, buscando o conhecimento apenas? É claro que sabemos que não é esse o caso dos Visitantes, mas não deixa de ser algo a ser refletido, não?

De qualquer forma, teremos apenas mais um episódio este ano. Depois serão meses de espera pelo restante da temporada. Espero que a audiência não fuja nesse meio tempo, porque a série tem demonstrado um potencial ainda maior do que eu imaginava.

Doctor Who November Special - The Waters of Mars

Doctor Who – The Waters of Mars (Segundo Especial deste ano)
Data de Exibição: 15/11/2009
Roteiro: Russell T. Davies e Phil Ford


Eu não tenho palavras para descrever esse especial de Doctor Who. Sinceramente eu o achei fantástico. É claro que à medida que o fim da participação de David Tennant como o Décimo Doutor se aproxima, a dor que sinto no coração aumenta, mas independente disso, o fato de termos apenas quatro especiais ao longo desse ano inteiro faz com que cada episódio lançado seja mais singular.

Ajuda quando o especial é bem executado, como esse o foi. O visual de Marte estava perfeito e envolvente e nenhum ator deixou a desejar em seus papéis. Lindsay Duncan estava perfeita como a Capitã Adelaide Bowe e foi perfeito o motivo da mulher ter buscado o espaço. Sem falar em sua cena no final. A forma como a capitã reagiu, o ponto exato que a atriz utilizou. Muito bom.

E o clima de terror provocado pelas criaturas da água era realmente opressivo e angustiante, pois em momento algum tínhamos certeza de qual seria a atitude do Doutor. Desde o início ele titubeou em ficar na Bowie Base One (a primeira colônia da Terra em Marte), pois sabia que a base seria destruída e todos morreriam e ele não poderia fazer nada, pois aquele era um dos momentos fixos no espaço e no tempo e que não poderia ser alterado, caso contrário a própria existência dos universos estariam em risco.

Mesmo assim, o Doutor não seria o Doutor se a curiosidade não fosse mais forte e ele não ficasse até o fim no planeta vermelho. O diferencial está na sua atitude. The Waters of Mars foi o clímax de algo que vem sendo construído desde o primeiro episódio em 2005, ainda com Christopher Eccleston. Depois de sofrer durante anos culpando-se pelo extermínio da própria raça, o Doutor aceitou o legado de último dos Time Lords. Mas junto com a nova consciência, veio uma nova responsabilidade. As leis eram feitas pelos Time Lords (inclusive a de não interferência nos pontos fixos) e sendo ele o último restante, o Décimo é o seu único senhor. Ele é a Lei. Ou melhor, nas palavras do próprio Doutor,
“The Law is mine. It’ll have to obey me”.

E foi aí que o Doutor errou. As leis foram criadas por um motivo e ao tentar alterá-las, o Décimo não apenas cruzou uma linha perigosíssima (alguém lembrou – vagamente – do Mestre?), como se aproximou mais do que nunca dos erros cometidos pelos Time Lords e que ele sempre abominou.

Ver o discurso de Adelaide foi chocante e a dureza e arrogância com a qual o Doutor o ouviu foi ainda mais difícil de assistir. Mas nada se compara a dor que ele sentiu ao perceber que Adelaide corrigiu o erro que ELE cometeu e se matou para que o mundo continuasse em seu curso normal. E o desespero que o Doutor sentiu ao ver o Ood parado em meio à neve... Naquele momento não foi em regeneração que o Doutor pensou, mas sim no seu fim definitivo.

“I’ve gone too far. Is this it? My death? Is it time?”

E a pergunta que fazemos é o que nos espera nos dois últimos especiais do ano? Qual o caminho que trilhará o Doutor? Como corrigir dentro de si mesmo a arrogância e onipotência que se permitiu sentir?

Não agüento mais de tanta ansiedade para ver os dois últimos especiais. E assistir o trailer só me deixou com mais água na boca. David Tennant encerrará sua participação nesse universo de Doctor Who, mas será com grande estilo. É o que promete a história até agora.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Stargate Universe 1x06 (Water) e 1x07 (Earth)

Stargate Universe – Water (1x06) e Earth (1x07)
Data de Exibição: 30/10/2009 e 06/11/2009

Dizem que não se deve começar um discurso com pedido de desculpas, mas sinceramente me sinto na obrigação de me desculpar. Algumas vezes a vida se intromete e o tempo simplesmente desaparece. Foi o que aconteceu nessas duas últimas semanas e por isso atrasou o review. Tentarei não deixar que isso se repita, mas levando em consideração o agito desumano do final do ano, não posso dar garantias de que consiga ser totalmente regular. Por isso, farei breves comentários sobre os episódios Water e Earth, já que ambos foram bem importantes para o desenvolvimento da série.

Water foi um episódio com tema típico da franquia Stargate, embora o desenrolar dos acontecimentos tenha sido bem diferente. Universe tem o seu próprio ritmo e tenta nos mostrar um outro lado das missões, ou nas palavras do ator Michael Shanks, “é muito mais sobre o que acontece entre as pessoas ao lidarem com a situação do que (realmente) lidarem com a situação”. Sem falar que esse não é o típico grupo de quatro ou cinco pessoas que passa pelo portal e encontra um ambiente hostil ou amigo, mas definitivamente habitado. É fato que o universo é vasto, mas assim como em nossa galáxia, são poucos os mundos que tem condições de sustentar vida.

E apesar de diferente, o episódio lidou sim com ameaças conhecidas pelos fãs de Stargate. Ao mesmo tempo em que a tripulação da Destiny se via às voltas com a entidade de areia que conhecemos no episódio Air (3) e que havia se esgueirado para dentro da nave, o Coronel Young lutava para manter o Tenente Scott vivo no planeta que visitaram para conseguir água para reabastecer o estoque da nave.

Mas a presença da entidade alienígena ou mesmo a viagem pelo stargate foi o menos relevante para o episódio. O que realmente importou foi a forma como as pessoas lidaram com as situações. Young demonstrou que, além de já ter passado por quase tudo nas missões off-world, tem problemas com deixar alguém do grupo para trás (mesmo que isso signifique colocar toda a tripulação em risco). Se é porque ele já passou por isso antes e deixou alguém para trás ou não, eu não sei.

TJ, como oficial de maior graduação, ficou no comando da Destiny e se saiu muito bem, demonstrando inclusive que está disposta a concordar com Rush se for pelo bem da tripulação. Porque de fato não havia necessidade de informar o Coronel do que se passava dentro da nave, já que a missão dele era igualmente importante e saber de um acontecimento do qual eles poderiam lidar se fosse dado o tempo necessário em nada ajudaria a algum dos dois times.

