sexta-feira, 29 de junho de 2012

Review: Continuum (S01E05) - A Test of Time



Série: Continuum
Episodio: A Test of Time
Temporada:
Nº do episódio: 05 (1x05)
Data de Exibição: 24/06/2012
Roteiro: Jeff King
Direção: Patrick Williams

Esse foi sem dúvida o melhor episódio de Continuum até agora. E cada vez eu gosto mais dos flashbacks do futuro. O roteiro tem tomado bastante cuidado para nos ligar com os eventos de 2077 e com a vida de Kiera por lá. Não é como se ela tivesse caído em 2012 e nunca mais fosse voltar. A personagem anseia pelo retorno e os flashbacks, além de nos dar vislumbres de como será a vida daqui a 65 anos, tem mantido viva esta outra realidade de Kiera. Se não tivéssemos ligação com sua outra vida, não daríamos a mínima para o seu retorno, torceríamos para que ela simplesmente se adaptasse no presente e pronto. Mas não, com essas doses homeopáticas de seu dia a dia (e nem sempre de forma cronológica), temos a oportunidade de ver que ela realmente ama o marido, quais as escolhas que fez na vida, o que a levou a se tornar uma Protetora, qual a sua posição diante do mundo etc, e, por conseqüência, podemos escolher se queremos que ela volte ou não. Qualquer decisão que nós, como fãs, tomarmos, será embasada em fatos concretos e não na visualização de apenas um lado da história.

Mas deixando isso de lado – porque eu me empolgo, sou pró-retorno, quero muito ver Kiera novamente em 2077 um dia – o episódio tratou de testar teorias. Estão interligadas as linhas temporais dos viajantes do tempo ou não? Se matarem algum antepassado aqui em 2012 a pessoa deixará de existir em 2077? E mais importante, os atos de agora influenciarão o futuro ou independente do que conseguirem no passado, aquela linha temporal sempre estará marcada pelo domínio das Corporações?

Kagame anunciou no episódio passado que eles entrariam em guerra, mas agora explicou melhor suas intenções. Segundo ele, não adianta o uso da força sem estratégia, não é assim que eles conseguirão impedir a mudança governamental. O problema é que sua guerra psicológica vai de encontro aos métodos agressivos de Travis, que é o típico homem de ação. E Kagame sutilmente repreendeu o seu segundo em comando ao dizer que ele fez o que precisava ser feito na ausência de Kagame...mesmo que tenham ficado com alguns homens a menos no grupo. Para bom entendedor...

terça-feira, 26 de junho de 2012

Desafio Literário 2012: Matadouro 5 (Kurt Vonnegut)


Sinopse: Matadouro 5, obra-prima do norte-americano Kurt Vonnegut, conta a tentativa de um ex-soldado americano que lutou na Segunda Guerra Mundial e que assistiu ao bombardeio da cidade de Dresden de escrever sobre a experiência da guerra. O personagem por ele criado, Billy Pilgrim, é um americano bem de vida e interiorano que viaja no tempo, para outros planetas, e revisita diversos momentos da sua própria vida - sendo o ponto crucial da sua existência o episódio em que foi feito prisioneiro durante a Segunda Guerra, quando vivenciou o bombardeio da cidade alemã, em que morrerram 135 mil pessoas - o dobro de mortes causadas pela bomba de Hiroshima.


Livro: Matadouro 5
Autor: Kurt Vonnegut
Tradução: Cássia Zanon
Editora: L&PM Pocket
Páginas: 221

É o sexto mês do Desafio Literário e o tema é Viagem no Tempo. Escolhi meio à revelia Matadouro 5, do americano de origem alemã Kurt Vonnegut, que parece ser unanimidade em conceito de qualidade. Ou quase isso, porque eu não fiquei muito entusiasmada com o livro.

Fico até sem jeito de dizer que não gostei, porque todo lugar que paro para ler comentários, só vejo coisas como "obra-prima do autor", autor do best-seller também aplaudido pela crítica literária", "obra consagrada de Kurt Vonnegut"... chega a ser meio intimidante. Como dizer que não gostou de algo que todo mundo parece amar?

Não é que eu não tenha compreendido a história, eu entendi, mas não é o meu estilo de livro.

Matadouro 5 é metalinguístico. O que lemos é na verdade o livro de um escritor criado pelo autor. Até aí tudo bem. Na verdade, até o niilismo que permeia a história é palatável (embora esta desesperança toda contamine). E não posso negar a óbvia propaganda anti-guerra e muito menos criticá-la. Se teve uma coisa na qual Vonnegut foi bem sucedido foi mostrar como a guerra é estúpida e irracional. E o humor negro com o qual ele conta sua história é bem vindo, especialmente diante das verdades cruas que ele expõe.

