segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Filmes em 2013 - Parte II

Vamos lá para a parte 2 dos filmes vistos em 2013. E descobri que tinha esquecido de anotar dois deles na minha listinha, ou seja, assisti a 47 e não 45.


Aqui estão do 16° ao 30°:

16) A Hospedeira (2013) - Fui assistir A Hospedeira com o meu irmão. O filme não é ruim (e eu gosto demais da Saoirse Ronan para não gostar de algo que ela faça), mas é muito diferente do livro. Chegava a ser irritante. Eu sei que é uma adaptação e mudanças são necessárias, mas as que eles fizeram foram absurdas. Eu entendi os cortes em toda a fase em meio aos humanos, porque o livro explora bastante a adaptação de Wanderer, a forma como os humanos a tratam e principalmente os pensamentos divididos dela e de Melanie. O filme não tinha como retratar tudo isso sem ficar absurdamente longo. Senti falta de várias cenas que eu considero muito importantes para o desenvolvimento dos personagens (em especial de Jared, que se apagou depois de certo ponto), mas entendi a necessidade de podarem a história. Isso é um filme único e não uma série onde tudo pode ser desenvolvido com calma e tranquilidade. 
Agora, o que é imperdoável é a forma como alteraram completamente o início da história e as motivações da Wanderer, ao ponto dela não ser a personagem que ela realmente é.
Se você não leu o livro, fique sabendo que nada, absolutamente NADA do que acontece antes do deserto (e praticamente 99% do deserto em si) acontece daquela forma no livro. Ninguém age como os seus personagens no livro, em especial Wanderer (Peregrina).
É como eu disse, eu entendo a necessidade de adaptação e cortes, mas mudar completamente a personalidade e força do seu personagem principal é demais para minha capacidade de aceitação. Até as motivações e atitudes de Wanderer não encaixam com a pessoa que ela é no livro.
Decepção total.
Ainda bem que a parte pós deserto redime um pouco a história e fica mais palatável, o que me permitiu sair relativamente satisfeita do cinema. 
Mas, confesso, fiquei decepcionada com o que fizeram com o filme e, pior, só serviu para reforçar o desgosto mundial com as obras da Stephenie Meyer.

17) Oblivion (2013) - Contrariando a maioria eu gostei bastante do filme, com excessão do final, que me incomodou um pouco. Tom Cruise está muito bem e eu adorei a Andrea Riseborough. Simpatizei tanto com a personagem dela que não me conformei com o rumo que a história tomou.

18) Anna Karenina (2012) - O filme é bem diferente do que se vê por aí. Toda a construção, o cenário, a fotografia...
Conhecia a história de Anna Karenina de tanto ouvir falar por aí, mas assim, só de ver o filme, a única pessoa com quem simpatizei foi o marido dela (bom, ser o Jude Law talvez tenha ajudado...apesar de eu não o achar grande coisa no quesito beleza, eu o acho incrivelmente carismático). 
A boa notícia é que fiquei com vontade de ler o livro, mas tenho a sensação de que sofrerei demais. É mais ou menos o que eu sinto quando penso em ler E o Vento Levou ou Doutor Jivago.

19) Doctor Who (1996) - Todo mundo sabe que eu sou fã de Doctor Who, mas vinha enrolando há anos para ver o filme com o 8° Doutor. Em 2013, aproveitando os 50 anos da série, resolvi assistir ao bendito. Foi ótimo conhecer o 8° Doutor (gosto demais dele, tanto pelo filme quanto por sua participação na série de audio dramas da Big Finish que eu estou ouvindo), porém o filme é muito ruim. Eric Roberts é o pior Mestre possível e toda a ideia do filme é uma bagunça.
Vale a pena? Claro que vale! É Doctor Who! E não conhecer a única história filmada do 8° Doutor (até então...depois teve um webisódio precioso pouco antes do especial de 50 anos) é imperdoável.

20) João e Maria: Caçadores de Bruxas (2013) - Eu quis ver esse filme desde que li a primeira notícia, lá atrás, ainda na escolha dos atores. Nem era fã do Jeremy Renner naquela época, mas demorou tanto para sair e ainda mais para eu assistir, que quando finalmente eu vi eu já era apaixonada pelo ator. E, diga-se de passagem, o Jeremy Renner é mesmo a única coisa que presta no filme, pois o negócio é bem ruinzinho. A ideia é ótima, a execução decepcionante. Sem falar que eu passei o filme todo torcendo por um romance entre os dois irmãos. 
A propósito, estou acostumando a ver a Famke Janssen como a nova vilã-arroz-de-festa. 

