quinta-feira, 17 de julho de 2014

Livro: Cat's Claw [a Calliope Reaper-Jones Novel]

Livro: Cat's Claw
Série: Calliope Reaper-Jones
Autora: Amber Benson
Editora: Ace Books
Páginas: 311

Comprei os dois primeiros livros da série Calliope Reaper-Jone em julho de 2010. O primeiro, Death's Daughter eu li em dezembro daquele ano (para o Desafio Literário de Férias) e fiz texto aqui. Minhas opiniões acerta do livro não mudaram desde então. E tampouco meus pensamentos sobre esta continuação são diferentes.

Cat's Claw eu comecei a ler apenas agora em 2014, para o Desafio Literário do Tigre do mês de maio (o tema era Bichos), mas empaquei, li outro título para o desafio e só fui dar continuidade em julho.

O livro em si não é ruim, ele apenas me cansa. Na verdade, a personagem me cansa. Calliope é imatura, arrogante, um tanto fútil, cheia de uma ironia fora de lugar, fala e pensa besteiras demais, sem falar que suas atitudes são tão absurdamente tolas que me deixavam irritada durante o livro inteiro. Todas as confusões das quais ela tinha que sair ela mesmo se colocava por não pensar, por agir por impulso e por ser tão preconceituosa com os negócios da família (o pai dela é a Morte e eles são todos imortais, embora Calliope tente viver como uma humana normal e ficar o mais afastada possível desse mundo do pós-vida). Confesso que passei mais tempo do livro xingando a personagem do que realmente me divertindo com a leitura.

O engraçado é que fui reler o que eu disse sobre o primeiro  livro da série e é basicamente o mesmo do que eu teria a dizer sobre este segundo, inclusive que eu provavelmente não sou o público alvo desta série literária, que me parece adolescente demais - não a personagem, mas sim o contexto e a forma como Calliope e os demais personagens lidam com as situações.

Resumindo o livro anterior, só para situar o povo: Calliope é imortal e seu pai é a Morte, o qual gerencia a empresa do pós-vida Death, Inc. Como seu pai foi raptado, juntamente com vários executivos do alto escalão da empresa, ela precisou completar três tarefas praticamente impossíveis - especialmente para ela, que a vida inteira tentou se afastar dos negócios do pai e do pós-vida - para provar que poderia assumir o lugar do pai como Morte até que ele fosse encontrado (ou definitivamente, se o pior acontecesse). Tudo deu certo, sabe-se-lá como (Callie é realmente destrambelhada), seus pais foram resgatados e Calliope pode voltar à sua vida normal em Nova Iorque.

Em Cat's Claw Calliope é chamada por Cerberus - o guardião dos Portões do Norte do Inferno - para que devolva a filha do guardião de três cabeças, a qual está com a família de Callie desde que se conheceram nos eventos do primeiro livro, quando Calliope tentava salvar os seus pais .

Para não precisar devolver Runt (ou Giselda, como Cerberus chama a filha), Calliope faz uma aposta com o Guardião, comprometendo-se a encontrar Senenmut, um egípcio que morreu há milênios e nunca apareceu nos portões do inferno. O problema é que ela tem 24 horas para descobrir o paradeiro de Senenmut ou então, além de perder a guarda de Runt, ela ainda assumirá o lugar de Cerberus como guardiã dos Portões do Norte do Inferno. 

É claro que as coisas não saem como o planejado, porque Calliope é incapaz de tomar alguma decisão com bom senso. De alguma forma as coisas dão certo para ela, mas só porque é a protagonista, caso contrário ela ainda se daria muito mal nesta vida.

Tem um parágrafo (lá pela página 237) que resume mais ou menos as coisas para ela neste livro:

(em uma tradução livre e mequetrefe feita por mim)
"A coisa toda foi minha culpa. Eu dei um jeito de bagunçar tudo e agora não havia ninguém para culpar além de mim mesma. Em primeiro lugar, quem foi a idiota que fez um acordo com Cerberus? Eu. Quem foi a estúpida que tentou ajudar Daniel apenas para ter o seu espectro roubado pela Rainha dos Gatos? Eu. Quem foi a besta que teve pena de Senenmut e foi para Las Vegas apenas para descobrir que o grande amor perdido do cara nem ao menos lembrava mais dele? A pessoa que vos fala."

E isso não é nem metade das embrulhadas nais quais ela consegue se meter ao longo da história. Mas, assim como aconteceu em Death's Daughter, os últimos capítulos do livro são muito bons. Simples, é verdade, mas cheios de emoção e aventura. Eu até comecei a simpatizar com a garota, a forma como raciocinou, somou 2+2 e chegou a conclusão do que realmente estava acontecendo e porquê.

O pior é que eu sou fã da Amber Benson, a autora, e agora que já li as duas primeiras histórias provavelmente darei um jeito de ler as demais também. Já são cinco livros lançados da série até agora, mas ainda não adquiri os últimos três. Estão na minha listinha...

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PS: Apesar de eu gostar das cores e dos desenhos das capas dos livros, eu não simpatizo muito com a modelo. Não consigo imaginar Calliope como ela. Eu sempre imagino Callie como a própria Amber na foto que aparece na contracapa do livro.


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