Eli, por sua vez, demonstrou a ingenuidade de alguém que não tem idéia de como funcionam as missões de vida e morte e muito menos de como é estar no comando. Mas acho legal a forma como ele é sincero e pronto a ajudar sempre. E mesmo do seu jeito estranho, Rush confia no rapaz e eu visualizo entre os dois um relacionamento interessante.

O ponto fraco do episódio foi sem dúvida Chloe e Scott. É preciso mesmo mostrar esse romance saído do nada? Mas dou parabéns para a 2ª Tenente James, que demonstrou que tem maturidade e consciência.

Já Earth foi um episódio definitivamente centrado nos personagens. E apesar de ter sido mais Stargate que nunca, foi também mais teen do que qualquer outro episódio.

Eu gosto do uso das pedras Ancients para que o povo tenha condições de vir a Terra. É claro que seria mais interessante se pudessem dar uma variada nas pessoas de vez em quando, mas entendo que a prioridade é o contato com o alto escalão do projeto Stargate e o IOA e não a satisfação pessoal dos tripulantes. Embora essa máxima não se aplique para Eli e Chloe que nada tem a ver com o projeto e tiveram suas oportunidades de dar uma bisolhada na Terra e em seus familiares (e o próprio Young só fica resolvendo questões particulares com a ex-esposa).

É importante para os personagens esse vínculo com os que amam, mesmo porque o ambiente na Destiny é meio enlouquecedor. Mas eu precisava mesmo ficar sabendo que a melhor amiga da Chloe está saindo com o ex-namorado da filha do Senador? Sem mencionar a cena no carro... Foi história de série adolescente ruim.

Por outro lado, gostei das cenas de Eli com a mãe, principalmente por ele não ter contado a verdade. Até onde me lembro o programa Stargate era um segredo guardado a sete chaves. Prefiro que continue desse jeito.

As cenas de Wray também foram importantes para dar alguma identidade à agente do IOA. Ela ainda parece meio deslocada para mim, mas aos pouquinhos estou aprendendo a gostar da personagem. Já Young, colocou de lado a moral e usou do corpo de Telford para ir para a cama com a esposa. Pergunto-me como ficarão as coisas agora que Telford descobriu.

E por falar em descobrir, soubemos (quase) com certeza que Young e TJ de fato tiveram um caso. Desculpem-me os que não concordam, mas gosto muito mais do Coronel com TJ do que com a esposa (o que me deixa meio envergonhada de confessar).

Já na Destiny as coisas estavam meio tensas. Telford aportou com dois cientistas crentes que poderiam usar da energia da nave (em alguma manobra científica que eu obviamente não entendi) para levá-los de volta para a Terra. Não que a tripulação fosse a preocupação principal desse povo, e sim a tecnologia da nave, mas não entremos no mérito das questões.

Até agora a série tem nos apresentado Telford como o cara mau, aquele que chega sempre querendo mandar, que recolocou Greer na prisão (não que eu discorde...odeio o Greer), que contesta as ordens de Young (que, afinal, nunca deveria estar no comando da nave) e que não hesita em colocar a tripulação em risco se for para cumprir as ordens que lhe foram dadas (ou fazer o que ele considera certo).

Mesmo assim, ele é realmente um cara ruim? Eu não consigo vê-lo assim. Posso estar enganada, é muito provável que esteja, mas eu não consigo desgostar de Telford. Ele tem um ponto de vista diferente de Young e faz o que acredita ser o melhor. O único problema é que não está ali passando pelo que a tripulação está passando, então ninguém consegue confiar no homem (e nem ele entender o que se passa entre os sobreviventes). Mas não é assim com todas as pessoas em posição de poder e autoridade? E Rush não está ali com eles todo o tempo e ninguém confia no homem do mesmo jeito?

Alguns podem acusá-lo de covardia por ter abandonado a nave (ao ser enganado por Rush), mas seriam apenas mais três pessoas morrendo sem necessidade, afinal, aqueles não eram seus corpos e não é como se ao morrerem pudessem salvar a vida de Young, Eli e Chloe.

Infelizmente a série perdeu uma grande oportunidade de explorar melhor a nave. Cientistas finalmente foram para a Destiny (Rush é fantástico, mas nada melhor do que receber alguma ajuda) e ninguém se preocupou em fazer uma tentativa real de exploração, uma varredura mais específica. Rush disse que apenas 40% da energia da nave foi recarregada, então poderiam pelo menos tentar descobrir o motivo. Aquele desespero todo para levarem-no de volta tão rápido mesmo sabendo dos enormes riscos e das chances de dar errado era realmente necessário?

Pelo menos esse episódio abriu um precedente. Talvez agora mais cientistas possam ir de cá para lá e vice-versa. Nem estou pedindo Carter e McKay, mas um pouco de trabalho conjunto com a Terra (já que há essa possibilidade) não faria mal a ninguém, não é? E um General O’Neilll mais ‘in character’ também seria uma boa pedida.

Inclusive tenho uma dúvida que creio ser pertinente: se a Destiny está em uma região do universo tão distante que nem mesmo os Ancients visitaram, como há stargates espalhados por todos aqueles planetas?

