sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Antes do Estrelato - uma delícia de propaganda

Descobri por acaso que a primeira projeção nacional (e internacional) de Anthony Stewart Head (mais conhecido por seu papel como Rupert Giles em Buffy, e atualmente como o rei Uther em Merlin) foi uma série de comerciais para o Nescafé Gold Blend.
O ator, ao lado de Sharon Maughan, protagonizou uma das maiores histórias de amor que o Reino Unido conheceu na década de 80.
A série de propagandas que iniciou em 1987 e finalizou em 1993, percorreu a trajetória de um casal passo a passo em seu relacionamento regado a um gosto único por café. A aceitação do público foi tamanha, que os atores gravaram um remake do comercial para o seu equivalente americano, Taster's Choice (sem o belíssimo sotaque inglês, infelizmente).
E não é pouco dizer que os ingleses vibraram quando finalmente puderam ver (após vários anos) o casal dar o tão sonhado beijo, e o encerramento da série de comerciais mobilizou o público ansioso pelo 'I love you' que, é claro, não poderia faltar nessa história de amor.
Entretanto, o mais notável é que o comercial chegou a gerar um livro, Love Over Gold de Susannah James que foi um best seller, o que diz muito sobre a paixão dos ingleses por esse casal unido pelo Nescafé.
O engraçado é que não se vê mais esse tipo de empatia do público com os comerciais hoje em dia...

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Legend of the Seeker 2x08 - Light

Legend of the Seeker – Light (2x08)

Data de Exibição: 16/01/2010

Kahlan está de roupa nova (linda, por sinal, embora tenham picotado o contexto na qual ela aparece no livro), Denna capturou Zedd e foi morta por Cara quando começava a ter pensamentos de que poderia mudar (ou assim querem nos fazer crer. Eu amo Denna e espero que de alguma forma impossível ela tenha sobrevivido à flecha e à queda), e Richard está no Velho Mundo, pois o mago dormente em seu sangue está despertando e precisa ser treinado. Resumindo: um episódio muito bom.

A única coisa que me desagradou um pouco foi a forma como Richard imediatamente libertou os prisioneiros no Velho Mundo. Tenho a sensação de que nesta série (e em outras do estilo), se alguém é prisioneiro, é porque é inocente. Ou pelo menos é o que pensa Richard, porque ele sempre tem uns parâmetros meio estranhos para decidir ajudar alguém. Ou talvez seja porque a líder dos prisioneiros fosse mulher. Tanto que na hora H (em que estavam presos no ninho dos feiticeiros invisíveis) ela foi salva, mas o chefe da outra cidade (muito mais bonito, fardado e simpático, na minha humilde opinião) se transformou em um Mrswith.

Lição? Se o herói do seriado é um homem, é bom que você seja uma mulher forte e destemida (ou pode ser delicada e gentil também) se quiser receber qualquer tipo de ajuda, porque se você for um homem bonito e líder de qualquer grupo, você já dançou.

Fiquei um pouco decepcionada por Denna ter partido tão cedo. Ela e o Zedd estavam fazendo uma boa dupla (embora eu sempre a prefira com Richard). E mais decepcionada ainda pela forma como conduziram a história dela e os seus propósitos. Eu tenho certeza de que havia muito mais em Denna do que foi mostrado.

Outra dupla que tem se destacado é Kahlan e Cara. E não é que as duas estão aprendendo a trabalhar bem juntas? Hilária a hora que Cara cumprimenta a Confessora por não ter desmaiado e Kahlan sorri...apenas para desmaiar um segundo depois.

Também acho legal que, embora Richard e Kahlan não possam concretizar o ato sexual, nada os impede de beijarem-se quando a situação o permite. Eu tinha um certo medo de que os dois não tivessem sequer coragem de se tocar mais, entretanto eles tem deixado bem claro o sentimento que tem um pelo outro.

Agora o grupo está separado. Kahlan ficou com a Espada da Verdade e continuará a jornada atrás das Pedras assim que o mago nomear um novo Seeker. Cara permanecerá ao lado dos dois por ter prometido a Richard. E o rapaz...bom, Richard continua no Mundo Velho para ser treinado como mago. Ou assim é o que se espera. Em Legend of the Seeker nunca dá para ter certeza de coisa alguma.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Legend of the Seeker 2x07 - Ressurrection

Legend of the Seeker – Ressurrection (2x07)

Data de Exibição: 09/01/2010


Eu sei que é um pouco tarde para dizer isso, mas a verdade é que eu não tenho a menor idéia de como começar este texto. Ainda estou pasma com algumas coisas (leia-se Denna de volta e Richard sendo torturado por Darken Rahl no submundo – será que o ator não se cansa de filmar suas partes sempre no mesmo cenário?).


