sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Review: Terminator: The Sarah Connor Chronicles – Gnothi Seauton (1x02)




Terminator: The Sarah Connor Chronicles foi uma das séries que eu mais gostei de assistir e mesmo hoje, passados mais de 2 anos do seu término eu continuo sentindo uma falta tremenda de TSCC na minha tv. Não teve nenhuma outra série que tenha me dado tanto prazer em resenhar e eu duvido muito que haverá. Eu quebrava a cabeça semana após semana, pois assistia aos episódios bem antes, no computador, e depois eu os reassistia na TV (na época que ainda tinha tv a cabo) para poder escrever de acordo com a programação daqui. E o problema era conseguir teorizar como se estivesse vendo o episódio pela primeira vez (ainda bem que eu sempre gostei de discutir a série em tudo quanto é comunidade que eu encontrava, então meus pontos de vista estava devidamente anotados em vários cantos).
Agora resolvi reassistir Sarah Connor Chronicles porque a saudade era demais. Comecei na quarta, dia 19/10 e ontem vi o segundo episódio. Não farei novas resenhas , porque...bem, já fiz quando passou na TV e estão todas lá no Teleséries, bonitinhas. Além do mais, o legal é ir escrevendo enquanto se assiste pela primeira vez, cheia de teorias e incertezas. Não teria o mesmo impacto agora que já sei como tudo termina (e que já quis matar meio mundo por conta do cancelamento).
Mas farei um 'copia e cola', porque afinal, as resenhas são minhas mesmo...
É claro que alguma coisa deve mudar na minha forma de pensar ao reassistir aos episódios (o meu desgosto com a Lena Headey, por exemplo). Se eu perceber alguma mudança de considerável monta eu farei um adendo. Mas só se valer a pena mesmo.
Então, TSCC: Gnothi Seauton (1x02):




Série: Terminator: The Sarah Connor Chronicles
Episódio: Gnothi Seauton
Temporada:
Número do Episódio:
Data de Exibição nos EUA: 14/1/2008
Data de Exibição no Brasil: 13/05/2008
Emissora no Brasil: Warner