Legend of the Seeker 2x01 - Marked

Legendo f the Seeker – Marked (2x01)
Data de Exibição: 07/11/2009


Eu deveria ter postado esse review aqui há décadas. Postei no Teleseries na semana passada, mas simplesmente não tive tempo de colocar aqui. Então, atrasado, mais eis o bendito:
Legend of the Seeker é um seriado que ainda não ganhou muito destaque por aqui, embora seja muito bom. Filmado na Nova Zelândia e produzido por Sam Raimi (e talvez por isso tenha várias semelhanças com Xena e Hércules), é baseado nos livros de fantasia de Terry Goodkind. Conta a trajetória de um jovem (Richard, o chamado Seeker), de sua Confessora (Kahlan) e de Zedd, um mago que por acaso também é avô de Richard.
A série, entretanto, embora siga as diretrizes principais de cada livro, incorpora elementos de toda a obra, mesclando-os com acontecimentos passados de forma que possam funcionar melhor na televisão.
Na primeira temporada a série mostrou tanto a luta dos três contra Darken Rahl, tirano que tentava dominar Westland, Midlands e D’Hara, terminando com a derrota de Lord Rahl, quanto o desenvolvimento do amor impossível entre o Seeker e sua Confessora. Por mais que ambos saibam exatamente o que sentem, os poderes de uma Confessora a impedem de concretizar o ato sexual, pois por falta de domínio acabaria confessando o Seeker, ou seja, tornando-o seu escravo e privando-o de sua vontade própria.
A segunda temporada, entretanto, parece que será bem mais densa. Fiquei chocada ao descobrir que Richard é na verdade meio-irmão de Darken Rahl e que ao usar as Caixas de Orden para matar Rahl ele liberou um poder que abriu uma brecha entre o mundo dos vivos e o Underworld, permitindo assim que o guardião do Underworld envie seus súditos para destruir de vez o mundo dos vivos.
Mas o que complica realmente as coisas é a profecia mencionada por Shota (Danielle Cormack é magnífica e eu gostaria de vê-la mais vezes na série) de que Richard falharia e que apenas outro Seeker poderia ter a vitória. Está nas mãos de Zedd nomear um novo Seeker, e os sinais que Shota mencionou foram bem claros. Mas não é uma tarefa fácil e não creio que Zedd vá fazê-lo. O que me leva a perguntar como eles farão para driblar a profecia. Se a luta contra Rahl foi ferrenha, só imagino como será a luta contra o guardião do Underworld.
E não paro de me questionar o que significará para a sobrevivência da humanidade, a marca gravada no peito de Richard. Boa coisa não é.
Outra coisa legal nessa estréia foi Cara se juntando ao grupo (para quem não se lembra, foi ela quem viajou ao futuro com Richard e o ajudou a destruir Lord Rahl). Surgirá aí um triângulo amoroso entre Kahlan, Richard e Cara? Porque Kahlan pode dar a desculpa que quiser, mas o que a levou a continuar a jornada foi o ciúmes, com certeza.
E o último presente que tivemos foi a presença de Charisma Carpenter como Triana, uma Mord Sith fiel a Darken Rahl e que mesmo com o seu mestre morto, continua a segui-lo. Como Cara tem outros planos, Triana se volta contra ela e a deixa para morrer. Ironicamente é isso o que acaba aproximando Cara do Seeker novamente e o que leva a própria Triana à morte.
Agora Richard, Kahlan, Zedd e Cara partem em busca das Stones of Tears (porque sinceramente não sei se aqui se referem a Pedras das Lágrimas ou a Pedras das Fendas – embora uma parece mais lógica que a outra, então por ora fica sem tradução mesmo) que podem estar em qualquer lugar e que são a única coisa que pode fechar a brecha entre os dois mundos.
Sim, a aventura continua. Ainda bem.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

V - Pilot

V - Pilot (1x01)
Exibido em 03/11/2009
Written by Kenneth Johnson e Scott Peters
Directed by Yves Simoneau



Meses de espera depois, finalmente ‘V’ estreou. E se há uma série que foi aguardada com ansiedade foi essa. Não apenas por seu tema, mas principalmente por ser um remake de uma minissérie da década de 80 que é icônica.
Confesso que não assisti a série original, ou, se assisti, não lembro de coisa alguma (o que não é tão raro, mas isso não vem ao caso). Então minhas impressões foram exclusivamente baseadas no que vi esta semana. E posso dizer que gostei, mas nem de longe achei espetacular. A verdade é que o piloto se equivale nos erros e acertos.
A história, a essa altura, todo mundo já conhece. Pelo menos o básico: alienígenas chegaram a Terra e se dizem espantados por descobrirem que não estão sósno universo e que vieram em paz. Sempre. É claro que entre os humanos dois grupos são formados, os que são a favor da total aceitação dos Vs e os que tem suas ressalvas. Mas o que interessa mesmo é que os Visitantes, embora belos e pacíficos em seu exterior, no fundo não tem nenhuma intenção de paz (e tampouco são tão belos).

A premissa da série me cativa. Talvez porque bem no fundo eu gostaria muito de ter um encontro com seres alienígenas surgindo do nada nos céus. Por isso não posso desdenhar as pessoas que foram de bom grado à nave dos Vs fazer um tour. Se eu estivesse no lugar deles, seria a primeira da fila. O que não dá para aceitar é aquele bando aplaudindo logo após o discurso inicial de Anna. A raça humana é idiota ou o que? À parte a magnitude do surgimento de uma nave alienígena, a matriarca dos Visitantes não falou nada excepcional e que merecesse uma salva de palmas. Talvez, se fosse um humano ainda vá lá, mas um alienígena recém chegado? Outra coisa é a forma como todos foram adestrados rapidamente. Ficarem encantados com uma raça extraterrestre? Tudo bem, eu também ficaria, mas a devoção de todos, o endeusamento dado pela mídia, a reação dos extremistas e dos pró-Vs nos mostra o quanto o ser humano é influenciável e como a massa é incapaz e pensar por si mesma. E que triste constatação é essa.
O ponto alto da nova série é sem dúvida o elenco. Elizabeth Mitchell e Morena Baccarin estão muito bem e esta é sem dúvida uma série que não funcionaria sem as personagens femininas fortes. Inclusive, não deixa de ser gostoso saber que Morena é brasileira e que seu discurso na nave sobre o Rio de Janeiro é o mais puro português brasileiro (e não os assemelhados portunhóis ou português de Portugal a que estamos acostumados, embora eu não possa afirmar com plena convicção que é ela falando, mas creio ser). E é incrível como a expressão facial da atriz passa o tom exato entre a calma pacificadora e a malícia perturbadora. Minha tendência natural seria a de confiar em Anna por conta de seu discurso, de sua superioridade tecnológica, de sua fala macia e de minha propensão a amar o desconhecido. Mas há algo na forma como ela usa o olhar e como movimenta o corpo que me fizeram desconfiar da Visitante mesmo antes de saber que eles não são tão bons quanto querem nos fazer crer.
E os homens de V também não fizeram feio. O papel de um padre que questiona as reais intenções dos Visitantes caiu como uma luva para Joel Gretsch (que na minha opinião só deveria fazer sci-fi, pois é o meu gênero preferido e eu adoro vê-lo atuando). O discurso do Padre Jack à congregação foi uma das coisas mais sensatas ditas a respeito dos novos amigos do espaço. Ninguém diz para desconfiar dos Visitantes, mas eles precisam merecer nossa confiança. Uma fé cega não leva a lugar algum.

