quarta-feira, 25 de abril de 2012

O que eu andei lendo - 25.04.2012

Esse negócio de fazer vídeo sobre o que eu ando lendo é meio complicado. Não se enganem, eu adoro fazer (porque sou tagarela e é sempre gostoso falar sobre um assunto que se ama), mas há épocas que eu leio, leio, leio e não termino livro algum, ou quando termino é um aqui outro daqui um século, ou seja, a regularidade dos vídeos vai para o espaço.

Outra questão é o 'clima' que eu estou para falar. Tem dias que eu estou caminhando e crio todo um texto legal na mente, mas então chego em casa, tem isso e aquilo para fazer, não dá tempo, a luminosidade está terrível, as olheiras chegam a dar medo e...enfim, a gravação não flui. E então, quando consigo conciliar o tempo, a vontade, o espaço etc e tal, as ideias maravilhosas para falar sobre os livros já se foram pelo ralo e eu fico abusando das mesmas expressões. Tem palavras que eu falo à exaustão: "bastante", "muito bom", "eu recomendo", "vale a pena", "denso" e por aí vai. Não é falta de vocabulário, é falta de intimidade com a câmera. Um dia eu ainda serei totalmente natural diante da câmera, mas esse dia ainda não chegou.

Certo, chega de ficar enrolando. Segue mais um "O Que Eu Andei Lendo" (pulei um...tem no youtube, mas esqueci de postar aqui no blog). Espero que gostem e sintam pelo menos um tantinho de curiosidade pelos livros mencionados, porque sinceramente "eu recomendo" ^_^.



segunda-feira, 23 de abril de 2012

Desafio Literário 2012: Confissões de Uma Máscara


Sinopse: Koo-chan vive um momento de conflito interior no Japão do entreguerras. No começo da adolescência, tem fantasias que combinam impulso sexual e violência sado-masoquista, desejo e morbidez. O rapaz chega a imaginar um ‘teatro da morte’, em que jovens lutares se enfrentariam como gladiadores exclusivamente para êxtase do próprio Koo-chan. À medida que avança na adolescência – e a Segunda Guerra Mundial se desenrola -, o rapaz tenta se interessar por mulheres. Por detrás da máscara de ‘normalidade’, porém, ele sabe que sua opção sexual não corresponde aos padrões convencionais. O protagonista empreende, aos poucos, uma viagem interior de descoberta e construção da própria identidade. 


Livro: Confissões de Uma Máscara 
Autor: Yukio Mishima
Tradutora: Jacqueline Nabeta
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 200

Havia muito que queria ler outro livro de Yukio Mishima. Minha primeira experiência com o autor foi há alguns anos, quando tive a oportunidade de ler O Marinheiro que Perdeu as Graças do Mar. É um livro belíssimo e forte e me deu uma impressão bastante positiva sobre ele. Tive a sensação de que Mishima não era um autor de livros fáceis e emoções rasas, mas sim alguém atormentado e que não tinha medo de colocar no papel esse turbilhão de pensamentos e dicotomias que passavam por sua alma.

Desde então quis colocar as mãos em outra obra dele, mas foi apenas ano passado que adquiri Confissões de Uma Máscara. E como um dos temas do Desafio Literário 2012 era autor oriental, pude unir o útil ao agradável.

Yukio Mishima não é o verdadeiro nome do autor. Nascido Hiraoka Kimitake, Mishima foi funcionário público antes de se dedicar exclusivamente à literatura. Mas essa vertente literária sempre fez parte de sua vida, e apenas não fez dela o seu foco principal mais cedo em virtude da não aceitação do pai.

Nascido em 1925, escreveu Confissões de Uma Máscara com cerca de 24 anos e foi o seu primeiro livro lançado. Apesar de não ser uma autobiografia explícita, a verdade é que os acontecimentos são bastante próximos de sua própria vida para que o leitor saiba que no fundo está lendo a história do autor.

E é fascinante observarmos o quão bem ele escreve. Seus escritos são profundos e um tanto melancólicos, mas sem deixar de nos mostrar um toque de sarcasmo. É possível para o leitor divertir-se mesmo nos momentos de reflexão sobre as camadas de hipocrisia – as tão citadas máscaras – que permeiam a vida do autor.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Livro: The Mortal Instruments - Book Four: City of Fallen Angels

Sinopse: A Guerra Mortal acabou e Clary Fray está de volta a sua casa em Nova York, empolgada com todas as possibilidades à sua frente. Ela vem treinando para tornar-se uma Caçadora das Sombras e mais importante de tudo, ela pode finalmente chamar Jace de namorado (e não mais de irmão). Mas nada vem sem um preço. Alguém está matando Caçadores das Sombras que costumavam fazer parte do Círculo de Valentine, provocando tensão entre os Downworlders e os Caçadores das Sombras, o que pode levar a uma segunda guerra. E quando Jace começa a se afastar da namorada sem qualquer explicação, Clary é forçada a procurar a raiz do problema, cuja solução revela seu pior pesadelo: ela mesma iniciou uma reação em cadeia que pode levá-la a perder tudo o que ama. 

