sábado, 29 de outubro de 2011

Review: Terminator: The Sarah Connor Chronicles – Samson and Delilah

E comecei a reassistir a 2ª (e última) temporada. Cada vez mais perto do fim...
Review originalmente postada no site Teleséries (2008).



Série: Terminator: The Sarah Connor Chronicles
Episódio: Samson and Delilah
Temporada: 2ª
Número do Episódio: 10 (2×01)
Data de Exibição nos EUA: 8/9/2008
Data de Exibição no Brasil: 4/112008
Emissora no Brasil: Warner

Eu acho este primeiro episódio um pouco fraco (embora eu ame a segunda temporada como um todo). Falta alguma coisa nele que me toque, mas não consegui identificar ainda o que é.

A série começa no exato ponto onde parou a primeira temporada, ou seja, com Cameron explodindo junto com o carro, enquanto Sarkissian rende John e Sarah na casa. A primeira vez que assisti eu odiei as cenas em slow motion com a música de fundo. Não senti emoção alguma. Mas confesso que tinha um desejo secreto de ao reassistir o episódio, vir a gostar deste início, afinal tinha Sarah e John lutando por suas vidas, Sarkissian morto e Cameron acordando depois da explosão e vindo atrás dos Connor. Infelizmente, frustrada em meu desejo, gostei menos ainda (Edit: quando revi agora a minha raiva não foi tão grande, as cenas da Cameron salvaram a coisa do desastre total, mas o uso de slow motion foi imperdoável). O ponto positivo é que a música me agradou (para quem estiver interessado em ver...aqui está a cena completa). Entretanto um pedaço da mesma cena passará alguns episódios à frente, mas com muito mais tensão e emoção.

Uma coisa que eu só percebi ao reassistir, é que Cameron estava com o chip danificado, mas não havia ainda a ordem de extermínio. Foi somente quando ela viu John que a ordem foi ativada. Inclusive eu gosto muito da cena em que ela aponta a arma e a sala explode e o fogo a engole.

O primeiro episódio se divide em três partes: a perseguição aos Connors, as cenas com Ellison após o assassinato de 20 policiais por Cromartie, e as cenas com a ruiva gélida que administra a ZeiraCorp.

As cenas com Ellison me entediaram. Ele não estava tão chato quanto na temporada passada, mas nada que palpitasse meu coração. E Garret Dillahunt está confirmado como o pior exterminador da história. O cara simplesmente não tem a aura de perigo necessária. O Cromartie é um exterminador poderoso, determinado, eficiente, e mesmo assim eu olho para ele e o acho patético. Tudo culpa do Dillahunt. E até agora não entendi o motivo de Cromartie ter deixado Ellison vivo. Para que o agente o levasse até os Connors? Parece meio patético e forçado para mim. (a menos que o tenha mantido vivo por não ter necessidade de matá-lo e naquele momento tanto fazia para ele… ou simplesmente para o ator poder continuar na série).

Já o Charlie foi uma graça o episódio todo. Primeiro chegando ao local onde aconteceu o massacre dos policiais e depois em busca de Sarah. Eu sinceramente o adoro. Ele é responsável, carinho, dedicado (Edit: e lindo!!!) e agüenta o tranco como poucos seriam capazes. Uma pena que a Sarah o tenha abandonado e depois pulado oito anos no futuro.

Mas o que deu o tom do episódio foi a reversão de Cameron. E para os Connor, ter Camerom como inimiga é um grande problema, já que ela os conhece do avesso. Desde seus hábitos mais corriqueiros, a números de conta bancária, lugares seguros, rotas de fuga, nomes falsos e contatos. Entretanto, o que eu realmente fiquei me perguntando é se John precisa de Cameron porque se importa com ela, (Edit: porque a ama, talvez?),  porque precisa justificar uma decisão de seu eu do futuro, ou ainda porque precisa dela para não se tornar um monstro aos seus próprios olhos? Tenho a sensação de que ele tem medo do que pode fazer se não tiver a exterminadora ao seu lado para protegê-lo e fazer o trabalho sujo em seu lugar. E as próprias tentativas que ele tem de fazê-la ser mais humana (ou se adaptar) servem como lembrança de que ele é afinal de contas, humano, apesar de estar sendo treinado como um soldado desde que saiu do ventre.