Eu amo a Cara e adoro tê-la ao lado do Richard, mas o meu amor pela Mord-Sith é superado em muitas vezes pelo que eu sinto pela Denna. Talvez por ter sido a primeira a aparecer e por ter quebrado Richard (é bem verdade que Kahlan o trouxe de volta antes de qualquer coisa irreversível, mas eu adorava a relação de submissão entre eles).


O que eu sei com certeza é que vê-la de novo me deixou sem palavras. E que plano! Infelizmente para ela, escolheu a alma errada para tirar do submundo (se não fosse Denee, talvez as coisas tivessem terminado diferente). Mas Denna foi a única que conseguiu efetivamente matar o Seeker.


Mesmo assim, o episódio poderia ter sido melhor. Tudo foi um tanto corrido demais. O levante do General Grix, a concretização dos planos de Denna, o retorno de Richard. Ou talvez eu esteja reclamando porque eu queria mais da Mord-Sith. Um episódio é tão pouco.


Espero de verdade que ela retorne logo (afinal, está com a bússula!)...e na roupa de Mord-Sith, porque embora ela seja linda de qualquer jeito, não combina com ela aquela batom vermelho e cabelo solto. E por falar em cabelo...será que algum dia Cara voltará a usar trança? (saudades da trança...)


Também não gostei muito da volta de Denee. Não sei explicar, mas parece que foi uma solução muito ‘felizes para sempre’. Não tenho a menor idéia se isso existe ou não nos livros, mas não recebeu minha aprovação (além do que eu não gosto muito daquela
atriz).

BBC Dramas 2010

Há um motivo para eu amar as séries/minisséries da BBC mais do que quaisquer outras.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Sherlock Holmes - eu quero uma continuação já!



Sherlock Holmes
Direção: Guy Ritchie


Eis uma ocasião em que eu gostaria de dizer “sou exímia conhecedora do personagem criado por Arthur Conan Doyle”. Infelizmente não é este o caso. De Sherlock Holmes eu só assisti O Enigma da Pirâmide e li O Xangô de Baker Street....nenhum dos dois escrito/filmado por Doyle.

Mas é claro que eu conheço o que todo mundo conhece: o detetive inglês de capa, chapéu (ou seja lá como se chama o que ele usa na cabeça) e cachimbo, sempre acompanhado de seu amigo Watson: “Elementar, meu caro Watson”. E é claro, que possui os melhores poderes dedutivos e de observação já vistos na história (sem mencionar o vício em cocaína).

E foi assim, dotada desse vasto conhecimento acerca do personagem que fui ao cinema na primeira sessão do dia 08 de janeiro assistir SHERLOCK HOLMES. E fico imensamente feliz em não ter me decepcionado nem um pouquinho.

É bem verdade que boa parte da imagem que temos de Holmes em nossa memória não advém dos livros, mas sim de outras produções cinematográficas e televisivas. Esse negócio de ‘elementar, meu caro Watson’? Esqueça. Pura invenção que acabou mais conhecida que o próprio personagem. E ela é sabiamente ignorada no filme, mesmo porque não combina com a dobradinha Holmes e Watson de Guy Ritchie.

Outra coisa na qual o filme se saiu muitíssimo bem foi na escalação dos atores. Robert Downey Jr. foi capaz de dar uma humanidade ao personagem que eu não julgava capaz de existir. E faz sentido que um detetive que conhece tão bem o submundo londrino não seja um fidalgo. Arrogante, egoísta e que se acha superior a tudo e a todos? Com certeza, mas com uma capacidade para se meter em enrascadas que não se iguala a nenhum outro. Tudo bem que ele sempre sai delas com maestria, mas não sem sujar as mãos (e o rosto, o corpo, a roupa e por aí vai).

E é justamente essa mistura de arrogância com carisma que nos faz ficar completamente apaixonados pelo Holmes de Robert Downey Jr. Eu mesma ficava encantada com as tentativas (nem sempre frustradas) do detetive de destruir o relacionamento de Watson e Mary.