Resenha postada originalmente no site Teleséries.
******


O Exterminador do Futuro sempre foi para mim um filme especial, mas ao contrário da maioria, eu nunca prestei muita atenção no Arnold Schwarzenegger (embora eu gostasse dele). Exterminador para mim era Kyle Reese e os Connors. Talvez por isso eu tenha ficado tão feliz com a notícia da série e como previa, não senti falta nem por um único segundo do ator-governador. Senti mais falta do T-1000, mas entendo que por motivos orçamentários não seja possível usar um modelo tão avançado de exterminador.
Gnothi Seauton muda um pouco o ritmo que o episódio piloto havia imprimido à série. The Sarah Connor Chronicles não é um seriado de exterminadores, mas sim de construção de caráter. No caso, o líder que John Connor será um dia. É claro que as cenas de ação são uma necessidade, mas não o enfoque principal.
O segundo episódio nos mostra os primeiros dias dos Connors em 2007. Cameron informa que o John do futuro enviou um grupo de apoio para auxiliá-lo nesta nova jornada. O que eles não esperavam é que o grupo – menos um – tivesse sido exterminado por outra máquina enviada do futuro. Particularmente eu adorei as cenas de Cameron com o outro exterminador. Ninguém pode me acusar de não gostar de uma boa história, mas confesso que sou completamente apaixonada por cenas de ação.
A situação dos três fugitivos após a descoberta do grupo exterminado é simples: encontrar alguém para forjar novas identidades e ninguém melhor que Enrique, um antigo conhecido de Sarah. Infelizmente o falsário está aposentado, mas indica o sobrinho, o que nos possibilita espiar uma cena que eu gostei imensamente entre Cameron e o policial.
Interessante perceber que eles nada sabem sobre as grandes mudanças ocorridas no mundo nos oito anos que pularam no tempo. Onze de setembro nada significa para Sara, mas para nós é um lembrete de que o ser humano pode ser tão terrível quanto as máquinas com quem eles estão lutando.
Mas o que realmente importa no episódio não é a busca pelas novas identidades, e sim as pequenas situações pelas quais o trio passa e que vão delineando quem serão no futuro. E incluo aqui a Cameron.
Teria Sara matado Enrique se fosse necessário? Ela nunca saberá, pois Cameron tirou de suas mãos essa escolha. Na verdade ‘o homem de lata’ fez com Sara mais ou menos o que ela faz com o filho. Na ânsia de protegê-lo, acaba por fazer escolhas no lugar de John e privá-lo de tornar-se naturalmente o líder que deverá ser um dia.
Não sei quanto a maioria dos fãs, mas eu tenho uma certa restrição a algumas atitudes de Sara. Nesse episódio ela esteve especialmente chatinha. A meu ver ela tolhe demais o filho e isso com certeza não fará nenhum bem para ele como um soldado. Ela diz que tem apenas quatro anos para prepará-lo, mas a redoma com a qual ela o cobre, acaba fazendo justamente o contrário. Sorte dele que o seu futuro eu é esperto o suficiente para mandar alguém que ajudará a moldá-lo no que ele precisa ser. E, é claro, a salvar a mãe da morte certa. A pergunta é: será o câncer inevitável? Sara teria morrido em 4 de dezembro de 2005, seis anos após o salto no tempo. Irá Sara morrer daqui seis anos novamente ou John conseguiu evitar o destino de sua mãe? Irá Sara Connor testemunhar o Dia do Julgamento ou nunca verá o acontecimento que mudou o seu passado e selou o seu destino?
Uma coisa pela qual peca Exterminador (a série e os filmes) é pela quantidade absurda de paradoxos. Se a morte de Miles atrasou o Dia do Julgamento, então teria John conhecido Kyle Reese como antes e enviado o próprio pai ao passado? Se John sabendo da morte da mãe envia Cameron para o passado para salvá-la, isso não irá influenciar no seu eu do futuro, já que ele pulou 8 anos no tempo e está tecnicamente oito anos mais novo? E se ela não morrer? Irá conhecer Kyle Reese do futuro? Então como ele irá se apaixonar por uma foto a ponto de voltar no tempo para salvá-la? Ou ele simplesmente garantiu que o curso dos acontecimentos voltasse ao normal? Com todo esse vai e vem no tempo, não será possível que surja outro grande líder que não seja John?
Mas todos os paradoxos realmente não importam diante da grandiosidade que é Terminator. Como em tantas outras ocasiões, nós viramos o rosto para o lado e fazemos de conta que não percebemos os absurdos, pois aproveitar o que está na tela é muito mais interessante e divertido.
E para finalizar, só gostaria de dizer umas poucas coisas:
- Sara já usou 9 pseudônimos, teve 23 empregos, fala 4 idiomas e esteve internada por três anos em um hospital psiquiátrico.
- Lindo ver o John procurando por Charley Dixon antes de qualquer pessoa. E mais tocante ainda foi ver o carinho que o para-médico ainda sente pelo garoto. Só não sei como John continua sabendo mexer tão bem em um computador após tantas inovações que ocorreram nesses oito anos. Certo, 1999 para 2007 não é 1980 para 2007, então vou relevar.
- Sábia decisão de não trazer um exterminador a cada episódio para eliminar John. A máquina com quem Cameron lutou já estava naquele ano e já tinha uma missão específica, portanto é uma fonte de preocupação a menos para os Connors. Entretanto nem tudo são flores. Cromartie não foi aniquilado. Sua cabeça saltou no tempo e ativou seu corpo, e isso com certeza não será muito agradável para o trio. (Curiosamente eu não me recordava que as máquinas podiam mover separadamente corpo e cabeça e tampouco que o metal podia viajar sem o revestimento de pele)
- Summer Glau está perfeita como Cameron. No primeiro episódio ela ainda estava muito leve e descontraída, mas em Gnothi Seauton ela definitivamente achou o tom correto. Fria e indiferente, mas com um humor refinado e algumas reações impagáveis.
- Eu gosto muito de Lena Headey como Sara Connor, mas esse sem dúvida nenhuma não foi o seu episódio.
E só para filosofar, se as máquinas são inteligências artificiais, o que lhes permitiu rebelar-se e destruir a humanidade, o que impede de um exterminador humanóide reprogramado de continuar pensando e alterar sua nova programação e voltar a se rebelar contra o ser humano?

2 comentários:

!3runo disse...

Também adorava TSCC e fiquei muito triste por ter acabado tão cedo.

Posso sugerir uma série de sci-fi que em apenas 5 episódios já fez um bom ambiente? Continuum.

Mica disse...

Continuum foi a única série depois de TSCC que mexeu comigo o suficiente para me fazer sentar e escrever por prazer e não obrigação. Eu a adorei. Não entendo as pessoas que não estão tão empolgadas quanto eu :D

Postar um comentário