Written by - Brad Wright
Directed by - Peter DeLuise
O quarto episódio de Universe chegou para trazer cisão entre os fãs. Há os que adoraram todo o desenvolvimento humano e os que odiaram a falta de ação típica de Stargate.
Eu particularmente acredito que a série está caminhando para alcançar seu objetivo, sem pular etapas, como esperam os mais afoitos. Destiny é uma nave que está no espaço há milênios, sem qualquer tripulação. É de se esperar que o povo encontre algumas dificuldades nesses momentos iniciais.
Eu particularmente acredito que a série está caminhando para alcançar seu objetivo, sem pular etapas, como esperam os mais afoitos. Destiny é uma nave que está no espaço há milênios, sem qualquer tripulação. É de se esperar que o povo encontre algumas dificuldades nesses momentos iniciais.
Tenho ouvido muita gente reclamar que os problemas são sempre os mesmos: falta energia, falta cooperação, vai faltar comida e bebida logo, etc, etc, etc. Mas estranho seria se eles não tivessem quaisquer problemas do estilo. Ou alguém realmente acha que faria sentido aparecerem inimigos de repente e a tripulação conseguir combatê-los neste momento? Os coitados seriam comidos vivos!
Esses episódios iniciais são importantíssimos para o estabelecimento da identidade de Universe. Ela é Stargate, mas não quer vinculação direta com suas predecessoras. O que o povo precisa é parar de ficar comparando o tempo todo. Calma! Eles ainda chegarão lá. Mas primeiro precisarão sobreviver a um inimigo bastante conhecido: a privação. É a fome, a falta de suprimentos, combustível, energia, seres humanos capazes de operar uma aeronave Ancient, e por aí afora.
Com o tempo esse grande revés será vencido, mas não podemos esquecer que aquela gente está dentro da Destiny há pouquíssimo tempo. Para nós foram quatro episódios, mas para eles foram quantos dias? Dois? Três? Os coitados mal conseguiram dormir, quem dirá ter tempo para encontrar inimigos pelas galáxias.
E vão negar que não foi interessante ver o povo aprendendo aos poucos, inclusive colocando adesivos com a tradução dos nomes em Ancient para entenderem os controles da nave?
Mas falemos sobre Darkness. O episódio foi bem construído e consistente (e as atuações impecáveis). Todos estão sofrendo as privações da situação, mas Rush em um nível ainda maior, porque não é apenas a falta de sono e cafeína, mas a ciência de que a vida de toda aquela gente (ele incluído) está em suas mãos. Um fardo nada fácil para uma única pessoa.
Muito boas as reações dele antes de desmaiar e a mudança após acordar. Rush pode ser quase intolerável no seu estado normal, mas pelo menos faz sentido. Mas sem dormir ele fica além de qualquer nível de suportabilidade humana.
Quanto a Young ainda não decidi se ele é um bom oficial ou não. Suas ordens tem coerência, mas quase sempre são tolerantes demais. E não dá para simplesmente colocar de lado o fato de que foram as ordens dele que levou a Destiny ao esgotamento de energia. Mas dá realmente para culpá-lo? Eles estão em uma nave desconhecida tentando sobreviver. Eu também tentaria mexer em tudo para ver no que ia dar.
E a comunicação com a Terra através das pedras Ancients continua. Para os que nunca assistiram Stargate, não custa mencionar que essas pedras são um artefato construído pelos mesmos seres que construíram os Stargates (e a nave em que todos estão encalhados). Esse mecanismo permite que dois usuários das pedras possam se comunicar trocando as consciências (não os corpos). Por isso que quando Young usa as pedras ele troca de mente com o Coronel Telford (e a série, para facilitar nossas vidas, deixa cada ator onde a devida mente está, mas vale lembrar que na série a única coisa que muda é a mente, não o corpo).
O que muita gente estranhou (eu inclusive, admito) foi o fato de Young usar de um tempo precioso para ir falar com a esposa (ainda mais porque eu tinha certeza que havia algum tipo de relacionamento entre ele e TJ). Tudo bem que antes ele relatou aos seus superiores a situação desesperadora da tripulação, mas não seria muito mais útil voltar e trocar de mente com algum grande cientista que os ajudaria a resolver o problema da falta de energia, do que trocar com o Coronel Telford (que nunca ajuda em nada, só fica achando motivos para criticar Young)?
Mas não posso negar que se fosse eu no lugar do coronel, também iria pensar em minha família em primeiro lugar. No afã de querermos ver soluções e ação, esquecemos que aquela gente na tela são seres humanos e que família geralmente vem na frente de qualquer outra coisa para nós.
A sorte de Young foi ter retornado a tempo de ver sua tripulação encontrar uma solução aparente para a completa escuridão na qual estavam. Parecia que a Destiny havia parado próxima a três planetas ‘visitáveis’. Só precisavam passar pelo gigante gasoso e voilá!
A sorte de Young foi ter retornado a tempo de ver sua tripulação encontrar uma solução aparente para a completa escuridão na qual estavam. Parecia que a Destiny havia parado próxima a três planetas ‘visitáveis’. Só precisavam passar pelo gigante gasoso e voilá!
Aliás, belíssima essa cena da passagem. Infelizmente para eles, a gravidade do planeta influenciou a trajetória da nave bem mais do que esperavam e a Destiny se viu dirigindo para uma estrela pronta para acabar com eles.
E que sejam feitas as apostas. Como eles sairão dessa? A teoria mais plausível é a de que a correção na trajetória foi proposital e que a nave recarregará suas energias usando a luz solar. Mas é tão óbvio que não sei se eles usarão desse artifício ou se nos surpreenderão com algo totalmente inesperado.
E a despeito da tensão do episódio, Darkness nos apresentou alguns momentos bem agradáveis. Foi muito bom ver a tripulação procurando Eli em busca de respostas, já que ele é o membro da equipe mais acessível (eu faria o mesmo no lugar deles), ver Chloe fortalecendo sua amizade com o rapaz e chamando por ele na hora que precisou e principalmente vê-lo gravando os membros da tripulação. Pode até ficar parecendo uma coisa meio reality show, mas a verdade é que aqueles pequenos vídeos nos deram a oportunidade de conhecer os personagens que pouco aparecem. A maioria deles agora tem um rosto, um nome, uma profissão e principalmente foi criado uma identificação com o fã. Não dá para simplesmente sumir com eles sem mais nem menos. Eles não são descartáveis. É claro que não há como dar enfoque na tripulação de apoio todo o tempo, mas é bom saber que teremos os mesmos rostos andando por ali e lembrarmos que cada um deles anda, e fala, e sente tanto quanto os personagens principais.
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