sexta-feira, 23 de julho de 2010

True Blood: Trouble (3x05)

Série: True Blood
Episódio: Trouble (3x05)


Eu não tinha planos de escrever reviews de True Blood, mas como essa semana fiquei a responsável de escrever para o Teleséries, resolvi postar o texto aqui também.
Todo mundo reclamando desta temporada de True Blood e eu, eternamente do contra, achando que a série finalmente está se redimindo do fiasco Maryann. Nem tudo está perfeito, mas eu gosto desta divisão de núcleos, este acréscimo explosivo de personagens. Talvez porque, como fã incondicional dos livros da Charlaine Harris, eu esteja mais acostumada com essa miríade de personagens. É claro que, mesmo lá, Sookie é sempre a principal (afinal, os livros são contados pelo ponto de vista dela), mas a gama de pessoas que esta garota conhece não é brincadeira. Por isso eu não estranho ao ver gente aparecendo dos lugares mais improváveis, muito pelo contrário, eu espero por isso.
A série, entretanto, tem seu próprio curso e embora eu reclame da mudança da personalidade dos personagens entre livro e série, eu cheguei a um estágio de conforto onde eu aceitei que a série tem seu próprio caminho e história e é neles que eu tenho que me focar.

sábado, 17 de julho de 2010

10 Livros em 10 Dias - O livro mais antigo

Tenho a sensação de que praticamente todos os dias dessa lista tiveram missões de duplo (as vezes triplo) sentido. A resposta sempre podia pender para um lado ou outro. O último dia não foi diferente. O livro mais velho que você tem ou leu pode ser o escrito há mais tempo, o que você leu há mais tempo (o primeiro nós nunca esquecemos) ou a edição que você tem em sua casa que foi publicada há mais tempo.
O primeiro livro que eu li (sem contar os contos de fada infantis que eram coleções cujo nome não lembro) foi As Brumas de Avalon, aos 08 anos de idade, como já mencionei outro dia. Já a edição mais antiga na minha casa eu não tenho como listar, simplesmente porque não estou em casa e não tenho acesso a nenhum dos meus livros. 
Assim, resta-me a 3ª opção.

Dia 10:
Livro mais velho que você tem ou leu:

Fiz uma busca nos livros escritos há mais tempo e lidos por mim no decorrer desta minha não tão longa vida (mas não tão curta também). Não foram muitos os anteriores a 1900. Pelo meus cálculos, foram nove, sendo que posso ter esquecido algum nos cantos obscuros da minha mente.
A maioria foi escrito no século XIX ou XVIII, mas um deles foi escrito bem antes. Não teve pra ninguém, Romeu e Julieta, de William Shakespeare venceu disparado este embate (certo, não foi tão disparado assim, pois eu quase nomeei Hamlet o vencedor, quando descobri que R&J é ainda mais antigo). Escrito em torno de 1590 foi (provavelmente) o livro mais antigo que eu li.Infelizmente não no idioma de origem, pois meu inglês não é tão bom assim para compreender Shakespeare no original. Ou melhor, para compreender Shakespeare. Ponto.
Embora eu tenha gostado muito do livro em si, passei muita raiva enquanto o lia. Não entendo como as pessoas podem considerar o sentimento de Romeu e Julieta como o ápice do amor. Eles eram duas crianças (Julieta tinha 14 anos ou algo próximo a isso) e bastante inconstantes, principalmente Romeu. Verdade seja dita, eu desprezei Romeu por todo o livro. Inicialmente ele era apaixonado por uma outra jovem (cujo nome não lembro) e morreria de amor por ela, até conhecer Julieta e se desmanchar pela garota (mas antes das duas, há menção de uma terceira!). E só não mudou de idéia mais para frente, porque morreu antes de ter a oportunidade. 
Romeu era inconstante, não era confiável, e não merecia o carinho de uma jovem como Julieta, essa sim, disposta a lutar pelo que considerava correto (inclusive a deitar-se com o homem que amava sem medos ou preconceitos). 
Não tenho dúvidas de que Romeu e Julieta seja um livro belíssimo e que merece ser lido e discutido. Mas exemplo de amor verdadeiro? Só se for para mostrar como não se deve agir quando se é movido pela paixão, porque Romeu pode ter sentido qualquer coisa, menos amor de verdade.


