domingo, 4 de outubro de 2009

Dollhouse 2x01 - Vows


Dollhouse – Vows (2x01)
Data de Exibição: 25/09/2009
Eu não tinha planos de escrever review de Dollhouse aqui no blog, mas me comprometi a escrever para o Guia_de_Seriados e, já que o texto será feito mesmo, nada mais justo do que postá-lo aqui.
Pra começar, um episódio logo depois do outro, porque escrevi a toque de caixa.
*****

Depois de uma primeira temporada cheia de altos e baixos e com um final absurdamente fantástico (e nem estou falando de Epitaph One, que foi ainda mais extraordinário), Dollhouse retornou às nossas vidas. E para minha extrema alegria, voltou melhor. Contra todo o bom senso eu consegui gostar da série apesar dos problemas óbvios e que todos já estão carecas de saber, então não tinha muitas dúvidas de que iria gostar da estréia da segunda temporada. Mas nem todos tinham a mesma confiança (ou seria melhor dizer, mesma esperança?) que eu.

Epitaph One, o episódio que nunca foi ao ar, revolucionou a história da série. Explicou algumas coisas, nos fez olhar para o futuro e entendermos o que estamos assistindo agora, e mais importante, fez com que ansiássemos por esses acontecimentos apocalípticos. Ao mesmo tempo nos deixou bem mais exigentes. Ninguém, e aqui incluo a mim mesma, aceitaria o velho esquema de ‘trabalho da semana’. Mas também não teriam como pular às cegas para o futuro, sem nos mostrar como a destruição da humanidade aconteceu.

Assim, Vows chegou às nossas televisões (ou mais precisamente aos nossos computadores) precisando preencher expectativas imensas e, sinceramente, eu gostei do que vi. O episódio aparentemente ignora Epitaph One, mas nós sabemos que não é bem assim. Ninguém mais consegue olhar para a Dollhouse da mesma maneira. Cada atitude que um personagem toma nos faz lembrar como será o futuro. Olhamos para a Dra. Saunders conversando com Boyd e não conseguimos esquecer a importância que um terá para o outro, olhamos para Topher e lembramos o seu colapso mental, olhamos para Echo e lembramos que Ballard será o seu handler. Mesmo assim, o que temos diante de nós é um episódio que se passa pouco tempo depois da confusão com Alpha. E se Epitaph One mudou tudo para nós, a presença de Alpha mudou tudo para os personagens de Dollhouse.

Echo continua sendo o ativo número um da Dollhouse, mas ela definitivamente não é mais a mesma. Embora todas as 39 personalidades impressas por Alpha tenham sido deletadas de sua mente, descobrimos que as coisas não são bem assim. Ela não apenas tem um surto no meio de um trabalho, como no final conscientemente une forças ao agente Ballard e admite ter lembrança de cada personalidade dentro dela. O curioso é que apesar de tudo, Echo continua sendo Echo, e não Caroline. Não que eu me importe...acho Caroline a mais chata de todas as personalidades da garota, mesmo sendo a original.

Entretanto essa premiere pecou em um ponto: manter o caso/impressão da semana. E aqui eu abro um parêntese, porque eu, confesso, gostei do caso desse episódio. Achei delicioso ver Echo casada com o bandido. Adorei as cenas dos dois juntos. Foi muito bom rever Jamie Bamber (e com o seu sotaque original!!) e no fundo eu estava torcendo por ele o tempo todo, porque eu gostei bem mais de vê-lo em tela com Eliza, do que Tahmon como o chato do Ballard. Porque venhamos e convenhamos, o ponto baixo do episódio sempre é Echo/Caroline e Ballard.
Mas como eu disse, dessa vez eu gostei do caso e até gostei da atuação da Eliza. Ou ela deu uma melhorada entre uma temporada e outra, ou foi um golpe de sorte mesmo.

Entretanto, se eu gostei do caso, não foi assim com a maioria dos fãs, eu sei. Minha sugestão é a de que os ‘trabalhos’ sejam apenas superficiais, mal aparecendo. Nós sabemos que é isso que eles fazem na Dollhouse, é legal vermos as diferentes personalidades de quando em quando, mas no fundo ninguém quer ver Echo lidando com um caso diferente a cada sexta-feira. O que nós queremos saber é como será essa briga do Senador Daniel Perrin com a Rossum. Queremos entender como Caroline se tornará um ícone para a humanidade, estamos curiosos com as confusões morais que surgem por conta do trabalho executado pela Dollhouse. E é claro, queremos mais tempo de Amy Acker em tela.

Uma pena que Amy só tenha assinado contrato para três episódios. Mas pelo menos, Joss garantiu que serão três episódios bombásticos, com cenas realmente relevantes. E se forem como na premiere, eu fico satisfeita. Porque Eliza Dushku pode ser o principal nome do elenco, mas é Amy Acker quem conquistou os fãs, e é a história de Whiskey na qual todos estão interessados. E doeu meu coração ver a infelicidade da garota. A forma como odeia Topher (que eu adoro), como odeia o que é e ao mesmo tempo como não tem coragem de abandonar a impressão, porque seria como morrer.

E os pontos estão se ligando na série. Echo consciente, Ballard seu handler, Whiskey e Boyd criando vínculos, Topher percebendo as conseqüências de seu trabalho, o Senador se encaminhando para desmascarar (leia-se levar a publico e dar talvez o pontapé que iniciará o fim) o que faz a Dollhouse...

Não, não dá para ignorar Epitaph One. Toda a série rescende a esse episódio. Resta saber se Joss conseguirá contar sua história em uma temporada, pois os índices de audiência gritam um cancelamento, infelizmente.

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