sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Livros de 2010


Para manter a tradição, vamos à listinha de livros lidos em 2010. Consegui ser um pouco mais eclética que em 2009, mas ainda estou longe do ideal. Este é o meu plano para 2011: ler gêneros diversificados.

01) Atlantis -David Gibbins
02) O Último Merovíngio - Jim Hougan
03) Let the Right One In - John Ajvide Lindquist
04) Moon Called - Patricia Briggs
05) A Primeira Regra do Mago - Terry Goodkind
06) Dead as a Doornail - Charlaine Harris
07) A Mulher do Viajante do Tempo - Audrey Niffenegger
08) Sword of Truth - Vol. 2: Stone of Tears - Terry Goodkind
09) Os Homens que não Amavam as Mulheres - Stieg Larsson
10) Maligna (Wicked - The Life and Times of the Wicked Witch of the West) - Gregory Maguire
11) Definitely Dead - Charlaine Harris
12) All Together Dead - Charlaine Harris
13) Meu Reino por um Cashmere - Ana Cristina Reis
14) From Dead to Worse - Charlaine Harris
15) A Valsa Inacabada - Catherine Clément
16) A Vida Secreta das Abelhas - Sue Monk Kidd
17) Fallen - Lauren Kate
18) Blood Bound - Patricia Briggs
19) Dead and Gone - Charlaine Harris
20) Dead in the Family - Charlaine Harris
21) Depois do Funeral - Agatha Christie
22) O Ladrão de Raios - Rick Riordan
23) O Momento Culminante - Roberto Freire
24) The Hunger Games - Suzanne Collins
25) O Inimigo Secreto - Agatha Christie
26) O Guia dos Mochileiros das Galáxias - Douglas Adams
27) Os Crimes do Mosaico - Giulio Leoni
28) A Descoberta do Chocolate - James Runcie
29) Death's Daughter - Amber Benson

[Edit] Lembrei que em 2010 também reli Harry Potter e as Relíquias da Morte. Como li voando para dar tempo de terminar antes do filme (o mesmo para As Crônicas de Nárnia - A Viagem do Peregrino da Alvorada) esqueci de anotar.

Também comecei dois livros: Olga e A Crítica da Razão Criminosa, mas ambos terminarão o ano inacabados. Vamos ver o que 2011 nos reserva.

Desafio Literário/Férias - Death's Daughter


Death’s Daughter – Amber Benson

Há muitos motivos para alguém comprar um livro, mas poucos o fazem por sentimento de culpa. Isso é reservado para seres raros (e tolos) como eu.
Sou fã de Amber Benson, a autora de Death’s Daughter. Para quem não a conhece (ou até conhece, mas não ligou o nome à pessoa), Amber interpretou Tara em Buffy (a personagem que veio mudar para sempre a vida de Willow e, por consequência, de todos ligados a ela). Desde então ela tem atuado mais por trás dos bastidores, com direção, roteiro e produção (embora continue atuando aqui e ali). Aventurou-se no mundo dos quadrinhos, escrevendo o roteiro de algumas obras (inclusive uma para Buffy) e também é corroteirista, coprodutora e diretora da série sobrenatural exclusiva para a internet, Ghosts of Albion.

Amber também está no twitter e é uma das pouquíssimas celebridades que eu sigo. E foi assim que eu cheguei a Death’s Daughter e Cat’s Claw, dois livros escritos por ela e que contam a história de Calliope Reaper-Jones, a filha da Morte. Ela postou alguns artigos que mencionaram seus livros e eu fiquei curiosa. Como nenhum tem tradução para o português, eu nem me preocupei em comprar, apenas os procurei na internet e baixei os benditos. E é aí que começa o meu sentimento de culpa.

Fiquei tão feliz por ter conseguido baixar os livros que comentei no twitter. Minhas palavras foram algo como “I finally got my hands on Death’s Daughter and Cat’s Claw. I’m so happy”. E qual não foi a minha surpresa quando Amber respondeu ao meu tweet agradecendo e dizendo-se muito feliz por eu ter adquirido seus livros!? O problema é que eu tinha baixando os benditos e me senti o ser mais baixo desta Terra. Então fiz um esforcinho, coloquei a mão no bolso e encomendei os citados livros (que tiveram que ser importados, pois não tinha por aqui, mas isso não vem ao caso).

Mesmo assim demorei cinco meses para ler o primeiro deles. Mas eis que terminei Death’s Daughter antes de encerrar 2010. Infelizmente não posso dizer que o livro me agradou. Não é ruim, mas também não é o meu objeto de consumo literário usual, a despeito do tema.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Recordar é reviver? - Buffy (1ª temporada)



Buffy – 1ª Temporada

Recentemente entrei em uma fase ‘recordar é reviver’. Primeiro foi Firefly, depois veio Arquivo X (ainda em curso) e agora Buffy.
A primeira temporada re-assisti em maratona, um episódio atrás do outro, e foi uma experiência inigualável. Há algo de especial em Buffy que te instiga a continuar e que mexe profundamente com o espectador.  Não é a toa que mobilizou uma multidão de fãs na época, os quais continuam fieis ao sentimento até hoje.
Mas re-assistir, por melhor que seja a série ou a experiência de revê-la não é a mesma coisa que ver pela primeira vez. É claro que o motivo é já conhecer o futuro, mas ao contrário de outras séries, onde o problema está em perder o elemento surpresa e com isso parte da graça, em Buffy conhecer demais significa sofrer duplamente.
É meio catártico revê-la com 16 anos, nova e inexperiente, aprendendo sobre quem era e quais os seus limites. É até bonito rever Willow tão jovem, inocente e cheia de bondade naquele coração que será tão massacrado e que sofrerá transformações tão profundas. Até mesmo Xander, que antes era apenas objeto de irritação, agora é visto com outros olhos (talvez porque eu cresci e amadureci, talvez porque lembre do amadurecimento do personagem, não sei).

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Desafio Literário/Férias - A Descoberta do Chocolate

Sinopse: Um jovem espanhol, Diego de Godoy, embarca em 1518 rumo ao Novo Mundo. Como muitos outros que fizeram a mesma viagem, ele parte em busca de fama e fortuna. Na América, luta ao lado de Cortès, o conquistador do México. No meio dessa campanha gloriosa, conhece Ignácia, uma nativa que inicia nos segredos sensuais do chocolate.
As circunstância, porém, rapidamente separam os amantes. Mas Ignácia, antes de partir, deixa com Diego um elixir da longa vida, que adiará sua morte por quinhentos anos. 
Acompanhado de Pedro, seu cachorro, ele vaga pelo mundo ao longo dos séculos em busca do verdadeiro amor, do sentida da vida e do chocolate perfeito.
A Descoberta do Chocolate é um romance antológico, que combina descrições poderosas, boas doses de sobrenatural e temperos perfumados que fazem de sua leitura um prazer inesquecível.