Eu gostei particularmente de ver Alan Tudyk na série. Nunca é demais ter a presença de Alan nos episódios, principalmente porque ele sabe o trabalho que faz. Eu confiei plenamente em Dale até vê-lo atacando Erica. Certo, admito, cheguei a pensar que ele fosse o ‘traidor’, mas não por algo que ele tivesse feito ou dito, mas porque precisava ser alguém com acesso às informações, e nunca seria Erica. Só restava ele. O que não me impediu de ficar chocada ao vê-lo tentando matar a parceira no galpão. Eu teria colocado minha vida nas mãos dele (para ver como não sou lá uma grande julgadora de caráter). E mesmo quando ele a atacou, eu só acreditei que Dale fosse um alienígena quando a pele se rompeu. Até ali eu quis que fosse mentira. Inclusive eles poderiam ter explorado um pouco mais o vínculo entre os dois antes de exporem-no. O impacto seria maior ainda.
Outro choque foi saber que Ryan era um réptil desertor. Chamem-me de ingênua, mas não esperava por isso. Talvez porque eu não fazia idéia até o discurso do rebelde cujo nome não me lembro que os Visitantes já estivessem entre nós há décadas. O caso é que a identidade de Ryan foi uma surpresa para mim e eu gostei disso.

A série, entretanto, peca em algumas coisinhas. Três são as principais:
1) O ritmo alucinado do piloto. Tudo acontece muito rápido, sem desenvolverem muito bem as coisas. Como vi alguém comentando, esse piloto parece feito para os usuários do twitter: 140 caracteres para dizer tudo o que é preciso. Foi assim que me senti assistindo o episódio de estréia de V. Foi como se condensassem dois episódios em um único e isso deixou o desenvolvimento dos personagens e da própria situação (em especial a adaptação dos Visitantes à Terra e a forma como eles influenciaram a população do nosso planeta) bastante a desejar;
2) Os estereótipos. Com tantos personagens à disposição, custava terem investido um pouquinho melhor na caracterização da personalidade dos benditos? Estou citando o óbvio, mas tem coisa mais clichê do que mãe que dedica todo o tempo ao trabalho e se obriga a deixar o filho de lado? Ou filho adolescente rebelde? Ou padre que age em desacordo com a instituição? Ou ainda o jornalista que se aproveita das situações para crescer na carreira? Quase me sinto plagiando todas as outras críticas que deve ter por aí, pois não tem como fugir das citações. Os estereótipos são fortes e desnecessários. Espero, de verdade, que no desenrolar da série as personalidades sejam melhores desenvolvidas e os personagens possam sair do clichê dentro do qual foram mostrados no piloto. Não quero ver as atuações competentes dos atores sendo desperdiçada em personalidades rasas.
3) Excesso de tomadas fechadas. Não sei como o público em geral reage a este tipo de cena, mas eu não gosto quando são usadas demais. Acabam dando uma sensação opressiva e artificial. A menos, é claro, que fosse bem este o efeito desejado e eu não tenha compreendido coisa alguma.
Todos esses pontos, entretanto, podem ser trabalhados. Agora que as bases já foram estabelecidas, há espaço para o desenrolar da história sem necessidade de correrem com as coisas.
É claro que há outros defeitinhos, como Erica encontrando o filho rápido demais (muita coincidência ele ser parado pelo exército no exato lugar que ela foi procurá-lo) ou ainda a total falta de população dentro da nave dos Visitantes (que, diga-se de passagem, é belíssima. Não dá nem para culpar os coitados que vão para lá e ficam encantados com a magnitude dos Vs), e mesmo a ação desenfreada no momento que o grupo rebelde é atacado no galpão (sem quaisquer explicações prévias ou posteriores). Mas são apenas isso, defeitinhos. Por enquanto não comprometem a integridade da série que, sinceramente, espero que mantenha a excelente audiência que conquistou em seu episódio de estréia, pois eu sei que pelo menos eu fui fisgada.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Stargate Universe - Light (1x05)

Stargate Universe – Light (1x05)
Data de Exibição: 23/10/2009
Writer: Brad Wright
Director: Peter DeLuise


Light me surpreendeu. Foi um episódio incrivelmente denso, mas que tratou a morte iminente de boa parte da tripulação de forma tão delicada e racional que não pude deixar de me sentir satisfeita.

A tripulação da Destiny enfrentou uma prova pela qual eu não tenho certeza que seria capaz de passar com a serenidade necessária. Não era apenas ir em direção ao sol e morrer, mas escolher dentre todos na nave, um pequeno grupo que teria o mínimo de chance de sobrevivência (e aqui vale frisar o ‘mínimo’, pois a vida dos 17 sobreviventes não seria nada fácil em um planeta quase completamente congelado). A série poderia ter facilmente recaído no clichê, com todos lutando entre si para conseguir aquele lugarzinho na nave menor, mas fiquei feliz que não foi assim. É claro que houve insatisfação, eu estranharia se não houvesse, mas a forma como Young comandou a situação não deixava dúvidas acerca da seriedade com a qual o grupo tratava aquele sorteio.
E para os descontentes com a decisão do Coronel de sortear os sobreviventes ao invés de fazer a escolha baseado na capacidade de cada um, eu voto a favor do Coronel. Todos mereciam uma chance de permanecer vivos, e mesmo aqueles cientistas (ou civis) poderiam se mostrar mais habilidosos do que todos lhes davam crédito. E de qualquer forma, o grupo foi bem diversificado: havia homens, mulheres, cientistas e militares. Ninguém é descartável em uma luta pela vida.
Uma cena que soou estranha foi a de Scott e Chloe juntos. Tudo bem que houve um certo entendimento entre os dois por duas vezes antes (na morte do pai da garota, e no retorno do tenente do planeta desértico), mas nada que justificasse o carinho com o qual os dois se trataram no alojamento. E não falo apenas do sexo, pois ele é quase justificável diante do medo da morte e da necessidade de conforto. Minha bronca é com o diálogo entre os dois, como se um fossem realmente importantes um para o outro. E os dois se conhecem há menos de cinco dias! Chloe teve muito mais interação e demonstrações de confiança com Eli do que com Scott!
É claro que a cena ficou lindíssima, principalmente por conta das cores usadas, mas nada justifica o desatino que foi ver os dois subitamente indo para a cama juntos. Pelo menos a garota contra-argumentou com clareza quando o tenente comentou que os dois obviamente seriam escolhidos pelo Coronel. Scott era imprescindível para a missão, Chloe não. E embora soubéssemos que no fim a Destiny não seria destruída (caso contrário o seriado acabaria no seu quinto episodio), em nenhum momento soou artificial a escolha dos 17 tripulantes. Foi perfeitamente crível Chloe e Eli ficando na nave, assim como foi a ida de Matthew e TJ. Os dois também seriam a minha escolha. Mas o que importa mesmo é que a nave adentrou a estrela e sobreviveu. Mais! Recarregou plenamente suas reservas de energia. Quem iria imaginar que uma estrela seria o combustível necessário para que a Destiny continuasse viajando pelos universos?
Bom, quase todo fã de Stargate imaginou (por mais absurdo que seja uma nave conseguir entrar em uma estrela sem ser desintegrada, mesmo um nave Ancient), mesmo assim, ver em ação as nossas conjecturas não é nada ruim, ainda mais quando é bem feito e não soa artificial. E o mais importante: com a nave completamente energizada e operacional os olhos da equipe poderão se voltar para outros horizontes e não mais na sobrevivência por um fio.
A pergunta que não quer calar mais uma vez recai sobre Rush: o cientista sabia que a nave seria recarregada e por isso retirou o seu nome da loteria, ou foi realmente um gesto altruísta? Façam suas apostas, porque ninguém sabe (muito menos eu, embora eu seja pró Rush) se dá para confiar plenamente nele ou não.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Stargate Universe - Darkness (1x04)

