sexta-feira, 27 de julho de 2012

Continuum (S01E07 e S01E08) - The Politics of Time e Playtime



Série: Continuum
Episodio: The Politics of Time e Playtime
Temporada:
Nº do episódio: 1x07 e 1x08
Data de Exibição: 15/07/2012 e 22/07/2012
Roteiro: Sarah B. Cooper / Andrea Stevens
Direção: Patrick Williams / Paul Shapiro

Os episódios das duas últimas semanas de Continuum foram bem diferentes entre si, mas cada qual teve a sua importância no todo. É bem verdade que Playtime foi muito mais gostoso de assistir e o nível de relevância era bem superior a The Politics of Time, mas o episódio 1x07 teve o seu momento.

O principal, a meu ver, em The Politics of Time não foi nem mesmo a união de Kagame ao mais novo presidente do sindicato, o que lhe permitirá controlar todo o porto e, ao seu devido tempo, a própria cidade, já que Jim Martin com certeza ganhou muitos pontos que provavelmente o levarão à prefeitura. O que realmente chamou a minha atenção nesse episódio foi o começo de uma tridimensionalidade para Fonnegra, ponto onde a série vinha falhando miseravelmente. Até agora Carlos era apenas o acessório de Kiera nos episódio e pela primeira vez tivemos um vislumbre de quem ele é de verdade.

Uma pena que Alicia tenha sido a vítima, pois gostei dessa amizade colorida entre ela e Fonnegra. O que não gostei foi da indignação de Carlos com o (ex) amigo ao descobrir que Martin teve um caso com Alicia. A impressão que tive é que Carlos não aceitou o relacionamento dos dois (ciúmes?) e não perdoou o amigo por ter mentido, mas desde quando Martin mentiu? Ele omitiu o relacionamento extraconjugal porque não era relevante ao caso! Não fazia a menor diferença ele mencionar o caso dos dois, já que ele não era culpado.

Para todos os efeitos, Martin e Alicia brigaram por conta da falcatrua na doação da campanha e não em conseqüência da vida amorosa deles. E Martin nem ao menos era culpado da venda de si mesmo para os doadores endinheirados da campanha! Ele só ficou sabendo do rolo juntamente com Carlos e Kiera! Tudo bem, depois ele foi devidamente introduzido a Kagame, mas ainda assim Kagame pode ter se aproximado dele com um discurso favorável ao lado defendido por Jim e não apenas com o tradicional ‘eu doei, agora você fará o que eu disser’.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Review: Continuum (S01E06) - Time's Up


Série: Continuum
Episodio: Time’s Up
Temporada:
Nº do episódio: 06 (1x06)
Data de Exibição: 08/07/2012
Roteiro: Jeremy Smith e Jonathan Lloyd Walker
Direção: Rachel Talalay

Continuum voltou de sua semana de folga com um dos episódios que eu menos gostei até agora. É bem verdade que Time’s Up foi importante por nos mostrar toda a implicação política por trás das mudanças que irão ocorrer no governo do Canadá, mas eu não comprei a forma como eles nos apresentaram os acontecimentos.

Admito que não sou uma grande conhecedora da situação canadense atual e isso atrapalha um pouco na análise da questão como um todo. Não há a menor dúvida de que o episódio traça um paralelo com a história recente do Canadá (e a situação econômica mundial), possibilitando ao espectador comprar a ideia de Corporações assumindo o governo. As coisas não vieram do nada, as bases já estão lançadas há alguns bons anos, assim como a indignação de parte da população.

Ainda assim, não consegui me identificar com os protestos em frente a Exotrol e muito menos com a súbita participação de Julian no grupo de agitadores infiltrados entre os protestantes até então pacíficos. Eu sei que Julian se mobilizou especialmente após o discurso de Alec no episódio passado, mas para mim foi tudo rápido demais e explicado de menos.