sexta-feira, 16 de julho de 2010

10 Livros em 10 Dias - Série de livros que mais gosto

Antes de qualquer coisa é preciso dizer que amo livros em série. Amo. Já li vários. A coleção Dark (e Dream) Hunter, da Sherrilyn Kenyon eu adoro (embora sejam repetitivos depois de um tempo, tem personagens adoráveis e já li mais de 20 livros nessa brincadeira) e sou apaixonada pela série Darkover da Marion Zimmer Bradley (tem alguns livros excelentes, outros nem tão bons e outros ainda que são uma bagunça só, mas a coleção como um todo é fantástica e o mundo que ela criou é tão envolvente que não tem como não amar, embora, admito, eu prefira a história de Darkover em seus primeiros anos do que séculos depois). Da própria Marion eu também amo toda a série sobre Avalon, que começa lá atrás, na queda de Atlântida (nos excelentes Teia de Luz e Teia de Trevas....amo a personagem Deoris mais do que qualquer outra) e termina no estranho Heartlight nos dias atuais (a ligação entre eles é bem sutil, algumas menções veladas à Deoris, à Damaris, à Atlântida e à Avalon, mas é um mesmo universo, embora possam ser todos lidos separadamente sem problema algum).
Recentemente fui viciada na coleção Sookie Stakchouse Stories, da Charlaine Harris e não posso esperar para ler mais um livro. Pouco tempo atrás li a série adolescente A Mediadora, da Meg Cabot, que é deliciosa e de leitura fácil e rápida.
A verdade é que eu amo ler, mas prefiro quando os livros são em série do que livro individual (a menos que o negócio seja ruim demais). O Guia do Mochileiro das Galáxias, por exemplo, comecei a ler e sinto por ser  uma série, porque comprei todos e mal estou aguentando ler o primeiro volume.
E a lista de séries continua.


Dia 09:
Série de livros que você mais gosta


Mas não tem jeito, na hora de escolher a preferida é Harry Potter mesmo. Até pensei em escolher Darkover, pois ela foi muito importante para mim, mas nenhuma outra mobilizou a minha vida como Harry Potter. 
Eu descobri por acaso. Estava passando no cinema o primeiro filme e a Silvia Helena Penhalbel me falou para assistir e lá fui eu, sem saber de nada. Gostei do filme e decidi que iria ler os livros. 
Até o quarto volume eu li emprestado de uma amiga e então não aguentei mais esperar e comecei a comprar a série. Em inglês e em português (e a ler um milhão de fanfictions, mas isso não vem ao caso). Lembro que quando saiu The Deathly Hallows eu coloquei minha vida em stand by e fui para a sala com o livro nas mãos e só larguei quando terminei.
Fico espantada em pensar como a Rowling conseguiu criar toda uma mitologia tão próxima e ao mesmo tempo tão diferente, mas acima de tudo com qualidade. 
O tempo pode passar, mas Harry Potter será sempre único.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Wedding Wars - um filme melhor do que parece

John Stamos e Eric Dane em Wedding Wars


Não sou fã do John Stamos, por isso jamais pensaria em assistir um filme onde ele é o protagonista. Mas fui coagida pela minha necessidade de ver mais algum trabalho com o Sean Maher, além de Firefly. Foi assim que eu acabei assistindo Wedding Wars, um telefilme feito pelo canal A&E. 
E qual não foi a minha surpresa ao perceber que eu até simpatizei com Stamos? É claro que eu quis esganá-lo em algumas cenas, mas foi mais uma reação a certas atitudes do personagem do que ao ator em si, o que diz muito sobre o quanto ele me agradou nesse filme.
Wedding Wars é uma mistura de romance com ativismo político e por incrível que pareça, funciona. É verdade que há momentos que o filme exagera e quase (!?) descamba para o absurdo, mas em sua maioria a história nos é apresentada redondinha e de maneira bastante agradável.
John Stamos e Eric Dane interpretam os irmãos Shel e Ben Grandy. Enquanto Shel é gay e feliz, num relacionamento estável com o promotor assistente Ted Moore (Sean Maher), Ben é hétero e pretende casar em breve com a filha do Governador do Maine. Em uma demonstração de afeto fraternal (ou mais especificamente, concessão à ideia da noiva), Ben convida Shel para ser o organizador de seu casamento. E tudo ia muito bem, até que o Governador se vê numa sinuca política e declara que é contra o casamento homossexual em um discurso escrito por não outro, mas o próprio Ben.

