quinta-feira, 22 de abril de 2010

Stargate Universe - Faith (1x13)

Stargate Universe – Faith (1x13)

Data de Exibição: 16/04/2010

Written by Denis McGrath

Directed by William Waring


Faith foi um dos episódios mais simpáticos da série até o momento. E embora eu saiba que esteja abusando um pouco da palavra ‘simpático’ ultimamente, foi exatamente esta a sensação que eu tive desse episódio.

Absolutamente nada aconteceu, mas foi delicioso assistir com tranqüilidade as equipes voltando a se entenderem. E o misterioso planeta no meio de um sistema solar recém criado pode significar absolutamente nada, mas também pode indicar que grandes mudanças estão para acontecer.

E embora o nome do episódio tenha sido “Faith” – Fé, a série abordou muito timidamente o tema. Sim, o tal planeta pode ter sido feito por uma raça alienígena que nada tem a ver com eles e que poderia voltar e destruí-los, mas também poderia ser uma criação especial para a tripulação da Destiny (pelos mesmos alienígenas ou, quem sabe, pela mão de um Deus? Sim, eu sei que Deus propriamente dito não foi mencionado, mas é uma suposição, não? Já que estamos falando em criação de algo totalmente do nada e fora das leis usuais...).

Seja como for, a tripulação estava necessitando desse momento para se reencontrar. Depois da cisão entre militares e civis (e da insurreição abafada pelo grupo que detém as armas da nave) uma forma de coexistência pacífica entre os grupos era mais do que urgente. E os recursos naturais da Destiny estavam se acabando, o que significa que uma descida a um planeta provedor era mais do que um luxo. Mais providencial do que a nave parar justamente diante de um planeta perfeito para suas necessidades é impossível.

Um mês se passou durante o episódio, e é claro que não vivenciamos tudo com os personagens, mas pudemos ver os indivíduos reaprendendo a conviver e isso é o que realmente importa. E a série não foi indiferente ao dilema dos personagens. Achei de muito bom tom a frieza entre Matt e Chloe, apesar do óbvio cuidado que o rapaz ainda tem por ela. Assim como foi importante mostrar o reparo da Destiny e a forma como pela primeira vez Rush trabalhou em grupo e como as coisas podem fluir melhor quando civis e militares cooperam entre si e não ficam de brigas sem sentido.

Mas o que realmente moldou o episódio foi o drama de TJ. No início ficou claro que a ‘médica’ da equipe estava passando por algum problema, mas gravidez não foi minha primeira opção, embora tenha sido a mais lógica a partir do momento que a tenente chegou ao planeta. E eu posso compreender sua decisão de ficar para trás. A Destiny é praticamente uma prisão. Alimentação ruim, socialização precária e incerteza do futuro. Não é de admirar que a tenente preferisse criar seu filho em terra firme, ao ar livre do que nos corredores frios e indiferentes da nave Ancient. Mas ainda mais compreensível é sua aquiescência às ordens de Young ao final. A jovem literalmente abriu mão de sua felicidade e de sua vontade pelo bem da população. Li em algum lugar um pensamento interessante que mencionava a festa da tripulação por estarem todos juntos mais uma vez (bom, na verdade por terem suprimentos, mas isso não vem ao caso), enquanto a lágrima silenciosa de TJ demonstrava o quanto havia custado para ela aquele passo em direção ao Coronel.

E por falar no Coronel Young, ele pode ter melhorado sua atitude nesse episódio, mas perdeu totalmente a minha confiança. É engraçado como um dia eu já torci por ele e TJ, mas hoje tudo o que sinto ao olhá-lo é desprezo. A tenente merece homem melhor ao seu lado para criar seu filho.

No fim Faith não fez absolutamente nada, nem ao menos discutiu a fé de forma corajosa, mas estabeleceu o equilíbrio que a tripulação precisava para continuar e não se matar na primeira oportunidade. E mais importante do que qualquer coisa, me fez satisfeita enquanto assistia.

2 comentários:

!3runo disse...

Faith foi simplesmente o melhor, mais singelo e tocante episódio de SGU. Uma pena que MATARAM tudo que aconteceu aqui num episodio desprezivel da 2a temporada.

Mica disse...

Qual episódio, Bruno?

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