segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Aquisições recentes

Eu não tinha intenção de comprar nada...como sempre. Mas como acontece toda santa vez, passei pela livraria enquanto estava a caminho de outro lugar e não resisti. A culpa desta vez foi de Amante da Fantasia.

Para quem não sabe, esse é o primeiro livro da Saga Dark Hunter, da escritora Sherrilyn Kenyon que eu vivo comentandoEu tenho total adoração por esta série e até hoje só tinha lido em inglês (tenho quase toda a coleção em pocket...só não comprei os que não consegui achar ainda, mas já li na internet mesmo).

Mas agora, para minha surpresa completa, foi lançado no Brasil pela editora @NovoSeculo. E quando eu falo surpresa, é porque realmente me pegou desprevenida. Eu nunca imaginei que seria lançado, tenho chorado as pitangas há anos. Vocês não tem ideia do meu nível de alegria.

É claro que este é ainda o primeiro da saga, muita água rola depois disso. Os três primeiros nem parecem muito interligados, mas depois vemos que é tudo parte de um plano maior e que não há ponto sem nó (embora possam ser lidos sozinhos e fora de ordem, mas eu não recomendo, pois o prazer não é o mesmo).

Recomendadíssimo....para você que e fã de mitologia. romance e aventura, dentro de um universo bem intrincado e com personagens que vão te acompanhar para a vida. Se você leitor não gosta do fantástico, sobrenatural e livros com casais, passe há quilômetros, que esta saga não é para você. 

O outro que não resisti foi Por Favor, Cuide da Mamãe, da escritora sul-coreana Kyung-Sook Shin. Soube do livro em uma promoção no twitter da Editora Intrínseca (@intrinseca) que eu, pra variar, não ganhei. Mas o livro ficou gravado na minha memória e quando coloquei os olhos, não deu para dizer não. Sem falar que o tema 'escritor asiático' no Desafio Literário 2012 está se aproximando e, embora eu tenha o meu título escolhido (Confissões de Uma Máscara, do Yukio Mishima), não custa ter um livro reserva para o caso da leitura emperrar, não é?

Só sei que sou uma mulher mais feliz neste momento. E mais pobre, mas deixa quieto.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Desafio Literário 2012: Marina

Sinopse: Na Barcelona dos anos 1980, o menino Óscar Drai, um solitário aluno de internato, conhece Marina, uma jovem misteriosa que vive num casarão com o pai idoso. Em passeios pela cidade, os dois presenciam uma cena estranha num cemitério e se envolvem na resolução de um mistério que remonta aos anos 1940. Nunca tentativa inútil de escapar da própria memória, Oscar abandona sua cidade. Acreditava que, colocando-se a uma distância segura, as vozes do passado se calariam. Quinze anos mais tarde, ele regressa à cidade para exorcizar seus fantasmas e enfrentar suas lembranças - a macabra aventura que marcou sua juventude, o terror e a loucura que cercaram a história de amor.

Livro: Marina
Autor: Carlos Ruiz Zafón
Tradutora: Eliana Aguiar
Editora: Suma de Letras Brasil 
Páginas: 192

E chegamos ao segundo mês do Desafio Literário 2012. O tema do mês é nome próprio. Minha escolha inicial era Emma, o qual comecei a ler, estava gostando muito, mas senti que não terminaria a tempo nem em sonho. Não porque é ruim, mas porque meus pensamentos no momento estão em outros lugares.

Então resolvi ler Marina. Já estava flertando com a ideia de ler o livro há meses e esta foi a desculpa perfeita. Conhecia o autor brevemente por A Sombra do Vento, que comecei a ler na casa de uma amiga em São Paulo (e que nunca terminei, porque o feriado acabou, eu tive que voltar para minha cidade e fiquei postergando a compra), e gostei muitíssimo do pouco que li.
Marina é teoricamente um infanto-juvenil mas, como disse o próprio autor, seu sonho era escrever um livro para jovens que pudesse agradar a todas as idades. E ele conseguiu seu intento, porque Marina é simplesmente delicioso de ler.
O livro é em primeira pessoa, já que mostra as lembranças e impressões do jovem Óscar, e  tem um leve ar de mistério e fantasia, com um toquezinho sobrenatural. Li Marina logo após Her Fearful Symmetry, (e estou lendo A Tormenta de Espadas no momento) e cheguei a conclusão de que fevereiro é o mês dos corpos que voltam à vida. Sim, pois o mistério que Óscar e Marina investigam é recheado de cadáveres e marionetes, teatros e dramas (e os outros dois livros de certo modo também).
Achei muito bonita a amizade dos garotos, a história de amor do pai de Marina e o passado do milionário Mijail Kolvenik. São várias histórias que se entrelaçam e que vão sendo desenvolvidas aos poucos, envolvendo o leitor no mistério que Óscar e Marina tentam desvendar.
E o final é belíssimo. Impossível não se emocionar com a trajetória dos personagens e a escrita tranquila e fluida do autor. Virei fã.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Livro: Her Fearful Symmetry