21) Star Trek: Além da Escuridão (2013) - Não sei muito bem o que falar. Eu esperei com ansiedade e fiquei bem satisfeita, mas não tenho nenhum grande comentário a fazer. Não é tão bom e impactante quanto o primeiro, mas nada que comprometa. E levou Benedict Cumberbatch aos olhos do grande público, o que é um bom negócio. Mas o que me marcou mesmo foi a corrida do Spock ao final, pois vi uma entrevista do Zachary Quinto onde ele falava sobre a dificuldade em aprender a correr de forma correta para a gravação - Tom Cruise fazendo escola. Eu sei que é só um detalhe, mas foi uma das coisas que mais me chamou a atenção, fazer o quê.

22) Homem de Ferro (2013) - Vi com o meu irmão (que virou o meu parceiro oficial de cinema em 2013). Filas quilométricas para comprar ingresso, para entregar o ingresso, para comprar a pipoca e até mesmo para entrar na sala. Entramos com mais de 15 minutos de atraso e começou 30 minutos depois do horário, mas o filme foi legal. De fato é o menos legal dos 3, mas me diverti. E foi o filme onde mais gostei do Tony em si, então está valendo.
Mas é preciso ter em mente que não sou dessas que amam Tony Stark e o Homem de Ferro. acho legal e só. O personagem é bom, mas cansa um pouco depois de tanta superexposição. Não é nem de longe um dos meus personagens preferidos desses heróis no cinema atualmente.
Eu lembro que quando vi o filme achei a cena pós-crédito maravilhosa, só que agora, passados 9 meses não consigo lembrar a bendita cena de jeito nenhum.

23) O Amante da Rainha (2012) - Resolvi ver este filme por conta das imagens belíssimas que circulavam pelo tumblr, e não me arrependi. Muito bom, mas que final triste! Os protagonistas são Alicia Vikander (que também fez Anna Karenina, mas em um papel menor) e Mads Mikkelsen (o ótimo Hannibal Lecter, da série Hannibal), e também o desconhecido (pelo menos para mim) Mikkel Boe Folsgaard. 
É a história do romance da princesa Caroline com o médico alemão Johan Struensee, médico particular e mão direita do rei da Dinamarca, Christian VII, marido de Caroline. É uma história belíssima, triste e bastante envolvente. E é particularmente interessante por ser falado em vários idiomas: dinamarquês, inglês, alemão e francês. Não é um filme para amantes de cenas rápidas e cinema de aventura, mas nem por isso deixa de ser emocionante. 

24) Contato de 4° Grau (2009) - Este é outro filme que eu queria ver há muito tempo (desde 2009), mas só me mobilizei de verdade a assistir esse ano. Não é bom, mas também não é ruim. O problema é a passividade da personagem principal. Que irritação! O problema é que gosto de filmes sobre alienígenas, eles me atraem mesmo quando são ruins.

25) Womb (2010) - Filme muito bom e incrivelmente perturbador. Eva Green está perfeita, especialmente porque sua personagem fala muito pouco e tudo é demonstrado por meio de olhares e expressão corporal. Ela está de parabéns.
Matt Smith também mostrou mais uma vez que é um grande ator e que consegue passar toda a emoção que o seu personagem precisa com seu corpo e rosto, muito mais do que palavras seriam capazes.
Este é um filme instrospectivo, feito para refletir, sem grandes  cenas de ação (bom, nenhuma), mas com um potencial filosófico muito grande.
Amei (e fiquei de coração partido).

26) Stoker (Segredos de Sangue) (2013) - Outro que vi por conta das cenas postadas no tumblr. E que filme estranho! Mas ainda assim muito bom, diferente, inquietante. A Nicole Kidman está quase irreconhecível com sua boca falsa, mas Mia Wasikowska faz uma garota incomum como ninguém. Gosto muito dela. E a cena do piano...inesquecível.

