domingo, 13 de setembro de 2009

District 9

Quando fizeram a propaganda de District 9 para mim eu esperava um outro tipo de filme. Não tinha assistido nenhum trailer ou marketing, o que me fez assistir praticamente no escuro. E, sinceramente, o filme foi surpreendente.
Até agora não consegui definir qual o público alvo de District 9. Ele é uma mistura muito bem feita de documentário (e no primeiro terço do filme eu realmente me senti assistindo a um), ficção científica (se é que a presença de alienígenas pura e simplesmente pode ser chamado de ficção científica) e ação. Sem contar o passeio pelo lado mais negro da natureza humana.
A história é simples: uma nave alienígena encalhou há 20 anos bem em cima de Johanesburgo e seus tripulantes, todos alienígenas humanóides parecidos com camarões encontravam-se terrivelmente doentes. Foram resgatados e alojados na periferia da cidade e por 20 anos viveram e se multiplicaram entre nós. Mas como nem tudo são flores, os coitados acabaram vivendo é num grande favelão, onde imperou o crime, a violência e o caos absoluto. Até que os humanos da África do Sul não aguentaram mais e exigiram que os aliens fossem realocados. E é aí que começa o embrolho todo.
O filme por si só é uma demonstração bem crua de como somos cruéis. A forma como os alienígenas favelados são tratados é desumana. Eu nem conseguia ter raiva deles por matarem e promoverem o caos, tamanho o descaso com o qual os homens os tratavam.
Mas o que movimentou a história foi o funcionário público Wikus, que de pateta cumpridor de seus deveres se mostrou alguém digno de nota. E o que o governo fez com ele não tem perdão. Me fez pensar no que acontece às margens da sociedade sem que tenhamos conhecimento. A manipulação dos meios de comunicação, a degradação de uma pessoa por motivos escusos... O pano de fundo eram os alienígenas e um humano coitado que se viu encrencado simplesmente por cumprir o seu dever, mas poderia muito bem ser qualquer um de nossa cidade, tamanha a veracidade dos horrores mostrados em District 9.
Peter Jackson fez um excelente trabalho nesse filme, os atores estavam muito bem e até os efeitos especiais foram bem utilizados, sem exageros aparentes.
É um filme que eu recomendo, embora não assista se você tem estômago sensível ou não goste de muito tiroteio e membros espalhados para todo lado.

6 comentários:

Anônimo disse...

Fazer blog dá nisso..não sei mexer, não sei como consertar os erros...

naomi disse...

geralmente não curto tiroteio pelo tiroteio, mas se tem um contexto por trás então tá limpo. e este parece ter!

Marcus disse...

Peter Jackson fazia filmes B, meio gore, antes de explodir com o Senhor dos Anéis. Parece interessante, qualquer hora confiro. Bem vinda à minha lista de leituras do meu humilde barco, o Canoa Furada. Cheguei aqui pela batatinha Naomi. :)

Mica disse...

Marcus, Naomi, valeu por aparecerem. O blog está começando, ainda preciso aprender a lidar com ele, a fazer o negócio ficar mais apresentável e tal, mas aos pouquinhos (bem aos pouquinhos, pq o tempo é escasso) as coisa vai ficando redondinha.

District 9 é um filme bem diferente, na minha opinião. Mas devo avisar que ele é bem cansativo. Não chega a ter duas horas mas eu tive a sensação de que durou mais, provavelmente por conta do clima documentário do primeiro terço, mas vale a pena mesmo assim.

Anônimo disse...

Oi sumida! Eu vi o filme e gostei sim! Não achei nada cansativo não. É algo bem diferente do que estamos acostumados e mostra como o ser humano pode ser cruel quando a ele interessa. Nós fazemos o mesmo com nossos semelhantes e animais. Por que seriamos mais gentis com alienígenas que não se mostraram ameaçadores conosco e vieram, de uma certa forma, atrás de ajuda e convivência pacífica?

Henry Akashi disse...

Quero mto ver este filme... e com tanta propaganda em vários blogs.. quero mais ainda conferir.

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