Data de Exibição: 10/02/2009
Roteiro: Brad Wright & Robert C. Cooper
Direção: Andy Mikita
Quando soube que fariam Stargate Universe, fiquei com o coração dividido. Sou fã de Stargate desde o filme de 1994 (como boa parte dos fãs, diga-se de passagem), então ter uma nova série depois do baque que foi o cancelamento de SG1 e Atlantis só podia ser uma boa notícia. Mas quando começou a escalação de atores, a sinopse de Universe e algumas outras notícias, confesso que boa parte da minha empolgação foi pelo ralo. Todo mundo parecia muito novo (o que no fundo é tolice, pois apenas parte do elenco é jovem, e mesmo eles estão em idade militar de acordo com os seus postos) e a premissa da série era completamente diferente da franquia até então. Mesmo assim eu fui conferir a premiere, porque sou teimosa e arraigada aos hábitos.
Não me arrependi. Nem um pouquinho que seja. Achei muito bem feito os dois episódios que deram início à nova série e os personagens não estão ali à toa, simplesmente jogados na tela. E é claro, o elenco se provou muito bom, em especial Robert Carlyle, que todo mundo sabe que é um grande ator, mas nunca é demais elogiar. E ainda tivemos um bônus, que foi a presença do General O’Neill, da Coronel Carter e de Daniel Jackson. Se para os novos fãs a presença dos três não trouxe nenhuma bagagem (o que é bom), para nós que acompanhamos a franquia há décadas, serviu como conexão às séries que amamos e uma lembrança de que tudo pode estar diferente, mas ainda é Stargate.
Entretanto a premiere não foi livre de falhas. A maior delas foi a própria batalha contra a Lucian Alliance. Uma nave do calibre da George Hammond teria destroçado o inimigo e não deixado a base no planeta ser destruída daquela forma. Mas todo mundo sabe que a destruição foi só o mote inicial para que o povo todo passasse pelo Stargate. Poderiam ter feito melhor, mas qual série é livre de falhas? A própria franquia está lotada de errinhos aqui e acolá.
Achei interessante dividirem o início de SGU em três episódios (os dois primeiros foram ao ar no mesmo dia o próximo irá ao ar na semana que vem). A série tem um ritmo diferente das outras da franquia, mas isso não é algo negativo, muito pelo contrário. Dar mais espaço para trabalhar o lado emocional da tripulação (coisa que SG1 e mesmo Atlantis só se aventuraram mais tarde) foi para mim uma decisão acertada. Universe está procurando a sua própria identidade. É claro que semelhanças terão com as duas séries anteriores, mesmo acontecimentos parecidos, mas ninguém quer uma cópia. Como já ouvi dizerem, se quisesse uma cópia, melhor seria pegar os DVDs e assistir o original.
E quem esperava que o personagem principal fosse um sujeito odiado praticamente por todo mundo na série? Dr. Rush é taciturno, fixado no trabalho, de poucos amigos e que demonstra se importar pouco com as pessoas ao seu redor, embora eu tenha a sensação de que é bem ao contrário disso. Mas não dá para negar que toda a confusão na qual eles estão metidos é culpa dele, afinal, foi sua a decisão de discar o nono chevron e atravessar o portal ao invés de discar para a Terra (embora sua desculpa seja procedente, afinal, ninguém iria querer ver a Terra explodindo juntamente com o planeta onde estava o stargate, não?).
Stargate Universe também inovou ao trazer uma cena de sexo, falta de companheirismo entre os membros da tripulação e um clima bem mais dark do que as outras séries da franquia. Eu tinha a sensação de estar assistindo um filme de terror sci-fi e não exatamente um episódio de Stargate. E isso é o que mais me chamou a atenção. Embora eu ficasse esperando um inimigo (alienígena ou sei lá o que) aparecer em cada canto da Destiny (a nave, só para lembrar), como em todo bom suspense sci-fi, nada disso aconteceu. Aliás, nem sei se acontecerá! Tenho a impressão de que SGU não é sobre inimigos em outras galáxias, mas sim sobre a sobrevivência de um grupo bem humano, tentando se achar em um local desconhecido.
Falando assim até parece Battlestar Galactica, mas não é bem isso que a série demonstra. Posso estar enganada, mas o que parece é que Universe enfocará as visitas aos planetas (afinal, eles precisam sobreviver de alguma forma) e como a tripulação lidará com essa necessidade de se adaptar. O engraçado é que era mais ou menos isso que eu esperava de Atlantis no início, mas por culpa dos wraith a série tomou outro rumo e a exploração foi substituída pela guerra. Não sei bem até onde a simples exploração conseguiria manter uma série interessante, mas partirem para um inimigo e uma guerra em outra galáxia (muito, muito distante...) seria simplesmente copiar SG1 e Atlantis e não é isso que eu quero e pelo que eu percebi, nem o que quer a produção de SGU.
Fiquei apenas com uma dúvida: Lou Diamond Phillips está no elenco da série ou só fez aquela participação especial (e bem especial, porque foi nanica)?
Agora, só as semanas nos dirão se a série valerá mesmo a pena e se dará continuidade a essa premiere primorosa. Eu espero que sim.
2 comentários:
Ácho que ser levar ao lado sentimental e sobrevivençia foje muito do contexto e eu acho que deveriam explorar mais os planetas e só para de ficar no lenga-lenga conhecer novas raças novas Tecnologia e o novo inimigo e descobrir como a nave foncionar ai sim será StarGateUniverse e acho que esta mais para Lost do que StarGate e eu não sou Psicólogo para entender a vidas deles é chato.
SGU começou com aqueles flashbacks estilo LOST / THE EVENT, meio indecisa sobre usar o portal ou não (teve episódios que ele nem foi usado, e em outros, usaram as naves para chegar aos planetas), mas o que mais diferenciou a série das outras da franquia foi o sexo.
Não só o sexo virtual (usando as pedras de comunicação), mas o sexo real (Scott pegando Vanessa, Young pegando TJ, Scott pegando Chloe, Telford pegando a esposa de Young) - coisa impensável em SG1 ou SGA. Basta lembrar quantas temporadas de SG1 Jack levou para dar um MERO BEIJO em Carter, e mesmo assim num episódio que voltou no tempo e apagou tudo! Ou que Jackson jamais recuperou ou beijou sua esposa apos ela ser abduzida pelos Goauld.
Outro problema de SG1 e SGA é que ficaram por demais parecidas com Star Trek, com direito a naves, teletransporte, armas de raio e similares. E as estórias foram enfraquecendo e se distanciando da premissa inicial, de um portal apra viajar pela galáxia.
Isto posto, eu gostava de SGU, por se concentrar NOS PERSONAGENS, e não no "planeta da semana".
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