quinta-feira, 29 de abril de 2010

Glee - Home (1x16)


Série: Glee
Episódio: Home
Temporada: 1ª
Número do Episodio: 16
Data de Exibição nos EUA: 27/04/2010


Finalmente Glee em sua plena forma, com o elenco afinado e músicas que casavam perfeitamente com o desenvolvimento da história. Esta é a série que eu amo.

Embora não tenha trazido músicas poderosas como em The Power of Madonna, Home foi muito mais eficaz na execução de suas obras. Aqui a história não foi simples pretexto para os números musicais, muito pelo contrario. O enfoque foi no desenvolvimento dos personagens e as músicas (belíssimas e muito bem executadas) foram a cereja do bolo, o toque especial que a série sempre nos traz para nos deixar completamente rendidos a ela.

Nessa semana curiosamente o enfoque não foi nos protagonistas, mas sim nos excluídos. Bom, e em Finn, mas ele foi o suporte para Kurt brilhar nesse episodio e não o inverso. E como Kurt brilhou. Pela primeira vez a série o mostra como um ser humano tridimensional. O garoto foi egoísta e apaixonado, o que o levou a tentar unir o seu pai à mãe de Finn. Mas pelo visto ele não pensou nas conseqüências. Esse relacionamento não seria apenas a desculpa perfeita para os dois estudantes virem a morar sob o mesmo teto (sim, Kurt sabe que Finn é heterossexual, mas isso não o impede de lutar pelo que quer, não é? Quem diz que o amor entende de lógica?), mas principalmente, a união de Hudson e Hummel significava que Kurt teria que dividir a atenção, o respeito e a admiração do pai com outro rapaz muito mais próximo do que o pai considerava um filho perfeito. Kurt não contava com o seu próprio ciúme quando armou para a Sra. Hudson e o Sr. Hummel se encontrarem.

E se Kurt se mostrou apaixonado e ciumento (da admiração paterna), Finn se mostrou incrivelmente egoísta. Eu aplaudi quando sua mãe surtou e o convidou a sentar ao lado da urna com as cinzas do pai e assistirem juntos à TV. Meu Deus, ela era viúva à quase 16 anos, que tipo de filho é Finn se não pode entender que a mãe é acima de tudo mulher e tem o direito de amar e ser feliz? Embora, bem no fundo, eu entenda a reação do garoto, já que é a primeira vez que vê a mãe procurando ocupar o lugar que antes era exclusivo do pai.

Home sem dúvida alguma explorou a humanidade dos personagens melhor do que qualquer outro episódio. E, depois da facada nas costas que foi Kurt e Mercedes anunciarem no episódio passado que entrariam para as Cheerios, em Home tivemos a oportunidade de nos sensibilizar com o drama desses dois. Enquanto Kurt estava disposto a tudo para ser aceito, Mercedes se sujeitou a um sacrifício que pessoa alguma tem o direito de pedir de outra, muito menos a professora de uma escola. Se bem que a tal professora é Sue Sylvester e dela pode se esperar tudo (e para ser bem sincera, Sue estava anormalmente plácida e gentil no decorrer da coisa toda).

Quinn apareceu muito pouco, mas suas palavras foram incrivelmente sábias e por incrível que pareça Quinn tem se mostrado uma das personagens mais humanas e reais da série. A cena em que a loura consola Mercedes foi muito tocante e suas palavras motivaram a colega de uma forma que ninguém mais tinha conseguido. Por isso o desabafo de Mercedes ao final foi tão especial....e Sue saiu por cima mais uma vez.

Já o drama da falta de espaço e do reencontro de Will com April foi um show à parte. Embora o motivo principal da busca do professor por um lugar para o New Direction tenha sido basicamente criar uma oportunidade para Kristin Chenoweth dar o seu show (e que show!!), a história foi conduzida de forma tão brilhante que tudo pareceu perfeitamente crível e adequado ao que acontecia no restante do episódio.

Personagens de carne e osso, dramas plausíveis, história bem escrita...tudo bem diferente dos dois episódios anteriores. As músicas até podem não terem sido as mais bombásticas, mas o episódio foi irretocável.

E alguém percebeu que Rachel não teve nem um único solo para contar história? Normalmente eu reclamaria (a voz dela é fantástica), mas a verdade é que o episódio foi tão redondinho que sinceramente Rachel e seus dramas não se encaixariam. Ela estava muito bem ali, agarradinha com Jesse no plano de fundo. Só sinto por ser o terceiro episódio com Jonathan Groff e só tê-lo ouvido cantar lá na sua primeira aparição.

3 comentários:

naomi disse...

oh, god, tou tão atrasada com glee... *culpa*

e esse parece ter sido um ep tão legal!

kamila disse...

nossa, vc falou exatamente oq eu penso, o episodio foi humano acima d tudo..
mostrar q o will sofreu e sofre com a separação foi otimo, a Britany com uma fla foi hilaria cmo sempre..
o Finn mt egoista, oq era akilo? tudo bem q o ultimo q ele viu com sua mae foi o jardineiro, mas fazia tempo..
e o kurt tava delicioso..

Thais Afonso disse...

Gostei muito desse episódio. A única outra review que li reclamou que foi mais um episódio que mostra a esquizofrenia da série, mas, longe de eu ser uma dessas pessoas condescendentes com Glee, acho que tem gente que realmente espera mais do que a série jamais será capaz de entregar. E no sentido de entregar storylines consistentes para todos os personagens, acho que nunca vai acontecer. E acho bobagem, porque não vejo tantos problemas com o narrativa do tipo "tudo isso aconteceu, mas você não viu". E Beautiful, que é uma das minhas músicas preferidas há anos, corou um episódio que não foi perfeito (ainda prefiro Wheels, Mattress ou até mesmo The Rhodes not Taken), mas foi quase.

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