10 Livros em 10 Dias - Livro que menos recomendo

Falar mal de um livro é quase tão gostoso quanto falar bem, mas escolher aquele que você menos recomenda não é tão fácil quanto parece. Porque não é simplesmente o livro ruim que você não gostou (porque são vários), e sim aquele que você contava que fosse bom e se decepcionou. Por isso resolvi não escavar muito a minha memória e listar o primeiro que me veio à mente.

Dia 08:
Livro que você menos recomenda:


No final do ano passado uma amiga recomendou um livro que falava de lobisomens e falou tão bem que eu não sosseguei enquanto não li. Foi assim que terminei com Blood and Chocolate, da escritora Annete Curtis Klause, em minhas mãos.
A idéia do livro poderia ser legal, se fosse melhor executada. Basicamente fala de uma jovem de 16 anos, Vivian Gandilon, cujo pai faleceu há alguns meses e que agora vive com a alcatéia (também se fala alcatéia para grupo de lobisomens?) em Maryland. Como o pai era o líder do grupo, a alcatéia está meio perdida, ainda decidindo quem será o novo chefe.
Nesse ínterim Vivian, que se sente completamente confortável com sua condição de Loups-garoux, se apaixona por um jovem humano normal. É claro que isso traz problemas para ela, para os lobos e também para o rapaz. 
E durante todo o percurso eu estava lá, quase morrendo de tédio e xingando a autora de tudo quanto é coisa que eu conseguia lembrar. Eu sabia que Blood and Chocolate era um livro escrito para adolescentes, mas nada justifica a falta de qualidade do bendito. Ele não é bem escrito, a história não empolga, os personagens são os mais clichês possíveis e, tudo só não vai completamente pelo ralo, porque surpreendentemente a autora termina o livro de forma bem diferente de como eu imaginei. Eu podia jurar que ela seguiria por um caminho, mas não é que ela terminou exatamente como eu queria?
Seja como for, não recomendo. E pelo que eu soube, o filme é muito pior. Ainda não tive coragem de assistir para dar minha opinião.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

10 Livros em 10 Dias - Recomendando um livro

Recomendar um livro não é uma tarefa muito fácil. Um dos motivos é que a memória te engana: aquele livro que pareceu fantástico 15 anos atrás quando você o leu, pode não ser realmente tão bom e recomendá-lo pode ser um perigo. O outro motivo é que indicar um livro vai além da sua qualidade, depende muito do que o outro leitor espera. Mesmo assim, apenas dois livros vem à minha mente de imediato quando alguém me pergunta "qual livro você acha que eu devo ler?". Como um deles eu já mencionei alguns dias atrás (Ninja), resta-me falar do outro.

Dia 07:
Livro que você mais recomenda:


Pensei em As Brumas de Avalon, da Marion Zimmer Bradley antes de qualquer outro livro. Fiquei em dúvida se o incluía na lista, porque a última vez que eu o li (foram 05 no total) foi há cerca de 13 anos e muita coisa mudou  na minha forma de ver o mundo desde então. Mas a verdade é que As Brumas foi uma coleção que me marcou profundamente. Foi por ela que eu conheci a história do Rei Arthur (eu li pela primeira vez aos oito anos de idade) e, embora tenha descoberto anos depois que Marion tinha uma visão toda própria dessa história, é ela quem ficou gravada tanto na minha mente como no meu coração.
Aprendi a amar Morgana (a irmã do rei e personagem por cujos olhos enxergamos a história) como nenhum outro personagem literário e a torcer por Avalon e sua história e cultura riquíssimas em detrimento dos desmandos da igreja daquela época (vilanizada ainda mais na imagem da odiável rainha Gwenhwyfar).
Sempre me fascinou o poder daquelas mulheres (geralmente tão esquecidas nas histórias tradicionais por nós conhecidas), a força de vontade, a forma como lutavam pelo que julgavam correto e como jamais desistiam e, quando o faziam (ou se subjugavam ao sexo oposto ou as maquinações políticas, costumes ou mesmo ao desvario de alguém superior na linha de comando) sempre arcavam com as consequências nada agradáveis, dando-nos uma demonstração clara de que temos que ser antes de tudo fiéis a nós mesmas e estarmos dispostas a pagar o preço, seja ele qual for, pelos nossos atos.
Seja em seus personagens de caráter forte ou em seus personagens de caráter fraco e preguiçoso, As Brumas de Avalon nos dá lições de vida de forma inteligente e prazerosa, porque é impossível ler a coleção sem se sentir completamente transportado para aquele mundo tão diferente e fantasioso e ao mesmo tempo tão igual ao que vemos todos os dias.
E devo dizer que a paixão foi tamanha que li todos os livros (menos um, mas já o adquiri) acerca de Avalon, saga iniciada lá nos idos de Atlântida (com a Teia de Luz e Teia de Trevas) e encerrada nos dias atuais (com o livro Heartlight, o qual, na minha opinião, foi o que mais deixou a desejar nessa história milenar).

