quinta-feira, 31 de julho de 2014

Desafio Literário do Tigre 2014: Usain Bolt - Faster Than Lightning


DESAFIO LITERÁRIO DO TIGRE
TEMA 7: ESPORTE & ESPORTISTAS

Livro: Usain Bolt - Faster Than Lightning: My Autobiography
Autor: Usain Bolt (com Matt Allen)
Editora: HarperSport
OBS: Eu li o livro em inglês, mas ele já foi lançado no Brasil com o título de Mais Rápido Que Um Raio, da Editora Planeta do Brasil.


Quando, em meados de junho, dei uma olhada no tema do desafio para julho eu confesso que senti um leve pânico. Não lembrava de um único livro de ficção que envolvesse esportes e não sou acostumada a ler biografias. Por conta disso tive que vasculhar as seções de esportes das livrarias virtuais em busca de inspiração. 

No fina das contas, Faster Than Lightning foi o livro que mais me chamou a atenção. Admito que até então nunca tinha ouvido falar em Usain Bolt (quando conto isso meus amigos dizem "Mica, é o homem mais rápido do mundo!!!"...sim, agora eu sei), mas por algum motivo que não sei explicar a ideia de ler sobre alguém envolvido com atletismo me soou atraente. E foi assim que começou a minha história de vida com Usain Bolt.

A primeira coisa que eu percebi nesse livro é que Usain é um sujeito legal, tranquilo e divertido. A forma como ele conta sobre sua vida é bem leve e agradável, envolve o leitor e parece quase uma conversa. Em nenhum momento me senti entediada ou lendo um documentário ou livro didático, muito pelo contrário. O livro te convida a dividir os momentos com Bolt, a sorrir e chorar com ele, quase como se você o conhecesse de verdade. Dá uma sensação de proximidade muito grande e o leitor passa a torcer pelo crescimento dessa pessoa.

A segunda coisa que ficou evidente foi que o livro não estava contando a história da vida particular de Usain Bolt, mas sim a jornada do atleta e o seu esforço para chegar onde está. É claro que algumas coisas são essenciais, em especial os primeiros anos de vida, os quais moldam o caráter de uma pessoa e a base de quem ela será e como agirá no futuro, mas o que o livro enfoca - com maestria - são os treinos e o relacionamento de Usain com a corrida e as competições.

Embora os primeiros capítulos sejam todos dedicados à criação do jovem Bolt, ao longo de todo o livro a educação que ele recebeu dos pais fica evidente. Algumas passagens me marcaram especialmente, como por exemplo quando conta da rigidez do pai, que não aceitava que ele fosse preguiçoso e sempre exigia que acordasse cedo e auxiliasse a mãe nas tarefas domésticas, enquanto a mãe era bem mais 'coração mole' e sempre o deixava escapar de algumas tarefas se o pai não estivesse presente.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Livro: Cat's Claw [a Calliope Reaper-Jones Novel]

Livro: Cat's Claw
Série: Calliope Reaper-Jones
Autora: Amber Benson
Editora: Ace Books
Páginas: 311

Comprei os dois primeiros livros da série Calliope Reaper-Jone em julho de 2010. O primeiro, Death's Daughter eu li em dezembro daquele ano (para o Desafio Literário de Férias) e fiz texto aqui. Minhas opiniões acerta do livro não mudaram desde então. E tampouco meus pensamentos sobre esta continuação são diferentes.

Cat's Claw eu comecei a ler apenas agora em 2014, para o Desafio Literário do Tigre do mês de maio (o tema era Bichos), mas empaquei, li outro título para o desafio e só fui dar continuidade em julho.

O livro em si não é ruim, ele apenas me cansa. Na verdade, a personagem me cansa. Calliope é imatura, arrogante, um tanto fútil, cheia de uma ironia fora de lugar, fala e pensa besteiras demais, sem falar que suas atitudes são tão absurdamente tolas que me deixavam irritada durante o livro inteiro. Todas as confusões das quais ela tinha que sair ela mesmo se colocava por não pensar, por agir por impulso e por ser tão preconceituosa com os negócios da família (o pai dela é a Morte e eles são todos imortais, embora Calliope tente viver como uma humana normal e ficar o mais afastada possível desse mundo do pós-vida). Confesso que passei mais tempo do livro xingando a personagem do que realmente me divertindo com a leitura.

O engraçado é que fui reler o que eu disse sobre o primeiro  livro da série e é basicamente o mesmo do que eu teria a dizer sobre este segundo, inclusive que eu provavelmente não sou o público alvo desta série literária, que me parece adolescente demais - não a personagem, mas sim o contexto e a forma como Calliope e os demais personagens lidam com as situações.

domingo, 13 de julho de 2014

Doctor Who - Conhecendo o 8° Doctor

Eu, assim como boa parte dos fãs atuais, conheci Doctor Who somente após a série voltar ao ar em 2005. Desde então, tenho assistido uma ou outra coisa com os Doutores antigos (tentando ver desde o início, com o Primeiro, lendo alguns livros, ouvindo alguns áudio books, áudio dramas e afins). 