Watson foi outro achado. Eu confesso que não sou exatamente fã de Jude Law, mas não consigo imaginar outro ator no papel do médico seguidor de Holmes. Esse sim, impecável em suas roupas e maneiras polidas, Watson ganhou meu coração. E pela primeira vez o médico deixou de ser apenas a força bruta do detetive e virou seu companheiro. Sim, porque não imagino Holmes conseguindo sair das enrascadas em que se metia sem a ajuda sempre precisa do médico.

Foi um toque especial essa necessidade de Watson de tomar as rédeas d a própria vida e abandonar a sandice que era viver ao lado de Holmes. Eu consigo entendê-lo muito bem. Mas era claro como o dia que o médico amava aquela loucura toda e se sentia doentiamente atraído pelos casos do detetive. E falemos a verdade, um completava o outro tão bem, que Holmes sem Watson (ou vice-versa) não teria graça alguma.

O filme em si me lembrou bastante o ritmo de O Enigma da Pirâmide, mas sem a cara de sessão da tarde. Não faltaram perseguições, seitas secretas, muitas explosões e algumas (algumas!?) lutas aqui e acolá. E é claro, um toque de romance. A relação de atração (física e intelectual) entre Holmes e Adler foi definitivamente explorada. E a atriz esteve brilhante, não menos do que isso. Infelizmente não posso dizer o mesmo de Mary e sua intérprete. Impossível acharem uma noiva mais sem graça para o pobre Watson.

Mas o melhor mesmo é ficar tentando adivinhar quais as pistas Holmes está enxergando, como está deduzindo as coisas, e, confesso, quase morri de curiosidade para saber como Blackwood escapou do enforcamento (embora fosse óbvio e a resposta era exatamente a que eu imaginava).

Também fica bastante óbvio que o acompanhante de Adler na carruagem é Moriarty. Embora só nos dêem um pequeno gostinho do Professor, muita coisa pode surgir daqui pra frente. Agora nos resta saber se o filme será um sucesso de bilheteria, porque eu quero uma continuação.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Doctor Who Special - The End of Time Part II


Doctor Who – The End of Time (Part II)

Exibição: 1º/01/2010

Imagem: rollina_gate



É difícil acreditar que após quatro anos, David Tennant se despediu de Doctor Who. E foi com um episódio muito bom, mas muito bom mesmo. Entretanto, não foi perfeito. É claro que como fã eu direi “nossa, foi fantástico, inesquecível, fenomenal”, mas se olhar com um pouquinho mais de atenção, serei ainda mais sincera e direi “foi fantástico, mas poderia ser muito melhor”.


The End of Time encerrou uma era de exageros. Sim, porque Russell T Davies era exagerado em todas as suas crises. O que se podia observar perfeitamente é que ele escrevia dramas pessoais de forma brilhante, mas tinha suas dificuldades nas tramas sci-fi e por conta disso sempre abusava das ameaças megalomaníacas para compensar suas faltas. E não foi diferente com The End of Time. Davies conseguiu trazer de volta não apenas o Mestre e os Senhores do Tempo (e Rassilon!), mas a própria Gallifrey, e bem à porta do nosso pequenino planeta Terra. Como bem disse alguém por aí, daqui a pouco será coisa comum em nossos noticiários “senhoras e senhores, hoje estivemos mais uma vez a beira da extinção graças a um planeta pronto a engolir a Terra” ou qualquer coisa semelhante.


Mas o que realmente me tirou do sério, foi terem me dado o gostinho de ter Gallifrey de volta juntamente com os Senhores do Tempo, apenas para os arrancarem de mim tão rapidamente como surgiram. Isso não é justo!


Apesar de tudo (ou principalmente por causa de tudo isso), o final da era Davies foi épico. Depois de uma primeira parte confusa, a segunda parte foi mais coerente e agradável. E acertaram com louvor ao colocarem Wilfred como companheiro do Doutor para esse final. Não tinha como ser um desconhecido, e não teria espaço para um velho companheiro. Mas Wilf esteve sempre por ali, era querido por todos nós e pode continuar com sua personalidade encantadora sem atrapalhar a trama. Muito pelo contrário, as cenas entre Wilf e o Doutor foram talvez as melhores das duas partes desse especial.


