Sinopse: Depois da morte de Regis Hastur, a Federação da Terra abandonou Darkover e está em meio a uma guerra civil interestelar. Enquanto Lew Alton luta com as sombras do seu passado, os poderes psíquicos de sua filha Marguerida a alertam de um perigo iminente. Mas perigo para quem? Enquanto isso, Domenic, filho de Marguerida, procura seu lugar em um mundo de lealdades duvidosas, dividido entre o amor por duas mulheres bem diferentes, se esforça para chegar à termo com o seu destino como herdeiro de Hastur. Mas enquanto os governantes de Darkover pensam apenas nos seus problemas políticos, uma ameaça muito maior assola o planeta. Apenas um Terráqueo proscrito, fugindo de um passado que ele não consegue lembrar, pode ter a chave da sobrevivência de Darkover.
Livro: The Alton Gift
Série: Darkover
Autora(s): Marion Zimmer Bradley e Deborah J. Ross
Editora: Daw Books
Nº de Páginas: 528
O que dizer de alguém que descobre, depois de ter lido mais de 100 páginas, que já leu o livro há menos de 3 anos?
Pois é, nem faço maiores comentários...dá vontade de sumir. Mas como já tinha lido tudo isso e não lembrava direito da coisa toda, fui até o final novamente. Não me arrependo...quem sabe assim eu vá lembrar da história por mais tempo. Além do mais, eu já li vários livros da série Darkover mais de uma, ou duas ou três vezes.
The Alton Gift havia sido o último livro da série Darkover que eu tinha lido (agora comprei The Hastur Lord) e ele é escrito por Deborah J. Ross, usando as ideias e discussões que ela teve com MZB enquanto a criadora do universo Darkover ainda era viva. Mas como faz bastante tempo desde que li um dos livros da série escritos pela própria Marion, não posso realmente comparar.
Eu lembro que a Clingfire Trilogy, também escrita por Deborah J. Ross (e que fala sobre a época de transição entre a era dos 100 Reinos e a era atual...ou a Era do Caos e a Era dos 100 Reinos, não lembro bem) eu não gostei muito. Deborah escreve bem, mas ela se atem a alguns detalhes que são cansativos. Mas gostei de The Alton Gift, mais do que eu imaginava que gostaria.
Eu fico um pouco cansada com toda a discussão moral e o subaproveitamento do laran (por isso sou apaixonada pela Era do Caos), mas no geral eu simpatizei com os personagens do livro. Todos eles já tinham sido escritos previamente por Marion, mas continuei gostando da família de Lew Alton pelas mãos (e visão) de Deborah.
Quem mais me irritou foi Alanna e seu temperamento infantil e mimado. O pior é que não fazem um bom uso dos problemas da garota. Ela é imatura, tudo bem, mas pelo que eu compreendi ela tem um laran bem pouco usal, podendo enxergar diversas linhas temporais, passadas e futuras. Talvez seja algo parecido com o laran de Allart, de A Rainha da Tempestade (meu livro preferido da série), não tenho bem certeza. Seja como for, fizeram pouco uso do laran da garota, ele foi completamente inútil para a trama e poderia muito bem não existir.
Outra coisa inútil foi a batalha de Marguerida no Oveworld (qual a melhor tradução para isso?). Ashara é coisa do passado, já havia sido vencida. Para que trazê-la de volta apenas para aquela cena? Foi desnecessária e chata. Várias páginas que poderiam ser suprimidas e não fariam a menor falta. Não influenciaram em nada à história principal e para todo o restante dos personagens, ela sequer existiu. Foi pura encheção de linguiça.
Porém gostei de como usaram Jeram, o terráqueo que adotou Darkover como seu mundo, desenvolveu o laran e ainda foi o responsável pela salvação da população Darkovana. Tive um pouco de medo quando ele encontrou Francisco Ridenow, mas no final mantiveram a consistência do personagem e isso não tem preço.
Analisando friamente, foi um livro bem escrito, com histórias bem amarradas, personagens carismáticos e que não feririam tudo o que Marion havia criado e estabelecido previamente. Valeu a releitura e me deixou com ainda mais vontade de recomeçar com os livros (e antologias) de Darkover do zero.
Também queria muito comprar os livros que faltam para a minha coleção (inclusive o que as malditas traças comeram). Bem que a editora responsável no Brasil poderia voltar a lança-los em português. Eu leio em inglês sem problemas, mas é muito mais tranquilo e satisfatório (sem falar do tempo bem menor que eu gasto) quando tenho a oportunidade de ler em português. Só não pode custar o absurdo que alguns livros de Darkover custavam em certas livrarias onde eu encontrei...R$ 70,00 é demais para um livro de uma coleção que tem inúmeros títulos para comprar.
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