sábado, 18 de junho de 2011

Reassistindo The Lost Room




Em junho de 2008 estreava no brasil The Lost Room, uma minisserie de suspense, aventura e ficção, inteligente e deliciosa de assistir. Protagonizada por Peter Krauze, a minisserie me marcou tão profundamente que resolvi reassisti-la nesta última semana com amigos que ainda não a conheciam. E se eu a adorei em 2008, continuei adorando-a da mesma forma agora em 2011.
Uma coisa que achei legal é que a parceira do personagem de Peter Krause é interpretada por Julianna Margulies, que atualmente protagoniza a série The Good Wife (impecável!), cuja personagem mantém uma relação quase romântica com o personagem de Josh Charles, que  foi protagonista juntamente com Peter Krause da excelente série Sports Night. Estão todos em casa.
Na época que a minisserie passou no Brasil eu escrevi resenha para o Teleséries, mas acho que vale a pena recolocar aqui a bendita. Quem já viu, nunca é tarde para rever, e se você ainda não conhece a série...não sabe o que está perdendo.
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O Quarto Oculto – Da Chave ao Hóspede

Algumas séries você sabe que irá gostar mesmo antes de assistir. Quando ouvi a premissa de O Quarto Oculto (The Lost Room) eu tinha a certeza de que me encantaria com ela. E talvez tenha sido ainda melhor por se tratar de uma minissérie. Tudo o que nos era mostrado tinha um objetivo, nada era ao acaso. E mesmo assim, a quantidade de coisas que acontece a cada episódio é fenomenal.
Outra coisa que diferencia O Quarto Oculto, é que ela explica absolutamente nada. Ao longo dos seus seis episódios a série nos informa o necessário para entenderrnos o que está acontecendo, mas tão cegos como no princípio.
O Evento:
O fato mais importante da série é o evento que desencadeou tudo. Precisamente em 4 de Maio de 1961, às 13h20m44s o quarto nº 10 do Motel Sunshine, em Gallup, New Mexico, deixou de existir no nosso plano de existência. Ao mesmo tempo em que o quarto foi apagado da nossa realidade e seu ocupante proscrito da memória de todos, os objetos que ele continha passaram a ter algum tipo de poder metafísico.
O Quarto e os Objetos:
Apesar de estar fora da nossa realidade, o quarto pode ser acessado através da Chave, um dos objetos mais importantes. Não importa em qual fechadura ela seja colocada, a chave sempre abre a porta para o quarto nº 10. Os objetos são os mais variados e comuns, como pentes, relógios, óculos, passes de ônibus, mas todos têm algum poder metafísico, como parar o tempo, impedir a combustão, deslocar alguém para outro lugar, entre outros. O interessante é que dentro do Quarto, os Objetos são apenas objetos comuns, e, portanto, apenas lá dentro é que podem ser destruídos.
O Hóspede:
Para muitos um mito, o Hóspede mostra-se uma pessoa bem real, que teve sua vida apagada ao ser transformado em um dos Objetos do Quarto. Todos os objetos atraem-se entre si, mas por ser um objeto humano o Hóspede sente a dor dessa proximidade, o que o leva a fazer uma barreira para tentar afastá-los. Como todos os outros objetos, o Hóspede não pode ser destruído, ou mesmo envelhecer, a menos que esteja dentro do quarto.
A História:
Resumidamente, Joe Miller é um detetive de homicídios que acabou na posse da Chave ao presenciar a morte de um delinqüente conhecido seu em sua casa. Logo descobre que há dois grupos atrás dos objetos: a Ordem e a Legião, além dos freelancers. E é um desses freelancers que rapta Anna, a filha de Joe, para trocá-la pela Chave. Durante a tentativa de fuga, Anna acaba dentro do Quarto, que é reiniciado com a garota ainda dentro. Ao abrir novamente a porta, Joe descobre que a filha desapareceu e começa sua jornada em busca da menina.
Ao contrário da Ordem, que acredita que os objetos são pedaços de Deus e quem os possuir terá os poderes da divindade, ou da Legião, que quer os objetos para destruí-los, Joe não se importa com os objetos, mas decide que precisa deles para encontrar a filha. Para isso, usa alternadamente a Ordem, a Legião (mais especificamente Jennifer Bloom, com quem acaba se envolvendo romanticamente) ou mesmo os freelancers. Por necessidades se associa ora com Weasel – o responsável pelo rapto de Anna – ora com Wally, um lunático possuidor de um ticket de ônibus que transporta as pessoas para Gallup e que acaba se tornando amigo de Joe, ou ainda Kreutzfeld, um milionário antigo membro da Legião e que se tornou Colecionador dos Objetos.
É Joe quem descobre a existência do Hóspede e o leva de volta para o Quarto nº 10. O Hóspede enfim lhe diz que para Joe recuperar Anna, ele precisa matá-lo e tornar-se o novo Objeto, já que há um equilíbrio e para cada objeto destruído um novo é criado. Apenas como um Objeto Joe será capaz de reencontrar a filha que está perdida entre um dos quartos da realidade alternativa.
Joe aceita a condição do Hóspede e consegue assim recuperar Anna. Ao finalmente ter a filha novamente consigo, Joe abre o Quarto e deixa a chave dentro, reiniciando-o.
É difícil descrever O Quarto Oculto em poucas palavras. Muita coisa acontece em pouquíssimo tempo. Joe se envolve com vários tipos de objetos e pessoa a cada novo episódio. Amigos se tornam inimigos e vice-versa. Quando aprendo a odiar alguém acontece algo que me faz gostar da pessoa novamente. E a cada episódio ficamos pensando no que virá a seguir.
Dois momentos em especial me deixaram bastante agoniada: quando Joe e o Weasel ficaram presos na mansão de Kreutzfeld e Joe lutava contra o tempo enquanto criava uma fechadura onde pudesse usar a Chave; e no final do penúltimo episódio, quando Kreutzfeld o prende dentro do cofre dos Colecionadores após roubar a Chave.
Mas este foi um dos programas que mais me empolgou na TV nos últimos tempos. Cada episódio nos trazia uma possibilidade imensa de decisões diferente e rumos distintos. Em momento algum eu soube como realmente iria acabar. E até agora não sei do destino de Joe.
Ele se tornou um Objeto? Se a resposta for positiva, ele não irá envelhecer ou morrer, como o Hóspede? Se ele é um Objeto, qual o seu poder? Sofrerá da lei da atração assim como os outros?
Ainda não decidi se gostei ou não do final de O Quarto Oculto. O que eu sei é que valeu a pena cada minuto do meu tempo, e não é todo dia que encontramos algo assim na TV.