O que me incomoda é a estrutura do livro. E por estrutura eu não digo o vai e vem do personagem, que hora está na nave alienígena Trafalmadoriana, ora está em meio à Segunda Guerra Mundial, e outras vezes ainda está no seio familiar. É o absurdo das situações vivenciadas e as escolhas dos personagens.

domingo, 24 de junho de 2012

O que eu andei lendo - 17.06.2012

Pois é, eu fiz o vídeo da meme "O que eu andei lendo" na semana passada, mas não gostei do resultado final (a luminosidade principalmente, e também a barra que ficou em baixo do vídeo, pois eu deixei a câmera muito para trás) e ia refazer, mas a gripe piorou, não regravei e acabei esquecendo completamente de postar. 
Mas hoje lembrei e eis aqui o bendito, com uma semana de atraso (mas não regravado).


Os livros foram:

- O Prisioneiro da Árvore (volume 4 de As Brumas de Avalon), de Marion Zimmer Bradley
- Deadlocked (Southern Vampire Mysteries #12), de Charlaine Harris.

No vídeo eu sugiro entrarem em contato com a editora Benvirá para saber quando sairá o próximo livro da saga da Sookie Stackhouse em português, mas eles me avisaram que agora quem está publicando os livros da Charlaine Harris é a editora Leya. Não consegui ainda uma resposta da Leya, mas por enquanto eles tem lançado os livros da saga Harper Connelly. Espero, de verdade, que esta novela que tem sido a publicação da saga da Sookie termine. É a terceira editora a ter os direitos de publicação e até agora só 6 livros foram lançados no Brasil. Ano que vem termina a saga lá nos Estados Unidos e nós mal chegamos na metade.
Se alguém conseguir uma posição da Leya a este respeito, eu agradeço.


quinta-feira, 21 de junho de 2012

Review: Continuum (S01E04) - Matter of Time




Série: Continuum
Episodio: Matter of Time
Temporada:
Nº do episódio: 04 (1x04)
Data de Exibição: 17/06/2012
Roteiro: Sam Egan
Direção: Michael Rohl

A cada novo episódio de Continuum novas facetas da série vão sendo reveladas. O maior medo do público é que se torne um procedural como outro qualquer, deixando o sci-fi de lado. É um risco, claro, principalmente porque Kiera é uma policial e é impossível que 100% dos seus casos sejam sobre o Liber8. Mesmo assim eu tenho a sensação de que não é esta a intenção da série. Posso estar enganada, mas acredito que muitas surpresas ainda virão.

É claro que minha opinião pode ter recebido influências da entrevista do ator Richard Harmon que falava sobre o desenvolvimento do seu personagem (Julian Randol, meio-irmão de Alec) e como as coisas tomaram um rumo inesperado neste núcleo, mas ainda assim eu creio que os próprios acontecimentos implicam em um algo mais. Não consigo acreditar que uma equipe iria basear um seriado voltado para o público ávido por sci-fi somente no feijão com arroz. Simplesmente não faria sentido, principalmente porque se eles não partirem para o não-convencional a série estará fadada a no máximo duas temporadas de vida, ou a virar um policial e, neste caso, há procedurais melhores por aí.

Bom, nesse quarto episódio vimos o primeiro caso no qual Kiera se envolveu que não foi provocado pelos seus colegas terroristas. Mas não foi um caso aleatório e desnecessário, muito pelo contrário. Tudo o que acontece nos episódios tem uma razão de ser e está intimamente interligado. E a mensagem foi bem clara: assim como o Liber8 tem a intenção de modificar o passado a qualquer custo, Kiera tem a intenção de manter o futuro intacto. A grande pergunta é: a que preço?

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Livro: Deadlocked (Sookie Stackhouse Series #12)


Sinopse: Os eventos de Dead Reckoning - em especial a morte de Victor - traz consequências para os vampiros que estão sob o controle de Eric Northman, mas também para Sookie, que é a mulher do xerife de Sherevport. As coisas complicam quando Sookie vê Eric se alimentando de uma jovem com sangue sobrenatural e não pode sequer falar alguma coisa, pois Felipe de Castro - o Rei da Louisiana, Arkansas e Nevada - está na cidade, e o relacionamento de Eric e Sookie está por um fio. Eric e o grupo de vampiros que estavam em sua casa no momento são os principais suspeitos, e cabe à Sookie e Bill tentarem encontrar o verdadeiro assassino. Tudo isso, enquanto Sookie enfrenta problemas com a comunidade feérica que insiste em se reunir ao seu redor, por motivos que ela sequer desconfia.

