quinta-feira, 25 de abril de 2013

Doctor Who (S07E10) - Hide





Série: Doctor Who
Episodio: Hide
Temporada:
Nº do episódio: 7x10
Data de Exibição: 20/04/2013
Roteiro: Neil Cross
Direção: Jamie Payne

Hide foi um episódio sobre o amor, apesar de todas as fotos e vídeos promocionais venderem-no como um suspense, o que, no final das contas, até que foi uma boa ideia, pois fomos surpreendidos por um episódio bem diferente do que imaginávamos e mais interessante do que prevíamos. Embora eu não tenha conseguido deixar de pensar em The Unquiet Dead enquanto assistia.

Não sei muito bem o que dizer sobre o episódio em si, além de expressar o quanto eu gostei. Achei bem inteligente como o suposto fantasma que vinha assombrando o lugar há séculos (milênios) era uma viajante do tempo que ficou presa em um universo-bolso – universo compacto? Sei lá como se chama isso em português!(lembrei tanto de Fringe com esse episódio. O pocket universe, os balões vermelho e azul...). Eu poderia passar sem o vínculo familiar entre a viajante e o casal, mas perdoo o lugar-comum porque faz sentido para ampliar a conexão entre Emma e Hila e permitir o retorno da viajante.

As cenas do episódio alternavam entre levemente assustadoras e bem divertidas e os efeitos especiais não deixaram nada a desejar. Ficou gravado na memória o Doutor e Clara se apresentando como Caça Fantasma e o momento em que Clara repreende o Doutor por segurar a sua mão, quando na verdade não era bem a mão do Doutor que ela segurava. Esta cena em particular quando foi liberada antes do episódio ir ao ar, parecia bem assustadora, mas durante a exibição ela foi bem leve e descontraída. E já estava na cara que havia algum alienígena por ali, aparecendo rapidamente aqui e acolá.

As situações e os diálogos de Hide foram recheados de metáforas: para o amor, a solidão pós-guerra, o monstro que pode ser redimido, a forma de olhar o mundo de largo para não se machucar e a fragilidade do tempo e da vida. E uma coisa que chama a minha atenção é que, embora o Décimo Primeiro Doutor esteja mais gostável que nunca (sim, eu simpatizei com ele desde o início, mas ele está se superando nesta segunda parte da temporada) e o seu relacionamento com Clara tem uma dinâmica bem ágil e de companheirismo, já fazia um bom tempo que não o víamos tão desinteressado pela vida em si. Quero dizer, Clara é o seu interesse no momento, ou melhor, o mistério de Clara, mas todo o resto não parece que desperta aquela centelha de alegria que costumava despertar. Eu tenho a sensação de que há muito o Doutor não se mostrava tão machucado e desestimulado para o contato com outros seres. Não é a toa que Clara percebeu que para ele nós somos apenas fantasmas, ecos distintos de seres que já deixaram de existir. Talvez por isso que levou tanto tempo para que ele percebesse o que realmente acontecia naquela casa e também no pocket universe.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Continuum (S02E01) - Second Chances





Série: Continuum 
Episodio: Second Chances
Temporada:
Nº do episódio: 2x01
Data de Exibição: 21/04/2013
Roteiro: Simon Barry
Direção: Pat Williams


Oito meses. Esse é o tempo que nos distancia do último episódio da primeira temporada de Continuum. E embora eu seja fã da série, confesso que muita coisa estava nebulosa na minha memória. A recapitulação no início ajudou, é verdade, mas quando começaram as cenas de Kiera presa e gritando desesperada no cubículo eu fiquei me perguntando ‘o que foi que eu esqueci!?’. O tempo é um inimigo cruel...e isso não é um trocadilho infame com o tema da série.

Logo tudo se esclareceu e eu vi que não tinha enlouquecido e que minha memória, embora ruim, não estava assim tão capenga. A prisão era apenas um sonho em decorrência de mau funcionamento do chip implantado em Kiera. Quero dizer, mau funcionamento é só um jeito bonitinho de dizer que ela estava sendo hackeada pelo criador da tecnologia. Agora, não me perguntem o que foi que ele implantou no cérebro da Protetora. Informação necessária para ela se virar no passado, ou uma vida completamente nova? Será que a casa, o marido, o filho, o trabalho e todo o resto são reais ou são criações de Sadler para mantê-la motivada na sua missão no passado e a realidade é que ela estava presa no cubículo enquanto era hackeada? Se bem que, se o que Sadler deseja é mudar o passado, usar uma mulher que tem todos os motivos do mundo para voltar para um futuro inalterado, não é uma atitude muita lógica. Sem falar que, se o envolvimento de Alec com Kiera no passado não aconteceu no futuro conhecido, então como ele poderia garantir que os dois se encontrariam no passado para o qual ele a enviou?

Ou seja, as dúvidas sobre as verdadeiras motivações de Sadler continuam uma incógnita, apesar da mensagem que o vemos ditando ao final.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Doctor Who - Cold War (7x09)



Série: Doctor Who
Episódio: Cold War
Temporada:
Nº do Episódio: 7x09
Data de Exibição: 13/04/2013
Roteiro: Mark Gatiss
Direção: Douglas MacKinnon

Nesse último sábado Mark Gatiss nos presenteou com um episódio delicioso de Doctor Who. Confesso que eu não botava muita fé na qualidade de Cold War, porque, embora Gatiss não seja exatamente um mau escritor, os seus episódios não eram muito empolgantes. Para os que não lembram (alguém!?), foi dele o roteiro de The Unquiet Dead (S01), The Idiot’s Lantern (S02), Victory of the Daleks (S05) e Night Terrors (S06). Tudo bem, não estão na (minha) lista de piores episódios de Doctor Who, mas em todos eles faltou alguma coisa para eu achar bom de verdade, embora sejam todos memoráveis.

