quinta-feira, 23 de junho de 2011

Falling Skies - Live and Dream e The Armory

Série: Falling Skies
Episódio: Live and Dream (1x01) e The Armory (1x02)
Data de Exibição nos EUA: 19/06/2011


Depois de mais de um ano de espera, Falling Skies finalmente estreou. E embora tenha sido um bom começo, não foi tão fantástico quanto se esperava. Pelo menos, não quanto eu esperava.

Sou fã de alienígenas, adoro tudo quanto é coisa onde a Terra é invadida ou quando vamos ao espaço conquistarmos nosso lugar no Universo, mas tento ver cada obra como uma coisa singular. É claro que comparações são inevitáveis, mas minha idéia é assistir Falling Skies com a mente aberta e o coração pronto para receber o que me é dado e não criticar pelo simples prazer de criticar.

Durante essa semana o Teleséries fez uma cobertura bem interessante do seriado. A história – tanto da série quanto da produção que a envolveu – os personagens e mesmo o cenário tão característico e significativo.  Por isso não ficarei me alongando nesses detalhes. Sinceramente vale mais gastar um minutinho e ler as matérias que estão muito boas.

Dito isso, falemos desses dois episódios de estréia. A Terra foi invadida e não foi bonito. Nós estamos perdendo massivamente e os que restaram são poucos. Mas como sabemos, cenários apocalípticos são perfeitos para unir a humanidade, então os sobreviventes armam uma resistência decidida não apenas a sobreviver, mas a aniquilar o inimigo.

As referências à revolução dos Estados Unidos contra a Grã-Bretanha estão escancaradas em inúmeras cenas, mas em especial na pele do protagonista, Tom Mason, um professor de história alçado a 2º em Comando nas tropas da Resistência da 2ª Massachussets. História não é o meu forte, mas se de fato os professores souberam tanto de estratégia de guerra por estudar as milhares que ocorreram na evolução da humanidade, acho que todo militar e governante deveria ter um diploma na matéria.

A história em si é bem simples. Os poucos humanos que sobreviveram naquela região se dividem em grupos de 300 (200 civis, 100 combatentes) para não despertarem a atenção dos sensores inimigos. E é o 2º batalhão que iremos seguir.

Se fosse só lutar, não teria problemas. O grande incômodo é a falta de alimentos disponíveis – a maioria dos mercados já foi saqueado e obviamente não tem mais pessoas produzindo – e armamento. Outro caso importante são os familiares capturados pelos alienígenas. Quando você sabe que um querido seu morreu, você chora, sofre, deprimi-se até, mas chega um momento que a tristeza arrefece e você continua com sua vida, pois sabe que não tem mais jeito. Se há uma coisa definitiva nesta vida é a morte. Mas como lidar com o desaparecimento puro e simples? Com a incerteza? Como seguir sem saber se a pessoa que você ama está viva ou morta? Talvez capturada, sofrendo, esperando e acreditando que você irá salvá-la? E é exatamente com esse tipo de sentimentos que os humanos sobreviventes precisam lidar.

Tom e seus dois filhos remanescentes – a esposa saiu para buscar comida e nunca mais voltou, o filho do meio também está desaparecido – têm se preocupado basicamente em sobreviver, até que Hal, o mais velho, avista o irmão que foi capturado pelos skitters (os alienígenas). Qual pai sossegaria enquanto não trouxesse o filho de volta, nem que para isso precisasse morrer tentando?

Esses foram os contornos básicos dos episódios iniciais. A organização da 2ª Massachussets, a busca por comida e armas, a decisão de libertar Ben e, é claro, pois não pode faltar, a altercação com um grupo de bandidos humanos que quase fazem mais estragos do que os próprios alienígenas, mas que ao final acrescentam dois novos personagens ao grupo revolucionário.

