segunda-feira, 21 de abril de 2014

Livro: Correr ou Morrer (Maze Runner #1)

Livro: Correr ou Morrer
Série: Maze Runner (#1)
Autor: James Dashner
Tradutor: Henrique Monteiro


É bom começar um texto sendo completamente sincera. Foram dois os motivos que me levaram a ler Maze Runner:
1) em setembro sai um filme adaptado do livro com o Dylan O'Brien no papel principal (e não dá para perder, porque é o Dylan O'Brien);
2) alguém que eu sigo no Tumblr é obcecada por Thominho (Thomas/Minho) e eu precisava saber do que se tratavam as benditas imagens que ela não parava de postar (e que já parei de ver, porque são tantas que eu já estava começando a enjoar).

Como é facilmente perceptível meus motivos não tiveram nada a ver com qualidade literária ou algo assim. Foi pura curiosidade e só. Nem ia fazer texto, mas passei o domingo inteiro lendo o livro, então é bom ventilar um pouco e deixar a coisa sair do sistema para poder fixar o pensamento em outra coisa.

Correr ou Morrer não explica muito bem a quê veio logo de início. O livro não dá muitas respostas e as poucas que dá estão espalhadas ao longo do livro, mas no frigir dos ovos a coisa é bem simples, nada muito elaborado.

O que dá para falar sem soltar muitos spoilers (eu acho) é o seguinte: um grupo de garotos em vários estágios da adolescência é uma espécie de prisioneiro de um lugar chamado de Clareira. Esse lugar tem muros altíssimos e 4 portas que dão entrada para um labirinto e que se fecham todas as noites. Conseguir encontrar a saída do labirinto e alcançar a liberdade é o objetivo de vida desses garotos.


Tudo ia muito bem, até que chega um novato: Thomas. É pelos olhos do novato que a história começa a se desenrolar para o leitor, pois Thomas chega à Clareira completamente desmemoriado e descobre que todos os garotos do lugar também não lembram de suas vidas anteriores. E a coisa complica ainda mais quando no dia seguinte chega uma garota, com um aviso de que é a última e que tudo irá mudar - e então entra em coma.


O restante do livro trata-se de aclimatar Thomas e o leitor à situação que eles vivenciam na Clareira e tentar descobrir como sair do labirinto, isso tudo enquanto são atacados por uma espécie de animal que é parte biológico e parte máquina.

O livro é até bastante empolgante de ler, principalmente na metade final, que libera no leitor uma dose saudável de adrenalina. Mas não é sem defeitos. Fiquei profundamente incomodada com duas situações:

- O autor escolheu fazer os garotos utilizarem uma espécie de dialeto próprio. Ele substitui palavras comuns por outras sem qualquer explicação (por exemplo, cocô por plong). E não é porque os garotos não lembram da palavra correta é simplesmente porque eles começaram a falar desse jeito e aos poucos todo mundo foi falando. É ridículo. Pelo menos para mim, como leitora, soou patético. Não sei como as palavras soaram no original em inglês, mas em português eu só tenho a lamentar.

- A falta de comunicação desses garotos leva o leitor (bom, levou a mim, pelo menos) a uma irritação sem tamanho. Ninguém fala nada, todo mundo fica fazendo segredo de coisas que seriam muito mais facilmente enfrentadas se fossem devidamente explicadas. Quero dizer, todo mês aquela gente recebe um novo garoto desmemoriado para fazer parte da vida na Clareira e não custaria nada ter alguém responsável por explicar TUDO ao novato. O que é o lugar, como vivem, quais as expectativas de cada 'clareano' na comunidade, quais as regras, o que é o labirinto e por aí afora. Mas não, o autor usou de um recurso muito fraco para não dar ao leitor as informações que ele precisa saber. É irritante e enfraquece a obra.

O livro em si é infanto-juvenil e é bom o leitor ter isso em mente. Não é algo negativo, é apenas uma constatação. Eu pensava que fosse um young adult, mas percebi logo nos primeiros capítulos que a tendência é mais infantil que juvenil, principalmente na forma como aqueles garotos agem e pensam e como isso é apresentado ao leitor. Por outro lado, foi um tantinho interessante não ter o tradicional drama romântico  no livro, o que seria "obrigatório" se fosse um young adult. Não sei o que esperar neste sentido nos próximos dois livros, mas neste aqui funcionou bem a comunidade de amigos pura e simplesmente.

O final me deixou um pouco desapontada. Quase um anticlímax. Mas o epílogo restaurou um pouco o meu interesse na história e a vontade de continuar a leitura.

E só para finalizar, porque eu sou chata e preciso dizer isso: a solução a qual eles chegam depois de quebrarem a cabeça o livro inteiro, foi a primeira sugestão que eu dei quando comecei a ler.

********




2 comentários:

Kézia Lôbo disse...

Não conhecia mesmo o livro, e vai ser uma adaptação, quem diria! Vc não pareceu gostar muito!
Mas.... quem sabe eu leia o livro depois que ver o filme ^^ =D

Mica disse...

É isso aí, veja o filme antes que é para não ficar comparando. Além disso é o Dylan O'Brien, não tem como não gostar do Dylan O'Brien ♥

Postar um comentário