domingo, 23 de outubro de 2011

Review: Terminator: The Sarah Connor Chronicles – Heavy Metal (1x04)

Resenha original postada no site Teleséries (em 2008).
Desta vez, sem qualquer comentários adicionais atuais, pois na época eu disse exatamente o que eu diria hoje em dia.



Série: Terminator: The Sarah Connor Chronicles
Episódio: Heavy Metal
Temporada: 1ª
Número do Episódio: 4
Data de Exibição nos EUA: 4/2/2008
Data de Exibição no Brasil: 27/5/2008
Emissora no Brasil: Warner

Quando é hora de uma mãe olhar para o filho e soltá-lo para o mundo? Quando é o momento de permitir que a sua criança, aquele que veio de dentro de você e por quem você daria a própria vida, pratique seus próprios erros e comece a pagar por eles?

Esse episódio teve seus altos e baixos mas demonstra exatamente o dilema pelo qual Sarah tem passado. Ela sabe o que o filho deve ser no futuro, o que não a impede de tentar segurá-lo ao seu lado o máximo possível. Por vezes tenho a sensação que ela chega a se ressentir do John do futuro. Também pudera, até agora ela tem convivido com um garoto doce e até certo ponto inocente, apesar de sua força interior e capacidade de coisas extraordinárias nos momentos certos. Mas o John do futuro demonstra ser um homem frio, capaz de usar as pessoas ao seu lado sem titubear desde que isso signifique um passo à frente em sua luta contra as máquinas. Sara sabe que tem criado o filho exatamente para isso, o que não torna mais fácil enxergar o fruto de sua criação.

Gosto muito da atitude de John neste episódio. Lutar quase sempre é melhor do que fugir. Ele precisa começar a enfrentar o seu futuro de frente e não correr a cada dificuldade que surge, mesmo que essa atitude acabe levando à sua morte. Naquele momento em especial onde ele discute com a mãe por ela desistir de atacar a máquina ao ver que não era Cromartie, foi muito importante para a sedimentação da personalidade de John como líder. Aquela recusa que inicialmente parecia apenas birra de quem estava cansado de não tomar atitude e desgostoso por não ter impedido a garota de se jogar do prédio, era na verdade algo muito mais profundo. Eles só têm mais quatro anos até a rebelião e é hora de fazer o que for preciso. Como mãe Sarah tem medo e, eu provavelmente também teria se estivesse em seu lugar, mas ela é muito mais do que mãe de John, ela é a pessoa que deve conduzir o garoto à sua posição de líder e salvador da humanidade. Por isso a conversa entre Sarah e Cameron teve um certo gostinho de “é o que eu vivo dizendo”.

Sarah:
Você tenta abrir um pouco a mão e é muito cedo.

Cameron:
É mesmo? O mundo vai acabar em quatro anos.

 Nada é muito cedo na vida de John Connor e é bom ele descobrir quais são suas falhas para poder se aprimorar. E, cá entre nós, tirar aquela chave do pescoço de Carter exigiu um sangue-frio que eu com certeza não teria.

Mas o que eu realmente gostei foi da Cameron no quarto com a barra de Coltan. Faz-me pensar no que realmente move essa exterminadora. Até onde ela seguirá as ordens de sua programação?

E embora Cromartie não fosse o responsável pelo roubo do Coltan, o Exterminador tem seguido sua diretriz básica de se auto-regenerar. Infelizmente para mim, não gosto do ator que interpreta o novo Cromartie. Owain Yeoman, o Exterminador no primeiro episódio pode ter feito uma participação pequena, mas eu simpatizei bem mais com ele lá do que na pele de Garret Dillahunt. Diga-se de passagem, sinto pena do pobre Geoge Lazlo, que morreu simplesmente por ter as medidas físicas corretas. No final das contas não posso reclamar muito de ser baixinha e fora do biótipo de uma exterminadora.

O que me irrita um pouco nesse arco do FBI/Cromartie é a forma como os supostos agentes do bureau são desleixados em suas buscas. Posso não ser a maior simpatizante do agente Ellison (principalmente porque sua obsessão acabará levando-o mais cedo ou mais tarde até o trio fugitivo mais uma vez), mas toda a sua investigação faz sentido. Ou isso, ou eu é que ando muito mal acostumada com as séries de FBI, perícia forense e afins, porque sinceramente, a forma como todos os outros agentes descartam as provas contundentes do agente Ellison me tira do sério. Com exceção da teoria bizarra (porém verdadeira) de alguém sofrendo uma cirurgia plástica sem anestesia e se recuperando em dois dias, que foi um tiro no próprio pé, venhamos e convenhamos, todo o restante era pertinente.

E quem se importa se o sangue de George Lazlo não foi encontrado no consultório? A gravação de segurança o colocava no local do crime no dia e hora do acontecido. Ele é um suspeito. Fim de história. O sangue anormal é um elo entre os seis crimes, mesmo que não haja ainda uma explicação para ele. Pode ser motivo de mil e uma teorias, mas não de um descaso em massa do FBI. Fiquei até com vergonha de sonhar com o FBI nas épocas de Mulder e Scully…

O tal agente Stewart é um poço de arrogância, e a colega de Ellison é preguiçosa demais. Com uma agência como essa para cuidar dos EUA, Deus tenha piedade da América!

No próximo episódio, um novo personagem para balançar a vida não tão pacata do trio. E só por curiosidade, alguém mais gosta tanto da abertura como eu?

Nenhum comentário:

Postar um comentário