sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

O dia em que Good Omens foi adaptado para radio drama...


2014 terminou com um presente prá lá de especial da BBC Radio 4: a tão esperada adaptação de Good Omens (de Neil Gaiman e Terry Pratchett) 
É claro que eu só fui ouvir o negócio no início de 2015 (mais precisamente nessa semana que passou), mas quem se importa com o quando? O que interessa mesmo é que eu ouvi (você aí, que fica ouvindo música enquanto faz exercício, caminhada, limpa a casa....isso é passado! O negócio é ouvir audio drama...vá por mim).


As notícias desta adaptação já são de longa data, mas eu não tinha me atualizado sobre a data de lançamento, por isso fiquei surpresa quando soube que já estava no ar. E é facilmente encontrado por aí (no próprio site para os que tem acesso, ou então nos torrents da vida, ou ainda graciosamente disponibilizado aqui). O único porém é que a pessoa precisa obrigatoriamente entender inglês, já que é impossível traduzir/legendar um áudio drama.

Eu confesso que não sou fã n° 1 de Good Omens, inclusive já fiz um texto com minhas impressões quando li o livro. Mas tem certos textos que funcionam muitíssimo melhor em áudio do que no papel. Good Omens é um desses textos. Ficou muito mais leve, divertido e rápido. Enquanto no livro eu penei para chegar ao final, no áudio drama eu ouvi com ansiedade os quatro primeiros episódios seguidos (menos de 30 minutos cada) e terminei os dois últimos (pouco mais de uma hora e meia) no dia seguinte. A história flui, as vozes são muito bem colocadas (adorei o elenco) e os sons de ambiente (sei lá como se chama isso!) fazem o ouvindo se sentir no meio dos acontecimentos.

A voz de Crowley (Peter Serafinowicz) é ótima, exatamente como eu imaginava. Já a de Aziraphale (Mark Heap) não caiu muito no meu gosto. Não porque o ator seja ruim, muito pelo contrário, o seu Aziraphale é muito bem interpretado, mas eu não imaginava o personagem com esse tom de voz.

Minhas impressões sobre os personagens continuaram as mesmas de quando li o livro (amo Crowley, Aziraphale, Anathema, Pulsifer, não tenho muita simpatia pela gangue de Adam e por Shadwell...e tenho opiniões conflitantes sobre os Quatro Cavaleiros do Apocalipse), mas foi muito mais fácil ter empatia pelo povo. A gangue de Adam (os 'Them') é bem mais palatável no áudio, talvez porque tenha vozes de criança mesmo e você consegue imaginá-los conversando e brincando como se fosse real.

No frigir dos ovos, foi um trabalho primoroso, feito pela mesma equipe que adaptou Neverwhere (falei sobre ele - livro e áudio - aqui) e merece ser ouvido por todo leitor, principalmente se for fã de Neil Gaiman/Terry Pratchett.

Foi um prazer ouvir o áudio drama e não me arrependo nem por um segundo. Serviu para divertir e sedimentar a história na minha memória, o que é sempre bem vindo.

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