9 comentários:

Anônimo disse...

FALTO UM FINAL...... OU MELHOR DEVERIA TER UM SEGUNDA TEMPORADA

Unknown disse...

NÃO TERÁ UMA SEGUNDA TEMPORADA?

Anônimo disse...

Obrigado por ter feito essa resenha.

Fabí disse...

Onde encontro THE LOST ROOM para fazer download.

Anônimo disse...

Gostei da resenha, você escreve muito bem. Também gostei muito da minisérie. Joe se tornou um objeto, pois somente dessa forma ele continuaria no quarto quando a Jennifer reabrisse a porta. Ele não envelhecerá. Ele também sofrerá com a atração dos objetos. Tudo isso pode ser deduzido do que foi mostrado ou dito no filme. O único item que o filme não revela é o poder dele.

Anônimo disse...

oi, gostaria de ver a serie. mas nao acho um site que eu possa baixar ou assistir online.se algum tiver uma indicaçao, por favor me avisem.

Mica disse...

Não tenho certeza, mas acho que tem The Lost Room no piratebay, não?

Francisco disse...

Tem no Netflix

Anderson Pontes disse...

A minissérie realmente é fantástica em sua concepção, entretanto ficou devendo uma explicação sobre o que chamou de "evento". Poderia ser um quarto episódio ou até uma nossa minissérie.

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