Stargate Universe – Darkness (1x04)
Data de Exibição:
16/10/2009
Written by - Brad Wright
Directed by - Peter DeLuise
O quarto episódio de Universe chegou para trazer cisão entre os fãs. Há os que adoraram todo o desenvolvimento humano e os que odiaram a falta de ação típica de Stargate.
Eu particularmente acredito que a série está caminhando para alcançar seu objetivo, sem pular etapas, como esperam os mais afoitos. Destiny é uma nave que está no espaço há milênios, sem qualquer tripulação. É de se esperar que o povo encontre algumas dificuldades nesses momentos iniciais.
Tenho ouvido muita gente reclamar que os problemas são sempre os mesmos: falta energia, falta cooperação, vai faltar comida e bebida logo, etc, etc, etc. Mas estranho seria se eles não tivessem quaisquer problemas do estilo. Ou alguém realmente acha que faria sentido aparecerem inimigos de repente e a tripulação conseguir combatê-los neste momento? Os coitados seriam comidos vivos!
Esses episódios iniciais são importantíssimos para o estabelecimento da identidade de Universe. Ela é Stargate, mas não quer vinculação direta com suas predecessoras. O que o povo precisa é parar de ficar comparando o tempo todo. Calma! Eles ainda chegarão lá. Mas primeiro precisarão sobreviver a um inimigo bastante conhecido: a privação. É a fome, a falta de suprimentos, combustível, energia, seres humanos capazes de operar uma aeronave Ancient, e por aí afora.
Com o tempo esse grande revés será vencido, mas não podemos esquecer que aquela gente está dentro da Destiny há pouquíssimo tempo. Para nós foram quatro episódios, mas para eles foram quantos dias? Dois? Três? Os coitados mal conseguiram dormir, quem dirá ter tempo para encontrar inimigos pelas galáxias.
E vão negar que não foi interessante ver o povo aprendendo aos poucos, inclusive colocando adesivos com a tradução dos nomes em Ancient para entenderem os controles da nave?
Mas falemos sobre Darkness. O episódio foi bem construído e consistente (e as atuações impecáveis). Todos estão sofrendo as privações da situação, mas Rush em um nível ainda maior, porque não é apenas a falta de sono e cafeína, mas a ciência de que a vida de toda aquela gente (ele incluído) está em suas mãos. Um fardo nada fácil para uma única pessoa.
Muito boas as reações dele antes de desmaiar e a mudança após acordar. Rush pode ser quase intolerável no seu estado normal, mas pelo menos faz sentido. Mas sem dormir ele fica além de qualquer nível de suportabilidade humana.
Quanto a Young ainda não decidi se ele é um bom oficial ou não. Suas ordens tem coerência, mas quase sempre são tolerantes demais. E não dá para simplesmente colocar de lado o fato de que foram as ordens dele que levou a Destiny ao esgotamento de energia. Mas dá realmente para culpá-lo? Eles estão em uma nave desconhecida tentando sobreviver. Eu também tentaria mexer em tudo para ver no que ia dar.
E a comunicação com a Terra através das pedras Ancients continua. Para os que nunca assistiram Stargate, não custa mencionar que essas pedras são um artefato construído pelos mesmos seres que construíram os Stargates (e a nave em que todos estão encalhados). Esse mecanismo permite que dois usuários das pedras possam se comunicar trocando as consciências (não os corpos). Por isso que quando Young usa as pedras ele troca de mente com o Coronel Telford (e a série, para facilitar nossas vidas, deixa cada ator onde a devida mente está, mas vale lembrar que na série a única coisa que muda é a mente, não o corpo).
O que muita gente estranhou (eu inclusive, admito) foi o fato de Young usar de um tempo precioso para ir falar com a esposa (ainda mais porque eu tinha certeza que havia algum tipo de relacionamento entre ele e TJ). Tudo bem que antes ele relatou aos seus superiores a situação desesperadora da tripulação, mas não seria muito mais útil voltar e trocar de mente com algum grande cientista que os ajudaria a resolver o problema da falta de energia, do que trocar com o Coronel Telford (que nunca ajuda em nada, só fica achando motivos para criticar Young)?
Mas não posso negar que se fosse eu no lugar do coronel, também iria pensar em minha família em primeiro lugar. No afã de querermos ver soluções e ação, esquecemos que aquela gente na tela são seres humanos e que família geralmente vem na frente de qualquer outra coisa para nós.
A sorte de Young foi ter retornado a tempo de ver sua tripulação encontrar uma solução aparente para a completa escuridão na qual estavam. Parecia que a Destiny havia parado próxima a três planetas ‘visitáveis’. Só precisavam passar pelo gigante gasoso e voilá!
Aliás, belíssima essa cena da passagem. Infelizmente para eles, a gravidade do planeta influenciou a trajetória da nave bem mais do que esperavam e a Destiny se viu dirigindo para uma estrela pronta para acabar com eles.
E que sejam feitas as apostas. Como eles sairão dessa? A teoria mais plausível é a de que a correção na trajetória foi proposital e que a nave recarregará suas energias usando a luz solar. Mas é tão óbvio que não sei se eles usarão desse artifício ou se nos surpreenderão com algo totalmente inesperado.
E a despeito da tensão do episódio, Darkness nos apresentou alguns momentos bem agradáveis. Foi muito bom ver a tripulação procurando Eli em busca de respostas, já que ele é o membro da equipe mais acessível (eu faria o mesmo no lugar deles), ver Chloe fortalecendo sua amizade com o rapaz e chamando por ele na hora que precisou e principalmente vê-lo gravando os membros da tripulação. Pode até ficar parecendo uma coisa meio reality show, mas a verdade é que aqueles pequenos vídeos nos deram a oportunidade de conhecer os personagens que pouco aparecem. A maioria deles agora tem um rosto, um nome, uma profissão e principalmente foi criado uma identificação com o fã. Não dá para simplesmente sumir com eles sem mais nem menos. Eles não são descartáveis. É claro que não há como dar enfoque na tripulação de apoio todo o tempo, mas é bom saber que teremos os mesmos rostos andando por ali e lembrarmos que cada um deles anda, e fala, e sente tanto quanto os personagens principais.

