segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Review: Terminator: The Sarah Connor Chronicles – Goodbye to All That

Texto postado originalmente no site Teleséries (2008).



Série: Terminator: The Sarah Connor Chronicles
Episódio: Goodbye to All That
Temporada: 2ª
Número do Episódio: 14 (2×05)
Data de Exibição nos EUA: 6/10/2008
Data de Exibição no Brasil: 2/12/2008
Emissora no Brasil: Warner

Eu gosto desse episódio por muitos motivos, mas principalmente pelo final. Sou uma fã de dramas e talvez tenha sentido tanto quanto John ouvir Derek dizer que Bedell morreu por ele, que todos eles morreriam por ele.

Foi interessante ver um (novo) exterminador vindo do futuro para eliminar Martin Bedell, um dos braços direitos de Connor. E esse sujeito, embora tenha falado apenas duas palavras, foi um exterminador muito mais legal de ver do que Garrett Dillahunt jamais o será na pele de Cromartie. É bem verdade que ele foi tão inútil quanto, mas pelo menos ele tinha todo o jeitão de uma máquina do futuro letal e assustadora que, afinal de contas, é o que quase todo mundo quer ver na série.

Desta vez a família disfuncional se dividiu em dois. Enquanto Sarah e Cameron protegiam um Martin Bedell mais jovem, John e Derek se infiltraram em uma academia militar para garantir a segurança do Bedell que será de utilidade para Connor no futuro.

Eu poderia ficar aqui discutindo o absurdo de John ter sido aceito assim, sem eira nem beira em uma academia militar (embora ele tivesse um currículo forjado, pelo que percebi), ou pior ainda, Derek ter sido admitido como professor substituto sem quaisquer consultas prévias. Mas como gostei muitíssimo das cenas na academia, não tecerei maiores comentários sobre a falha.

O que fiquei me perguntando o episódio inteiro é o motivo de John não estudar em um colégio assim. Quero dizer, Derek diz que um Martin Bedell escondido em uma caverna é praticamente a mesma coisa que um Bedell morto, ou seja, de nada valerá para a resistência no futuro. No mesmo sentido, um John Connor que vive em fuga e que é deixado de lado em praticamente todas as missões mais perigosas, não seria a mesma coisa que um John Connor morto? Eu sei que John tem um treinamento paramilitar, mas a minha opinião é que ele cresceria muito mais como soldado se estivesse em um local como aquele (além do bônus de não ter que agüentar a super proteção da mãe todos os momentos).

Na academia teve dois momentos que me chamaram particularmente a atenção. O primeiro foi quando Derek falou com os cadetes pela primeira vez e contou a história triste e chocante. Tudo bem que era completamente clichê, e eu meio que já esperava por isso quando ele reuniu a turma, mas foi legal ouvi-lo falar com tanta emoção e o povo mantendo aquele silêncio sepulcral. O outro instante que eu achei legal foi quando John, para salvar Bedell, chama a atenção do T-888 e diz que ele era Connor, John Connor. Não sei bem o motivo, mas ouvi-lo dizendo o próprio nome dá um poder tão grande ao John. É como se o simples “Connor” fosse impregnado de grandiosidade em meu subconsciente.

E o que foi aquele flash de Cameron na floresta? Eu sei que ela teoricamente foi até a academia pois seria o local óbvio onde o T-888 iria em seguida, mas confesso que levei um susto ao vê-la de repente. E o que me deixou com a pulga atrás da orelha foi a forma como filmaram a cena, com ela no anonimato, só observando e aparecendo para nós totalmente de surpresa.

Por outro lado, as cenas com Sarah e o jovem Bedell foram extremamente delicadas. E o garoto até que enfrentou com bastante dignidade o rapto e o fato de ter um ciborgue tentando matá-lo. Sarah, como o próprio garoto disse, é muito ruim como mãe, mas foi legal vê-la se esforçando para agradar Martin (e as cenas com Cameron e a sua falta de jeito eram ainda melhores).

Em especial gostei da leitura de “O Mágico de Oz” (que eu demorei bem mais do que uma tarde para ler inteiro) e a forma como eles foram intercalando com os acontecimentos na floresta da academia. E no momento que Sarah assumiu a leitura perguntei-me uma vez mais o motivo de terem tirado a narração dela em off. O episódio recebe todo um novo dimensionamento quando tem a voz dela de fundo.

Outra coisa que me despertou o interesse foi a conversa de Ellison com Catherine. Ela realmente não sabia que havia sido obra de duas máquinas lá na usina? Posso estar enganada, mas tive a sensação de que foi uma surpresa para ela a possibilidade de já ter alguém de olho em suas obras.

E matar o tal Nelson não despertaria as suspeitas de Ellison? Apesar de que eu acho que o agente não é cego, ele apenas não quer ver. Por algum motivo ele decidiu que ganhará mais pontos na sua luta pessoal se ficar ao lado de Catherine e da companhia (seja lá qual for o lado onde eles estiverem) do que se lutar sozinho.

Quanto ao futuro, parece negro, caótico, mas ao mesmo tempo é um lugar onde um soldado dá a vida pelo outro sem pensar duas vezes, e o sacrifício é ainda maior e a decisão mais imediata, se a pessoa a se proteger for John Connor. Um grande peso que esse garoto carrega nos ombros…

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