sexta-feira, 15 de julho de 2011

True Blood: If You Love Me, Why Am I Dyin'? (4x04)

True Blood: If You Love Me, Why Am I Dyin'? (4x03)


Com três episódios exibidos, já deu para perceber que esta temporada de True Blood será cheia de altos e baixos. Depois de um segundo episódio bem  mais interessante do que a premiere, If You Love Me, Why am I Dyin' veio para mostrar que não teremos uma consistência na qualidade. E o que é pior, esse foi o episódio escrito por Alan Ball. É de se preocupar.
Mas entre bruxas, panteras e vampiros desmemoriados, o episódio nos apresentou algumas histórias bem interessantes... e outras que deram vontade de enforcar alguém.

O que funcionou (pelo menos para mim):

Sookie. Eu nunca gostei da Sookie de True Blood. São 'n' motivos para eu não gostar dela, mas o principal é a sua atitude passiva e submissa que sempre me fizeram pensar que o Alan Ball deve ser misógino. Porém a personagem está muito melhor nesta temporada. Não é a Sookie dos livros (infelizmente), mas pelo menos é uma personagem muito mais interessante e forte do que antes. Acho que todas as cenas com ela neste episódio eu gostei.

A forma como tem lidado com a situação do Eric condiz muito com a personagem. Até agora eles nunca foram exatamente amigos, mas ela não é o tipo de pessoa a deixar alguém precisando de ajuda desamparado, por isso nada mais normal do que acolhe-lo em sua casa (que, afinal, é dele mesmo). E em teoria ninguém pensaria em procurá-lo com Sookie, já que ninguém sabe do envolvimento da garota com o dono do Fangtasia. Bom, Tara e Sam sabem, mas qualquer um dos dois preferiria morrer à colocar a amiga em perigo.

Também consistente foi o pedido de ajuda que Sookie fez a Alcide. Para o lobisomem um ano e meio pode ter passado, mas para ela faz poucos dias que se despediram, então o vínculo ainda está bem forte e, diante do histórico de Alcide com Eric, faria sentido que ele acolhesse o vampiro. O que ela não esperava era reencontrar Debbie. E se pensarmos que para  Sookie tão pouco tempo passou, a reação da garota ao ver Debbie até que foi bem controlada. 

Acho legal tentarem reabilitar Debbie. Toda a história da personagem difere bastante de sua história nos livros de Charlaine Harris, então eu realmente não tenho a menor ideia do que irá acontecer daqui para frente. Se dependesse de mim, a mudança seria real e ela e ficaria feliz e tranquila com Alcide. Mas como não depende de mim, tenho a leve sensação de que as coisas não serão tão felizes quanto eu gostaria.

Uma coisa fantástica no episódio foi Pam. Aliás, Pam tem brilhado em cada cena que aparece. Eu a adoro. Muito bom vê-la tentando defender Eric e apanhando por fazer o que ele em seu estado normal esperaria dela. O estranho foi ver Sookie cobrando para hospedar o vampiro. Não acho que faça o estilo dela. Nos livros ela recebe, mas é porque Jason negociou com os vampiros e não porque ela tenha pedido.

E já que estou falando dos vampiros (que por enquanto é o único núcleo que realmente me atrai na nova temporada), adorei a cena de Bill com Portia Bellefleur. A forma como ela comunica que quer levá-lo para a a cama foi hilária. As expressões faciais dele também me obrigaram a rir. Acho bom mostrarem-no com outras pessoas, tendo uma vida além de Sookie.

Eu gosto mais desse novo Bill. Não é que ele seja mal, ele apenas não é mais aquele vampiro deprimido e choroso das três primeiras temporadas, embora ainda guarde um pouco do ranço do velho Bill em algumas atitudes e diálogos (porque no fundo, no fundo, ele é mesmo aquele cara sem graça que conhecemos até agora).

Outra cena legal com ele foi quando Jessica foi procurá-lo. Acho que matar o coitado do vampiro por ter sido filmado em um embuste é um pouco demais, mas valeu por ver a preocupação de Bill com Jessie e o medo de que ela tivesse se deixado filmar mordendo o rapaz no Fangtasia.

