The Rules of Attraction
Sinto que desperdicei quatro horas da minha vida nesse final de semana assistindo filmes ruins. É nisso que dá escolher filme por conta do ator que você adora e queria muito ver em tela mais vezes. No caso, o ator é o Ian Somerhalder. E, diga-se de passagem, ele é praticamente a única coisa que valeu a pena em ambos os filmes.
The Rules of Attraction até que recebeu críticas razoáveis, mas eu sinceramente achei horrível. Pergunto-me o que os caras tinham na cabeça quando resolveram roteirizar um filme desses. Os atores eu até entendo. Quando se precisa de trabalho, faz-se qualquer coisa, mas escrever um lixo daqueles não tem perdão.
Tudo bem, a coisa toda é uma sátira aos jovens universitários e aos seus estilos de vida, então o que rola no filme todo é muito sexo, drogas e bebidas. E no meio de tudo tem os draminhas amorosos de sempre. Mas eu o achei fraco demais.
James Van Der Beek (ator que nunca suportei) até que está bem no papel de Sean, um universitário viciado que não presta para nada (nem para pagar o maldito traficante de quem compra drogas), mas que por algum motivo consegue levar todo mundo para a cama e é o sonho de consumo de Paul, o personagem do Ian. Mas é claro que ele não está nem aí para a gracinha do Paul e acha que está apaixonado por Lauren, uma garota estranha e ainda virgem, mas que de inocente não tem nada. Essa paixonite só existe porque Sean acredita que as cartas de amor que recebe são de Lauren, mas obviamente está completamente enganado.
Lauren, por sua vez, é apaixonada por Victor, um amigo de Sean e que também não tem nada na cabeça e muito menos tem idéia de quem é Lauren.
Enfim, o filme só prestou mesmo para ver o Ian e eu adoro praticamente todas as suas cenas (porque Paul é o personagem mais humano ali, apesar dos pesares), em especial a que dança Freedom! 90 com Richard na cama. Aliás, por que esse Richard entrou na história? Ele não fez absolutamente nada além de aparecer com a mãe, flertar com Paul, dançar na cama (e ser lindo e maravilhoso de cuecas) e agredir a mãe no jantar. Eu ficaria feliz de entender qual o propósito do cara no filme.
No final o filme termina exatamente onde começou e nós ficamos com aquela cara de “é só isso?” e morrendo de raiva por ter gasto 1 hora e 50 minutos de nosso tempo com um filme que não diz a que veio.
The Tournament
Minha segunda tentativa foi com The Tournament, filme de ação com uma premissa pra lá de interessante. A cada sete anos em uma cidade qualquer do mundo acontece um torneio entre os maiores assassinos existentes. Muita coisa boa pode sair de uma idéia como essa, mas infelizmente nem uma única se realiza.
A personagem principal, Lai Lai Zhen tem aquela cara de coitada e de que está ali por ser obrigada e não por realmente querer. O segundo principal, Joshua Harlow tem tanto appeal quanto uma barata, e nem mesmo o Padre bêbado (interpretado pelo sempre maravilhoso Robert Carlyle) salvava esse trio de protagonistas.
É claro que tinha Ian para se olhar e ficar apaixonada, mas o personagem dele era tão insano e detestável que eu nem ao menos podia gostar do cara em paz. Mas tenho como consolo o fato de que pelo menos atuar bem o Ian atuou.
No final das contas, o único personagem no qual eu realmente estava interessada era no Técnico Rob (talvez porque eu também adore o Iddo Goldberg). E quando você está assistindo um filme cheio de assassinos e o personagem que mais te chama atenção é um técnico em vigilância é porque alguma coisa está seriamente errada.
Nada, mas nada mesmo consegue atrair em The Tournament. E não é nem pelo absurdo da coisa toda (como eles terem acesso a todas as câmeras de vigilância em tudo quanto é lugar, ou ninguém prestar atenção nas mortes horrendas acontecendo pela cidade), é a forma como tudo foi feito mesmo. Colocarem um sensor em cada assassino e que explodiria em 24horas se não houvesse vencedor? É sério isso? Querem coisa mais clichê? E pior, introduzem o sensor na parte frontal do assassino e apenas UM se dá ao trabalho de retirá-lo? Mais ridículo impossível. Se pelo menos o colocassem nas costas eu aceitaria.
E os assassinos são muito ruins. Eles são estereótipos, meio loucos e não muito inteligentes. Desculpem-me, mas eu acredito que se fulano é um dos maiores assassinos do mundo, o mínimo que se espera do bendito é inteligência, frieza, método e sensatez. Mas ninguém ali era sensato. E Lai Lai Zhen era a maior vergonha tanto como assassina como quanto protagonista. Tudo bem que filmes de ação são dominados pelos homens, mas já que colocaram uma mulher protagonizando (o que eu acho legal), precisavam fazer dela um clichê ambulante? Ela é toda atormentada, culpa-se por ter matado algumas pessoas, tem aquela dor no olhar e se arrisca a morrer para salvar o padre. Por favor! Será que se ela fosse um homem o personagem seria tratado com tamanha condescendência? Claro que não! Por isso eu digo: se querem fazer da mulher uma protagonista, que o façam direito. Ela é uma assassina!
E nem menciono as explosões a toda hora, as perseguições absurdas, os personagens queimados e que ficam sem quase nenhuma seqüela, os executivos corruptos apostando ao redor de uma mesa cheia de dinheiro etc, etc, etc.
The Tournament não vale a pena. Tinham uma idéia fantástica na mão e a jogaram no lixo. Exatamente como eu farei com o filme.
Um comentário:
Só pra somar e endossar sua opinião. Achei "The Tournament" um ótimo argumento jogado fora também.
O fato de todo mundo quebrar o braço e continuar usando-os normalmente me irritava!
Aquela parte no meio com a correria do relógio também ficou mal feita... Colocassem menos competidores.
Aos leitores, se vcs ainda não viram o filme, mas gostaram do tema ou de um trailer dele, NÃO SE ENGANEM... É o canto da sereia pra duas horas perdidas
Postar um comentário