Livro: Deadlocked
Série: Southern Vampire Mysteries (ou Sookie Stackhouse Series) - Livro 12
Autora: Charlaine Harris
Editora: ACE
Páginas: 336

Chegamos ao 12º livro da saga dos vampiros sulistas e as coisas estão se encaminhando para um desfecho. A autora já prometeu que seu próximo livro, Dead Ever After, será o último da série. O que nós fãs faremos quando a saga de Sookie acabar? Já estou aqui, sofrendo por antecipação.

Em Deadlocked Sookie se vê mais uma vez envolvida com o problema dos outros, até perceber que ela na verdade é que está no epicentro da confusão.

Finalmente todas as diversas partes da vida de Sookie estão se reunindo. Sua herança genética como parte fada, sua porção humana, amizade com Tara e Sam, e o seu envolvimento com os vampiros. Mas como era de se esperar, a reunião não foi nada tranquila.

Só para não me acusarem, esse texto tem spoilers do livro inteiro. É o volume 12 de uma saga, não tem como comentá-lo sem soltar informações. Mas principalmente, não tem como eu falar da parte que mais me chocou, se não contar o final. Sintam-se avisados.

O relacionamento de Sookie e Eric está abalado desde que a garota descobriu que o criador de Eric, antes de morrer, negociou o casamento de Eric com a rainha Freyda. É claro que ele pode não casar, afinal, já é casado com Sookie, mas as consequências políticas serão imensas. Não apenas era uma ordem expressa do seu criador, como a união também traria a Eric uma gama infinda de benefícios. Ser xerife de Sherevport é bom, mas ser o consorte de uma rainha traz um status (e poder) muito maior. E todo mundo sabe que Eric é aficionado em poder e controle. Sem falar que, por mais que ele ame Sookie loucamente, o vampiro sempre coloca o próprio umbigo em primeiro lugar. E não dá para negar que Sookie é mortal e tem uma vida curta, enquanto o casamento com Freyda pode significar um status bastante promissor por séculos, se não milênios.

Ou seja, Eric está entre a cruz e a espada e, por consequência, a relação com Sookie está bastante estremecida. Como se não bastasse, o rei Felipe resolveu aparecer para tomar satisfações pela morte de Victor, o seu representante naquele região que, se todo mundo lembra bem, foi sumariamente executado por Eric, seus vampiros e alguns humanos no livro anterior.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Review: Continuum (S01E03) - Wasting Time




Série: Continuum
Episodio: Wasting Time
Temporada:
Nº do episódio: 03 (1x03)
Data de Exibição: 10/06/2012
Roteiro: Simon Barry
Direção: David Frazee

Terminei esse episódio sem saber muito bem o que falar sobre ele. Não porque tenha sido ruim ou algo do gênero, apenas me faltam subsídios para uma boa discussão.

Wasting Time lida com algumas situações interessantes. Primeiro é a adaptação de Kiera ao nosso tempo. Acho que ela está se virando muito bem, apesar de um ou outro deslize. Eu sei que eu no lugar dela já teria sido descoberta há tempos (ou pelo menos seria taxada de louca). Mas foi uma boa ideia de Alec recomendar que ela usasse o dispositivo de Bluetooth. Não tem como ver alguém falando sozinho por aí e não pensar que a pessoa é maluca. Inclusive, a cena da lanchonete com todo mundo olhando para Kiera foi uma das que eu mais gostei do episódio.

Eu me pergunto se Kiera não tem vontade de conhecer Alec. Eu teria no lugar dela. Tudo bem que ela já o conhece no futuro, mas eu acho que é um motivo a mais para instigar esta curiosidade de como é o garoto que fala com ela diretamente na sua cabeça.
Certo, certo, ela deve estar mais do que acostumada com gente falando dentro dela lá no futuro, mas aqui é diferente, Alec é único e é o seu backup. Acho estranho ela nem se interessar um pouquinho por ele e sua vida.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Filme: Prometheus




Filme: Prometheus
Direção: Ridley Scott
Roteiro: Jon Spaihts e Damon Lindelof


Eis um filme que eu queria muito assistir. A ansiedade estava no auge, culpa da equipe responsável pela promoção do filme, que fez o trabalho muito bem. Os trailers divulgados eram deliciosamente suculentos, feitos na medida para instigar aquele desejo sobre-humano de ir ao cinema logo na estréia.

