Identity - Second Life
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Eu decidi assistir a Identity sem saber muito bem do que se tratava. Sabia que seria estrelado pela Keeley Hawes, de quem sempre gostei (a conheci anos atrás em Spooks - Dupla Identidade aqui no Brasil - mas o grande público a conhece mais por seu papel em Ashes to Ashes) e pelo Aidan Gillen, que eu não tinha a menor idéia de quem era, mas fiquei sabendo que fez The Wire (que infelizmente não vi ainda) e Queer as Folk UK (que só vi o primeiro episódio).
Assim, lancei-me nesta empreitada totalmente no escuro, mas confiante. É simplesmente impossível não gostar da Keeley e, via de regra, eu adoro séries policiais inglesas.
Infelizmente Identity é muito aquém do esperado. Não é uma série, pelo menos ainda não. Por ora Identity é uma minisserie em seis episódios, mas Spooks também era e olha só onde está hoje. A diferença é que as opiniões que li por aí não foram muito favoráveis ao episódio de estréia desse novo drama da ITV.
O tema é até interessante: uma nova unidade de elite da polícia é criada para lidar especialmente com crimes de roubo de identidade. O problema é que os personagens não são lá muito carismáticos. Martha Lawson, a personagem de Keeley é casada com o trabalho, obstinada, lutou para criar a unidade e 'ganhou' de presente um policial que costumava trabalhar infiltrado e que, portanto, conhece bem o ramo de uso de identidade alheia. Apesar disso, ela não é exatamente interessante e por mais que eu ame a atriz, sua personagem me parece um pouco artificial e não mostrou ainda a que veio.
Já Aidan interpreta John Bloom, o detetive que costumava trabalhar disfarçado. Teoricamente essa vida ficou para trás, mas o seu encontro com Adile Kemal (Agni Scott, também ex-Spooks) no final do episódio nos dá a entender que o detetive não se desvinculou totalmente de um dos seus disfarces.
A ideia do personagem é até instigante, mas a realidade nem tanto. John é cliché demais, assim como a desconfiança de todos da unidade em relação a ele. E por falar no restante dos membros da equipe, nenhum chamou muita atenção. Talvez isso mude, mas por enquanto eles são apenas 'a especialista em computadores', o 'mais novo da turma' e 'o detetive sério e que se acha dono da razão'.
Porém, apesar de minha birra com esses detalhes, eu gostei do episódio. O início foi meio chato, o crime foi um tanto agressivo e novelesco demais, mas depois de um tempo o negócio esquentou e consegui me conectar um pouco com a situação. Os personagens continuam sendo indiferentes para mim, mas a forma como a trama se conduziu a partir de dado momento me deixou com vontade de ver mais da série.
Posso parecer contraditória, mas a verdade é que eu recomendo Identity. Ela peca em sua falta de charme inglês, mas atrai o suficiente para te levar a assistir ao próximo episódio.
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