terça-feira, 13 de julho de 2010

10 Livros em 10 Dias - O livro no qual menos prestei atenção

Depois de ler o que a Naomi disse no PduBT cheguei a conclusão de que não sou eu a incapaz de compreender o que a tarefa do dia exige, é a missão que é dúbia mesmo. Afinal, prestei menos atenção porque o livro é chato de doer ou porque é tão gostoso que li brincando? Ou ainda, porque é fútil e leve e eu pude ler sem maiores reflexões porque o objetivo era simplesmente passar o tempo mesmo? Para cada um desses teria um livro diferente para postar aqui, mas como precisava escolher um, vamos lá.

Dia 06:
Livro que menos te fez ter a atenção nele:


Eu pensei seriamente em um livro do Ken Follett que li anos atrás, mas não consegui lembrar do nome (ou da história) do bendito, pois li um sem número de livros dele na mesma época. Então resolvi nomear uma leitura mais recente: O Último Merovíngio, do Jim Hougan.
Esse livro tem tudo o que um livro precisa para despertar a atenção de alguém: espionagem (o personagem principal é agente da CIA), intriga e perseguição, e mais importante de tudo, sociedades secretas e mistérios envolvendo a igreja. Mesmo assim é ruim de doer. Cansativo, confuso e chato. Precisei de muita força de vontade para terminar a leitura. Volta e meia eu pulava alguns parágrafos, isso quando não usava do método de 'passar os olhos pela página e ir em frente'. Tanto que cheguei num ponto e fui obrigada a voltar para alguns capítulos atrás para lembrar quem era quem. Querem menos atenção do que isso?

segunda-feira, 12 de julho de 2010

10 Livros em 10 Dias - livro que prende a atenção


Quando comecei essa jornada dos livros e dos dias eu sabia que teria dor de cabeça. Dito e feito. Mal cheguei na metade e a cuca já fundiu. Cada escolha teve sua própria história dramática, mas esta aqui foi de matar. Primeiro porque não conseguia decidir qual era a proposta inicial para este 5º dia e depois porque não importava qual das variações para a proposta eu seguisse (atenção no bendito por ser difícil compreender ou atenção por ser interessante demais) eu não tinha a menor idéia de qual seria a minha escolha.
Acabei apelando para o meu diário de leitura. Quando eu era mais nova (e mais organizada) eu anotava tudo que lia e fazia um resuminho que era para não esquecer do que se tratava depois (pois é minha gente, a memória ruim não é velhice, é de nascença!). Então cavoquei nos CDs antigos e enquanto vasculhava nas várias páginas do word para tentar achar a luz, acabei lembrando do livro que seria a escolha ideal. E ele nem estava na lista!

Dia 05:
Livro que mais te exigiu atenção (seja por um motivo ou outro):

