Série: Doctor Who
Episódio: The Rings of Akhaten
Temporada: 7ª
Nº do episódio: 7x08
Data de
Exibição: 06/04/2013
Roteiro: Neil
Cross
Direção: Farren
Blackburn
Geralmente é
fácil medir o quanto eu me empolguei por um episódio só pela vontade que eu
tenho de falar sobre ele. Nem sempre escrevo logo, é verdade, mas a vontade
está lá, deixando-me quase maluca.
The Rings of
Akhaten não me deu esta sensação. Na verdade, senti-me bem desapontada enquanto
assistia. Não que o episódio tenha sido ruim, mas ele tinha cara de coisa
requentada. Lembrou-me muito a viagem do Nono Doutor e Rose ao dia da
destruição da Terra, mas sem a mesma classe. Faltou emoção ao que acontecia na
tela. O único momento que me preocupei de verdade foi quando o Doutor resolveu
se sacrificar, pois tive medo que ele perdesse a memória, mas nem isso aconteceu...pelo
menos, não me pareceu que tenha acontecido (porque se ele de fato perdeu
memórias, eu ficarei muito, muito furiosa. Sim, não superei Donna até hoje). No
final das contas o episódio falhou na transmissão de emoções.
Certo, as
músicas eram muito bonitas, todo mundo cantando em coro, a menina em um
sopraninho eficiente e tudo o mais, só que um episódio não pode se sustentar da
música de fundo, mesmo que esta música seja a música de ninar que impede o deus
de acordar e destruir todo o sistema solar.
Mas eu gostei da
Rainha dos Anos. Merry era um doce de menina e a sua preocupação em falhar é
plenamente compreensível, assim como a sua disposição em se sacrificar para
salvar o seu povo, mesmo sendo tão jovem. Uma pena que a trama em si fosse tão
vazia e o tal deus bem desapontador.
Quando lembro
dos outros episódios de estreia das companheiros do Doutor na Tardis (pelo
menos desde 2005) não consigo deixar de achar que The Rings of Akhaten ficou
devendo alguma coisa. O legal é que Clara foi bastante pró-ativa. Embora eu não
iria atrás de uma criança qualquer que está sendo procurada por guardas (a
minha tendência é achar que não tem nada a ver comigo, a menos que peçam a
minha ajuda, pois quem está de fora quase sempre entende tudo errado) a forma
como ela lidou com Merry foi bem inteligente. E depois, quando decidiu se
sacrificar e as memórias da mãe por um povo que mal tinha conhecido, foi uma
demonstração bem eficaz do seu caráter. Ela não precisou de ninguém lhe dando
um empurrãozinho, Clara é alguém que se preocupa com os outros e age de acordo
com o que acredita ser certo.
E por falar nas
memórias da mãe, chega a ser um pouco assustador a forma como o Doutor esteve
vigiando a vida da garota desde antes do seu nascimento. O legal é que o
mistério das duas mortes de Clara ficou ainda mais intrigante com esta noção de
que ela é uma garota aparentemente normal vinda de uma família completamente
comum.
Eu já disse isso
antes, mas repito: gosto desta trama de quem é Clara Oswin Oswald permeando a
temporada. Mas também sei que há muita gente reclamando desta mania que Doctor
Who parece que incorporou de fazer das companheiras uma história por si só.
Ninguém mais é um simples acompanhante, escolhido aleatoriamente em decorrência
de um acontecimento que o colocou no meio de uma das aventuras do Doutor e que
acabou ficando por mais tempo do que o imaginado. Acaba sendo meio repetitivo,
e fica um certo receio de que o Doutor nunca mais irá simplesmente esbarrar em
alguém, achar a pessoa interessante, levar
para viajar na TARDIS e acabar ficando.
Mas talvez isso
seja uma característica do Décimo Primeiro. Ele não faz nada ao acaso, tudo
para ele é meio planejado e com um motivo. Eu não via tanto disso nas suas
encarnações anteriores.
Uma das coisas
que eu mais gostei do episódio foi a menção à neta do Doutor. Eu sinceramente
gostaria de ver Susan novamente. Sempre que penso nela eu fico especulando
sobre o passado do Doutor, quem era ele antes dos muitos séculos de vida, como era
sua família entre outras trivialidades do estilo.
O mercado
alienígena também foi muito bem vindo (e todo filmado em estúdio, o que é um
contraste brutal com as tomadas amplas do episódio anterior). E foi uma boa
escolha para a primeira viagem de Clara. Só me pergunto se a porta fechada da
TARDIS implica realmente que a TARDIS não gosta da Clara e isso porque sabe de
algo que nós não sabemos (e provavelmente é uma espécie de anomalia, assim como
Jack), ou se ela apenas interpretou desse jeito porque não sabe que a caixa é
impenetrável se você não tem uma chave. Apesar de que o Doutor é capaz de
abri-la com um simples estalar de dedos....
E parece que
Clara aceitou de vez ser a companheira do Doutor. E não é irônico que a pessoa sob
cuja sombra ela vive seja justamente ela mesma? Embora cada uma das Oswin tenha
suas características próprias, no frigir dos ovos todas tem a mesma essência e
não há como separar uma da outra. O que a garota diria para o Doutor se
soubesse?
****
PS: Custava
terem usado a mesma folha para os dois episódios? Porque nem sonhando aquela
folha gigante que Clara ofereceu à criatura era a mesma folha que ela guardava no seu livro.
PS2: A mãe de
Clara morreu em 2005, quando Clara tinha 16 anos, justamente uma das idades
faltando na sua listinha no caderno.
2 comentários:
Lindinha, o que é aquilo na árvore aos 3 minutos?
Eu pensava que fosse uma parte da árvore, mas...você acha que é algum animal uma criatura ou algo assim?
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