Série: Continuum
Episodio: Split Second/Second
Thoughts
Temporada: 2ª
Nº do episódio: 2x02
e 2x03
Data de
Exibição: 22/04/2013 e 05/05/2013
Roteiro: Simon Barry/Sam Egan
Direção: Pat
Williams/William Waring
O segundo e o
terceiro episódio de Continuum se mostraram bem diferentes um do outro. Enquanto
um primou pela ação, o outro deu enfoque no desenvolvimento dos personagens,
mas ambos, assim como o episódio de estreia, seguiram um caminho diferente do
esquema mais procedural da primeira temporada. Os casos para investigar ainda
estão lá, mas a conexão com a trama real da série é muito maior e mais evidente
e, por conseqüência, a história tem fluído bem melhor.
E só esses dias
me dei conta que, enquanto na primeira temporada todo episódio tinha “time” no
título, na segunda a palavra da vez é “second”. Não deve ser lá muito fácil
arrumar títulos convincentes para esta série.
Pois bem, ambos
os episódios trataram de uma situação inevitável, tendo em vista que Travis
escapou da morte. Mas fiquei um pouco incomodada com a forma como Sonya lidou
com a situação. Eu sou pró-Sonya, mas acho que ela deveria ter aberto o jogo
para Garza e Lucas logo de cara, isso impediria Garza de virar a casaca e
tentar salvar Travis. Bom, virar a casaca em termos, porque até onde ela sabe,
Sonya é quem resolveu ascender ao poder e derrubar o segundo em comando.
Ainda quero
saber como Julian irá se encaixar na história toda. Por enquanto ele tem sido
um coringa (mais uma incógnita) nas mãos tanto de Sonya quanto de Travis, que
querem garantir a lealdade e confiança de Teseu, mas quando ele começará a
mostrar o seu real potencial? Como se dará a mudança que o levará a ser tão
importante para as pessoas a ponto dos membros do Liber8 o seguirem cegamente?
Acho
interessante que a explosão tenha exposto uma conspiração (farmacêutica!?) e
que com isso Julian ganhou certa importância para os descontentes com a
situação atual do país. A visita da madrasta na prisão me pegou um pouco de
surpresa. E não deixa de ser curioso que ela se aproxime do enteado no exato
momento que o filho a coloca de lado em sua vida.
Alec também tem
passado por mudanças. É muito delicada a posição na qual ele se encontra e
posso entender a sua incerteza sobre qual caminho seguir. Só não tenho muito
certeza se unir-se a Kellog seja o melhor para ele. Ou talvez os dois estivessem
unidos desde o início, porém o nome de Kellog nunca apareceu oficialmente. Mais
uma vez, o único que sabe a verdade é o Sadler do futuro. Porque com certeza esse
grupo específico do Liber8 não foi escolhido à toa. Por que Sadler uniria
Kellog, Garza, Lucas, Sonya e Travis a Kagame no passado? Eles são
completamente diferentes e todos uma bomba relógio por si só. Se quisesse
operar uma alteração do passado de modo a alcançar um determinado futuro melhor
do que aquele que Sadler construiu para si, seria muito menos arriscado fazer
uma missão controlada, com alguém que tivesse conhecimento do que estaria
fazendo e do por quê.
E os tais
freelancers? De onde surgiram os viajantes do tempo de que ninguém tinha
conhecimento até agora. Quando começaram essas viagens e qual o envolvimento de
Jason com esse povo?
Sem falar na
surpresa que foi saber que Jason é, afinal, o pai biológico de Alec. A trama toda se complica e faz de Jason alguém
muito mais importante do que aparentava a princípio.
Uma coisa que
achei interessante foi Jason falando que Kiera não será a mesma pessoa ao
voltar para o futuro que era antes de partir. Ela mesma percebe o quanto o
passado a está mudando e como a sua vida real tem se afastado cada vez mais. Eu
gostaria que o seu futuro ainda existisse, eu torço de verdade pelo retorno de
Kiera à sua vida, seu marido e seu filho, mas tudo está atrelado a duas
hipóteses desde o início: se o que ela vivencia agora já aconteceu, a despeito
da mensagem que Alec recebeu do seu eu no futuro, ou se o simples envio de toda
essa gente para o passado já alterou o futuro no qual eles viveram.
Outra coisa que
me incomodou um pouco (para não dizer muito) foi Alec fazendo uso da droga para
lembrar-se do seu pai. É bem verdade que a lembrança foi o grande twist do
episódio e dá uma visão completamente nova para o garoto, mas eu espero que
tenha sido uma única ‘usada’ por parte de Alec. Tramas com drogas me deixam
aflita, e pelo jeito também desestabilizam Kiera. Era visível o seu abalo
emocional durante todo o episódio. Kiera nunca é assim tão emotiva (é uma das
reclamações de alguns fãs, inclusive).
Era de se
imaginar que o envolvimento de sua irmã com o Retrievanol não fosse acabar bem,
mas eu não esperava por aquele final. Foi uma das cenas mais verdadeiras e
tristes da série. A música de fundo, a expressão de Kiera...cortou meu coração.
Nenhuma cena dela com o marido e o filho (por mais que eu seja fã dessa família
unida) foi tão impactante e emocional quanto aqueles momentos com a irmã.
Que final de
episódio brilhante!
****
PS:
* Quem mais se lembrou
de Andromeda ao ver a droga sendo pingada no olho? Até o nome era o mesmo: Flash.
Saudades de Beka Valentine... (Também lembrei de Dredd, mas aí já são outros
quinhentos)
* Tinha mais um
monte de coisas para comentar (a fuga de Travis da prisão, a desconfiança do
agente Gardiner – e a minha alegria por ainda ter Nicholas Lea na série, o
traidor dentro da polícia, a luta absurda de Carlos e Travis na traseira da
Van, e por aí vai), mas essas duas últimas semanas foram um pouco insanas para
mim, o que me obrigou a escrever um texto duplo e simplesmente não consegui
encaixar tudo em um texto coerente. Mas sintam-se à vontade para comentar, que
é sempre bom desenvolver além do que está escrito.
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