terça-feira, 5 de junho de 2012

Review: Continuum (S01E02) - Fast Times





Série: Continuum
Episodio: Fast Times
Temporada:
Nº do episódio: 02 (1x02)
Data de Exibição: 03/06/2012
Roteiro: Jeff King
Direção: Jon Cassar

Após uma estréia consistente, o segundo episódio de Continuum não deixou a desejar. Aos poucos as situações vão se ajustando e nós podemos saber um pouquinho em qual terreno estamos pisando.

Era de se esperar que a máscara de Kiera fosse cair, afinal, ela pegou aleatoriamente o nome de uma detetive e é claro que mais cedo ou mais tarde o povo da polícia de Vancouver iria se comunicar com Portland. Mas gostei da forma como resolveram o problema e a rapidez com a qual a série lidou com a situação, sem enrolar com aquilo que obviamente teria que ser definido logo para trazer um certo ar de veracidade. Aliás, eu gosto da interação dessa equipe policial, a despeito de minha birra com o ator que faz o Carlos. E ver a Jennifer Spence me deixa com uma saudade de Stargate Universe...

No entanto Alec continua sendo o personagem que eu mais gosto. Os diálogos dele com Kiera são sempre bons e não deixa de ser interessante como ela confia nele (que outra escolha tem, afinal?). Só me pergunto como a família do garoto o deixa trancado o tempo todo naquele celeiro sem dar uma bisbilhotada de vez em quando.

Inclusive, isso foi uma coisa que eu ficava me perguntando. Alec parece estar sempre pronto para responder Kiera quando ela chama, mas o garoto não pode estar ali 100% do tempo. Ele tem uma vida própria! Por isso gostei quando ela chama por ele (bem na hora que vai encontrar os Liber8) e Alec não responde, pois estava (de fato) pulando a cerca.

Eu entendo a trégua que Kiera faz com o grupo terrorista para voltar para casa. Fico pensando no que eu faria em seu lugar. Com certeza voltar para o meu tempo seria prioridade. Adoro a ideia de viajar para o passado ou o futuro, mas de uma forma controlada, e não ser jogada 55 anos para trás, longe de todos a quem eu amo e sem chance de voltar.

Os Liber8 é que são uma incógnita para mim ainda. A motivação deles me parece correta, mas seus métodos são extremos demais. Acho que Kellog estava certo ao dizer que eles têm uma grande oportunidade de fazer a diferença aqui em 2012 e deveria aproveitar esta chance. Por outro lado, eles são ninguém, talvez a influência em nosso ano não fosse o suficiente para mudar o futuro. Sei lá, acho que o ideal seria dividi-los em dois grupos, um atuando aqui em 2012 e outro lá em 2071.

Seja como for, não vejo necessidade desse povo sair matando a torto e a direito. O pouco respeito que eles têm pela vida alheia acaba diminuindo a força de suas motivações. Aquela loura mesmo, parece psicopata. E, se não fossem tão radicais, talvez tivéssemos a oportunidade de vê-los ao lado de Kiera mais vezes ou mesmo torcer por eles.

Uma coisa que eu gosto são dos flashbacks do futuro. Tudo bem que o filho da Kiera não é o ser mais simpático da face da Terra, mas eu tenho esperanças que outras cenas mais esclarecedoras irão aparecer. Sonhar nunca é demais, não?

E com a viagem no tempo dando errado, Lucas perdendo uma peça do aparelho condutor (ou seja lá como se chama) e Kiera vendo a bendita peça entre as evidências da polícia, alguns desenvolvimentos diferentes podem ocorrer.

Mas o que eu realmente me pergunto é o que o Alec do futuro sabe sobre o passado e o que o motivou a enviar Kiera juntamente com os Liber8 para 2012 (por que foi ele, não foi?).

Dessa vez a família de Alec apareceu ainda menos que na estreia, mas podem escrever, eles não estão ali só de enfeite. Alguma coisa vai acontecer, e eu espero ansiosa por este dia.
Só para finalizar, quero uma participação mais efetiva da Lexa Doig. Ser refém  de Kiera não é o suficiente para quem é fã dela como eu.
***
PS: Rachel Nichols se mostrou muito mais confortável em seu papel neste episódio. Em A Stitch in Time foi um pouco estranho vermos a personagem sempre rija e sem expressões, mas em Fast Times ficou bem evidente que aquela era a Kiera profissional. Neste segundo episódio tivemos a oportunidade de vê-la deslumbrada ao iniciar o seu trabalho como Protetora, a diferença de expressão nos momentos que era apenas mãe, e ainda a fragilidade de ser alguém arrancada de seu tempo, sem deixar de lado a seriedade e frieza que ostenta quando está completamente investida no trabalho. A atriz está de parabéns.

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