Sinopse: Quando Edie, a irmã gêmea de Elspeth, recebe a notícia de sua morte, vem junto uma surpresa - ela deixou para as sobrinhas o seu apartamento com vista para o imponente cemitério Highgate, em Londres - com a condição de que as duas vivam lá por um ano. Quanto a Edie e seu marido, Jack, o testamento estipula que não podem acompanhar as meninas na mudança nem entrar no apartamento. As gêmeas Julia e Valentina, de 20 anos, têm uma forte conexão, como se espera de irmãs condicionadas à presença uma da outra desde o útero. As meninas nunca haviam saído dos Estados Unidos. Londres era a terra de sua mãe, mas Edie e Jack raramente falavam sobre o assunto. Agora Edie era americana - tinha se tornado nativa, ou quase isso. A família Poole morava em um subúrbio de Chicago que fingiu, em seus primórdios, ser uma aldeia inglesa. Mas a descoberta de que estava prestes a morrer, faz com que Elspeth quisesse se aproximar de suas sobrinhas. As razões da tia, desvendadas pouco a pouco, são inusitadas e inesperadas. É assim que Julia e Valentina, segunda geração de gêmeas da família Poole, partem rumo a uma experiência transformadora.


Livro: Her Fearful Symmetry
Autora: Audrey Niffenegger
Editora: Scribner

Gente, não estou inspirada para escrever resenha, mas queria comentar o livro antes que eu acabasse esquecendo e a resenha virasse fumaça, assim como foi com Jane Eyre e A Cidade dos Hereges.

Resolvi ler Her Fearful Symmetry porque é da mesma autora de A Mulher do Viajante do Tempo e eu sou apaixonada por aquele livro. Mas agora, terminado A Estranha Simetria, já concluí que a autora é bem bizarra. Ela escreve bem, seus livros são envolventes, mas os seus temas são no mínimo inusitados.

Eu li o livro em inglês, mas já existe publicação brasileira pela Editora Suma de Letras, e traduzido pela Livia de Almeida.
Este é o segundo livro da autora e tem uma temática meio (meio!?) sobrenatural. Mesmo assim ele é encantador e instigante, pelo menos até certo ponto. Confesso que em dado momento eu fiquei um tantinho incomodada e larguei a leitura e fui dormir...torcendo para não ter insônia e nem pesadelos.

O livro mostra pontos de vista diversos. Inicialmente parece que as protagonistas são apenas as gêmeas Julia e Valentina, mas depois percebemos que todos os personagens importam. Elspeth (a tia, que falece), Robert (o namorado da tia) e Martin (o vizinho com OCD) tem suas devidas narrativas e não estão ali por acaso. Quando paramos para pensar, todo mundo já faz parte do nosso imaginário e tem tanta ou mais importância que as gêmeas.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

O que eu andei lendo - 21.02.2012

E a meme continua! Tudo bem que levei quase um mês para postar de novo, mas antes tarde do que nunca.



Livros desta semana:

- Her Fearful Symmetry (Audrey Niffenegger)
- Marina (Carlos Ruiz Zafón)
Espero que na próxima semana tenha mais tempo para ler.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Livro: Precisamos Falar sobre o Kevin

Sinopse: Para falar de Kevin Khatchadourian, 16 anos – o autor de uma chacina que liquidou sete colegas, uma professora e um servente no ginásio de um bom colégio dos subúrbios de Nova York – Lionel Shriver não apresenta mais uma história de crime, castigo e pesadelos americanos. Arquitetou um romance epistolar onde Eva, a mãe do assassino, escreve cartas ao pai ausente. Nelas, ao procurar porquês, constrói uma meditação sobre a maldade e discute um tabu: a ambivalência de certas mulheres diante da maternidade e sua influência e responsabilidade na criação de um pequeno monstro.