Por outro lado, o episódio ganha pontos por colocar todas as cartas na mesa de uma única vez: Alec descobriu, agiu de acordo ao tentar proteger um membro da família, falou com quem precisava ouvir (o padrasto) e ao final – só ao final – contou para Kiera. Com isso os roteiristas começaram a trabalhar algo para o que vinham só dando rápidas pinceladas, que é o envolvimento da família de Alec na formação do Liber8.

domingo, 8 de julho de 2012

O que eu andei lendo - 08.07.2012

Eu tento ser regular nas gravações de O que eu andei lendo, mas não é assim tão fácil. Quando não falta tempo para ler, falta para gravar. É a vida se intrometendo de novo...
Tenho um grave defeito de não calcular o tempo de gravação. Minha câmera grava 10 minutos e eu sempre estou no meio de uma frase quando ela desliga. É uma tristeza só. É claro que eu poderia continuar a gravação, editar etc e tal, mas nem sempre há tempo para isso (e por experiência eu já vi que quando postergo a postagem, eu acabo esquecendo). Por isso, eis-me novamente com mais um vídeo não finalizado. 
Em meu favor está o fato de que eu já tinha falado tudo o que eu queria. Só ia comentar rapidinho o livro que estou lendo agora (o segundo da série The Dresden Files) e dizer bye-bye.

Então, sem mais delongas, o que eu andei lendo...

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Desafio Literário: A Mulher que Escreveu a Bíblia


Sinopse: Ajudada por um ex-historiador qeu se converteu em 'terapeuta de vidas passadas', uma mulher descobre que, no século X a.C., foi uma das setecentas esposas do rei Salomão - a mais feia de todas, mas a única capaz de ler e escrever. Encantado com essa habilidade inusitada, o soberano a encarrega de escrever a história da humanidade - e, em particular, a do povo judeu - a tarefa a que uma junta de escribas se dedica há anos sem sucesso. Com uma linguagem que transita entre a elevada dicção bíblica e o mais baixo calão, a anônima redatora conta sua trajetória, desde o tempo em que não passava de uma personagem anônima, filha de um chefe tribal obscuro.


Livro: A Mulher que Escreveu a Bíblia
Autor: Moacyr Scliar
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 216

Prêmio Jabuti. Quando soube o tema do Desafio Literário de julho fiquei até feliz, pois seria uma forma de me forçar a ler alguma coisa escrita no Brasil. Não é que eu seja preconceituosa com a literatura nacional, é puro costume de ler coisas de fora. Ler é um vício, mas o gênero da leitura também. E é difícil sair da zona de conforto, por isso essas chacoalhadas de vez em quando são boas. Expandem os horizontes.

Mesmo assim eu fui me desesperando à medida que o mês se aproximava, porque não conseguia decidir qual livro escolher. Olhava as sinopses e poucas me agradavam e as que eu gostava estavam além do que meu bolso permitia no momento.
Optei por A Mulher que Escreveu a Bíblia por pura comodidade. Imprimi a lista de ganhadores do prêmio Jabuti nos últimos anos, fiz a carteirinha na biblioteca municipal, olhei rapidamente entre os volumes disponíveis e os que achei mais à mão foram Desenganos e A Mulher que Escreveu a Bíblia. Não pensei duas vezes: levei os benditos para casa.

Comecei pelo livro do Moacyr Scliar (que faleceu em 2011, segundo fui informada pelo rapaz da biblioteca),  e não me arrependi, porque alguns dias depois li alguns capítulos do outro título e não me empolguei, seria uma leitura cansativa e forçada. A Mulher pode não ser perfeito, mas pelo menos a leitura é agradável e flui com muita naturalidade.

Achei a ideia do livro bem original. Eu já li a Bíblia algumas vezes e nunca contestei (e continuo não contestando) a sua autoria, por isso não me passaria pela cabeça a ideia de escrever uma história onde outro é o autor. Aliás, a autora. E feia, ainda por cima. E a personagem é divertidíssima, cheia de sentimentos revolucionários característicos de uma pessoa que pensa e não aceita tudo que tentam fazê-la comprar. Uma mulher bem à frente do seu tempo. Diga-se de passagem, mesmo hoje a feia estaria por aqui desestabilizando padrões e quebrando tabus.