A Descoberta do Chocolate
Autor: James Runcie

Contra todas as minhas previsões, A Descoberta do Chocolate foi um livro bem fácil de ler. Diferente de como eu imaginava, não trouxe grandes emoções (na verdade, apenas uma, mais ao final do livro, que me fez chorar muito, tanto pela tristeza do acontecimento quanto pela grandeza do egoísmo do personagem) ou mesmo muita empatia diante dos acontecimentos, mas isso não prejudicou a leitura.
Na verdade, o livro é até interessante, leva-nos para diversos locais em inúmeros pontos da história (embora seu enfoque seja sempre o chocolate). O maior problema está no seu protagonista desprovido de qualquer carisma. Mas é perfeitamente possível gostar de um livro e desprezar seu personagem principal.
Diego de Godoy recebeu um presente glorioso: sua vida prolongou-se muito além do que qualquer outro ser humano poderia esperar. Infelizmente, ao invés de usar seus séculos a mais para aprender a ser um ser humano melhor, Diego foi um homem obcecado e egoísta. Só conseguia pensar em chocolate, no seu amor perdido (o que para mim era uma loucura, pois não consegui sentir simpatia ou aquele ardor entre os dois amantes quando se conheceram e tampouco durante as mais de duzentas páginas do texto)  e em como sua vida era extensa e sem significado. Ele tinha a oportunidade de influenciar vidas, fazer a diferença no mundo e mesmo assim escolheu fechar-se em seu próprio umbigo. 
Não bastassem os primeiros duzentos (ou trezentos, não estou bem certa) anos de sua vida terem passado como um sonho, sem que pudesse de fato aproveitá-los, o restante dos seus dias foi desperdiçado com medo de se entregar, com a obsessão com o chocolate (como alguém conhece providencialmente outros maníacos por chocolate em tudo quanto é canto que vai  é algo que está além da minha capacidade de compreensão), com o desejo de morte e até mesmo com  vícios (primeiro álcool, depois os jogos). Uma vida mesquinha, quinhentos anos que levaram o protagonista a decrescer como ser humano. Alguém que fora um Conquistador, notário do Imperador, jovem cheio de ímpeto, curiosidade e confiança, tornou-se um farrapo humano, um dejeto, a sombra dele mesmo.
Não dá para simpatizar com Diego e sua falta de capacidade de aprendizado, mesmo assim, é possível torcer para que um dia reencontre a sua amada. A infelicidade é que desperdiça quinhentos anos nesta busca e nada  positivo tem a entregar a ela ao final. Cinco séculos que poderiam ter vivenciado juntos tornaram-se séculos de amargor e desilusão e nem ao menos pode dizer que é um ser humano melhor, mais sábio e experiente.
O interessante no livro são as delícias culinárias criadas por Diego. Embora sua paixão seja o chocolate (e deixa o leitor com água na boca, ansiando por esta fina iguaria, e não apenas os nossos chocolates em barra feitos à exaustão e sem a qualidade e o refinamento que antes era dedicado a esta delícia), ele descreve praticamente tudo o que cozinha ou cria, e nos deixa com aquele desejo irresistível de experimentar todos os condimentos e aprender a fazer pratos tão interessantes ou elaborados.
É, afinal, um livro um pouco pretensioso, mas agradável à leitura. Poderia ser melhor? Com certeza, mas não é algo para ser descartado sem uma segunda olhada com mais carinho.
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Desafio de Férias 2010/2011

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Desafio Literário/Férias - O Inimigo Secreto (Agatha Christie)

Eu sou fã de Agatha Christie desde a adolescência. Lembro que devorei inúmeros livros em pouquíssimo tempo, porque se tem uma coisa que a autora sabe fazer, é envolver o leitor. Não é sem razão que ela é considerada a Dama do Crime.
Mas nem os melhores são perfeitos sempre e O Inimigo Secreto é prova disso. Tommy e Tuppence (também protagonistas de outros três livros e algumas outras histórias) são sem dúvida nenhuma os detetives mais sem sal criados por Agatha Christie. Eles tem a seu favor que a cada livro estão mais velhos e, portanto, menos tolos, e O Inimigo Secreto é apenas a primeira aventura dos dois, mesmo assim é difícil acompanhá-los página a página.
Aqui, Tommy e Tuppence são apresentados como jovens desempregados que se reencontram alguns anos após a guerra e decidem montar a sociedade Jovens Aventureiros Ltda. e, por acaso, vêem-se diante de uma investigação que pode mudar os rumos do Reino Unido. Para isso, precisam encontrar a jovem Jane Finn, desaparecida após o bombardeio do navio RMS Lusitania, e que acredita-se estar na posse de documentos que podem afundar a Inglaterra em um caos inimaginável.
O grande problema do livro é que ao casal falta carisma - ou pelo menos à Tuppence - e inteligência. Acostumada ao brilhantismo de Poirot e a perspicácia serena de Miss Marple, fica difícil acompanhar a falta de bom senso do casal e o ego inflado de Tuppence. E ainda pior são os elogios constantes que o casal recebe dos outros personagens por atos que para mim parecem no mínimo infantis.
Aos diálogos falta um toque de veracidade, tudo soa muito pomposo e fictício, difícil imaginá-los ocorrendo com pessoas reais. E a forma como todos são crédulos demais, como os personagens contam mais com a sorte do que com o cérebro e como se deixam engambelar por dissimulações tão claras, acabam tirando o brilho da história para o leitor.
Entretanto, se  há uma coisa que Agatha Christie faz bem - inclusive neste livro - é manter o seu criminoso bem escondido até o final. Você desconfia, na verdade desconfia até demais, sem conseguir olhar para alguém sem duvidar, mas só vai saber quem realmente está por trás de tudo no final. E me agrada ter acertado. Coroada de incertezas, tamanhas as idas e vindas dos personagens, mas o que importa é que apostei minhas fichas no criminoso certo.
Mas fico feliz de serem poucos livros com o casal Beresford, não sei se teria ânimo para aguentar a personalidade daqueles dois por muito tempo.

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Sim, eu sei que o livro não estava na lista original do Desafio de Férias, mas já que li o bendito, por que não incluí-lo? (Confesso que comecei alguns meses antes, mas tinha empacado ainda no início e resolvi renovar os meus ânimos e terminá-lo a tempo de participar do Desafio. Como li mais de 80% em dezembro, vale, não vale?)

As Crônicas de Nárnia - A Viagem do Peregrino da Alvorada.

Fui ver Nárnia faltando pouco menos de 30 páginas para finalizar a leitura do conto. E embora eu tenha rangido os dentes com algumas mudanças (foram inúmeras, acreditem), no final posso dizer que esta foi uma adaptação muito boa. Se duvidar, melhor do que o próprio conto.
Nesta aventura, apenas Edmundo e Lucia são levados a Nárnia, e junto com os irmãos o irritante primo Eustáquio (Will Poulter, perfeito na caracterização do primo sabe-tudo irritante e reclamão). Pedro e Susana já são muito velhos para o mundo de fantasia e logo logo os dois Pevensie mais jovens também o serão, o que significa que o bastão precisa ser passado para outra pessoa, ou Nárnia ficará sem a presença de um filho de Adão.
Para a sorte de todos (minha em especial, porque o Ben Barnes é absurdamente lindo) Caspian continua reinando em Nárnia e apenas três anos se passaram por lá.
Mas desta vez não há um perigo real os assolando, muito pelo contrário, o reino vai muito bem, o que leva Caspian a juntar uma tripulação e sair pelo mar em busca dos sete fidalgos que o seu pai mandou para longe na ocasião da traição do irmão.
Não vale muito a pena ficar discorrendo sobre as alterações que o filme fez em relação ao livro, mas só para não deixar de implicar um pouquinho, no livro não tem esse grande mal que percorre todas as ilhas e tampouco a história das espadas que precisam ser colocadas sobre a mesa de Aslam. Assim como o homem atrás da esposa que foi levada em sacrifício e sua filha são criações do filme. Mas os passos dos personagens, que no fundo é o que importa, são basicamente os mesmos, a motivação é que difere no filme. 
Creio que entendo o porquê de algumas das mudanças: a necessidade de ação e de um vínculo com o espectador. O livro é meio solto, os personagens querem alcançar o ponto mais ao leste e chegar ao país de Aslam, mas tudo é pela aventura, pura e simplesmente. No filme não, há um objetivo: destruir a ilha negra e o mal que ela tem espalhado pelo derredor. Querendo ou não, isso possibilita uma gama bem maior de aventuras, de medos, de explosões de raiva, orgulho, inveja, avareza, assim como lutas constantes, espadas, flechas, prisões e magia.
E é esta história que permite a transformação do jovem Eustáquio, tão necessária para a continuidade da história de Nárnia. O garoto, que no início era nada mais do que um fardo para todos na tripulação, acaba passando por grandes mudanças (grandes mesmo, já que é transformado em um dragão) que acabam por moldar o seu caráter e demonstrar que lá no fundo há uma pessoa digna de respeito e admiração. Ele só precisava encontrar as pessoas certas e a situação adequada para ser depurado. E sem dúvida alguma Eustáquio brilha neste filme, seja como menino, seja como dragão. Impossível não chorar em algumas cenas (ou rir em outras).
O final é belíssimo e mais uma vez arrancou lágrimas que eu tentava com todas as forças não derramar. Vale lembrar que tanto livro quanto filme são carregados de simbolismo religioso, mas o livro é um pouco mais explícito, embora em nada o filme fique devendo à mensagem que C.S. Lewis desejava passar. 