domingo, 18 de outubro de 2009

Agatha Christie's Marple - The Pocked Full of Rye


Finalmente assisti o Agatha Christie's Marple: A Pocket Full of Rye (com meu inglês mequetrefe, mas que deu para entender quase tudo, graças a Deus, porque não encontrei legenda desse negócio nem fazendo promessa).

Nem eu percebia o quanto sentia falta da Agatha Christie. Se eu tivesse qualquer tempo livre, daria um jeito de ler seus livros novamente. Quem sabe eu faça disso um projeto de vida (porque tempo livre tem sido artigo do mais alto luxo ultimamente).

Seja como for, eu já tinha lido Cem Gramas de Centeio na minha adolescência, mas é óbvio que não lembrava nada. Então foi um prazer assistir o episódio, já que eu não tinha a menor idéia de quem teria matado o Sr. Fortescue.

O elenco estava afinadíssimo, e embora eu nem de longe imagine Miss Marple como a Julia McKenzie, sou obrigada a admitir que ela fez um bom trabalho. E também foi ótimo assistir Matthew MacFadyen (que eu sempre adoro ver atuando) no papel do Inspetor Neele. Mas o pior foi eu demorar um episódio inteirinho para reconhecer Liz White no papel de Jennifer Fortescue. Foi imperdoável. Se bem que eu vejo esses atores ingleses tão esporadicamente que, acho, tenho o direito de ser desculpada.

Pra variar o final me deixou boaquiaberta. Talvez porque Agatha Christie tem do dom de sempre fazer do(a) assassino(a) uma pessoa que eu adoro na história. Raramente é alguém que não gosto. Se bem que isso acontece mais nos casos do Poirot. Verdade seja dita, eu sempre preferi os livros com o Poirot do que os da Miss Marple, por isso fiquei tão feliz de ter adorado o episódio. Queria poder assistir mais uma porção desses. Terei que correr atrás ver se encontro.

sábado, 17 de outubro de 2009

Bastardos Inglórios - Tarantino na sua forma mais pura (e brilhante)


Não, dessa vez eu não farei review de Bastardos Inglórios. Simplesmente não tenho conhecimento cinematográfico suficiente para criticar Tarantino. Mas posso pelo menos dizer que o filme foi fantástico. Um acontecimento.
Os atores estavam afinadíssimos e todos os personagens tinham tempo de tela suficiente para serem considerados importantes. Não havia esse negócio de um aparecer bem mais do que outro. Até as cenas mais improváveis foram bem trabalhadas.
Fiquei encantada com o Christoph Waltz, que notoriamente roubou todas as cenas. O cara é inacreditável. Muito bom.
E o melhor de tudo é que BI não faz aquele absurdo com os idiomas que estamos mais do que acostumados (leia-se usar um único idioma com um sotaque mequetrefe como se estivessem falando em outra lingua). Cada personagem fala no seu devido idioma e, quando alternam para outro, tem algum motivo e é bem explicado, nada é ao acaso. E os sotaques, as nuances...perfeitos.
Então, como não posso fazer uma crítica à altura, posto aqui o link para a crítica da Lola (dividida em duas partes, porque o filme é grandioso demais para se falar pouco), que foi maravilhosa e merece ser lida.

Bastardos_Inglórios_-_Parte_1
Bastardos_Inglórios_-_Parte_2

Vale lembrar que os comentários também são bem interessantes. Se puderem ler...

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Stargate Universe - Air 3

Stargate Universe – Air (3) (1x03)
Data de Exibição: 09/10/2009


Sexta-feira passada foi ao ar a terceira e última parte do piloto de Stargate Universe. E por incrível que pareça, cada parte mostrou um desenvolvimento completamente diferente, seja no desenvolvimento dos personagens, seja na história ou mesmo no ambiente da série. Resta saber se SGU seguirá alguma dessas premissas, se apresentará uma mistura das três ou se adotará uma abordagem completamente diferente daqui para a frente. O que significa que opinião concreta sobre como é a série e se ela merece ser acompanhada, apenas após o episódio quatro ou cinco.

Numa análise bastante rápida eu diria que qualquer uma dessas opções me agradaria. Achei fantástica a agilidade da primeira parte de Air, adorei os conflitos humanos da segunda parte, e me esbaldei com o nada absoluto de uma missão off-world do encerramento. Mas eu sei que o telespectador geralmente não gosta de uma série com uma identidade tão confusa. É normal querer nos identificar com um estilo, saber o que devemos esperar semana após semana, onde os episódios diferentes são apenas um refresco inusitado e não uma constante.

Air (3) lidou com a necessidade da tripulação da Destiny de encontrar meios de sobreviver. Primeiramente com a restauração do sistema de suporte de vida e, é claro, com alimentação e água. Foi interessante observar o grupo no planeta escolhido pelo stargate. Confesso que não imaginava que seria um episódio inteirinho cercado por areia. Tinha a esperança que subitamente encontrariam um oásis, uma cidade abandonada ou algo do estilo. Mas não parece ser esse o objetivo de Universe, muito pelo contrário.

O episódio mostrou as agruras do grupo padecendo em meio ao sol escaldante e a perseverança do tenente Scott em encontrar o material que permitiria que o suporte de vida voltasse a funcionar. E me desculpem os que passaram a gostar do sargento Greer por seu ato heróico ao salvar Scott, mas continuo achando a personalidade do rapaz intolerável. Ele é encrenqueiro, insubordinado e irritante.