Li Musashi, do Eiji Yoshikawa um milhão de anos atrás. O livro é um catatau. Ou melhor, os livros, já que são dois volumes e ambos igualmente enormes (na casa das 900 páginas cada). Mas ele é tão bom que você nem sente a leitura. Quero dizer, não sente o tempo passando, porque você sente o desespero dos personagens e compartilha desse desespero, principalmente porque o livro nunca acaba e o desejo de saber o final é mais forte do que a sua necessidade de respirar.
Como o título já anuncia, Musashi conta a história de Miyamoto Musashi, o maior espadachin japonês e a sua evolução de menino selvagem à homem sábio e exemplo de uma nação para todo o sempre. Embora, eu confesso, não era ele o personagem que eu mais gostava no livro, e sim Sasaki Kojiro.
Agora, por que ele mereceu o título do que exigiu a minha atenção mais do que outros? Eu creio que é porque ele trata de um assunto bem diferente da nossa realidade ocidental. E ele tem um ritmo diferente. Você não consegue parar de ler antes de terminá-lo, mas também não consegue ler como se fosse um livro qualquer e mesmo assim compreendê-lo.
O problema é que enquanto eu escrevia aqui, lembrei de mais dois livros que exigiram minha atenção triplicada pelo mesmo motivo: Let the Right One In, de John Ajvide Lindqvist (livro sueco e de um estilo e ritmo completamente diferente do qual estamos acostumados por aqui), e Night Watch, de Sergei Lukyanenko (livro russo, complicadíssimo para entender, seja pelo estilo narrativo, seja pelos personagens de nome estranho e acontecimentos surreais, mas muito bom, ao contrário do péssimo filme que fizeram depois).
E é melhor parar por aqui antes que eu lembre de outro livro e chegue a conclusão de que o 5ª Dia foi um fracasso total na minha já maculada capacidade de decidir.

domingo, 11 de julho de 2010

10 Livros em 10 Dias - O livro mais caro

Embora eu seja fã de livros e sonhe em ter minha biblioteca particular, eu confesso que não sou lá muito mão aberta. Na verdade, sou extremamente mão fechada, então é muito difícil eu comprar um livro caro, muito difícil mesmo. Quando aparece um livro que eu quero muito ler (como A Primeira Regra do Mago, do Terry Goodkind) que está uma fortuna (nesse caso específico R$ 75,00) eu sempre vou para a alternativa mais em conta: compro a versão em paperback em inglês que sai um terço do valor ou ainda menos (R$ 19,42 na Livraria Cultura).
Mas teve um livro que me obriguei a colocar a mão no bolso. Simplesmente não queria a edição mais aprazível para a minha conta bancária (embora ela exista), eu queria a edição comentada, grande, bonita...nada menos me deixaria feliz.

Dia 04:
Livro mais caro que você comprou


Alguns poucos anos atrás uma amiga emprestou Alice no País das Maravilhas do Lewis Carroll para eu ler. Eu tinha acabado de ler O Mágico de Oz e fiquei fascinada com a idéia de ler Alice. E o livro da minha amiga era fantástico. Todo comentado, explicadinho, com ilustrações originais e impresso em um papel de qualidade. É muito raro eu ter em mãos livros assim. Mas infelizmente na época não consegui terminar de ler, fui embora de São Paulo e nunca mais vi um exemplar como aquele. Até que Alice voltou a ficar na moda (o filme do Tim Burton provavelmente foi o maior responsável) e eu o encontrei para vender em versão econômica. Não fiquei satisfeita e vasculhei a Livraria Cultura até achar o bendito
R$ 79,90. Doeu meu coração e meu bolso, mas fiquei satisfeita. Era um livro que eu queria há muito tempo e nenhuma outra versão me deixaria feliz, o que me obrigou a comprá-lo. Não me arrependo, embora, confesso, ainda não tive tempo de ler (quem manda eu ficar com um milhão de projetos de leitura simultâneos? Dá nisso...compro e só leio um século depois).

sábado, 10 de julho de 2010

10 Livros em 10 Dias - O livro mais barato.

Quase morri tentando achar informações sobre o livro mais barato que comprei. Eu sou rata de promoção, compro tudo quando está em conta. E também sou rata de sebos, e lá precisa estar ainda mais barato, senão passo direto. Em sebos, o livro mais baratinho que comprei foi Ninja, por R$ 1,00 mas legal mesmo é pensar nas promoções das livrarias.
As pechinchas das quais participei foram praticamente todas do Submarino. Por lá já comprei toda a coleção de As Brumas de Avalon por R$ 29,90 ou ainda As Crônicas de Nárnia por R$ 39,90....ou a trilogia O Senhor dos Anéis (ou melhor, o livro único) + O Hobbit + O Silmarillion por...não lembro bem se foi R$ 39,90 ou R$ 49,90.
Mas a maior pechincha da minha vida foi um livro que comprei anos atrás (mas anos mesmo, quase duas décadas atrás) em uma livraria que tinha perto do local de trabalho da minha mãe. 