Livro: Precisamos Falar sobre o Kevin
Autora: Lionel Shriver
Tradução: Beth Vieira e Vera Ribeiro
Editora: Intrínseca
Páginas: 463

Eu tomei conhecimento de Precisamos Falar sobre o Kevin no final do ano passado, durante algum meme literário. Fiquei tão fascinada pela resenha da garota que não consegui resistir e fui imediatamente à livraria comprar o meu exemplar, mas só comecei a ler no final de janeiro deste ano, quando surgiu um tempinho.

Logo depois de começar a leitura, o filme (com a fantástica Tilda Swinton) entrou em cartaz e eu não resisti e fui vê-lo. Fiquei com um pouco de medo que o filme acabasse por tirar o meu prazer na leitura, mas não foi o que aconteceu. O filme é ótimo e é maravilhoso ter uma imagem para encaixar no Kevin (Ezra Miller e Jasper Newell me deixaram sem palavras com a qualidade que impingiram ao personagem), mas nem de longe é tão bom quanto o livro.

Posso afirmar, sem sombra de dúvidas, de que Precisamos Falar sobre o Kevin é um dos melhores livros que eu já li. Não apenas o tema é instigante, como a escrita da autora é eficaz. Não tem sobras cansativas e tampouco trechos apavorados para terminar. Tudo está redondinho, na medida certa. E os personagens....é até difícil falar sobre eles, porque Shriver faz o leitor imergir no mundo de Eva Khatchadourian e não há como ser espectador indiferente. As palavras de Eva penetram além da superfície confortável do leitor.

Eu me senti bastante próxima dos personagens e me identifiquei muitíssimo com Eva. Ela não é perfeita, longe disso, e é consumida pela culpa, mas haverá realmente um culpado nesta história? Além, é claro, de Kevin?

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Livro: Dead Reckoning (A Sookie Stackhouse Novel)

Sinopse: Com seu dom para se colocar em problemas, Sookie testemunha o ataque ao Merlotte’s, bar onde trabalha. Como ficou conhecido que Sam Merlotte tem duas naturezas, a suspeita recai imediatamente nos anti-mutantes da área. As suspeitas de Sookie são outras, mas sua atenção é dividida quando ela percebe que Eric Northman e sua cria Pam estão planejando matar o vampiro que é agora o mestre da área. Gradualmente Sookie é sugada pelo enredo que na verdade é muito mais complicado do que ela imagina...

Livro: Dead Reckoning – A Sookie Stackhouse Novel
Autora: Charlaine Harris
Editora: Penguin USA
Páginas: 336


Dead Reckoning é o 11º livro da saga Sookie Stackhouse (ou The Southern Vampires), mas a série não para por aí. Em maio/2012 será lançado o próximo título, Deadlocked, pelo qual estou ansiosa ao extremo, principalmente depois dos acontecimentos desse 11º.

Embora tenha sido lançado em meados de 2011 e eu esteja basicamente em dia com a saga (ainda preciso ler os contos tanto da Sookie quanto da Dahlia, uma outra personagem citada brevemente em  All Together Dead e que ganhou uma série própria de contos), demorei até agora para me empolgar e ler Dead Reckoning. Coloco a culpa na releitura dos livros iniciais da saga, lançados em português no Brasil (todos devidamente resenhados por aqui) que me deram uma overdose de Sookie Stackhouse (isso e a péssima temporada de True Blood, mas não vamos mencioná-la mais, que é para não sofrer com coisas que não nos dizem respeito).

Mas a despeito da minha demora para iniciar o livro, depois que eu peguei não larguei mais. As histórias da Charlaine Harris são sempre deliciosas de ler e o universo que criou com os vampiros sulistas está cada vez mais rico e apetitoso.

Neste 11º livro eu tive a sensação de que nada aconteceu (como posso ter lido 336 páginas sem nem sentir?) e ao mesmo tempo a história andou de uma forma assustadora. Muita coisa está diferente na vida de Sookie e daqueles que a cercam.