Mas antes de qualquer coisa, deixem-me avisá-los de que este texto está recheado de spoilers, por isso se você ainda não viu o filme ou não quer saber antecipadamente o que acontecerá, NÃO LEIA a partir deste ponto.

Fomos em quatro ao cinema e, é com tristeza que digo isso, mas de nós quatro, eu fui a única que gostou. É claro que eu esperava mais – a bem da verdade é que o melhor do filme está mesmo nos trailers – mas eu saí bastante satisfeita da sessão. O visual foi incrível, ação na medida certa (não sou destas aficionadas por adrenalina), os atores eram muito competentes e fizeram a conexão esperada com Alien, deixando bem claro que o interessante aqui era os ‘Engenheiros’ e não as criaturas, que nada mais eram do que uma arma biológica em uma guerra que não se importaram em explicar porque estavam travando (embora deixaram algumas pistas que vão mais para o lado da teologia do que da ficção científica).

terça-feira, 5 de junho de 2012

Review: Continuum (S01E02) - Fast Times





Série: Continuum
Episodio: Fast Times
Temporada:
Nº do episódio: 02 (1x02)
Data de Exibição: 03/06/2012
Roteiro: Jeff King
Direção: Jon Cassar

Após uma estréia consistente, o segundo episódio de Continuum não deixou a desejar. Aos poucos as situações vão se ajustando e nós podemos saber um pouquinho em qual terreno estamos pisando.

Era de se esperar que a máscara de Kiera fosse cair, afinal, ela pegou aleatoriamente o nome de uma detetive e é claro que mais cedo ou mais tarde o povo da polícia de Vancouver iria se comunicar com Portland. Mas gostei da forma como resolveram o problema e a rapidez com a qual a série lidou com a situação, sem enrolar com aquilo que obviamente teria que ser definido logo para trazer um certo ar de veracidade. Aliás, eu gosto da interação dessa equipe policial, a despeito de minha birra com o ator que faz o Carlos. E ver a Jennifer Spence me deixa com uma saudade de Stargate Universe...

No entanto Alec continua sendo o personagem que eu mais gosto. Os diálogos dele com Kiera são sempre bons e não deixa de ser interessante como ela confia nele (que outra escolha tem, afinal?). Só me pergunto como a família do garoto o deixa trancado o tempo todo naquele celeiro sem dar uma bisbilhotada de vez em quando.

Inclusive, isso foi uma coisa que eu ficava me perguntando. Alec parece estar sempre pronto para responder Kiera quando ela chama, mas o garoto não pode estar ali 100% do tempo. Ele tem uma vida própria! Por isso gostei quando ela chama por ele (bem na hora que vai encontrar os Liber8) e Alec não responde, pois estava (de fato) pulando a cerca.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Deu tilt no tico e teco

Eric, Sookie, Bill, Sam, Tara, Jason, Pam

A estreia da nova temporada de True Blood se aproxima e eu já percebi que deu tilt no tico e teco. E isso porque estou tentando seguir três fases diferentes de uma mesma história...ou quase isso.

Agora no final de maio a autora Charlaine Harris lançou o 12º livro da saga Southern Vampire Mysteries (ou Sookie Stackhouse Series): Deadlocked, que eu já comecei a ler. A história aqui está bem avançada e é, se não me engano, o penúltimo livro da saga (dói pensar que irá acabar).

Sookie está às voltas com o seu relacionamento com Eric,  o problema do casamento vampírico, e a situação sempre confusa com seus parentes feéricos.

O problema é que eu também comecei a ler o 6º livro da saga, mas em português, lançado pela Editora Benvirá (Vampiros para Sempre), porque eu quero reler tudo a medida que é lançado por aqui. A história aqui está bem atrasada, Quinn (o were-tiger) está sendo introduzido, o relacionamento com Alcide foi para o ralo, Eric mal recuperou a memória e Sookie ainda tem que lidar com a situação da irmã mais nova de Debbie Pelt - a ex de Alcide que Sookie matou e Eric enterrou enquanto desmemoriado. E, se não me engano, é neste livro que Sookie é chamada a mando da Rainha Sophie-Anne para investigar a morte da sua prima Hadley, que era amante da Rainha (e é aqui que conhecemos Sophie-Anne nos livros, embora ela faça uma breve aparição em um dos contos). Mas como faz muito tempo que eu li este volume no original, não lembro se a ascendência feérica da Sookie já foi mencionada ou ainda não (estou no inicio da releitura e ninguém tocou no assunto). Eu tenho a leve sensação de que não foi mencionado ainda.