Inesquecíveis as cenas em que os dois conversam na lanchonete (ainda na parte 1) e que levou boa parte dos fãs às lágrimas, ou ainda a tentativa de Wilf de fazer o Doutor segurar o revólver na nave Vinvocci (e apenas a menção da volta dos Senhores do Tempo leva o Doutor a arrancar a arma das mãos de Wilf, o que nos diz muita coisa sobre o horror que foi a guerra que acabou por destruir Gallifrey). Mas nada, absolutamente nada se compara ao momento em que o Doutor precisou sacrificar a si mesmo para salvar o avô de Donna. E quem diria que seria Wilf (e não o Mestre) o responsável pelas famigeradas quatro batidas que acabariam com esta regeneração do Doutor?


Muito legal ter sido Wilfred, mas um pouco estranho que uma mera regeneraçãozinha tenha instigado a profecia dos Ood, não? (aliás, como foi que os Ood se desenvolveram tanto em tão pouco tempo? Eu sei que eles falaram no rasgo no tempo, mas não me convenceram. Parece que há algo mais por trás dessa história).


E já que o assunto é profecia, fiquei muito incomodada com a profetisa de Gallifrey. Não sei, mas vai contra a minha visão racional dos Senhores do Tempo, embora o plano de implantar no Mestre ainda criança um sinal que permitiria a passagem dos Senhores do Tempo através do vortex temporal em que estavam confinados tenha sido bem inteligente (só me pergunto como fica a história de que eles não podem mexer na própria linha temporal).


E John Simm mais uma vez esteve brilhante como Mestre. No momento em que ele explica o que sente para Wilf e o Doutor à beira das lágrimas, eu simpatizei totalmente com o vilão. Assim como torci para que o Doutor não atirasse no seu arquiinimigo. Não porque o Doutor é contra armas, mas porque o Mestre é tão insanamente bom que não consigo imaginar o Doutor sem sua contraparte.


É uma pena que Russel T Davies tenha exterminado de vez os Senhores do Tempo (apesar de que, eu confesso, ainda tenho a esperança de que o Moffat conseguirá trazer Gallifrey de volta de alguma forma inteligente e definitiva). Já o Mestre...bom, esse sempre volta. Ou alguém duvida de que em algum momento ele reaparecerá?


Quanto ao Doutor...essa foi a primeira vez que o vi sofrer tanto ao mudar. Davies sabia que seu tempo estava chegando ao fim e ele quis dar um fim magistral para a sua era e de Tennant e por isso tudo girou em torno da morte do Doutor nos últimos episódios. Foi um pouco desconfortável vê-lo tão apreensivo, desesperançado e mesmo apavorado com o fim de sua existência. Eu cheguei a pensar que ele temia que esse fosse o seu fim total, sua morte real e não apenas uma regeneração. Mas não, o Décimo de fato temia a mudança.


Tennant encarnou o Doutor mais humano de todos até agora. Bom, é o que dizem, eu confesso que ainda não assisti episódios suficientes de todos os Doutores ao longo das décadas, mas não há dúvidas de que o Décimo Doutor era incrivelmente humano. Ele sentia demais, amava demais, aproximava-se muito desses pequenos seres nessa pequena Terra. E ele amava viver, mesmo quando não tinha quaisquer motivos e se lançava em jornadas suicidas, sempre encontrando uma solução que o mantivesse aqui por mais um pouquinho.


Talvez por isso a idéia de regenerar fosse tão horrível para ele. A regeneração não é a morte. Eu sempre encarei como uma nova parte do Doutor aflorando e tomando conta, mas sem matar aquela anterior que continuará para sempre fazendo parte de sua pessoa. Ou seja, o mesmo homem sob uma nova capa e com algumas (sérias) modificações. Mas para o Décimo essas modificações matariam tudo o que ele era agora e isso o aterrorizava. Justamente porque o Décimo era tão humano, com medos humanos e paixões humanas. Por isso foi compreensível seu desespero no momento que percebeu que precisaria se sacrificar uma vez mais para salvar o amigo. E não seria um sacrifício pela humanidade, mas seria a morte por apenas um homem. Um homem idoso e de coração enorme, que confiava nele plenamente, a ponto de aceitar a própria morte para que o Doutor pudesse continuar a fazer o inimaginável.


Teria sido mais bonito se o Doutor tivesse aceitado o sacrifício com mais dignidade. Se tivesse deixado de lado o discurso de auto-piedade e entrado na cabine sem reclamar por tudo o que estaria perdendo para salvar o amigo. Sim, seria muito mais poderoso e agradável aos nossos olhos, e faria da sua última frase na TARDIS muito mais poderosa, mas então não seria o Décimo, porque o Décimo se deixa levar pelas emoções. Ele cai, erra, sente remorso, é centrado em si mesmo e egoísta muitas vezes, mas também tem o coração maior do que sua própria existência. Ele tem medo e ama viver e é por isso que o seu discurso é tão próprio dessa encarnação, embora esteja muito longe de todas as regenerações prévias.


