quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Stargate Universe - Light (1x05)

Stargate Universe – Light (1x05)
Data de Exibição: 23/10/2009
Writer: Brad Wright
Director: Peter DeLuise


Light me surpreendeu. Foi um episódio incrivelmente denso, mas que tratou a morte iminente de boa parte da tripulação de forma tão delicada e racional que não pude deixar de me sentir satisfeita.

A tripulação da Destiny enfrentou uma prova pela qual eu não tenho certeza que seria capaz de passar com a serenidade necessária. Não era apenas ir em direção ao sol e morrer, mas escolher dentre todos na nave, um pequeno grupo que teria o mínimo de chance de sobrevivência (e aqui vale frisar o ‘mínimo’, pois a vida dos 17 sobreviventes não seria nada fácil em um planeta quase completamente congelado). A série poderia ter facilmente recaído no clichê, com todos lutando entre si para conseguir aquele lugarzinho na nave menor, mas fiquei feliz que não foi assim. É claro que houve insatisfação, eu estranharia se não houvesse, mas a forma como Young comandou a situação não deixava dúvidas acerca da seriedade com a qual o grupo tratava aquele sorteio.
E para os descontentes com a decisão do Coronel de sortear os sobreviventes ao invés de fazer a escolha baseado na capacidade de cada um, eu voto a favor do Coronel. Todos mereciam uma chance de permanecer vivos, e mesmo aqueles cientistas (ou civis) poderiam se mostrar mais habilidosos do que todos lhes davam crédito. E de qualquer forma, o grupo foi bem diversificado: havia homens, mulheres, cientistas e militares. Ninguém é descartável em uma luta pela vida.
Uma cena que soou estranha foi a de Scott e Chloe juntos. Tudo bem que houve um certo entendimento entre os dois por duas vezes antes (na morte do pai da garota, e no retorno do tenente do planeta desértico), mas nada que justificasse o carinho com o qual os dois se trataram no alojamento. E não falo apenas do sexo, pois ele é quase justificável diante do medo da morte e da necessidade de conforto. Minha bronca é com o diálogo entre os dois, como se um fossem realmente importantes um para o outro. E os dois se conhecem há menos de cinco dias! Chloe teve muito mais interação e demonstrações de confiança com Eli do que com Scott!
É claro que a cena ficou lindíssima, principalmente por conta das cores usadas, mas nada justifica o desatino que foi ver os dois subitamente indo para a cama juntos. Pelo menos a garota contra-argumentou com clareza quando o tenente comentou que os dois obviamente seriam escolhidos pelo Coronel. Scott era imprescindível para a missão, Chloe não. E embora soubéssemos que no fim a Destiny não seria destruída (caso contrário o seriado acabaria no seu quinto episodio), em nenhum momento soou artificial a escolha dos 17 tripulantes. Foi perfeitamente crível Chloe e Eli ficando na nave, assim como foi a ida de Matthew e TJ. Os dois também seriam a minha escolha. Mas o que importa mesmo é que a nave adentrou a estrela e sobreviveu. Mais! Recarregou plenamente suas reservas de energia. Quem iria imaginar que uma estrela seria o combustível necessário para que a Destiny continuasse viajando pelos universos?
Bom, quase todo fã de Stargate imaginou (por mais absurdo que seja uma nave conseguir entrar em uma estrela sem ser desintegrada, mesmo um nave Ancient), mesmo assim, ver em ação as nossas conjecturas não é nada ruim, ainda mais quando é bem feito e não soa artificial. E o mais importante: com a nave completamente energizada e operacional os olhos da equipe poderão se voltar para outros horizontes e não mais na sobrevivência por um fio.
A pergunta que não quer calar mais uma vez recai sobre Rush: o cientista sabia que a nave seria recarregada e por isso retirou o seu nome da loteria, ou foi realmente um gesto altruísta? Façam suas apostas, porque ninguém sabe (muito menos eu, embora eu seja pró Rush) se dá para confiar plenamente nele ou não.

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