A boa notícia é que SGU tem se preocupado em estabelecer as personalidades (e caráter) dos personagens, o que acho extremamente importante. Gostei da forma como usaram da pedra dos Ancients para que o Coronel Young informasse a Terra de onde eles estão e pelo que estão passando. De igual modo, vimos a diferença nas atitudes de Young e do Coronel Telford. Felicito a 1ª Tenente Johansen por colocar o manda-chuva pra dormir

E parece que a cada dia o desgosto (e desrespeito) da tripulação por Rush aumenta. Foi exatamente essa raiva que todos guardam do doutor que levou parte da equipe off-world a se aventurar para os outros endereços do portal. Se a equipe sobreviveu ou não eu não sei, mas ficou bem claro que a Destiny partiu sem sequer tentar reavê-los. O que me leva a perguntar: o que era aquela aeronave que se separou da nave Ancient?


A grande dúvida deixada pelo episódio é a entidade de areia que guiou Scott até o seu destino (e literalmente fez brotar água da areia). Qual a importância para o desenvolvimento da série? Porque eu não creio que foi colocada ali sem qualquer motivo. Na verdade, a sensação que eu tenho é de que nada está ali sem uma razão. Espero não estar enganada.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Dollhouse 2x03 - Belle Chose

Dollhouse – Belle Chose (2x03)
Data de Exibição: 09/10/2009
Roteiro: Tim Minear
Direção: David Solomon

Preciso começar esse review com uma confissão. Quando Echo foi levada para mais uma missão eu pensei “ah não, de novo!?”. Mas não é que deu certo? Dessa vez o trabalho da doll não foi apenas encher lingüiça e realmente funcionou para entreter. É claro que apenas porque se mesclou com o trabalho de Victor, mas e quem se importa? O que interessa é que o episódio foi bom, gostoso de assistir e todo mundo teve seu espaço de tela bem dividido.

O que eu mais gostei foi de ver Boyd como handler de Echo novamente, mesmo que apenas por um único trabalho. Mas não entendo porque Paul foi salvá-la no final, se o handler de Echo no momento era Boyd e não ele. Aliás, esse final foi o que eu menos gostei no episódio e não apenas por conta de Ballard. Foi muito previsível Echo recobrar a consciência bem na hora de matar as prisioneiras. Melhor seria se ela tivesse mantido a personalidade de Terry até o final e não ficar oscilando. Será que eles nunca permitirão que ela conclua um trabalho sem algum defeito?

Mas valeu a pena ver como um ativo se prepara para o trabalho. Cabeleireiro, costureiro...O comentário do handler inominado de que nem pela esposa ele fazia aquele tipo de coisa foi a cereja do bolo.

A personalidade de Kiki foi a mais acéfala possível, mas ver Terry assumindo e partindo para cima do professor pervertido não teve preço. Abençoado seja Topher por ter bagunçando com o sinal dos ativos e com isso, oportunizado a nós fãs um belo episódio. Sim, pois se não fosse Kiki no corpo de Victor nada teria a mesma graça. Vê-lo dançando e flertando com os homens sem se dar conta de que era um homem foi perfeito.

E pensando melhor, foi um episódio gostoso justamente por causa de Victor. Se não fosse por ele (primeiro na personalidade de Terry e depois na de Kiki) seria apenas mais um episódio comum. Ou alguém realmente acha que o trabalho de Echo seguraria o nosso interesse? A única parte do trabalho dela que valia a pena ver era justamente a preparação (por nunca ter sido mostrada antes), enquanto todo o caso de Victor foi legal, do início ao fim.

E quem poderia imaginar que Topher tem uma consciência? Achei um toque particularmente importante a relutância do gênio em ressuscitar Terry, pois até para ele ficava óbvio que era um ato imoral. E o próprio Terry era um paralelo bastante próximo à Dollhouse. Enquanto o psicopata imobilizava suas vítimas e as transformava em outras pessoas para reviver uma fantasia só dele, a Dollhouse apaga a mente de seus ativos para transformá-los em fantasias de seus clientes.

Outro ponto a ser considerado é a possibilidade de mexer com a personalidade de um ativo à distância, algo já feito anteriormente por Alpha, mas que agora foi melhor explorado por Topher. E, como todos nós sabemos, isso não acabará bem (é só lembrarmos de Epitaph One).

E finalmente alguém parece que lembrou que a Dra. Saunders saiu. Como bem disse Adelle, não importa se ela foi embora por conta própria ou não, ela está desaparecida e precisa ser encontrada. E espero que logo, porque eu quero mais Amy Acker.

Antes de acabar eu gostaria de fazer mais uma reclamação. É realmente necessário mostrarem apenas cenas de Echo na abertura? Ela é o que menos interessa para o público! Fico cansada de ver todas as suas fantasias uma atrás da outra, enquanto o que eu queria mesmo era ver o rosto dos outros ativos e personagens correlatos. Se bem que Dollhouse pelo menos tem uma abertura, coisa que a maioria das séries aboliu ultimamente.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Crítica: Gamer

Gamer
Roteiro e Direção: Mark Neveldine & Brian Taylor


Alguém pode me explicar como um filme com o Gerard Butler, Michael C. Hall e Kyra Sedgwick pode ser tão ruim!? Porque essa é a melhor palavra para descrever Gamer: ruim, muito ruim. A única coisa que se salva no filme inteirinho é a interpretação dos três atores, todo o resto é puro lixo. Prova disso é a nota do Metacritic: 27. Uma vergonha.

Quando eu vi o trailer alguns meses atrás, acreditei que o filme seria legal. É claro que não esperava uma obra-prima, mas parecia ser uma ação interessante, com atores que eu gosto muito. Mas uma amiga assistiu primeiro e lançou a bomba, mesmo assim eu fui teimosa e também assisti.

Gamer é confuso, sem pé nem cabeça. A história não faz sentido, ou melhor, até tem um certo roteiro sendo seguido, mas ele é quase irrelevante. A única coisa que importa no filme é que Kable (Gerard Butler) é controlado por um adolescente e é tão bom em se manter vivo, que chegou à final do jogo (adequadamente chamado Slayers).

Mas estou colocando o carro na frente dos bois. Gamer se trata de um futuro não muito distante, onde jogos como The Sims saíram do plano virtual e entraram no real. Explicando melhor, Castle (Michael C. Hall, fantástico como sempre) criou um jeito de modificar as células humanas de forma que as pessoas possam ser controladas por outras e serem personagens de jogos reais. Tudo começou com um jogo chamado Society, bem ao estilo The Sims, mas logo evoluiu para jogos de guerra, como o tão famoso Slayers. O ser humano, animal feroz que é, aderiu com toda a gana ao novo brinquedo e usa e abusa da virtualidade real.

O interessante é ver a multidão que assiste no maior frenezi os personagens (em sua maioria condenados que, para ganhar a liberdade, precisam vencer o jogo) matando e morrendo, como se não fossem serem humanos ali do outro lado da tela.

