Por algum motivo que eu não lembro mais, eu não fiz a resenha deste episódio em 2008. Então vou aproveitar e falar sobre ele agora. Nada muito elaborado e, com certeza, nada com o mesmo nível de reflexão e ponderação que eu fiz em 2008, já que naquela época eu via a série pela primeira vez e não sabia o que aconteceria no futuro.
Serão apenas algumas pontuações de coisas que chamaram a minha atenção.
Série: Terminator: The Sarah Connor Chronicles
Episódio: The Demon Hand
Temporada: 1ª
Número do Episódio: 7
Data de Exibição nos EUA: 25/02/2008
Data de Exibição no Brasil: 17/06/2008
Emissora no Brasil: Warner
The Demon Hand foi o primeiro episódio a demonstrar de uma forma menos sutil a humanização dos exterminadores. O que nos torna especiais quando eles podem fazer tudo o que fazemos e ainda melhores?
Esse foi o primeiro episódio escrito por Toni Graphia. Ela escreveu ao todo 05 episódios para TSCC:
- The Demon Hand (1x06)
- Allison from Palmdale (2x04)
- Self Made Man (2x11)
- Ourselves Alone (2x17) ...este escreveu juntamente com Daniel T. Thomsen
- Adam Raised a Cain (2x21) ...o penúltimo da série.
Dos cinco episódios, três foram dirigidos por Chales Beeson. Os outros dois, Self Made Man e Ourselves Alone, foram dirigidos por Holly Dale e Jeff Woolnough respectivamente. E, coincidência ou não, esses foram os episódios que mais exploraram a humanidade de Cameron e a sua interação com as pessoas ao seu redor.
Mas nem só de Cameron vivem os episódios de Toni Graphia. Todos os personagens tem suas nuances trabalhadas nas mãos da roteirista e, propositalmente ou não, eles crescem e amadurecem diante dos nossos olhos.
Nesse episódio especificamente, vemos John descobrindo que a mãe, enquanto presa no manicômio, assinou a documentação que o liberava para adoção. Não deve ter sido fácil para ele saber que a mãe, mesmo que por uma fração de segundo, chegou a desistir do filho. John já tem o peso do mundo nas costas, não precisava de mais um fardo para carregar.
Outra coisa bastante trabalhada foram as correlações entre as máquinas e o Dia do Julgamento, com as Revelações bíblicas. Eu sei que a ligação é inevitável, em especial pelo nome escolhido pelo criador de Exterminador do Futuro para o dia da destruição da humanidade, mas confesso que não gostei muito dessa relação ter ocorrido por intermédio do agente Ellison e do psiquiatra que acabou enlouquecendo. Ellison tem esse toque obsessivo que acaba maculando as coisas que toca. Mas agora as evidências estão escancaradas diante do agente. Quero só ver como ele irá negar a verdade sobre Sarah Connor.
A maior parte das cenas que gostei muitíssimo envolveram Cameron. No início, quando invade a delegacia trajada de policial...ficou muito Terminator esta cena. Muito boa mesmo.
Depois, quando está à mesa com Derek (que implicou com a exterminadora o episódio inteiro....e nem posso culpá-lo, porque ele já enfrentou o inferno por conta dela e dos seus 'colegas' da Skynet) e ela come panqueca nitidamente para irritá-lo. Aliás, se tem uma coisa que Cameron gosta de fazer é provocar os humanos que a cercam. Se ela não fosse uma estrutura cibernética, eu diria que ela tem prazer em atormentar os Connor/Reese (o que eu estou dizendo!? O Turk tinha humores, a Skynet se rebelou, é claro que as máquinas com inteligência artificial têm manifestações de personalidade!).
Outra cena épica é quando Cameron convence a professora de ballet a levá-la até o irmão prometendo ajudá-lo e, ao conseguir a informação que desejava, sai como se eles não estivessem sendo atacados - e mortos - pelos homens que queriam colocar suas mãos no programa de computador que Andy e Dimitri desenvolveram. Ela não matou Dimitri e a irmã, pois não fazia parte da sua missão, mas também não moveu um único dedo para salvá-los.
Mas a melhor cena de todas é sem dúvida alguma a última, quando Derek observa a exterminadora pela porta do quarto, enquanto Cameron dança com uma entrega e paixão que até então só tínhamos visto em seres humanos. Por esta o rebelde do futuro não esperava.
O que de fato nos separa das máquinas? O que faz de nós especiais? Por que nós e não eles devemos vencer esta guerra que se iniciará em breve? Gosto quando a série me faz questionar certas verdades pré-concebidas.
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