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Desafio Literário/Férias - The Hunger Games

Alguém me lembre de não participar mais de desafios literários, por favor? Li o primeiro livro da lista há mais de 10 dias e ainda não tinha criado coragem para escrever a resenha. A preguiça impera em minha vida, socorro!!!
Mas como é bom espantar a poeira de vez em quando, tomei vergonha na cara, sentei diante do computador e aqui está ela.

The Hunger Games, o primeiro de uma série de livros escrita por Suzanne Collins foi o escolhido para iniciar o meu desafio. E como tantos outros antes dele, decidi pela leitura sem ter a menor idéia do que se tratava a história. E ponho a culpa no tumblr e a miríade de imagens com as tags #the hunger games series que invadiu o bendito. 
Como eu sou curiosa, fui pesquisar o que significava a tag, descobri que era uma série de livros e decidi ler. Assim, sem nem saber da história, porque a partir do momento que soube que leria, não perdi tempo procurando informações, fui atrás do livro.
Confesso que tinha medo que fosse mais um desses livros juvenis cheios de romances mal desenvolvidos e redação duvidosa, mas fico feliz em dizer que não foi o caso.

A história de The Hunger Games é até simples, mas rica e cheia de detalhes ao se olhar mais de perto. 

Amor por Acaso [Bed & Breakfast]

O que esperar de um filme dirigido por Márcio Garcia? Não muito, com certeza, mas se você se der ao trabalho de ver o trailer de Bed & Breakfast pode até ser enganado e achar que o filme talvez valha a pena. Sim, porque a bem da verdade é que o trailer é a melhor parte do filme.
Amor por Acaso (ou Bed & Breakfast) conta a história de Ana (Juliana Paes), uma brasileira, supervisora de uma loja de departamentos que perde o pai e herda uma dívida de R$ 500.000,00, sem falar do irmão que é viciado em jogo e precisa pagar R$ 8.000,00 se quiser continuar vivendo.
Para sorte da garota, o seu advogado (que só fala com ela em inglês, mas não posso pensar em nenhum motivo para isso além dele sentir saudades da sua terra natal, já que está morando no Brasil e advoga aqui) descobre um imóvel nos Estados Unidos, mais precisamente na cidade de Webster, que supostamente é uma herança que o pai de Ana deveria ter recebido na ocasião da morte da mãe. A venda do imóvel pode salvar Ana da bancarrota, então a garota acompanha o advogado aos Estados Unidos para tomar posse do que acredita ser seu de direito.
O problema é que o imóvel está ocupado por Jake (Dean Cain, a verdadeira razão de eu ter ido ao cinema assistir ao filme) que alega tê-lo recebido como herança de Flo, uma antiga amiga.
O tema é batido, a resolução também. Ou alguém acredita que algum outro final seria possível que não Ana se apaixonar por Jake e ficar nos EUA administrando a pousada que ele construiu no imóvel? E nem mesmo as aventuras pelas quais os personagens passam no decorrer do filme são originais. Casal em lua de mel se agarrando a todo momento, faxineira latina que se agarra no sofá com o advogado, crítico de hotéis visitando a pensão e Ana auxiliando Jake na cozinha, o que dá um toque diferente, acolhedor e exótico à pousada, ex-mulher do protagonista chegando na hora H e demonstrando ser um poço de egoísmo...é preciso dizer mais?
Se pelo menos os atores salvassem a coisa toda, mas nem isso. Os brasileiros foram uma vergonha e demonstram mais uma vez que estamos anos-luz de uma interpretação de qualidade. Infelizmente nem os gringos salvaram o dia. Não tinha viva alma que soubesse interpretar. Dean Cain era o melhor deles, e isso já diz tudo. Eu amo o ator, de verdade, mas até eu sei que ele tem um corpo lindo, rosto maravilhoso e uma simpatia sem tamanho, mas que a interpretação não é o seu forte.
Por isso nem vou mencionar o absurdo que é a protagonista herdar uma dívida de quinhentos reais. Não tenho a menor idéia da legislação americana, mas aqui herdeiro só paga dívida do falecido até o montante da herança recebida, e mesmo assim apenas se aceitar a herança. Se não há herança, a dívida não transmite ao herdeiro. Ou seja, toda a razão de existir do filme é furada. Socorro!!!
Passe longe.

***
Márcio Garcia faz uma aparição relâmpago no final do filme, como um dos hóspedes em uma propaganda muito descarada de shampoo. Esse povo não tem vergonha na cara mesmo. E só aqui entre nós, acho que Márcio Garcia nunca envelhecerá. Parece que congelou no tempo.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Desafio de Férias 2010/2011



Há séculos que quero participar de algum desafio de leitura, mas a verdade é que a preguiça e a falta de disciplina me impedem. Até li vários livros nos últimos meses, mas resenhar que é bom, neca de pitibiribas. Só que não deu para fugir deste desafio. A Naomi foi tão enfática em seu post que eu me rendi.
É claro que eu leria de qualquer jeito. Férias é a época do ano que mais leio, porque viagem combina com leitura de uma forma inexplicável, mas agora terei que fazer um esforcinho a mais e resenhar. O mais difícil, entretanto, foi escolher a lista de livros. E foi neste ponto que o Desafio de Férias saiu ganhando: você pode alterar a sua lista a vontade, desde que leia e resenhe pelo menos dois livros por mês.


Minha listinha:


Dez/2010:
- The Hunger Games (Suzanne Colllins)
- O Inimigo Secreto (Agatha Christie) (inclusão de última hora)
- Death's Daughter (Amber Benson) (inclusão de última hora)
- A Descoberta do Chocolate (James Runcie)


Jan/2011:
- Marcada (P.C. Cast e Kristin Cast) (inclusão de última hora)
- Darkly Dreaming Dexter ( Jeff Lindsay) (inclusão de última hora)
- Catching Fire (Suzanne Collins)
- Comer, Rezar, Amar (Elizabeth Gilbert) (inclusão de última hora)


Fev/2011:
- Dearly Devoted Dexter (Jeff Lindsay) (inclusão de última hora)
- Dream Warrior (Sherrilyn Kenyon) (inclusão de última hora)
- Bad Moon Rising (Sherrilyn Kenyon) (inclusão de última hora)
- Iron Kissed (Patricia Briggs)
- Flashforward (Robert J. Sawyer) (inclusão de última hora)
- Olga (Fernando Moraes)
- A Bússola Dourada (Philip Pullman)



Para os interessados, o post oficial do Desafio de Férias está aqui. Você que ama ler tanto quanto eu, ou quem sabe até mais (ou menos e está procurando um motivo para se esforçar) é uma ótima oportunidade de participar e ainda ganhar (se tiver sorte) algum brinde. É só se inscrever.