Não é necessário muito para descobrir que minha parte preferida do episódio foram as cenas finais. Eu gosto quando um episódio explora o emocional de um personagem, e Sansão e Dalila o fez exatamente em seu final. Cameron estava com o chip defeituoso. Teria ela realmente concluído a checagem e se consertado? Toda aquela demonstração de emoções (teoricamente inexistente em uma máquina) foi falsidade? A declaração de amor foi apenas para desestruturar John ou ela falava de algo que ele sente? Ou algo que o John do futuro sente? (Edit: nada tira da minha cabeça que John do futuro e Cameron eram amantes)

Eu sempre me pergunto por que uma inteligência artificial não pode amar se no fundo eles funcionam como o cérebro humano com a diferença de que o que os faz funcionar não é vivo como em nós. Mas não é isso queTSCC explora, , sou apenas eu que fico tergiversando sobre essas coisas.(Edit: na verdade, acho que é esse mesmo o propósito da série, questionar a capacidade das máquinas sentirem emoção)

E é a cena em que John arrisca tudo e recoloca o chip em Cameron que nos leva à ruiva gélida. A empresária – que era afinal a pessoa interessada no Turk – tem grandes planos para sua empresa. E é dela a fala que nos faz pensar no decorrer do episódio. Enquanto nós humanos parecemos seguir regras, estamos sempre fazendo algo inesperado. Com os computadores não é assim. Eles são obedientes, nunca contestam ordens. O difícil é encontrar uma máquina que atravesse o sinal, e é esta máquina que ela está procurando.

Cameron foi reativada e a ordem de extermínio ainda estava lá. Foi ela quem a cancelou. Qual o motivo? Não sei ainda. O que eu sei, é que esta máquina não age como todas as outras que encontramos até agora.

****

Comentários aleatórios:

• O que era aquele cabelo (ou melhor, peruca) medonho do John? Só perdoo porque foi feito meses depois do encerramento da 1ª temporada, por conta da greve dos roteiristas. Inclusive, não gostei da cena do banheiro na primeira vez que assisti e continuo não gostando. Havia outras formas de demonstrar a dor pelo que havia acontecido entre ele, Sarkissian e Sarah.

• A abertura mudou. Embora as cenas estejam mais legais, a abertura em si ficou menos perigosa e assustadora. E a voz da Sarah  ao fundo era muito mais legal que a do narrador de agora.

• Sarah não faz mais os monólogos. Acho que foi a coisa da qual eu mais senti falta o episódio inteiro.

• Acho legal essas igrejas que dão santuário. Nunca vi isso acontecer. Pergunto-me se as igrejas que eu conheço fariam o mesmo…(Edit: quase certa que não, tirando raríssimas exceções)

• E por que o ministro foi embora ao encontrar Sarah e John tentando tirar o chip de Cameron? Eu não iria só porque uma mulher mandou, sem qualquer ameaça mais aparente. Afinal, aquela era a igreja dele (Edit: e os dois tentavam aparentemente matar uma jovem!).

• Como é que a Cameron foi parar exatamente no local correto? Derek fala que mãe e filho deixam um rastro de destruição pela cidade e pelo que eu saiba a cidade não é minúscula, então como Cameron conseguiu chegar mancando ao ponto exato onde estavam os Connor?


• Embora eu não tenha comentado lá em cima, o melhor mesmo foi ver a T-1001 saindo da parede/vaso sanitário e matando o funcionário chato da empresa. Quando eu assisti a cena, fiquei embasbacada. Tinha reclamado da forma caricata da Shirley Manson o episódio inteirinho, até que ela se transformou no banheiro e eu fiquei sem palavras. Toda a frieza estranha e anormal dela fez sentido. E sinceramente? Ela é uma exterminadora com muito mais presença de tela do que o Garret Dillahunt.

E deixo todos ao som de Shirley Manson, cantando Samson and Delilah, com a famigerada primeira sequencia da temporada:



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