quinta-feira, 9 de maio de 2013

Continuum: Split Second (2x02) e Second Thoughts (2x03)



Série: Continuum
Episodio: Split Second/Second Thoughts
Temporada:
Nº do episódio: 2x02 e 2x03
Data de Exibição: 22/04/2013 e 05/05/2013
Roteiro: Simon Barry/Sam Egan
Direção: Pat Williams/William Waring

O segundo e o terceiro episódio de Continuum se mostraram bem diferentes um do outro. Enquanto um primou pela ação, o outro deu enfoque no desenvolvimento dos personagens, mas ambos, assim como o episódio de estreia, seguiram um caminho diferente do esquema mais procedural da primeira temporada. Os casos para investigar ainda estão lá, mas a conexão com a trama real da série é muito maior e mais evidente e, por conseqüência, a história tem fluído bem melhor.

E só esses dias me dei conta que, enquanto na primeira temporada todo episódio tinha “time” no título, na segunda a palavra da vez é “second”. Não deve ser lá muito fácil arrumar títulos convincentes para esta série.

Pois bem, ambos os episódios trataram de uma situação inevitável, tendo em vista que Travis escapou da morte. Mas fiquei um pouco incomodada com a forma como Sonya lidou com a situação. Eu sou pró-Sonya, mas acho que ela deveria ter aberto o jogo para Garza e Lucas logo de cara, isso impediria Garza de virar a casaca e tentar salvar Travis. Bom, virar a casaca em termos, porque até onde ela sabe, Sonya é quem resolveu ascender ao poder e derrubar o segundo em comando.

Mas gosto muito mais do ponto de vista de Sonya nesta história toda, assim como eu simpatizava com a visão de Kagame. Travis tem o seu lugar na luta deles, mas não pode estar no comando, caso contrário o Liber8 não será outra coisa além de um grupo terrorista. Não que eles não o sejam (não é a toa que todos estavam presos no futuro), mas os ideais são válidos e merecem serem ouvidos.


Ainda quero saber como Julian irá se encaixar na história toda. Por enquanto ele tem sido um coringa (mais uma incógnita) nas mãos tanto de Sonya quanto de Travis, que querem garantir a lealdade e confiança de Teseu, mas quando ele começará a mostrar o seu real potencial? Como se dará a mudança que o levará a ser tão importante para as pessoas a ponto dos membros do Liber8 o seguirem cegamente?

Acho interessante que a explosão tenha exposto uma conspiração (farmacêutica!?) e que com isso Julian ganhou certa importância para os descontentes com a situação atual do país. A visita da madrasta na prisão me pegou um pouco de surpresa. E não deixa de ser curioso que ela se aproxime do enteado no exato momento que o filho a coloca de lado em sua vida.

Alec também tem passado por mudanças. É muito delicada a posição na qual ele se encontra e posso entender a sua incerteza sobre qual caminho seguir. Só não tenho muito certeza se unir-se a Kellog seja o melhor para ele. Ou talvez os dois estivessem unidos desde o início, porém o nome de Kellog nunca apareceu oficialmente. Mais uma vez, o único que sabe a verdade é o Sadler do futuro. Porque com certeza esse grupo específico do Liber8 não foi escolhido à toa. Por que Sadler uniria Kellog, Garza, Lucas, Sonya e Travis a Kagame no passado? Eles são completamente diferentes e todos uma bomba relógio por si só. Se quisesse operar uma alteração do passado de modo a alcançar um determinado futuro melhor do que aquele que Sadler construiu para si, seria muito menos arriscado fazer uma missão controlada, com alguém que tivesse conhecimento do que estaria fazendo e do por quê.

E os tais freelancers? De onde surgiram os viajantes do tempo de que ninguém tinha conhecimento até agora. Quando começaram essas viagens e qual o envolvimento de Jason com esse povo?
Sem falar na surpresa que foi saber que Jason é, afinal, o pai biológico de Alec.  A trama toda se complica e faz de Jason alguém muito mais importante do que aparentava a princípio.

Uma coisa que achei interessante foi Jason falando que Kiera não será a mesma pessoa ao voltar para o futuro que era antes de partir. Ela mesma percebe o quanto o passado a está mudando e como a sua vida real tem se afastado cada vez mais. Eu gostaria que o seu futuro ainda existisse, eu torço de verdade pelo retorno de Kiera à sua vida, seu marido e seu filho, mas tudo está atrelado a duas hipóteses desde o início: se o que ela vivencia agora já aconteceu, a despeito da mensagem que Alec recebeu do seu eu no futuro, ou se o simples envio de toda essa gente para o passado já alterou o futuro no qual eles viveram.

Outra coisa que me incomodou um pouco (para não dizer muito) foi Alec fazendo uso da droga para lembrar-se do seu pai. É bem verdade que a lembrança foi o grande twist do episódio e dá uma visão completamente nova para o garoto, mas eu espero que tenha sido uma única ‘usada’ por parte de Alec. Tramas com drogas me deixam aflita, e pelo jeito também desestabilizam Kiera. Era visível o seu abalo emocional durante todo o episódio. Kiera nunca é assim tão emotiva (é uma das reclamações de alguns fãs, inclusive).


Era de se imaginar que o envolvimento de sua irmã com o Retrievanol não fosse acabar bem, mas eu não esperava por aquele final. Foi uma das cenas mais verdadeiras e tristes da série. A música de fundo, a expressão de Kiera...cortou meu coração. Nenhuma cena dela com o marido e o filho (por mais que eu seja fã dessa família unida) foi tão impactante e emocional quanto aqueles momentos com a irmã.

Que final de episódio brilhante!

****
PS:
* Quem mais se lembrou de Andromeda ao ver a droga sendo pingada no olho? Até o nome era o mesmo: Flash. Saudades de Beka Valentine... (Também lembrei de Dredd, mas aí já são outros quinhentos)

* Tinha mais um monte de coisas para comentar (a fuga de Travis da prisão, a desconfiança do agente Gardiner – e a minha alegria por ainda ter Nicholas Lea na série, o traidor dentro da polícia, a luta absurda de Carlos e Travis na traseira da Van, e por aí vai), mas essas duas últimas semanas foram um pouco insanas para mim, o que me obrigou a escrever um texto duplo e simplesmente não consegui encaixar tudo em um texto coerente. Mas sintam-se à vontade para comentar, que é sempre bom desenvolver além do que está escrito.

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