domingo, 31 de outubro de 2010

Livro: O Momento Culminante

Livros investigativos/policiais sempre me atraíram, mesmo assim só havia lido dois livros brasileiros com este gênero (Buffo & Spallanzani e o Xangô de Baker Street) e ambos há uma vida, nos idos da minha adolescência. Foi por isso que fiquei feliz quando O Momento Culminante, de Roberto Freire, caiu em minhas mãos. Em uma época que eu tentava ler alguma coisa nacional, nada melhor do que um gênero que eu gostasse bastante.
Infelizmente a leitura não fez jus às expectativas. O Momento Culminante se mostrou um dos piores livros que já li. Inicialmente pensei que a rejeição fosse porque eu tinha acabado de ler o ótimo Os Homens que não Amavam as Mulheres (Stieg Larsson), porém, mesmo depois de meses (fui obrigada a interromper a leitura, não me dava prazer algum) o livro continuou sendo tão ruim quanto na minha impressão inicial.
A idéia até era interessante, mas o seu desenvolvimento foi uma vergonha. O autor não conseguiu criar personagens cativantes ou que despertassem qualquer interesse no leitor. O detetive Leonardo (Leo) parece demais ser a projeção dos desejos íntimos da cabeça do autor (um transposição para o papel do que ele acredita ser o homem perfeito, sem vínculos emocionais, estudado, com dinheiro, acesso a praticamente qualquer círculo, qualquer mulher e muito inteligente e perceptivo) e ao leitor ele é um personagem divorciado da realidade, com o qual não conseguimos nos importar nem o mínimo necessário.
O caso – encontrar uma estudante de artes desaparecida e que se acredita ser o cadáver preservado em “vidro” encontrado pelo caseiro de Leo próximo a sua fazenda – é a única coisa que consegue levar o leitor página após página, mas mesmo ele vai se tornando cada vez mais fantasioso e absurdo e chega um momento que temos a nítida impressão de que o autor acha que somos idiotas por continuarmos a ler um desenrolar tão mal formulado. É como aqueles filmes ruins de ação que o protagonista consegue tudo, mesmo quando está claro que a forma lógica de agir não é aquela.
Como se não bastasse os graves erros no desenvolvimento da história, ainda somos forçados a uma escrita mediana e que parece ter sido formulada para chocar (a forma como o personagem se refere ao sexo, como introduz um relacionamento lésbico de personagens que jamais deram indicação deste tipo de preferência sexual, o que deixa ainda mais explícito os desejos íntimos do autor refletidos em seus personagens), mas que ao final só serve para demonstrar o quanto Roberto Freire é raso e o quanto fracassou no seu intento. Sem, é claro, mencionar os diálogos pífios e forçados (“fizemos um sexo gostoso”, entre outros que soariam ridículos na boca de qualquer pessoa real).
Fiquei triste por meu retorno à literatura brasileira ter sido com um livro de qualidade tão baixa. O próximo da lista é Olga, de Fernando Morais. Tenho esperanças muito maiores com este.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Novos livros

Nada novo no front. Ou melhor, há milhares de coisas novas, mas nenhum tempo para escrever. Mas hoje fiquei  feliz porque minha última compra de livros chegou. Promoção é um perigo para quem adora comprar livros..socorro!!!
Dessa vez comprei A Hospedeira (da Stephenie Meyer, que já li no computador mas queria guardar - e digo que é mil vezes melhor do que a sua saga Crepúsculo e merecia um filme muito mais do que a história dos vampiros e lobos), A Menina que Brincava com Fogo e A Rainha do Castela de Ar (do Stieg Larsson), Crítica da Razão Criminosa (do Michael Gregorio...do quem nunca ouvi falar, mas o livro estava em promoção e sabem como é...as vezes sem querer acabamos fazendo uma achado), A Cidade dos Hereges (do Federico Andahazi, de quem também jamais ouvi falar), A Descoberta do Chocolate (de James Runcie...mais desconhecido por mim impossível, mas tem chocolate, então estou dentro) e por fim Clube dos Vampiros (da Charlaine Harris....com a capa mais vergonhosa possível, mas depois de esperar um tempão pela outra capa sem sucesso, forcei-me a comprar já que estava na promoção). E este mês ganhei do Leo de aniversário A Arte da Guerra, do Sun Tzu. Fazia anos que eu queria este livro.

Recentemente também voltei a ler O Momento Culminante, do Roberto Freire, que estava empacado há meses. Mas meses mesmo. Não gosto do jeito que ele escreve, parece artificial demais, principalmente os diálogos, mas já que comecei, quero acabar. Outro que está na lista dos empacados desde o início do ano é Os Crimes do Mosaico. Esse  é melhor do que o brasileiro (Crimes é italiano), mas igualmente sem atrativos. Ou talvez o problema seja o protagonista mais chato da história literária (Dante Alighiere, para os que não conhecem o livro).
Também estou lendo, mas a passos de tartaruga, porque o meu tempo sumiu, O Inimigo Secreto, da Agatha Christie. Não sei se é o linguajar estranho que ela usa para os jovens Tuppence e Tommy (seus detetives nesta história), mas o livro não flui tão naturalmente quanto os outros. Mas tem sido uma (re)leitura agradável. Os livros da Agatha Christie sempre são bem vindos, mesmo os não tão magistrais quanto os outros.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Livro: Blood Bound e Moon Called

Quando li o primeiro livro da série Mercedes Thompson (cinco foram publicados até hoje, mas a autora prometeu sete) não escrevi sobre ele, mas agora que terminei o segundo senti vontade de comentar alguma coisa.
Ambos os livros foram deliciosos de ler e fiquei surpresa por gostar tanto desta série da autora Patricia Briggs. O tema é o sobrenatural....lobisomens, fadas e vampiros mas, embora superficialmente pareça semelhante ao dos livros de Charlaine Harris (aqueles nos quais foram baseados a série True Blood), é só começarmos a ler para percebermos que não poderia estar mais distante. Ou melhor, o tema é o mesmo (seres preternaturais saem do armário e precisam lidar com o dia a dia no meio de humanos que sabem o que eles são, mas não podem saber demais como a comunidade é na intimidade) mas as história, a abordagem e os personagens completamente diferentes.
Mercy, a personagem principal da série, é uma walker, ou seja, pode se transformar em coiote, mas não sente a atração da lua como os lobisomens e, embora seja formada em História, prefere ganhar a vida como mecânica de automóveis.
No primeiro livro, Moon Called, Mercy precisa salvar o alfa dos lobisomens da cidade onde mora e a filha adolescente dele, já que foram capturados para servirem de teste em uma nova droga. Como as coisas nunca são tão simples, há todo um passado de Mercy com os lobisomens, já que foi criada pelo Marok, o líder principal deles. E embora não tivesse muita vontade de continuar ligada a eles, o fato de ser vizinha de um (o Alfa) não lhe dá muita escolha.
Mas o mais legal é que Mercedes é uma mulher de fibra, que não se dobra diante das dificuldades e que pode ser mais frágil fisicamente do que os adversários (ou mesmo os aliados), mas isso não a impede de usar a cabeça e a teimosia para lutar pelo que acredita.
Já no segundo livro, Blood Bound, o problema são os vampiros. Stefan, vampiro, amigo e cliente de Mercy pede sua ajuda para um pequeno negócio. Como Mercy está em débito com Stefan por fatos ocorridos em Moon Called, ela o acompanha (como coiote) ao encontro de um vampiro que veio à cidade sem se fazer anunciar à Marcilia, a manda-chuva dos vampiros nas Tri-Cities.
O que nenhum dos dois esperava é que o tal vampiro desconhecido fosse na verdade um feiticeiro, tivesse feito pacto com um demônio, matado uma quantidade gigantesca de pessoas e ainda alterasse as memórias de Stefan, culpando-o pelos crimes.
E é assim que Mercy se vê envolvida em uma caçada meio desigual a este monstro que foi capaz de subjugar até mesmo Stefan, um dos vampiros mais antigos e poderosos das Tri-Cities.
Se eu gostei do primeiro livro, gostei ainda mais do segundo. Mercy é uma personagem inteligente, não é (muito) impulsiva, geralmente pensa antes de agir, mas é sobretudo leal e amiga e está disposta a sacrificar a si mesma se isso significar o bem estar daqueles de quem ela gosta (e na verdade, mesmo de desconhecidos). Acho legal que ela se preocupa com o trabalho, realmente vai cumprir o seu horário na mecânica, faz as buscas fora do expediente (na maioria das vezes) e tenta manter um controle sobre si e seus atos e vontades, mesmo diante do seu óbvio interesse amoroso pelo alfa da comunidade incrivelmente machista de lobisomens.
Os livros também são muito bons em explorar as regras da comunidade preternatural. Mercy conhece bastante bem os lobisomens (embora sempre haja espaço para descobrir algo novo), mas vai aprendendo junto conosco sobre os vampiros, as fadas e por aí afora.
Fazia tempo que eu não lia um livro em menos de dois dias. Terminei Blood Bound cheia de vontade de ler os próximos livros da série. Já vi que o meu propósito de não gastar din-din neste mês foi pelo ralo. Preciso das sequências com urgência.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Livro: A Valsa Inacabada