Como vêem, muita coisa diferente para minha cabecinha processar.

E, como se não bastasse, próximo domingo reinicia True Blood, que se utiliza de alguns aspectos do livro e modifica a maioria deles, deixando-me completamente atordoada. Me enrolo com as mudanças estruturais. Sophie-Anne já está morta na série, Bill é Rei (coisas que não acontecem no livro), a situação com as bruxas foi bem diferente...

Eu já aprendi (ou quase) a aceitar que True Blood não é uma adaptação fiel da série literária, muito pelo contrário. Só pega alguns pontos para nortear a história, mas todo o resto é diferente, inclusive a personalidade dos personagens. Mas é impossível não dar um nó na minha cabeça acompanhando duas histórias diferentes, e em três momentos temporais diferentes.

Culpa minha, eu sei, que fico arrumando sarna para me coçar. 

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PS: Amei a fanart que ilustra este post. Ela mostra de uma forma bem mais fiel os personagens como são descritos no livro.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Livro: As Peças Infernais - Anjo Mecânico


Sinopse: Anjo Mecânico, volume inaugural de As Peças Infernais, conta como os antepassados dos protagonistas de Instrumentos Mortais se conheceram. E como existe muito mais mistérios entre eles do que se imagina.Através de Tessa Gray, uma jovem órfã de 16 anos, somo apresentados aos Caçadores das Sombras da Inglaterra Vitoriana. Como seus representantes do século Xxi, eles também combatem os elementos rebeldes do submundo – vampiros e lobisomens. E são eles que vão ajudar Tessa quando esta, ao sair de Nova York em busca do irmão, seu único parente vivo, é raptada pelas irmãs Black. Mas Tessa não é uma senhorinha indefesa. Dona do estranho poder de se transformar em qualquer um apenas tocando em algum pertence dessa pessoa, é um objeto valioso para o submundo. Ao lado do temperamental e misterioso Will e de seu melhor amigo James, cuja frágil beleza esconde um terrível segredo, Tessa vai aprender a usar seu poder e ganhar um lugar ao lado deles na batalha entre as trevas e a luza. (sinopse disponível em http://www.record.com.br/livro_sinopse.asp?id_livro=26144)

Série: As Peças Infernais
Livro: Anjo Mecânimo
Autora: Cassandra Clare
Tradutora: Rita Sussekind
Editora: Record
Páginas: 392


Nem acreditei quando vi que Anjo Mecânico seria lançado no Brasil. Eu ansiava por ler a série As Peças Infernais desde que soube da sua existência. Mas como nem City of Fallen Angels foi lançado por aqui ainda, não imaginava que Anjo Mecânico acabaria chegando antes.

As Peças Infernais é um prequel da série Os Instrumentos Mortais, da autora Cassandra Clare, e se passa mais de 100 anos antes da história que já conhecemos. Bom, pelo menos que eu já conheço, com certeza alguns leitores conhecerão esse universo por meio desta saga e não da outra. O interessante desta nova série é que ela faz uso do mesmo universo, mas sem obrigar ao leitor conhecer previamente os outros livros.

O ponto negativo é que, justamente por ser o início de uma nova saga, certas coisas precisam ser explicadas ao novo leitor (e também à nova personagem, Tessa, que é novata nesse negócio de Caçadores de Sombras, Vampiros, Lobisomens e afins). A autora faz o melhor possível, mas fica evidente um certo desconforto nessas explicações. O leitor antigo precisa revisitar o que já sabe e soa um tantinho repetitivo (e meio incompleto), enquanto aquele que está conhecendo este universo só agora acaba perdendo explicações mais aprofundadas, porque a autora se esforça, mas não consegue deixar tão claro tudo o que há por trás de cada grupo de seres sobrenaturais.

Os personagens principais são Will Herondale, Jem Carstairs e Tessa Gray. Os dois primeiros são Caçadores de Sombras (humanos com sangue do anjo Raziel, que são treinados desde jovens para combater os demônios que tentam destruir a humanidade), enquanto Tessa é um membro do submundo, embora tenha acabado de descobrir isso. A garota possui um poder bastante curiosa de se transformar em qualquer pessoa – viva ou morta – desde que possa tocar em algum objeto que tenha pertencido a esta pessoa. O legal é que ela não apenas se transforma fisicamente, mas também absorve as memórias e personalidade da pessoa, uma qualidade rara mesmo no submundo. Ela obviamente é uma feiticeira (filha de um humano com um demônio), mas os eventos que levaram ao seu nascimento são um dos mistérios do livro.