Mas o que realmente importa é que ele sabia desde o início que sacrificaria a si mesmo pela vida de Wilfred, e como foi apavorante para ele. Acho que nunca esquecerei do Doutor na TARDIS, dizendo que não queria ir. Eu chorei, realmente chorei. E a explosão de energia durante a regeneração me deixou boquiaberta (novo cenário, nova TARDIS, nova decoração, tudo novo!). Por mais que eu quisesse continuar sofrendo pela partida do Décimo, fiquei tão extasiada com a aparição exuberante do Décimo Primeiro que tudo o que consegui foi ficar pulando como ele, sorrindo como uma idiota na frente da tela, encantada por vê-lo analisando seu corpo, na dúvida se era homem ou mulher.


O maior defeito nesse episódio final para mim foram as despedidas. Eu entendo que na verdade ao mostrar o Doutor procurando cada pessoa que foi importante para ele no decorrer dos anos, a série estava nos dando a oportunidade de dizermos adeus aos personagens que tanto amamos, mas não poderiam ter feito de uma forma um pouquinho diferente? Foi tão surreal ver o Doutor procurando um a um. A única explicação plausível é a de que ele pretende jamais reencontrá-los. Ou então, que queria ter uma última lembrança ainda com os sentimentos que guarda como Décimo Doutor, pois sabe que no momento em que regenerar até mesmo sua forma de ver e sentir serão diferentes.


Seja como for, não soou natural para mim o Doutor cronometrar sua regeneração tão perfeitamente de forma que pudesse dizer adeus a todos eles. Mas confesso que adorei ver Rose novamente. E para todos que criticam o fato dela não lembrar do Doutor no momento que ele regenerou para o Décimo, pergunto se vocês lembram de todas as pessoas desconhecidas com quem esbarram na rua. Eu não.


E pela primeira vez gostei de rever Martha e Mickey (talvez porque fosse a última vez.). Mas gostaria de saber como os dois acabaram casados. Não acho Mickey homem suficiente para uma mulher como Martha (e ela era tão fofinha noiva do médico lá). Já Donna...nunca os perdoarei por não a fazerem lembrar quem realmente é. Tudo bem que ela ficou feliz, casando e realizando seu sonho, mas seria muito mais corajoso de Davies se a fizesse realmente lembrar quem era e possivelmente tirar o Doutor da situação complicada em que ele esteve com o Mestre e Rassilon, mesmo que isso custasse sua vida.


Quanto a Jack, como estará sua vida depois de Children of Earth? E como ele teria interpretado aquela aparição repentina do Doutor?


Agora, tudo que sei é que Matt Smith tem um grande fardo nas costas. Os fãs de David Tennant são muitos e irão demorar para aceitar sua partida, mas a verdade é que estou tão ansiosa por conhecer de verdade o novo Doutor que mesmo o meu luto está bem guardado. Todas as aventuras dessa décima regeneração estarão bem seguras em meu coração e memória, mas chegou o fim da humanidade exagerada do Doutor. A ansiedade é em saber como será o Doutor daqui para frente, com novo produtor, novo ator, nova personalidade, novos companheiros (mas mesma trilha sonora, thanks God!). Quando será mesmo a Primavera de 2010?


*****


Algumas considerações:

* Toda a trama na nave Vinvocci foi desnecessária. A única cena realmente importante foi a da conversa de Wilfred e o Doutor, mas ela poderia ter acontecido em qualquer lugar, até na TARDIS. Mas gostei dos cactus ambulantes.

* Muito bonita a visita do Doutor à neta de Joan Redfern, demonstrando que ele não esqueceu o que viveu enquanto John Smith.

* Gostei de ver a participação de Russell Tovey como Alonso (personagem que já apareceu em The Voyage of the Damned, só para lembrar os que tem memória ainda pior do que a minha, coisa que é difícil). Mas era realmente necessário o Doutor aparecer para Jack só para unir os dois? (se bem que, se não fosse por Being Human, eu gostaria de ver Russell em Torchwood na possibilidade de uma próxima temporada)

* Interessante que uma população inteira de Mestres não briguem entre si. Achei legal que todos aceitem o comando do Mestre original. Talvez seja porque eles precisem do Mestre para continuarem existindo.