O conselho que ele deu para sua cria também foi bom. Uma pena que Hoyt não tenha aceitado a explicação da namorada. Não quero comparar com o livro (mesmo porque Jessica não existe nos livros), mas há um paralelo que a cena me forçou a lembrar. Nos livros, Bill fala para Sookie que embora esteja com ela, ele continuaria a beber de outras pessoas, mas procuraria não beber de pessoas que ela possa conhecer ou encontrar. Ela não gosta muito, é claro, mas é como ele disse, não dá para sugar tanto da namorada, caso contrário ela enfraquecerá, e é injusto fazê-lo beber apenas sangue sintético, porque embora alimente, não transmite o prazer que a sua comida preferida o faz.

A situação de Jessica e Hoyt é basicamente a mesma. Acho que ela e Hoyt precisam conversar. Jessica não é humana e por mais que tentem viver a vida de um casal normal, o fato dela ser uma vampira sempre estará presente. Ela é uma predadora, isso é fato. Sangue é sua vida e ela pode até amar Hoyt, mas as pessoas enjoam até mesmo da sua comida predileta se nunca mudarem o cardápio. Essas pequenas discussões entre os dois me preocupam. Torço para que se ajustem logo à peculiaridade do relacionamento entre eles.

O que não funcionou no episódio:

Essas bruxas me cansam. Eu entendo a importância delas na trama, mas não consigo engolir a forma como as coisas estão se desenvolvendo. Às bruxas do coven falta carisma (e eu não falo aqui de serem bonitinhas e queridinhas, mas sim de empatia com o público, ou no meu caso específico, empatia comigo). Até mesmo Laffayette tem perdido o seu mojo neste núcleo bruxo. Foi tolice da parte dele ir sozinho ao Fangtasia, mas valeu a pena pela cena com a Pam. A atitude da vampira nunca decepciona.

Quanto à Marnie e o feitiço, não tenho plena certeza se entendi o que aconteceu. Não foi ela quem selou a memória de Eric, certo? Então quem foi? Parecia o espírito de alguém, provavelmente da moça morena de cabelos ondulados que apareceu no canto da tela. Mas quem é (ou foi) ela?

Um núcleo cansativo é o de Sam e o irmão.  Gostei muitíssimo das cenas de Sam com Sookie e Tara, mas é só ele começar a interagir com aquele irmão chato que tudo degringola. Não sei porque foram inventar esta família para o Merlotte. Tudo ia muito bem sem o guri aparecer para estragar a história de Sam. Só me pergunto o que irá sair desta interação de Tommy com Maxine Fortenberry.

Já de Andy nem me preocupo em falar. Pior destruição de personagem que eu já vi. Totalmente desnecessário (e injusto) esse vício em V.

Por fim, o que estão fazendo com Jason? Ele acabará por virar uma pantera? E se virar, como lidará com a situação? De quem obterá ajuda para se ambientar à nova natureza? Porque não posso crer que ele permaneça junto ao povo de Hotshot depois do que fizeram com ele. E sinceramente, que gente maluca! Esta história de Ghost Father e Ghost Mother e de acharem que transformando Jason as mulheres voltarão a ficar férteis e terem bebês-panteras saudáveis é muita insanidade.

Fico com pena de Jason ser jogado neste mundo sobrenatural justo agora que parecia ter encontrado um rumo na vida. Mas nem assim consigo gostar desse núcleo de Hotshot. Muito bizarro. Pergunto-me como Jason pode ter se apaixonado por Crystal algum dia...

E o episódio finalizou com uma cena de virar a cabeça de qualquer um. Eric sugando Claudine até a morte. Por essa eu não esperava. E a cara que ele faz quando olha para Sookie...impagável. E eu, que depositava tanta esperança na fada-madrinha da Sookie...

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Algumas observações:

O livro que Sookie está lendo na cozinha é de Charlaine Harris, autora da série de livros que deu origem à True Blood. Pelo que pude perceber do pouco que apareceu da capa, o livro é Grave Secret, o quarto e último da série Harper Connelly.
Inclusive, isso é algo que achei muito legal. Nos livros Sookie está sempre lendo ou comentando algum livro. Ela simplesmente adora ler. Acho legal lembrarem disso na série, e nada melhor do que homenagear a autora que criou Sookie Stackhouse, não?

Alguém me explica qual a lógica de fazer um abrigo dentro do armário, se ao abrir o bendito já dá para ver a escada de acesso? Deveriam pelo menos ter colocado uma porta no chão para dificultar a entrada de estranhos. Foi o próprio Eric quem mandou construir o abrigo, não faz sentido ele deixá-lo tão visível a qualquer um que abra o armário. Nos livros é um simples alçapão, mas toda manhã Sookie coloca coisas em cima para que aparente um simples armário caso alguém abra. Faz muito mais sentido.

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