Sinopse (na capa do livro): Anna nunca soube que lobisomens existiam, até a noite em que sobreviveu a um ataque violento...e se tornou um deles. Depois de três anos como o membro menos importante da alcateia, Anna aprendeu a manter a cabeça baixa e a nunca, jamais, confiar nos machos dominantes. Foi então que Charles Cornick, o matador de aluguel e filho do líder dos lobisomens da América do Norte, entrou em sua vida.
Charles insiste em afirmar que Anna não está destinada a ser somente sua grande companheira, mas também um raro e valioso lobo Ômega.
A força interior de Anna e a sua presença tranquilizadora serão realmente valiosas quando ela e Charles saírem à caça de um lobisomem desgarrado, uma criatura dominada por magia tão negra que poderia ameaçar toda alcateia.
Livro: Lobos não Choram (Série Alfa e Ômega)
Autora: Patricia Briggs
Tradução: Sonia Strong
Editora: Novo Século
Páginas: 365
Alguns anos atrás descobri sobre a autora Patricia
Briggs bem por acaso. Eu costumava ler fanfictions de uma garota que escrevia
muito bem sobre uma série que eu adorava (e eu sou uma leitora bastante fiel.
Quando gosto, leio tudo o que encontro da pessoa). E, de repente ela começou a
mencionar alguém chamado “Mercy Thompson” em seus posts no livejournal (pois é,
daquela época). Fiquei curiosa, perguntei e ela me disse que Mercy (Mercedes)
era o nome de uma personagem de uma série de livros de fantasia urbana escritos
pela autora Patricia Briggs (cujas capas dos livros são belíssimas).
Eu não tive dúvidas de que precisava ler essa
série, porque são pouquíssimas vezes que uma indicação de alguém que escreva
bem dá errado. E só tenho a agradecer à garota (missi-marie). Os livros de
Briggs são realmente bons. Embora sejam fantasias urbanas, a temática é mais
adulta, feita para agradar um público que já saiu da adolescência, mas que não
deixou de gostar deste tema sobrenatural. É claro que o povo mais novo também
acabará gostando dos livros, porque livro bom é livro bom e está acabado.
A escrita de Briggs é leve e sem complicações, mas
de modo algum pobre. Ela sabe usar as palavras e como alcançar um grupo grande
de pessoas. E suas histórias são intrigantes, misturam com precisão romance, aventura
e ação. Com isso quero dizer que o romance existe, mas ele não é açucarado e
centralizador, é apenas mais um dos temas entre tantos outros no dia a dia das
pessoas ali retratadas.
A série Mercedes Thompson fala sobre uma humana-coiote
criada por lobisomens, mais precisamente pelo Marrok, o líder de todos os
lobisomens da América do Norte, que por mais que tente viver a sua vida na
tranquilidade – ela é formada em história, mas decidiu ser mecânica de carros
antigos – acaba envolvida nos negócios de vampiros, lobisomens e faes. Só que nenhum
dos personagens sobrenaturais de Briggs são absurdos ou extremamente
glamourosos. Embora sejam seres vindos
da fantasia, todos têm seus pés bem no chão, como é adequado para a leitura
procurada por um público mais adulto.
Lobos não Choram tem o mesmo charme da sua série
irmã, mas com um pouco mais de romance. Não, não é bem isso. É que Lobos não
Choram traz dois lobos protagonizando a história, que acontece de serem um
casal, enquanto na série de Mercy ela é nitidamente a protagonista e, por conta
disso, o romance não fica tão evidente. Mas a trama do livro não é o romance de
Anna e Charles, e sim o perigo pelo qual passa a alcatéia do Marrok. Só
acontece de Charles ser o filho mais novo do líder dos lobisomens. E quando eu digo mais novo eu quero dizer mais
de 200 anos de idade...
A série Alfa e Ômega originou de um conto escrito
pela autora falando sobre o encontro de um dos filhos do Marrok com uma lobisomem
que foi profundamente abusada pelo alfa de sua alcatéia. A história fez tanto
sucesso que Briggs decidiu transformar a história de Anna e Charles em uma série
e assim surgiu Lobos não Choram e os demais livros.
No Brasil o livro traz o conto na sua parte final,
com uma recomendação logo no início para que o leitor primeiro leia o conto e
depois comece o livro, já que é lá que os parâmetros das personalidades dos
personagens principais são estabelecidos.
Lobos não Choram em si trata dos primeiros dias de
Anna em sua nova alcatéia. Ou deveria ser isso, porque ela chega a Montana bem
no meio de uma crise, já que há um lobo desgarrado matando pessoas na floresta
e Charles é enviado para dar um jeito na situação e ela o acompanha, já que é
um Ômega, ou seja, um lobo com uma habilidade natural de acalmar outros lobos,
o que no final pode ser vital nesta missão.
O legal na história é que as coisas não são
previsíveis. O desenrolar dos acontecimentos pode até ser simples, mas não é
comum. E a mitologia criada pela autora é envolvente, dando espaço para
surpresas e para situações e personagens que vão além do que estamos
acostumados.
Esse meu contato inicial com a série Alfa e Ômega
foi muito bom, apesar de eu achar a série Mercedes Thompson ainda melhor (será
que publicarão aqui?). Como tenho o segundo volume em inglês (comprei antes por
engano e então lançaram o primeiro aqui e me dei de aniversário) provavelmente
lerei antes de lançarem por aqui (a menos que a editora seja mais rápida que
eu). Só acho que o pessoal da revisão deve ter um pouco mais de atenção, pois
percebi alguns errinhos de digitação e algumas palavras fora do lugar, o que
não é aceitável em uma publicação séria. Nada que comprometa a leitura, mas
incomoda um pouco.
Um comentário:
Qual a classificação etária dele?
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