Livro: The Mortal Instruments: Book IV – City of Fallen Angels
Autora: Cassandra Clare
Editora: Simon & Schuster
Páginas: 432

Eu estava esperando o 4º livro da série Os Instrumentos Mortais ser lançado no Brasil (em algum ponto deste ano) para iniciar minha leitura, mas uma ressaca literária gigantesca me forçou a buscar algo mais leve e ágil para ler, caso contrário eu correria o risco de ficar eternamente empacada nas páginas enfadonhas de alguns livros que iniciei e estou avançando a duras penas.

Assim, resolvi dar uma chance ao arquivo de City of Fallen Angels que eu tinha aguardando no meu computador desde o final do ano passado (não me julguem, eu leio sim coisas da internet, mas sempre busco comprar o livro depois se a história e o autor merecerem).  E não me arrependi nem por um segundo, já que foi uma leitura extremamente prazerosa.

A despeito do que diz a sinopse logo acima, este 4º livro não é inteiramente focado em Clary e Jace. Eles têm o seu lugar na história, mas a autora se preocupa em mudar um pouco o foco para outro protagonista: Simon Lewis, o amigo de infância de Clary, transformado em vampiro alguns livros atrás.

Simon é o meu personagem preferido, então isso por si só já garante o meu prazer na leitura, mas a história não deixou a desejar em momento algum, mesmo quando o foco eram os outros personagens. Irrita um pouco os eternos problemas de Jace e Clary, mas a partir de um certo ponto foi possível aceita-los um pouco melhor, porque deram início a um novo rumo para a história, o que será melhor desenvolvido nos próximos livros.

Sim, isso quer dizer que City of Fallen Angels terminou com gancho para a sua continuação. Notícia maravilhosa, mas eu estaria enlouquecida se não soubesse que o 5º livro da saga sairá agora em maio lá fora. Só espero que continuem explorando mais os outros personagens e não apenas Clary e Jace.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Livro: As Crônicas De Gelo E Fogo, V. 3 - A Tormenta de Espadas

Livro: As Crônicas de Gelo e Fogo - Livro Três: A Tormenta de Espadas
Autor: George R.R. Martin
Editora: LeYa Brasil
Páginas: 884

Fiquei com algumas dúvidas entre resenhar A Tormenta de Espadas ou não. Se a pessoa já leu o livro, não há muita novidade no que irei dizer, e se a pessoa não leu, bem, não tem como falar sobre o 3º livro de uma saga sem mencionar spoilers, muitos spoilers. Sem falar que é dificílimo comentar os livros da saga As Crônicas de Gelo e Fogo. Acontece muita coisa e quando termino um volume eu já experimentei tantas sensações diferentes, que não tenho mais certeza de meus sentimentos por personagem X ou Y ou ainda o que aconteceu neste ou naquele volume.

Seja como for, em linhas gerais, sem spoilers ainda, A Tormenta de Espadas é enorme e demorei bem mais do que eu pretendia quando comecei a leitura. Infelizmente um livro tão grosso é difícil de carregar por aí, o que me fazia ler apenas em casa à noite (em meio aos outros afazeres da vida) ou nos finais de semana. E digo infelizmente, porque é o tipo de livro que é muito mais aproveitado quando a pessoa consegue engatar a leitura em uma sequência quase ininterrupta. O clima de pressão é bem mais fácil de digerir.

E se tem uma coisa que há neste livro, é pressão. O leitor não consegue ficar sossegado ou seguro de coisa alguma. As nossas alianças (e eu digo nossas mesmo, dos leitores) vão sendo alteradas no curso da história. É muito difícil escolher um lado da disputa e seguir firme até o fim quando você tem o privilégio de conhecer o pensamento de pelo menos um membro de cada grupo.

Também temos a chance de vermos mudanças bruscas acontecendo, algumas até imagináveis, outras tão surpreendentes que o nosso queixo cai até que paramos para analisar e faz todo o sentido do mundo e se vivêssemos naquele lugar provavelmente pensaríamos da mesma forma.

Mas, é claro, também tem aquelas situações tão explosivas que eu não resisti a ansiedade e o desespero, coloquei o livro de lado por alguns momentos e fui pesquisar por spoilers específicos que era para não morrer do coração.

Dito isso, fica a minha opinião: o livro é excelente e é difícil segurar a língua para não soltar spoilers por aí, pois a vontade de comentar a cada cena lida é gigantesca. E as teorias já começam a rodar por nossa mente...as visões começam a fazer sentido e algumas coisas que vinham sendo construídas desde o primeiro livro finalmente ganham mais corpo e objetivo prático na história como um todo.

E agora vamos aos spoilers, pois para eu poder comentar o que eu quero, preciso abrir o jogo total e completamente.