Dia 03:
O Livro mais barato que você comprou:

Nem precisei pensar muito no meu livro mais barato. Eu sabia que era Flame - A Chama da Paixão, da Juddy Feiffer. Quero dizer, eu sabia que se chamava Flame, mas não tinha a menor idéia do nome da autora ou mesmo da história. Eu era bem novinha quando li e não lembrava mais nada do livro. A única coisa que ainda guardava era o nome. Então lá fui eu em um árduo trabalho de pesquisa tentando levantar maiores informações.
Com muito custo descobri o nome da autora e uma fotinho para ilustrar o post. Até o resumo da história achei por aí....mas não me perguntem se eu lembro de algo, porque sinceramente não lembro. Só sei que na época eu gostei bastante. Na verdade, foi uma surpresa o quanto eu gostei do livro. Lembro bem que eu pensei "nossa, como pode um livro tão bom ter custado apenas R$ 2,00?"
Pois é, a minha pechincha foi de dois realitos. É claro que isso foi há cerca de 18 anos (poucos mais, pouco menos), mas mesmo naquela época era tão pouquinho que eu fiquei assustada quando vi o valor. Eu comprei sem ter a menor idéia do que se tratava o livro. Mas não me arrependi. Tudo bem, eu era adolescente e tal, mas tenho certeza que, pelo menos à época, valeu cada mísero realito empregado.... e teria valido mesmo se fosse mais caro.

****
E só para deixar claro, guardo o livro até hoje, mas está na minha pequena coleção que ficou na casa dos meus pais, por isso a dificuldade em ter informações sobre o livro aqui, em outra cidade.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Identity - Second Life (1x01)

Identity - Second Life
(1x01)

Eu decidi assistir a Identity sem saber muito bem do que se tratava. Sabia que seria estrelado pela Keeley Hawes, de quem sempre gostei (a conheci anos atrás em Spooks - Dupla Identidade aqui no Brasil - mas o grande público a conhece mais por seu papel em Ashes to Ashes) e pelo Aidan Gillen, que eu não tinha a menor idéia de quem era, mas fiquei sabendo que fez The Wire (que infelizmente não vi ainda) e Queer as Folk UK (que só vi o primeiro episódio).
Assim, lancei-me nesta empreitada totalmente no escuro, mas confiante. É simplesmente impossível não gostar da Keeley e, via de regra, eu adoro séries policiais inglesas.
Infelizmente Identity é muito aquém do esperado. Não é uma série, pelo menos ainda não. Por ora Identity é uma minisserie em seis episódios, mas Spooks também era e olha só onde está hoje. A diferença é que as opiniões que li por aí não foram muito favoráveis ao episódio de estréia desse novo drama da ITV.
O tema é até interessante: uma nova unidade de elite da polícia é criada para lidar especialmente com crimes de roubo de identidade. O problema é que os personagens não são lá muito carismáticos. Martha Lawson, a personagem de Keeley é casada com o trabalho, obstinada, lutou para criar a unidade e 'ganhou' de presente um policial que costumava trabalhar infiltrado e que, portanto, conhece bem o ramo de uso de identidade alheia. Apesar disso, ela não é exatamente interessante e por mais que eu ame a atriz, sua personagem me parece um pouco artificial e não mostrou ainda a que veio.
Já Aidan interpreta John Bloom, o detetive que costumava trabalhar disfarçado. Teoricamente essa vida ficou para trás, mas o seu encontro com Adile Kemal (Agni Scott, também ex-Spooks) no final do episódio nos dá a entender que o detetive não se desvinculou totalmente de um dos seus disfarces.
A ideia do personagem é até instigante, mas a realidade nem tanto. John é cliché demais, assim como a desconfiança de todos da unidade em relação a ele. E por falar no restante dos membros da equipe, nenhum chamou muita atenção. Talvez isso mude, mas por enquanto eles são apenas 'a especialista em computadores', o 'mais novo da turma' e 'o detetive sério e que se acha dono da razão'. 
Porém, apesar de minha birra com esses detalhes, eu gostei do episódio. O início foi meio chato, o crime foi um tanto agressivo e novelesco demais, mas depois de um tempo o negócio esquentou e consegui me conectar um pouco com a situação. Os personagens continuam sendo indiferentes para mim, mas a forma como a trama se conduziu a partir de dado momento me deixou com vontade de ver mais da série.
Posso parecer contraditória, mas a verdade é que eu recomendo Identity. Ela peca em sua falta de charme inglês, mas atrai o suficiente para te levar a assistir ao próximo episódio.

