quarta-feira, 13 de julho de 2011

Falling Skies - Grace (1x04) e Silent Kill (1x05)

Falling Skies: Grace (1x04) e Silent Kill (1x05)


Chegamos à metade da temporada e a série continua do mesmo jeito que começou, ou seja, sem empolgar. Não é horrível, mas sequer é boa. Na verdade acho que este é o maior problema, não desperta grandes emoções. Você não sente aquela ânsia de debates acalorados criticando e tampouco se importa o suficiente para elogiar. A esta altura, surpreendo-me por ter sido renovada, mas não fico surpresa do povo – eu inclusa – continuar assistindo. É quase como ir para o trabalho todos os dias: você se acostuma e está sempre lá, mas não quer dizer que necessariamente goste.

O quarto episódio, Grace, foi, talvez, o mais interessante da série até agora. Não a missão, porque essas missões são sempre iguais e não me atraem nem um pouco, mas a interação com o skitter. Não há sombra de dúvidas de que os alienígenas despertam a minha simpatia muito mais do que o grupo humano. Isso não quer dizer que eles são excelentes personagens, porque até agora também não mostraram a quê vieram, mas como não sei nada deles, posso me dar ao luxo de simpatizar com os olhares de coitados que eles dão toda vez que aparecem.

O clímax foi o momento que Ricky se reconecta ao arreio e tenta ajudar o skitter a fugir e é impedido pelo pai. A cena de Mike arrancando o arreio do filho sem qualquer tipo de aviso me deixou chocada, porque eu estava certa que o garoto tinha morrido. Vê-lo são e salvo no episódio cinco foi até sem graça.

Para a tristeza geral o quinto episódio, Silent Kill, foi ainda mais morno que o anterior. Já no início da série eu disse que essa história de cena bonitinha no final de cada episódio não era uma coisa bem vinda, pois não nos deixava ansiosos para a continuação. E ao meu comentário alguém complementou que Falling Skies tinha ares de ser um procedural: objetivo é apresentado, um grupo sai em missão, Tom e Hal têm alguma conversa que termina em alguma lição de vida, cena feliz no acampamento ao final. E infelizmente as projeções se confirmaram. Não há novidades nesta série, nada escapa ao engessamento do roteiro.

Eu quase torcia para que Ben não fosse resgatado, ou que se mostrasse a favor dos inimigos, mas não, Hal conseguiu buscar o irmão e tudo deu certo na cirurgia de libertação. Aparentemente mais certo do que na de Ricky, já que Ben acordou e já reconheceu o pai.

O que eu achei legal foi ver os skitters cuidando de seus pimpolhos humanos (se descontarmos é claro, o fato deles mataram o restante do grupo quando um é resgatado). Mas a babá-alienígena não ter percebido que Hal não estava conectado na rede foi imperdoável. Que conexão mais mequetrefe! Mesmo assim, a cena me fez perguntar mais uma vez o que realmente querem esses invasores em nosso planeta. Eu espero que tenha algum plano bem elaborado por trás de tudo para que algum dia eu sinta que cada hora que eu gastei por semana com a série valeu a pena.

Quanto ao skitter prisioneiro, fiquei penalizada pela execução do coitado. Acho que esta foi a primeira atitude da Anne com a qual eu não concordei (embora tenha sido a responsável por Hal ter se salvado e junto com ele mais cinco crianças) e que me incomodou. Além do que, confesso, não gostei da historinha triste dela. Por algum motivo eu gostava dessa leveza da personagem, uma aceitação de que o passado já se foi, que as pessoas que perdeu não voltarão mais e que tinha que fazer o melhor pelo presente e o futuro. Embora a explosão – tanto matando o skitter quanto na parede com as fotografias – seja compreensível, maculou um pouco a personagem para mim. O que eu mais gostava na Anne era o seu jeito plácido, compenetrado e racional. Ela era a voz da razão naquele acampamento. Não exatamente com palavras, mas com seus sorrisos e sua atitude tranqüila. A personagem perdeu um pouco a graça (e a função principal) nesse episódio.

Outra que começou com todo um potencial e que tem me irritado profundamente é Margareth. Acho que não engoli até agora a forma como se comporta, como fala de Pope e seu grupo – principalmente porque inicialmente ela parecia bem a vontade com eles – e principalmente esta amargura da garota. A personagem não está funcionando.

Quem tem melhorado consideravelmente é Hal. Eu tinha milhares de pés atrás com ele nos primeiros episódios, mas até que o garoto tem se desenvolvido bem, amadurecendo e mostrando consistência de personalidade. Toda a missão do último episódio, com ele fingindo estar conectado aos arreios foi absurda, mas mesmo assim acho que foi uma das missões mais empolgantes até agora.

O final do episódio foi o de praxe. Tudo está bem quando acaba bem. Pelo menos é o que dizem. Eu, particularmente, quero ver um pouco mais de situações inesperadas prendendo-me à série. Ninguém merece ter que assistir um chá de bebê com uma figurante aleatória, com discurso meloso e insignificante. Eu quero ação, eu quero desenvolvimento real de personagens para que eu possa me importar com eles, eu quero saber o que são os skitters, quais os seus planos e por que escolheram a nossa Terrinha amada. Mas principalmente, eu quero que a série deixe de ser um procedural capenga e vire uma série alienígena pós-apocalíptica de qualidade. Ainda restam cinco episódios. Não custa sonhar, não é?

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