* O Doutor se joga de uma nave a alta velocidade e a sei lá quantos metros de altura e continua vivo? Por mim sua regeneração começaria ali mesmo.

* Qual era o propósito do tal Joshua Naismith e sua filha mesmo? Eis dois personagens inúteis. Se era só recobrar o portal e usar o Mestre poderiam ter feito de outro jeito.

* O Presidente dos Senhores do Tempo menciona os “weeping angels” velhos conhecidos nossos de Blink. Mas mesmo que não tivesse mencionado, eu teria reconhecido aquela postura dos dois gallifreyanos em qualquer lugar.

* Rassilon é o mesmo Rassilon fundador de Gallifrey ou algum outro Gallifreyano que por “coincidência” tem o mesmo nome?

* Afinal, quem era a mulher que aparecia para Wilf? Achei legal que tenham mantido em segredo. As lágrimas dela, o reconhecimento do Doutor, a votação contrária dentre todos os Senhores do Tempo nos faz pensar em múltiplas hipóteses, mas o legal mesmo foi terem nos deixado no escuro, assim nos dá chance de criar teorias.

A mãe do Doutor? Susan, a neta que foi abandonada em uma Terra pós-apocalíptica (lá na era do Primeiro Doutor)? Donna que não morreu e na verdade regenerou? Romana, a outra Senhora do Tempo que foi companheira do Doutor? The White Guardian? (conhecido para os seguidores de Doctor Who desde o seu início, o que infelizmente não é o meu caso).

E mais importante do que “quem é ela”, mas sim “como ela consegue se comunicar com Wilf?”.

* E Wilfred? Humano normal ou há realmente alguma coisa por trás do avô de Donna?

* Os Odd estão sendo evoluindo para serem os próximos Time Lords?

* Alguém viu o trailer da próxima temporada? Não sei vocês, mas eu fiquei encantada. Tem todo o ‘jeitão’ do Moffat mesmo.



Livros de 2009

Eu estava lendo o post da Naomi sobre os top 5 de livros lidos em 2009 e fiquei pensando: como eu li pouquíssimos livros (o ano estava muito agitado, mal tinha tempo de respirar e afins) e nenhum pode ser considerado uma grande leitura (certo, eu adorei a maior parte deles, mas os livros foram em sua maioria literatura juvenil), eu me absterei de fazer um top qualquer coisa. Farei apenas a minha listinha de coisas lidas em 2009, enquanto vejo se crio vergonha na cara e leio coisa melhor em 2010:

01) O Testamento - Eric Van Lustbader
02) Dream Chaser (série Dark Hunters) - Sherrilyn Kenyon
03) Acheron (série Dark Hunters) - Sherrilyn Kenyon
04) O Último Templário - Raymond Khoury
05) The Host - Stephenie Meyer
06) Nightwatch - Sergei Lukyanenko
07) Gossip Girl - As delícias da fofoca - Cecily Von Ziegesar
08) Anjos e Demônios - Dan Brown
09) Blood and Chocolate - Annette Curtis Klause
10) One Silent Night (série Dark Hunters) - Sherrilyn Kenyon
11) A Terra das Sombras (série A Mediadora) - Meg Cabot
12) Arcano Nove (série A Mediadora) - Meg Cabot
13) Reunião (série A Mediadora) - Meg Cabot
14) Hora mais Sombria (série A Mediadora) - Meg Cabot
15) Assombrado (série A Mediadora) - Meg Cabot
16) Crepúsculo (série A Mediadora) - Meg Cabot
17) Morto até o Anoitecer - Charlaine Harris
18) Living Dead in Dallas - Charlaine Harris
19) Club Dead - Charlaine Harris
20) Dead to the World - Charlaine Harris

Além desses, eu comecei a ler 04 livros que não consegui terminar ainda (ou porque são muito ruins e estou lendo a ritmo de tartaruga, ou porque a literatura é pesada e em inglês e estou realmente sem tempo, ou ainda porque está no notebook e fui viajar e não levei o bendito). São eles:

- Let the Right One In (John Ajvid Lindqvist)
- O Último Merovíngio (Jim Hougan)
- A Primeira Regra do Mago (Terry Goodkind)
- Atlantis (David Gibbins)

É, não é uma lista para se orgulhar, mas a cada novo ano nós tentamos melhorar....nem sempre isso é possível, infelizmente.