27) Shame (2011) - Terminei o filme em choque. Ótimo, mas tão....qual a palavra correta? Forte? Triste? Perturbador? Todas as anteriores?
Michael Fassbender é um ator incrível e é interessante ver como ele acertou o ponto no personagem. Se eu já não gostasse dele antes, teria virado fã com Shame. Mas definitivamente não é um filme para qualquer um ver.

28) Man of Steel (2013) - Filme muito bom, especialmente a parte de Krypton. Gostei muito de Zod e como eles mostraram que o personagem não era exatamente um vilão, mas sim um homem disposto a tudo pela perpetuação da espécie. Eu não conseguia tirar a razão dele muitas vezes (é a teoria do conquistador, é o que temos feito há milênios), mas, é claro, como boa humana e terráquea eu não podia torcer para ele vencer, caso contrário a nossa espécie é que seria exterminada, não sem antes ser escravizada.
Por incrível que pareça gostei de Henry Cavill como Superman (eu tenho implicância com o ator já há alguns anos) e ele deu um tom mais sombrio ao personagem, coisa que o Super precisava. O final da batalha entre o Super e Zod foi magnífico, ainda que a luta em si tenha sido longa demais. Particularmente achei que as cenas de ação foram muito compridas e feitas exclusivamente para agradar ao público que não consegue ver um filme sem pancadaria sem dormir. É claro que lutas eram esperadas e muita destruição, mas exageraram um tantinho. Talvez por isso eu tenha gostado mais da metade inicial do que da metade final.

29) Truque de Mestre (2013) - Sabe aquele filme que você não dava nada e acaba adorando? Pois é, foi isso o que aconteceu. É claro que é cinema pipoca, mas delicioso de ver. E ainda vi na sala Vip. Puro amor....melhor do que assistir em casa, deitada na cama. Peguei birra do Jesse Eisenberg em A Rede Social e o seu papel em Truque de Mestre não é nada melhor...mas como o guri está lindo!
Curiosamente, dos Quatro Cavaleiros o que eu mais simpatizei foi o Jack, interpretado pelo Dave Franco. É engraçado, pq eu não suporto o irmão dele (James Franco), mas adorei o Dave.
Sei lá, muito recomendo o filme.

30) Wolverine: Imortal (2013) - Minhas impressões sobre o filme ficaram gigantes e fúteis. Acho que no dia que eu fiz eu estava inspirada, então farei uma versão resumida. Só para avisar, tem spoilers, inclusive do fim:
Fiquei surpresa ao perceber o quanto o Hugh Jackman está velho. Temos esta visão de que o ator ficará sempre igual, ainda mais quando intrepreta um personagem que não envelhece, mas os anos são crueis para todos nós. Em contrapartida se esforçaram para rejuvenescer Famke Janssen, o que deixou ainda mais evidente que a proximidade de idade entre ela e o Hugh Jackman favoreceu a química entre Jean e Logan e prejudicou a presença em tela de Jean e Scott lá em X-Men (já que o James Marsden é 10 anos mais novo que a Famke e parece ainda mais novo que isso).
Uma coisa que gostei é que o povo realmente falava japonês durante o filme e só falavam em inglês quando fazia sentido que falassem. E foram justamente as duas personagens femininas japonesas que roubaram o filme. Yukio mesmo, fantástica! Não era bonita a atriz, mas e quem se importa quando ela era realmente capaz de dizer a que veio em toda cena que aparecia? A melhor cena de luta, inclusive, foi dela contra Shingen, mas também adorei as cenas com os ninja. Os caras realmente agiam como ninja, pareciam ninja, e me deixaram boquiaberta.
Por outro lado as cenas de luta e perseguição no velório foram tão ruins que só nos resta chorar ao lembrar.
Os vilões também mostraram-se decepcionantes. Viper parecia uma Hera Venenosa piorada. Ela começou como uma super cientista/médica e tal, e de repente estava espremida em uma roupa colante verde, nada a ver com o momento, destoando de todo o clima do filme e também dos demais personagens. Ficou ridículo!!! Ela perdeu toda a credibilidade e levou o filme para o buraco juntamente com ela. E nem me darei ao trabalho de comentar O Grande Plano de Yashida, porque a vergonha de lembrar é tão grande que simplesmente paro por aqui.

Como este texto de Wolverine ficou enorme, deixarei o restante dos filmes para a parte 3.

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