Pois é, 3º episódio e continuo gostando da série tanto quanto gostei da primeira vez que assisti. E continuo sem entender como pode ter sido cancelada.
A review que segue foi originalmente postada no site Teleséries em 2008. Pequenos comentários atuais em vermelho no decorrer do texto.
Série: Terminator: The Sarah Connor Chronicles
Episódio: The Turk
Temporada: 1ª
Número do Episódio: 3
Data de Exibição nos EUA: 21/1/2008
Data de Exibição no Brasil: 20/5/2008
Emissora no Brasil: Warner
******
Eis um episódio muito gostoso de assistir, mas incrivelmente complicado de comentar. Faltam coisas excepcionais para serem relatadas, o que não tira o prazer de assistir o episódio.
Há três linhas diferentes de ação:
* Sara e sua busca pelas pessoas cujas fotografias estavam entre os documentos que eles encontraram com os rebeldes do futuro;
* John e Cameron em sua rotina escolar;
* Cromartie e a regeneração de seu corpo.
A parte da Sara, confesso, foi a que eu mais gostei. Andrew Good – Andy – é um doce de rapaz. (Edit: e acabei de me dar conta que o ator, Brendan Hines, é o Loker, de Lie to Me) Mas não consigo visualizar alguém com uma mente como a dele, acabar vendendo (e muito mal) celulares em uma loja qualquer de departamentos. É muito azar! Mas azar ainda maior é ele resolver construir um computador tão avançado, que é capaz de ter ‘humores’, e, pior, dividir essa sua engenhosidade científica com a única mulher que tem calafrios só de ouvir a palavra máquina e inteligência numa mesma sentença. Sem contar que é triste olhar para a inocência do Andy e pensar que ele poderia ser responsável pelo apocalipse.
O que nos resta é perguntar se o incêndio em sua casa (que provavelmente destruiu seu jogador de xadrez robotizado) pôs fim à ameaça que o rapaz representava para o destino da humanidade.
E quem era a sombra que apareceu quando Sara estava na casa de Andy?
Uma coisa que eu achei legal é que a série tem demonstrado um lado mais suave da Sara. Por dois filmes nós a vimos lidando com máquinas e, portanto reagindo sem qualquer remorso, mas agora nós podemos enxergar outro lado da mulher que criou John Connor. Embora ela use as pessoas para alcançar seus objetivos, ela não tem coragem (pelo menos não ainda) de destruir completamente uma vida sem ter certeza de que não há outra forma de agir. Foi o que vimos com Enrique no episódio passado e agora com Andy.
Outra coisa que chamou a minha atenção foi a conversa de John com a mãe sobre o Turk. Foi sem dúvida a cena que eu mais gostei do episódio. E como toquei no assunto John, a parte dele e de Cameron teve alguns momentos brilhantes, como ela sendo barrada no detector de metais na escola, mas também teve algumas cenas completamente dispensáveis.
A história da loirinha suicida não tinha razão de ser (Edit: Aliás, a 'loirinha' é ninguém menos que a Alessandra Torresani, de Caprica. Atuando muito mal em TSCC, diga-se de passagem). Mostrar a humanidade de John e a frieza da Cameron? Nós já sabemos disso, não precisamos ser lembrados em todo momento, muito menos numa cena tão clichê. Apesar de que no caso específico eu não saiba a quem dar razão. De fato concordo com John, afinal, do que vale a pena estar sofrendo tanto para se aperfeiçoar e ser o salvador da humanidade, se não pode sequer tentar salvar uma única pessoa? Mas inevitavelmente ele acabaria nos jornais se aparecesse ao lado da suicida, o que destruiria todo o sacrifício que tiveram ao pularem oito anos para o futuro. O que nos deixa num dilema: qual a atitude correta naquele momento? (Edit: sem falar que nem com muita vontade John teria alcançado o telhado a tempo de salvar a garota)
Por outro lado, embora a moça se jogando seja um clichê muito comum em filmes e, como eu já disse, perfeitamente dispensável, eu gostei da cena da Cameron com a loirinha no banheiro, e principalmente da qualidade dos desenhos na porta.
Por último, Cromartie enfim regenera seu corpo. Não sei quanto a vocês, mas eu acho um exterminador em sua forma cibernética apavorante. Aquele sonho da Sara foi de matar, e o próprio Cromartie no banheiro não era uma figura muito relaxante. Apesar de que ele saindo da banheira ensangüentada todo ‘embolhado’ também não era muito agradável aos olhos.
E embora toda a cena tenha sido cheia de sangue, com o pobre cientista morrendo e tendo seus olhos arrancados e tal, o que eu não conseguia parar de pensar era na fórmula na parede. Sempre me pergunto se essas fórmulas que eles colocam nas séries e filmes em geral tem alguma verdade.
Não comentei sobre o Agente Ellison, mas ele tem algum destaque na trama da série. Mas, confesso, não entendo como a outra agente pode descartar tão facilmente as teorias que ele apresenta. Até agora ele não mencionou nada anormal e tudo que ele levantou faz muito sentido. Mais sentido, diga-se de passagem, do que a tese de tudo ser um simples problema entre drogados. O que me preocupa é até onde vai essa obsessão dele por descobrir o que tem por trás desses cenários conflitantes e do sangue não totalmente humano.
Edit: Fico um pouco irritada com a forma como John trata Cameron e sua obsessão com ela não parecer uma freak. Esse guri é meio bipolar. Tem horas que a trata super bem e no momento seguinte age como se ela fosse um estorvo.
Deixe-a ser freak, rapaz! Até parece que boa parte dos adolescentes não tem suas idiossincrasias...
Nenhum comentário:
Postar um comentário