A Valsa Inacabada (La Valse Inachevèe)
Autora: Catherine Clément


Foram dois os motivos que me levaram a ler A valsa inacabada. O primeiro é que eu sentia que precisava mudar de ares na leitura. Acontece de tempos em tempos de eu ficar muito em cima de um mesmo tema e precisar sacudir um pouco a macieira para permitir novos frutos. O segundo motivo é muito mais prático: eu comprei a edição de bolso em uma promoção e já que o livro estava lá em casa mesmo, por que não ler o bendito?
O que eu jamais imaginaria é que eu demoraria....bem, nem sei quantos meses, perdi as contas, para terminar a leitura. Não é que o livro seja ruim, ele é apenas tedioso. Você lê, lê e então lê mais um pouquinho e tem a sensação de não ter saído do lugar. Terminei as últimas 100 páginas em duas horas, mas que pareceram seis.
A idéia da autora é interessante. Mostra a vida de Sissi, Impreratriz austro-húngara a partir de um momento peculiar em sua história: a visita a um dos bailes no Reduto, fantasiada com um dominó amarelo, onde conhece o jovem Franz que a iria marcar para o restante dos seus dias. Embora nunca tenham concretizado qualquer tipo de relacionamento carnal, os dois trocaram correspondências durante anos, sem tampouco a Imperatriz fazer conhecer a sua verdadeira identidade.
O jovem Franz é um personagem fictício, mas baseado em Frédérick Pacher de Theinburg, com quem Sissi de fato se correspondeu. Imagino que a autora tenha substituído o jovem em questão, de forma que pudesse trabalhar a história austríaca por mais de um ângulo, permitindo que conhecêssemos não apenas a nobreza e seus ideais, mas também a gente comum, aqueles que passaram por todas as transformações e turbulências de sua época.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Crítica: Rent - Os Boêmios

Ouvi falar de Rent há algum tempo, mas tinha uma certa resistência ao filme. O tema, confesso, não me atraía. Mas devido a uma febre recente de Idina Menzel (e a vontade de ver outro trabalho de Adam Pascal além de Chess in Concert) resolvi assistir o bendito. Não me arrependi, embora eu estivesse certa desde o início: o tema não me atrai.
Rent é um musical adaptado de uma peça da Broadway. O diretor, Chris Columbus, conseguiu quase todo o elenco original da peça para participar do filme, então você percebe o conforto de cada um em seu papel. E o maior trunfo do filme está de fato em seu elenco. Atores competentes, carismáticos e com vozes fantásticas dão o tom certo aos personagens.
Columbus conseguiu um feito bem incomum: transpor a peça para o cinema sem perder a essência teatral. O problema é que durante todo o tempo ficamos com a sensação de que Rent foi provavelmente uma peça excelente, mas que não funciona muito bem como filme. E não é por ser um tema datado (boemia, drogas, AIDS e o homossexualismo), já que o filme se passa no final da década de 80 e serve para lembrar as novas gerações que certos assuntos não podem ser ignorados, mas é tudo longo e cansativo demais, um tantinho destoante do ideal.
O que prende o espectador a Rent é sem dúvida o carisma dos atores, que fazem dos personagens pessoas próximas a nós, com quem aprendemos a nos importar. Tudo é meio lúdico, como somente um musical pode ser, mas nem por isso menos comovente. 
A bem da verdade é que o filme é até sem sal até as perdas começarem e então o chororô não termina mais. O meu chororô, que fique bem claro. E o amor verdadeiro entre Angel e Collins é tão poderoso que, assim como acontece com os personagens, ele força o espectador a desejar por um sentimento assim, maior que a vida.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Livro: Fallen, de Lauren Kate


Fallen
Autora: Lauren Kate


Livros juvenis são sempre uma roleta (verdade seja dita, qual livro não é?). Você pode tirar a sorte grande e ler um livro fantástico, bem escrito, com história e com personagens envolventes ou, como acontece na maioria das vezes, você sai completamente decepcionado.

Geralmente a literatura juvenil (e aqui eu me enrolo um pouco na terminologia. O que é considerado juvenil? No meu caso, falo dos livros onde o público alvo são os jovens, aquele povo que está no auge da adolescência ou praticamente saindo dela) tem uma escrita mais simples (eu falo simples e não ruim), de fácil compreensão, sem falar na fluidez e rapidez na leitura.

O grande problema é que dos autores que se propõe a escrever para este público, são poucos os que fazem um trabalho realmente bom. A maioria nivela por baixo. Escrita medíocre e histórias mal desenvolvidas, o que no final acaba sendo um desserviço para a qualidade literária dos jovens leitores.

Ou talvez não, depende do ponto de vista. Talvez ler coisa ruim seja melhor do que não ler, pois pelo menos incute o hábito e todo mundo precisa começar por algum lugar. O meu medo é que as pessoas se acostumem tanto com o medíocre que não se aventurem em águas mais profundas, por acharem-nas chatas demais. Sim, pois ler é um vício, e ler coisa ruim também.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Uma Pequena Homenagem ao Teleséries


Quem passar os olhos rapidamente para todos os textos dessa coluna vai ver histórias muito semelhantes: na ânsia por mais informações sobre seriados de TV cada um de nós foi achando o Teleséries de maneiras diversas; seja a convite do Paulo Antunes, seja porque fomos “bicões” – eu entre estes – acabamos nos tornando responsáveis por uma coluna, por um ou vários textos. 
Isso pode parecer estranho hoje, quando notícias sobre seriados que nem estrearam por aqui são tão comuns, com todo mundo baixando seus episódios preferidos, mas quando boa parte de nós chegou aqui, nada disso existia e olha que nem faz tanto tempo assim. Muitos não tínhamos com quem falar sobre sua paixão, outros eram considerados parcialmente loucos por causa de seu vício em televisão.
A paixão do Antunes e seu apoio talvez tenha sido o ponta-pé necessário para que boa parte criasse coragem de criar seu próprio espaço e criar outros blogs. Então, se hoje vocês podem ler uma notícia em diversos blogs, de maneira cada vez mais rápida, acredito que podem, em parte, agradecer a ele. 
Acho que, para todos nós que contribuímos para o site, assim como muita gente que apenas passa por ali, lê sobre seu seriado favorito, comenta sobre algo que gostou, o Teleséries tem jeito de ponto de encontro.
É o nosso Central Perk. Onde o lugar no sofá está garantido e podemos falar de coisas importantes ou nem tanto, nos sentirmos entre amigos. E, quando falamos com nossos amigos, o assunto pode até não ser a última novidade, pode não ser a primeira vez em que você ouve tal história, mas é o fato de você compartilhar esse algo, de você ouvir uma opinião diferente, que torna a experiência mais enriquecedora, melhor se for sobre algo de que realmente gostamos.
Por ser tudo isso é que os colaboradores do Teleséries resolveram se unir e fazer uma pequena homenagem ao site e enviamos o apanhado de textos abaixo para seu criador quando o site completou 07 anos. Agora decidimos tornar essa homenagem pública, para que vocês saibam como nos sentimos em relação ao site e, mais que tudo, saibam que estamos tão ou mais ansiosos que vocês pela nossa volta das férias.  (Simone Miletic)

sexta-feira, 23 de julho de 2010

True Blood: Trouble (3x05)