10 Livros em 10 Dias - O livro que odiei

É quase tão difícil falar sobre o livro que eu odiei quanto falar sobre o que eu mais gostei. A minha lista de desgostos é grandinha, e como sempre, muda no decorrer dos anos. Lembro que o primeiro livro que eu interrompi a leitura foi O Perfume, ainda na minha adolescência. Mas na época eu era bem mais nova e tinha uma cabeça diferente. Não sei se teria a mesma aversão se o relesse atualmente.
Muitos anos se passaram, interrompi alguns (poucos, pois tenho a política de seguir firme até o fim mesmo achando ruim) e, portanto, tive sérios problemas para escolher o livro desse segundo dia.

Dia 02:
O livro que você mais odiou:

Comprei Atlantis, do David Gibbins por três motivos. O primeiro é que estava em promoção e eu não resisto a uma boa promoção de livros. O segundo é o tema. Adoro essa busca incessante por Atlântida. E o terceiro é um amigo meu que estava lendo outro livro do mesmo autor e me instigou. Infelizmente, não fui feliz na minha escolha.
Atlantis é um livro que supostamente trata da busca de Atlântida. Então, o que eu esperava era uma aventura arqueológica ou mítica, mas me senti enganada. Os personagens não são cativantes, as situações são impossíveis e os termos técnicos (geralmente no ramo da arqueologia marinha ou militar ) são cansativos e excessivos. Porém se o autor tivesse usado da mesma estratégia, mas como competência, a leitura não teria se tornado tão enfadonha. Foi a mistura mal feita e a constante promessa de que melhoraria (ou que se fixaria em alguma coisa...seja na arqueologia ou na aventura militar impossível) que faz de Atlantis um tiro no próprio pé, pois você espera por algo e esse algo nunca chega. Aliás, em Atlantis você sai de lugar algum e vai parar em lugar nenhum.
Arrependo-me profundamente de ter usado do meu rico dinheirinho para ler um livro que só me fez desperdiçar o meu tempo. Não recomendo.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

10 Livros em 10 Dias



Quem me conhece sabe que eu sou terrível com esse negócio de fazer lista, escolher preferências e qualquer coisa neste sentido. Indecisa demais, nunca consigo ter um única alternativa e, pior, mudo de opinião e gosto mais rápido do que mudo de roupa.
Mas ao ver este post no site da Naomi eu fui obrigada a participar. Simplesmente não consegui ficar de fora. E agora cabe a mim quebrar a cabeça e tentar descobrir os meus 10 livros....em 10 dias.
Eis os critérios:


Dia 01:
Livro que você mais gostou:

É claro que eu tenho minha listinha de livros preferidos, mas as vezes não tenho certeza se eles são realmente tão bons ou se foram especiais em momentos específicos da minha vida. Porém, depois de muito pensar me decidi por um (já que não dava para escolher mais mesmo): NINJA, do Eric Van Lustabder.
Na verdade Ninja é o primeiro livro de uma série de seis (dos quais li apenas três até agora), mas ele é suficiente em si mesmo. Conta a história de Nicolas Linnear, jovem parte chinês, parte inglês, criado no Japão, mas atualmente morando nos Estados Unidos e que se vê envolvido em uma série de crimes aparentemente cometidos por um ninja.
O livro é muito bem escrito e mistura o passado e o presente de Nicolas Linnear de forma brilhante, como poucos autores conseguem fazer. Na verdade é difícil decidir por qual dos dois períodos da história o leitor se apega mais. Somos levados para diferentes pontos da história japonesa num contraponto exato ao modo de vida atual do ocidente. E os personagens são tão bem trabalhados e com tamanha profundidade que muito rapidamente eles passam a fazer parte de nossas vidas.
Ninja é um livro que me marcou profundamente e que já reli algumas vezes e fiz questão de comprar, inclusive para presentear a amigos. Uma pena que atualmente só é possível encontrá-lo em sebos, já que a edição está esgotada, mas vale a pena. É uma obra-prima.