Não lembro bem quando assisti ao filme de 1996 com o 8° Doutor. Foi em 2013, mas não sei se foi antes do especial de 50 anos ou depois. Só sei que o filme é bem mediano (para não dizer ruim), aquém à série como um todo e de canonicidade duvidosa (tem muita coisa ali que é contrária a tudo o que já foi dito na série). No entanto, por mais mequetrefe - e americanizada - que seja a história, o filme deixa o maior legado que os fãs poderiam esperar: Paul McGann como o Oitavo Doutor.

Até 2013 o filme havia sido a única participação televisiva do 8°. Mas, graças ao especial de 50 anos da série, nós fomos brindados com um mini episódio de pouco mais de 6 minutos mostrando a regeneração do 8° para o ... bom, para o Time Lord da guerra (John Hurt) que precede a regeneração ao 9° Doutor (Christopher Eccleston).

Para muita gente pode parecer loucura o que eu vou dizer, mas a verdade é que eu fiquei quase mais feliz com esse mini episódio especial do que com o próprio filme comemorativo dos 50 anos. Enquanto todo mundo vibrava com a volta de David Tennant e Billie Piper (eu também fiquei super feliz, deixo isso bem claro) eu pulava de alegria ao ver mais uma história com o 8° Doutor, porque um filminho só não era o suficiente e o grande público precisava saber da existência dele.

Infelizmente não achei o mini episódio com legendas, mas...vale a pena mesmo assim:


O que bagunçou a minha mente mesmo foi que o Oitavo menciona o nome de vários companions dos quais eu nunca tinha ouvido falar. E comecei a ver o povo vibrando nas redes sociais porque o mini episódio tinha tornado cânone as histórias da Big Finish com o 8°. Eu eu com cara de playmobil, pensando "histórias da Big Finish? Como assim?". Foi aí que eu descobri que, embora o 8° tenha aparecido na tv apenas em um filme e um mini episódio, ele tem toda uma vida - várias temporadas - em áudio dramas, interpretado brilhantemente pelo Paul McGann.

terça-feira, 1 de julho de 2014

É tempo de Fantasias Urbanas! Dois Livros: Night Broken (Patricia Briggs) / Dead Beat (Jim Butcher)

O mês de junho começou com a escolha de Lugar Nenhum para o Desafio Literário do Tigre. Os que vieram depois foram consequência. Autores que eu gosto em uma época que eu estava motivada para o estilo. E foi assim que eu acabei lendo quatro fantasias urbanas em junho.
Como Lugar Nenhum eu já comentei por aqui, resta falar sobre o 8° livro da série Mercedes Thompson e  o 7° da série The Dresden Files. Também li o 6° e último da série The Mortal Instruments, mas deixo este para comentar em outra oportunidade.

Livro: Night Broken
Série: Mercedes Thompson
Autora: Patricia Briggs

Eu já comentei o quanto eu amo as capas da série Mercy Thompson? Acho que já, mas não custa repetir, afinal, foram elas que me chamaram atenção para a série em primeiro lugar. Acho a arte belíssima. O autor das capas é o Dan dos Santos e vocês podem ver um pouco do trabalho dele aqui.

E este é o oitavo livro da série. Tentei fazer uma leitura espelhada (ouvir o áudio book e ler o livro ao mesmo tempo), mas não deu muito certo. Depois de uns 25 minutos eu desisti. Ultimamente tenho ouvido muitos áudio dramas, os quais tem vários intérpretes para os papeis e não consegui  me adaptar com uma única voz interpretando todos os personagens e ainda fazendo a narração. Fiquei aflita e irritada, sem falar que demora umas três vezes mais do que a leitura pura e simples, então larguei mão e continuei só com o livro mesmo. Mas hei de tentar novamente em outra oportunidade, porque é uma chance de ouro de captar a pronúncia correta das palavras que você costuma ver só no papel.

Não tem muito como falar do oitavo livro de uma série sem partir do pressuposto que as pessoas saibam do que se trata a história. No caso, de uma walker com origem indígena que pode se transformar em Coiote (algo raríssimo) e que é envolvida com uma alcateia de lobisomens nas Tri-Cities. Ela foi criada por uma alcateia em Montana, onde o Alfa era nada mais nada menos do que o Marok, o Alfa de todos os Lobisomens da América. Mercedes também herdou (bom, comprou com seu suado dinheirinho) a Mecânica de automóveis antigos do seu chefe, que era ninguém menos que Siebold Adelbertsmiter (também conhecido como Zee), um gremlin que vivia como humano há algum tempo e que decidiu se aposentar quando o povo das Fadas assumiu sua existência ao mundo. 

Muita água já rolou por baixo desta ponta desde que a série começou lá em 2006, mas a essência de Mercedes Thompson nunca se perdeu, mesmo com a inclusão de novos personagens e de intrincados jogos políticos entre os seres de diversas facções.