Série: True Blood
Episódio: Trouble (3x05)


Eu não tinha planos de escrever reviews de True Blood, mas como essa semana fiquei a responsável de escrever para o Teleséries, resolvi postar o texto aqui também.
Todo mundo reclamando desta temporada de True Blood e eu, eternamente do contra, achando que a série finalmente está se redimindo do fiasco Maryann. Nem tudo está perfeito, mas eu gosto desta divisão de núcleos, este acréscimo explosivo de personagens. Talvez porque, como fã incondicional dos livros da Charlaine Harris, eu esteja mais acostumada com essa miríade de personagens. É claro que, mesmo lá, Sookie é sempre a principal (afinal, os livros são contados pelo ponto de vista dela), mas a gama de pessoas que esta garota conhece não é brincadeira. Por isso eu não estranho ao ver gente aparecendo dos lugares mais improváveis, muito pelo contrário, eu espero por isso.
A série, entretanto, tem seu próprio curso e embora eu reclame da mudança da personalidade dos personagens entre livro e série, eu cheguei a um estágio de conforto onde eu aceitei que a série tem seu próprio caminho e história e é neles que eu tenho que me focar.

sábado, 17 de julho de 2010

10 Livros em 10 Dias - O livro mais antigo

Tenho a sensação de que praticamente todos os dias dessa lista tiveram missões de duplo (as vezes triplo) sentido. A resposta sempre podia pender para um lado ou outro. O último dia não foi diferente. O livro mais velho que você tem ou leu pode ser o escrito há mais tempo, o que você leu há mais tempo (o primeiro nós nunca esquecemos) ou a edição que você tem em sua casa que foi publicada há mais tempo.
O primeiro livro que eu li (sem contar os contos de fada infantis que eram coleções cujo nome não lembro) foi As Brumas de Avalon, aos 08 anos de idade, como já mencionei outro dia. Já a edição mais antiga na minha casa eu não tenho como listar, simplesmente porque não estou em casa e não tenho acesso a nenhum dos meus livros. 
Assim, resta-me a 3ª opção.

Dia 10:
Livro mais velho que você tem ou leu:

Fiz uma busca nos livros escritos há mais tempo e lidos por mim no decorrer desta minha não tão longa vida (mas não tão curta também). Não foram muitos os anteriores a 1900. Pelo meus cálculos, foram nove, sendo que posso ter esquecido algum nos cantos obscuros da minha mente.
A maioria foi escrito no século XIX ou XVIII, mas um deles foi escrito bem antes. Não teve pra ninguém, Romeu e Julieta, de William Shakespeare venceu disparado este embate (certo, não foi tão disparado assim, pois eu quase nomeei Hamlet o vencedor, quando descobri que R&J é ainda mais antigo). Escrito em torno de 1590 foi (provavelmente) o livro mais antigo que eu li.Infelizmente não no idioma de origem, pois meu inglês não é tão bom assim para compreender Shakespeare no original. Ou melhor, para compreender Shakespeare. Ponto.
Embora eu tenha gostado muito do livro em si, passei muita raiva enquanto o lia. Não entendo como as pessoas podem considerar o sentimento de Romeu e Julieta como o ápice do amor. Eles eram duas crianças (Julieta tinha 14 anos ou algo próximo a isso) e bastante inconstantes, principalmente Romeu. Verdade seja dita, eu desprezei Romeu por todo o livro. Inicialmente ele era apaixonado por uma outra jovem (cujo nome não lembro) e morreria de amor por ela, até conhecer Julieta e se desmanchar pela garota (mas antes das duas, há menção de uma terceira!). E só não mudou de idéia mais para frente, porque morreu antes de ter a oportunidade. 
Romeu era inconstante, não era confiável, e não merecia o carinho de uma jovem como Julieta, essa sim, disposta a lutar pelo que considerava correto (inclusive a deitar-se com o homem que amava sem medos ou preconceitos). 
Não tenho dúvidas de que Romeu e Julieta seja um livro belíssimo e que merece ser lido e discutido. Mas exemplo de amor verdadeiro? Só se for para mostrar como não se deve agir quando se é movido pela paixão, porque Romeu pode ter sentido qualquer coisa, menos amor de verdade.


sexta-feira, 16 de julho de 2010

10 Livros em 10 Dias - Série de livros que mais gosto

Antes de qualquer coisa é preciso dizer que amo livros em série. Amo. Já li vários. A coleção Dark (e Dream) Hunter, da Sherrilyn Kenyon eu adoro (embora sejam repetitivos depois de um tempo, tem personagens adoráveis e já li mais de 20 livros nessa brincadeira) e sou apaixonada pela série Darkover da Marion Zimmer Bradley (tem alguns livros excelentes, outros nem tão bons e outros ainda que são uma bagunça só, mas a coleção como um todo é fantástica e o mundo que ela criou é tão envolvente que não tem como não amar, embora, admito, eu prefira a história de Darkover em seus primeiros anos do que séculos depois). Da própria Marion eu também amo toda a série sobre Avalon, que começa lá atrás, na queda de Atlântida (nos excelentes Teia de Luz e Teia de Trevas....amo a personagem Deoris mais do que qualquer outra) e termina no estranho Heartlight nos dias atuais (a ligação entre eles é bem sutil, algumas menções veladas à Deoris, à Damaris, à Atlântida e à Avalon, mas é um mesmo universo, embora possam ser todos lidos separadamente sem problema algum).
Recentemente fui viciada na coleção Sookie Stakchouse Stories, da Charlaine Harris e não posso esperar para ler mais um livro. Pouco tempo atrás li a série adolescente A Mediadora, da Meg Cabot, que é deliciosa e de leitura fácil e rápida.
A verdade é que eu amo ler, mas prefiro quando os livros são em série do que livro individual (a menos que o negócio seja ruim demais). O Guia do Mochileiro das Galáxias, por exemplo, comecei a ler e sinto por ser  uma série, porque comprei todos e mal estou aguentando ler o primeiro volume.
E a lista de séries continua.


Dia 09:
Série de livros que você mais gosta


Mas não tem jeito, na hora de escolher a preferida é Harry Potter mesmo. Até pensei em escolher Darkover, pois ela foi muito importante para mim, mas nenhuma outra mobilizou a minha vida como Harry Potter. 
Eu descobri por acaso. Estava passando no cinema o primeiro filme e a Silvia Helena Penhalbel me falou para assistir e lá fui eu, sem saber de nada. Gostei do filme e decidi que iria ler os livros. 
Até o quarto volume eu li emprestado de uma amiga e então não aguentei mais esperar e comecei a comprar a série. Em inglês e em português (e a ler um milhão de fanfictions, mas isso não vem ao caso). Lembro que quando saiu The Deathly Hallows eu coloquei minha vida em stand by e fui para a sala com o livro nas mãos e só larguei quando terminei.
Fico espantada em pensar como a Rowling conseguiu criar toda uma mitologia tão próxima e ao mesmo tempo tão diferente, mas acima de tudo com qualidade. 
O tempo pode passar, mas Harry Potter será sempre único.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Wedding Wars - um filme melhor do que parece