Não desta vez. Cold War teve tudo na dose certa e usou muito bem a situação onde o Doutor se encontrava.

Os Ice Warriors (Guerreiros do Gelo? ... Continuarei chamando de Ice Warrior por puras razões estéticas) são velhos inimigos do Doutor (e até mesmo aliados em certa situação) e um dos antigos vilões para os quais Moffat torcia o nariz. Segundo ele, os guerreiros eram o típico exemplo de personagem que não funcionava visualmente, pois tinham cara de efeito ruim e não eram lá muito intimidadores. Resumindo: pareciam pouco mais do que um playmobil ou um lego.

Ele não estava errado, os Ice Warriors tinham mesmo esta cara de soldadinho de chumbo que deu errado, mas de alguma forma Moffat e Gatiss conseguiram repaginar o monstro, torná-lo acessível e crível ao público atual, e tudo isso sem perder as características básicas do monstro da era clássica. Para que pedir mais?

Vídeos: Juntando a coisa toda

A ideia inicial era postar os vídeos que eu fazia de 'O que eu andei lendo' aqui no blog. Mas sou esquecida, desorganizada, sei lá. O caso é que já estamos em abril e nenhum dos vídeos de 2013 eu trouxe para cá.

Claro, informei das atualizações no facebook e twitter, mas não custa colocar aqui também, não é?

Então, só por desencargo de consciência, eis os quatro vídeos de 2013. Já era para ter feito o quinto, mas uma combinação de coisas me impediram de gravar. Pelo andar da carruagem nem vou lembrar mais do que os livros se tratam, quem dirá conseguir falar deles...


quarta-feira, 10 de abril de 2013

Doctor Who - The Rings of Akhaten (7x08)



Série: Doctor Who
Episódio: The Rings of Akhaten
Temporada:
Nº do episódio: 7x08
Data de Exibição: 06/04/2013
Roteiro: Neil Cross
Direção: Farren Blackburn

Geralmente é fácil medir o quanto eu me empolguei por um episódio só pela vontade que eu tenho de falar sobre ele. Nem sempre escrevo logo, é verdade, mas a vontade está lá, deixando-me quase maluca.

The Rings of Akhaten não me deu esta sensação. Na verdade, senti-me bem desapontada enquanto assistia. Não que o episódio tenha sido ruim, mas ele tinha cara de coisa requentada. Lembrou-me muito a viagem do Nono Doutor e Rose ao dia da destruição da Terra, mas sem a mesma classe. Faltou emoção ao que acontecia na tela. O único momento que me preocupei de verdade foi quando o Doutor resolveu se sacrificar, pois tive medo que ele perdesse a memória, mas nem isso aconteceu...pelo menos, não me pareceu que tenha acontecido (porque se ele de fato perdeu memórias, eu ficarei muito, muito furiosa. Sim, não superei Donna até hoje). No final das contas o episódio falhou na transmissão de emoções.

Certo, as músicas eram muito bonitas, todo mundo cantando em coro, a menina em um sopraninho eficiente e tudo o mais, só que um episódio não pode se sustentar da música de fundo, mesmo que esta música seja a música de ninar que impede o deus de acordar e destruir todo o sistema solar.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Review: Doctor Who - The Bells of Saint John (7x07)



Série: Doctor Who
Episodio: The Bells of Saint John
Temporada:
Nº do episódio: 7x07
Data de Exibição: 30/03/2013
Roteiro: Steven Moffat
Direção: Colm McCarthy

Este ano Doctor Who voltou no final de semana da Páscoa, o que me faz associar cada vez mais a série aos feriados importantes. Não que o episódio em si tenha feito qualquer menção à data, mas eu simplesmente não posso ignorar o grande presente que a BBC nos deu.

Fiquei muito satisfeita com esse episódio. Na verdade, satisfeita é pouco para expressar o quanto eu gostei de The Bells of Saint John e o quanto eu me diverti assistindo. Foi Doctor Who em sua melhor forma.

É incrível como Clara chegou revolucionando tudo. Adorei sua personalidade. Ela é fiel, astuta, divertida e explora um lado diferente do Doutor.

Li em algum lugar o povo falando (talvez tenham sido os próprios atores) que o Doutor agia como uma figura paterna para os Ponds e com Clara ele é o irmão mais velho. Não concordo totalmente. Eu achava que o Doutor agia com uma grande imaturidade perante Amy e Rory e, apesar de ter um cuidado de certa forma paternalista, no frigir dos ovos ele era como um filho para eles e não o inverso. Já com Clara ele realmente age com mais cautela, usando de um cuidado próprio de quem conhece mais e ainda assim se sente contagiado pela juventude de quem deveria saber menos mas é um mistério por si só. Resumindo: ele é o irmão mais velho, aquele que cuida e não aquele com quem ela tem que se preocupar.

Acho ótimo que Clara seja um mistério. É legal passarmos a temporada querendo saber quem é ela e por que morreu por duas vezes e ainda está viva e bem ao lado do Doutor. Como partes suas se espalharam pelo universo e pelos tempos? É um enigma grandioso e ainda assim não é esmagador. O Doutor pela primeira vez em um bom tempo foi o protagonista de sua própria história.