O personagem principal do jogo é Kable, que é controlado pelo jovem Simon (que, na minha opinião, é totalmente inútil à trama, embora seja decadente ver um garoto de 17 anos vivendo o tipo de vida que aquele garoto vivia). Pelo menos até fazer um acordo com o controlador e tomar posse do próprio corpo e sair em busca da esposa, da filha, e daquele que é o responsável por ter sido preso, condenado e escravizado em um jogo.

E tirando uns detalhes aqui e outros ali, o filme é só isso mesmo. Tiroteio, muitas cores misturadas com a falta absoluta de cor, sangue e pornografia (sim, porque o que o filme mostra é a venda do sexo, são cenas claramente colocadas com o intuito de chocar e de mostrar como é baixo o estilo de vida escolhido pela humanidade). A impressão que se tem é a de que estamos em meio a um jogo, devido ao cenário e a forma como a câmera se movimenta. Mas como bem disse alguém, se eu quisesse uma cópia literal de um jogo, eu jogaria e não assistiria um filme.

Os diálogos são confusos, várias cenas desnecessárias, o talento dos atores desperdiçado, enfim, uma perda astronômica de tempo. Sinto-me até feliz por não ter ido ao cinema assistir Gamer (e jogado meu dinheiro no lixo).

domingo, 4 de outubro de 2009

Stargate Universe - Air 1&2



Stargate Universe - Air Part 1 e Part 2 (1x01 e 1x02)
Data de Exibição: 10/02/2009
Direção: Andy Mikita



Quando soube que fariam Stargate Universe, fiquei com o coração dividido. Sou fã de Stargate desde o filme de 1994 (como boa parte dos fãs, diga-se de passagem), então ter uma nova série depois do baque que foi o cancelamento de SG1 e Atlantis só podia ser uma boa notícia. Mas quando começou a escalação de atores, a sinopse de Universe e algumas outras notícias, confesso que boa parte da minha empolgação foi pelo ralo. Todo mundo parecia muito novo (o que no fundo é tolice, pois apenas parte do elenco é jovem, e mesmo eles estão em idade militar de acordo com os seus postos) e a premissa da série era completamente diferente da franquia até então. Mesmo assim eu fui conferir a premiere, porque sou teimosa e arraigada aos hábitos.

Não me arrependi. Nem um pouquinho que seja. Achei muito bem feito os dois episódios que deram início à nova série e os personagens não estão ali à toa, simplesmente jogados na tela. E é claro, o elenco se provou muito bom, em especial Robert Carlyle, que todo mundo sabe que é um grande ator, mas nunca é demais elogiar. E ainda tivemos um bônus, que foi a presença do General O’Neill, da Coronel Carter e de Daniel Jackson. Se para os novos fãs a presença dos três não trouxe nenhuma bagagem (o que é bom), para nós que acompanhamos a franquia há décadas, serviu como conexão às séries que amamos e uma lembrança de que tudo pode estar diferente, mas ainda é Stargate.

Entretanto a premiere não foi livre de falhas. A maior delas foi a própria batalha contra a Lucian Alliance. Uma nave do calibre da George Hammond teria destroçado o inimigo e não deixado a base no planeta ser destruída daquela forma. Mas todo mundo sabe que a destruição foi só o mote inicial para que o povo todo passasse pelo Stargate. Poderiam ter feito melhor, mas qual série é livre de falhas? A própria franquia está lotada de errinhos aqui e acolá.

Achei interessante dividirem o início de SGU em três episódios (os dois primeiros foram ao ar no mesmo dia o próximo irá ao ar na semana que vem). A série tem um ritmo diferente das outras da franquia, mas isso não é algo negativo, muito pelo contrário. Dar mais espaço para trabalhar o lado emocional da tripulação (coisa que SG1 e mesmo Atlantis só se aventuraram mais tarde) foi para mim uma decisão acertada. Universe está procurando a sua própria identidade. É claro que semelhanças terão com as duas séries anteriores, mesmo acontecimentos parecidos, mas ninguém quer uma cópia. Como já ouvi dizerem, se quisesse uma cópia, melhor seria pegar os DVDs e assistir o original.

E quem esperava que o personagem principal fosse um sujeito odiado praticamente por todo mundo na série? Dr. Rush é taciturno, fixado no trabalho, de poucos amigos e que demonstra se importar pouco com as pessoas ao seu redor, embora eu tenha a sensação de que é bem ao contrário disso. Mas não dá para negar que toda a confusão na qual eles estão metidos é culpa dele, afinal, foi sua a decisão de discar o nono chevron e atravessar o portal ao invés de discar para a Terra (embora sua desculpa seja procedente, afinal, ninguém iria querer ver a Terra explodindo juntamente com o planeta onde estava o stargate, não?).

Stargate Universe também inovou ao trazer uma cena de sexo, falta de companheirismo entre os membros da tripulação e um clima bem mais dark do que as outras séries da franquia. Eu tinha a sensação de estar assistindo um filme de terror sci-fi e não exatamente um episódio de Stargate. E isso é o que mais me chamou a atenção. Embora eu ficasse esperando um inimigo (alienígena ou sei lá o que) aparecer em cada canto da Destiny (a nave, só para lembrar), como em todo bom suspense sci-fi, nada disso aconteceu. Aliás, nem sei se acontecerá! Tenho a impressão de que SGU não é sobre inimigos em outras galáxias, mas sim sobre a sobrevivência de um grupo bem humano, tentando se achar em um local desconhecido.

Falando assim até parece Battlestar Galactica, mas não é bem isso que a série demonstra. Posso estar enganada, mas o que parece é que Universe enfocará as visitas aos planetas (afinal, eles precisam sobreviver de alguma forma) e como a tripulação lidará com essa necessidade de se adaptar. O engraçado é que era mais ou menos isso que eu esperava de Atlantis no início, mas por culpa dos wraith a série tomou outro rumo e a exploração foi substituída pela guerra. Não sei bem até onde a simples exploração conseguiria manter uma série interessante, mas partirem para um inimigo e uma guerra em outra galáxia (muito, muito distante...) seria simplesmente copiar SG1 e Atlantis e não é isso que eu quero e pelo que eu percebi, nem o que quer a produção de SGU.

Fiquei apenas com uma dúvida: Lou Diamond Phillips está no elenco da série ou só fez aquela participação especial (e bem especial, porque foi nanica)?
Agora, só as semanas nos dirão se a série valerá mesmo a pena e se dará continuidade a essa premiere primorosa. Eu espero que sim.