Série: Terminator: The Sarah Connor Chronicles
Episódio: Automatic for the People
Temporada: 2ª
Número do Episódio: 11 (2×02)
Data de Exibição nos EUA: 15/9/2008
Data de Exibição no Brasil: 11/112008
Emissora no Brasil: Warner
O cabelo de John mudou, mas sua atitude aparentemente não. Ou talvez tenha mudado, mas não da forma que a maioria dos fãs esperava. O enfoque dado a John nesse episódio foi completamente diferente. Nada de salvador da humanidade. Um adolescente cansado do que tem vivenciado, desesperado por uma vida normal e alguém que o enxergue como um ser humano e não como alguém que tenha o futuro pré determinado.
Não sei até onde a conversa que ele teve com Cameron no início do episódio determina a atitude de John daqui para frente. O rapaz matou um homem (ou assim nos parece, já que não foi dito com todas as letras, muito pelo contrário, Derek parece acreditar que Sarah é quem deu fim ao Sarkissian) e viu a sua protetora (a quem no fundo tratava como alguém querido e muito próximo a ele) voltar-se contra ele e tentar exterminá-lo. Mesmo assim, ainda enxerguei aquela doçura típica do jovem Connor no início do episódio, mas após a crítica de Cameron dizendo que não era mais possível confiar nele por arriscar a própria vida para salvá-la, tenho a sensação de que o garoto surtou.
Creio que foi um bom momento para introduzirem Riley (incrivelmente parecida com Emilie De Ravin). John precisa de um pouco de estabilidade na vida e, embora a garota seja um pouco diferente do comum, ela parece ser uma adolescente pura e simplesmente. Ela é o símbolo da vida que John almeja. Talvez por isso ele tenha aceitado a proximidade da garota com tamanha facilidade. E eu gosto de Riley. (Edit: OMG, Die, Riley, Die!!! Como nossa forma de pensar muda com o tempo.... Não, não odeio a Riley, coitada, ela só está no meio de algo que para mim é intocável). Ela consegue ser bastante irritante em alguns momentos, fala demais e, principalmente, se intromete em tudo, mas é sincera e espontânea, e se interessou de fato por John. Não pelo salvador da raça humana, mas pelo garoto destroçado e gritando por socorro.
Eu posso soar repetitiva, mas para mim a atitude de Sarah para com o filho não poderia ser mais errada. Não é a toa que ele está se rebelando e eu creio que ainda o fará muito mais. Não é uma busca pela liberdade usual a todo adolescente. O que eu enxergo ali é um sofrimento sincero pela vida que a mãe (e agora o tio em pior escala) nunca permitiu que ele vivesse. Na ânsia de Sarah mantê-lo vivo e de Derek torná-lo o líder que Connor será um dia, eles simplesmente esqueceram que ele precisa viver antes da guerra chegar. Riley pode ser um risco à segurança de John, mas quem pode negar ao garoto um pouco de normalidade, de amizade, de juventude? Essa é a única chance que ele terá em toda a sua vida. (Edit: sem falar que, para o John do futuro ter amor pela humanidade o suficiente para defendê-la, precisa ter contato com as pessoas. Depois o povo reclama que ele se apega demais nos exterminadores que são enviados para salvá-lo...É só com eles que consegue conviver!)