John Stamos e Eric Dane em Wedding Wars


Não sou fã do John Stamos, por isso jamais pensaria em assistir um filme onde ele é o protagonista. Mas fui coagida pela minha necessidade de ver mais algum trabalho com o Sean Maher, além de Firefly. Foi assim que eu acabei assistindo Wedding Wars, um telefilme feito pelo canal A&E. 
E qual não foi a minha surpresa ao perceber que eu até simpatizei com Stamos? É claro que eu quis esganá-lo em algumas cenas, mas foi mais uma reação a certas atitudes do personagem do que ao ator em si, o que diz muito sobre o quanto ele me agradou nesse filme.
Wedding Wars é uma mistura de romance com ativismo político e por incrível que pareça, funciona. É verdade que há momentos que o filme exagera e quase (!?) descamba para o absurdo, mas em sua maioria a história nos é apresentada redondinha e de maneira bastante agradável.
John Stamos e Eric Dane interpretam os irmãos Shel e Ben Grandy. Enquanto Shel é gay e feliz, num relacionamento estável com o promotor assistente Ted Moore (Sean Maher), Ben é hétero e pretende casar em breve com a filha do Governador do Maine. Em uma demonstração de afeto fraternal (ou mais especificamente, concessão à ideia da noiva), Ben convida Shel para ser o organizador de seu casamento. E tudo ia muito bem, até que o Governador se vê numa sinuca política e declara que é contra o casamento homossexual em um discurso escrito por não outro, mas o próprio Ben.

10 Livros em 10 Dias - Livro que menos recomendo

Falar mal de um livro é quase tão gostoso quanto falar bem, mas escolher aquele que você menos recomenda não é tão fácil quanto parece. Porque não é simplesmente o livro ruim que você não gostou (porque são vários), e sim aquele que você contava que fosse bom e se decepcionou. Por isso resolvi não escavar muito a minha memória e listar o primeiro que me veio à mente.

Dia 08:
Livro que você menos recomenda:


No final do ano passado uma amiga recomendou um livro que falava de lobisomens e falou tão bem que eu não sosseguei enquanto não li. Foi assim que terminei com Blood and Chocolate, da escritora Annete Curtis Klause, em minhas mãos.
A idéia do livro poderia ser legal, se fosse melhor executada. Basicamente fala de uma jovem de 16 anos, Vivian Gandilon, cujo pai faleceu há alguns meses e que agora vive com a alcatéia (também se fala alcatéia para grupo de lobisomens?) em Maryland. Como o pai era o líder do grupo, a alcatéia está meio perdida, ainda decidindo quem será o novo chefe.
Nesse ínterim Vivian, que se sente completamente confortável com sua condição de Loups-garoux, se apaixona por um jovem humano normal. É claro que isso traz problemas para ela, para os lobos e também para o rapaz. 
E durante todo o percurso eu estava lá, quase morrendo de tédio e xingando a autora de tudo quanto é coisa que eu conseguia lembrar. Eu sabia que Blood and Chocolate era um livro escrito para adolescentes, mas nada justifica a falta de qualidade do bendito. Ele não é bem escrito, a história não empolga, os personagens são os mais clichês possíveis e, tudo só não vai completamente pelo ralo, porque surpreendentemente a autora termina o livro de forma bem diferente de como eu imaginei. Eu podia jurar que ela seguiria por um caminho, mas não é que ela terminou exatamente como eu queria?
Seja como for, não recomendo. E pelo que eu soube, o filme é muito pior. Ainda não tive coragem de assistir para dar minha opinião.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

10 Livros em 10 Dias - Recomendando um livro

Recomendar um livro não é uma tarefa muito fácil. Um dos motivos é que a memória te engana: aquele livro que pareceu fantástico 15 anos atrás quando você o leu, pode não ser realmente tão bom e recomendá-lo pode ser um perigo. O outro motivo é que indicar um livro vai além da sua qualidade, depende muito do que o outro leitor espera. Mesmo assim, apenas dois livros vem à minha mente de imediato quando alguém me pergunta "qual livro você acha que eu devo ler?". Como um deles eu já mencionei alguns dias atrás (Ninja), resta-me falar do outro.

Dia 07:
Livro que você mais recomenda:


Pensei em As Brumas de Avalon, da Marion Zimmer Bradley antes de qualquer outro livro. Fiquei em dúvida se o incluía na lista, porque a última vez que eu o li (foram 05 no total) foi há cerca de 13 anos e muita coisa mudou  na minha forma de ver o mundo desde então. Mas a verdade é que As Brumas foi uma coleção que me marcou profundamente. Foi por ela que eu conheci a história do Rei Arthur (eu li pela primeira vez aos oito anos de idade) e, embora tenha descoberto anos depois que Marion tinha uma visão toda própria dessa história, é ela quem ficou gravada tanto na minha mente como no meu coração.
Aprendi a amar Morgana (a irmã do rei e personagem por cujos olhos enxergamos a história) como nenhum outro personagem literário e a torcer por Avalon e sua história e cultura riquíssimas em detrimento dos desmandos da igreja daquela época (vilanizada ainda mais na imagem da odiável rainha Gwenhwyfar).
Sempre me fascinou o poder daquelas mulheres (geralmente tão esquecidas nas histórias tradicionais por nós conhecidas), a força de vontade, a forma como lutavam pelo que julgavam correto e como jamais desistiam e, quando o faziam (ou se subjugavam ao sexo oposto ou as maquinações políticas, costumes ou mesmo ao desvario de alguém superior na linha de comando) sempre arcavam com as consequências nada agradáveis, dando-nos uma demonstração clara de que temos que ser antes de tudo fiéis a nós mesmas e estarmos dispostas a pagar o preço, seja ele qual for, pelos nossos atos.
Seja em seus personagens de caráter forte ou em seus personagens de caráter fraco e preguiçoso, As Brumas de Avalon nos dá lições de vida de forma inteligente e prazerosa, porque é impossível ler a coleção sem se sentir completamente transportado para aquele mundo tão diferente e fantasioso e ao mesmo tempo tão igual ao que vemos todos os dias.
E devo dizer que a paixão foi tamanha que li todos os livros (menos um, mas já o adquiri) acerca de Avalon, saga iniciada lá nos idos de Atlântida (com a Teia de Luz e Teia de Trevas) e encerrada nos dias atuais (com o livro Heartlight, o qual, na minha opinião, foi o que mais deixou a desejar nessa história milenar).

terça-feira, 13 de julho de 2010

10 Livros em 10 Dias - O livro no qual menos prestei atenção

Depois de ler o que a Naomi disse no PduBT cheguei a conclusão de que não sou eu a incapaz de compreender o que a tarefa do dia exige, é a missão que é dúbia mesmo. Afinal, prestei menos atenção porque o livro é chato de doer ou porque é tão gostoso que li brincando? Ou ainda, porque é fútil e leve e eu pude ler sem maiores reflexões porque o objetivo era simplesmente passar o tempo mesmo? Para cada um desses teria um livro diferente para postar aqui, mas como precisava escolher um, vamos lá.