O draminha amoroso de Hal com a namorada e a assistente da médica não chegou a empolgar. Mas não dá para negar que onde há jovens envolvidos, há drama amoroso, então não vou reclamar. Só espero que desenvolvam suas histórias a contento.
Melhor foi a amizade (que talvez evolua para algo mais, talvez não) de Tom com Anne, a médica. A mulher tem personalidade, atitude e consegue ser simpática aos olhos do público. O estranho é vê-la como médica e Noah Wyle no papel de um professor de história. Depois de milhares de anos de ER, confesso que olhava para ele em tela e só conseguia pensar ‘precisam de um médico? Chamem o Carter que ele resolve!’. Mas não estou desmerecendo o ator não, muito pelo contrário. Carter está muito vivo em minha memória, mas Wyle desempenhou seu papel de professor-soldado muito bem. Verdade seja dita, bem melhor do que eu esperava quando vi que ele foi escalado para o papel. Não duvido que em poucos episódios eu já olharei para ele como professor e não mais como Carter.

E para finalizar preciso comentar quatro coisas:

1) Adorei rever Colin Cunningham. Eu gosto muito do ator e já estava cansada de vê-lo apenas em participações especiais. Mas é meio estranho ver o seu personagem matando pessoas da 2ª Mass e logo em seguida conversando com eles como se nada tivesse acontecido. A guerra é uma coisa louca mesmo.

2) Quando falam em Sarah Sanguin Carter (a Maggie) o povo deve lembrar de Shark e algumas outras participações especiais que fez aqui e ali, mas eu confesso que lembro da moça em Smallville, como Alicia, a garota que casou com Clark enquanto ele estava sob o domínio da kryptonita vermelha. É inevitável lembrar-me desse papel, pois eu gostava muito de Alicia com Clark. Mas gostei do seu papel em Falling Skies. Não sei qual será o desenvolvimento de sua personagem, mas ela tem muito mais presença em tela que a loura e morena disputando o coração de Hal.

3) Os finais felizes. Desculpem, mas depois de toda a tensão que vai se avolumando durante o episódio, encerrarem com cenas felizes e agradáveis é um banho de água fria. Desnecessário essa quebra do clima. É claro que precisamos de esperança para continuar prosseguindo, mas se isso se tornar um hábito (02 episódios seguidos em 10 já é muita coisa) não será uma coisa legal.

4) Se conseguirem resgatar Ben, será que darão um jeito de arrancarem aquele negócio de seu corpo? Ainda não decidi se quero que o garoto viva ou não.

Bom, dois episódios já se foram, restam oito. Vamos ver o que os revolucionários tem preparado para nós.

4 comentários:

Simone Miletic disse...

Um adendo só sobre o professor (eu ainda vou fazer meu texto sobre a série): ele não é só professor de história, mas professor de história militar, ele fala isso, mas na legenda o povo reduziu, dá uma olhada. Nas faculdades de lá as matérias são divididas em montes de "sub-matérias", tão específicas quanto possível, por isso não me incomodei com ele sabendo tanto sobre conflitos passados.

Rhadzony Storch Júnior disse...

Realmente a serie nao foi tão fantastica, mas eu reconheço que foi tremenda, seguindo a mesma linha do filme Ataque de Los Angeles, so que com um toque de Steven Spielberg, acho que a serie atingiu mais da media esperada. Embora os efeitos nao sejam perfeitos, a história é excelente, eu mesmo gostaria de ver o final da mesma. por falar nisso, tem alguma informaçao se foi baseado em um livro ou algo assim? eu sei que Game of Thrones foi, e ja li os livros, agora queria saber sobre FS se tem. Seria interessante se tivesse.

!3runo disse...

Não sei por que acho que REVOLUTION tem enredo similar e (tenho esperança) saberá desenvolver melhor a trama. Eu só aguentei os 3 primeiros eps de FS e desisti. Soube que na 2a temporada melhorou, mas com o cancelamento de TerraNova fiquei com desânimo de assistir FS.

Mica disse...

Em Terra Nova eu não embarquei, mas Falling Skies eu assisti a toda a 1ª temporada. A 2ª estou baixando, está no ep. 3, mas ainda não vi nenhum.

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