Dia 06:
Livro que menos te fez ter a atenção nele:


Eu pensei seriamente em um livro do Ken Follett que li anos atrás, mas não consegui lembrar do nome (ou da história) do bendito, pois li um sem número de livros dele na mesma época. Então resolvi nomear uma leitura mais recente: O Último Merovíngio, do Jim Hougan.
Esse livro tem tudo o que um livro precisa para despertar a atenção de alguém: espionagem (o personagem principal é agente da CIA), intriga e perseguição, e mais importante de tudo, sociedades secretas e mistérios envolvendo a igreja. Mesmo assim é ruim de doer. Cansativo, confuso e chato. Precisei de muita força de vontade para terminar a leitura. Volta e meia eu pulava alguns parágrafos, isso quando não usava do método de 'passar os olhos pela página e ir em frente'. Tanto que cheguei num ponto e fui obrigada a voltar para alguns capítulos atrás para lembrar quem era quem. Querem menos atenção do que isso?

segunda-feira, 12 de julho de 2010

10 Livros em 10 Dias - livro que prende a atenção


Quando comecei essa jornada dos livros e dos dias eu sabia que teria dor de cabeça. Dito e feito. Mal cheguei na metade e a cuca já fundiu. Cada escolha teve sua própria história dramática, mas esta aqui foi de matar. Primeiro porque não conseguia decidir qual era a proposta inicial para este 5º dia e depois porque não importava qual das variações para a proposta eu seguisse (atenção no bendito por ser difícil compreender ou atenção por ser interessante demais) eu não tinha a menor idéia de qual seria a minha escolha.
Acabei apelando para o meu diário de leitura. Quando eu era mais nova (e mais organizada) eu anotava tudo que lia e fazia um resuminho que era para não esquecer do que se tratava depois (pois é minha gente, a memória ruim não é velhice, é de nascença!). Então cavoquei nos CDs antigos e enquanto vasculhava nas várias páginas do word para tentar achar a luz, acabei lembrando do livro que seria a escolha ideal. E ele nem estava na lista!

Dia 05:
Livro que mais te exigiu atenção (seja por um motivo ou outro):

Li Musashi, do Eiji Yoshikawa um milhão de anos atrás. O livro é um catatau. Ou melhor, os livros, já que são dois volumes e ambos igualmente enormes (na casa das 900 páginas cada). Mas ele é tão bom que você nem sente a leitura. Quero dizer, não sente o tempo passando, porque você sente o desespero dos personagens e compartilha desse desespero, principalmente porque o livro nunca acaba e o desejo de saber o final é mais forte do que a sua necessidade de respirar.
Como o título já anuncia, Musashi conta a história de Miyamoto Musashi, o maior espadachin japonês e a sua evolução de menino selvagem à homem sábio e exemplo de uma nação para todo o sempre. Embora, eu confesso, não era ele o personagem que eu mais gostava no livro, e sim Sasaki Kojiro.
Agora, por que ele mereceu o título do que exigiu a minha atenção mais do que outros? Eu creio que é porque ele trata de um assunto bem diferente da nossa realidade ocidental. E ele tem um ritmo diferente. Você não consegue parar de ler antes de terminá-lo, mas também não consegue ler como se fosse um livro qualquer e mesmo assim compreendê-lo.
O problema é que enquanto eu escrevia aqui, lembrei de mais dois livros que exigiram minha atenção triplicada pelo mesmo motivo: Let the Right One In, de John Ajvide Lindqvist (livro sueco e de um estilo e ritmo completamente diferente do qual estamos acostumados por aqui), e Night Watch, de Sergei Lukyanenko (livro russo, complicadíssimo para entender, seja pelo estilo narrativo, seja pelos personagens de nome estranho e acontecimentos surreais, mas muito bom, ao contrário do péssimo filme que fizeram depois).
E é melhor parar por aqui antes que eu lembre de outro livro e chegue a conclusão de que o 5ª Dia foi um fracasso total na minha já maculada capacidade de decidir.

domingo, 11 de julho de 2010

10 Livros em 10 Dias - O livro mais caro

Embora eu seja fã de livros e sonhe em ter minha biblioteca particular, eu confesso que não sou lá muito mão aberta. Na verdade, sou extremamente mão fechada, então é muito difícil eu comprar um livro caro, muito difícil mesmo. Quando aparece um livro que eu quero muito ler (como A Primeira Regra do Mago, do Terry Goodkind) que está uma fortuna (nesse caso específico R$ 75,00) eu sempre vou para a alternativa mais em conta: compro a versão em paperback em inglês que sai um terço do valor ou ainda menos (R$ 19,42 na Livraria Cultura).
Mas teve um livro que me obriguei a colocar a mão no bolso. Simplesmente não queria a edição mais aprazível para a minha conta bancária (embora ela exista), eu queria a edição comentada, grande, bonita...nada menos me deixaria feliz.

Dia 04:
Livro mais caro que você comprou


Alguns poucos anos atrás uma amiga emprestou Alice no País das Maravilhas do Lewis Carroll para eu ler. Eu tinha acabado de ler O Mágico de Oz e fiquei fascinada com a idéia de ler Alice. E o livro da minha amiga era fantástico. Todo comentado, explicadinho, com ilustrações originais e impresso em um papel de qualidade. É muito raro eu ter em mãos livros assim. Mas infelizmente na época não consegui terminar de ler, fui embora de São Paulo e nunca mais vi um exemplar como aquele. Até que Alice voltou a ficar na moda (o filme do Tim Burton provavelmente foi o maior responsável) e eu o encontrei para vender em versão econômica. Não fiquei satisfeita e vasculhei a Livraria Cultura até achar o bendito
R$ 79,90. Doeu meu coração e meu bolso, mas fiquei satisfeita. Era um livro que eu queria há muito tempo e nenhuma outra versão me deixaria feliz, o que me obrigou a comprá-lo. Não me arrependo, embora, confesso, ainda não tive tempo de ler (quem manda eu ficar com um milhão de projetos de leitura simultâneos? Dá nisso...compro e só leio um século depois).

sábado, 10 de julho de 2010

10 Livros em 10 Dias - O livro mais barato.

Quase morri tentando achar informações sobre o livro mais barato que comprei. Eu sou rata de promoção, compro tudo quando está em conta. E também sou rata de sebos, e lá precisa estar ainda mais barato, senão passo direto. Em sebos, o livro mais baratinho que comprei foi Ninja, por R$ 1,00 mas legal mesmo é pensar nas promoções das livrarias.
As pechinchas das quais participei foram praticamente todas do Submarino. Por lá já comprei toda a coleção de As Brumas de Avalon por R$ 29,90 ou ainda As Crônicas de Nárnia por R$ 39,90....ou a trilogia O Senhor dos Anéis (ou melhor, o livro único) + O Hobbit + O Silmarillion por...não lembro bem se foi R$ 39,90 ou R$ 49,90.
Mas a maior pechincha da minha vida foi um livro que comprei anos atrás (mas anos mesmo, quase duas décadas atrás) em uma livraria que tinha perto do local de trabalho da minha mãe. 

Dia 03:
O Livro mais barato que você comprou:

Nem precisei pensar muito no meu livro mais barato. Eu sabia que era Flame - A Chama da Paixão, da Juddy Feiffer. Quero dizer, eu sabia que se chamava Flame, mas não tinha a menor idéia do nome da autora ou mesmo da história. Eu era bem novinha quando li e não lembrava mais nada do livro. A única coisa que ainda guardava era o nome. Então lá fui eu em um árduo trabalho de pesquisa tentando levantar maiores informações.
Com muito custo descobri o nome da autora e uma fotinho para ilustrar o post. Até o resumo da história achei por aí....mas não me perguntem se eu lembro de algo, porque sinceramente não lembro. Só sei que na época eu gostei bastante. Na verdade, foi uma surpresa o quanto eu gostei do livro. Lembro bem que eu pensei "nossa, como pode um livro tão bom ter custado apenas R$ 2,00?"
Pois é, a minha pechincha foi de dois realitos. É claro que isso foi há cerca de 18 anos (poucos mais, pouco menos), mas mesmo naquela época era tão pouquinho que eu fiquei assustada quando vi o valor. Eu comprei sem ter a menor idéia do que se tratava o livro. Mas não me arrependi. Tudo bem, eu era adolescente e tal, mas tenho certeza que, pelo menos à época, valeu cada mísero realito empregado.... e teria valido mesmo se fosse mais caro.

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E só para deixar claro, guardo o livro até hoje, mas está na minha pequena coleção que ficou na casa dos meus pais, por isso a dificuldade em ter informações sobre o livro aqui, em outra cidade.