Texto postado originalmente no site Teleséries (2008):
Série: Terminator: The Sarah Connor Chronicles
Episódios: Mr. Ferguson is Ill Today e Complications
Temporada: 2ª
Número do Episódio: 17 (2×08) e 18 (2×09)
Data de Exibição nos EUA: 10 e 17/11/2008
Data de Exibição no Brasil: 3 e 10/2/2009
Emissora no Brasil: Warner
Mr. Ferguson is Ill Today foi um episódio fantástico. Achei incrível a primeira vez que assisti e na segunda gostei tanto quanto (Edit: e continuei adorando quando revi agora dois anos depois). A narrativa diferente deu um ar especial à coisa toda e nos permitiu enxergar os acontecimentos por completo. E algumas coisas se destacaram:
- A estupidez do John. Será que esse garoto nunca irá aprender?
- Cameron seduzindo John na cama e o desespero para encontrá-lo na delegacia;
- Cromartie concluindo que o chip de Cameron foi danificado, pois a ciborgue vem cometendo erros;
- Cromartie finalmente sendo abatido (com mais facilidade do que qualquer outro exterminador na franquia, eu deduzo, devido ao tiro inicial que danificou ligeiramente seu chip e depois os tiros concentrados na mesma região);
- Riley sendo tragada para a vida de John (será que Sarah nunca deixará o filho ter alguém?) e, pior, começando a demonstrar que não é tão alegre e desencanada como parecia inicialmente;
- John e Sarah abraçados no final. É sempre bom vê-los apoiando de verdade um ao outro;
- O papel de Ellison. Pequeno, mas crucial.
E fica a pergunta: como o fotógrafo reconheceu John, se já faz pelo menos 14 anos que os Connor saíram da cidadezinha? E John viveu ali quando ainda era uma criança. Mesmo que estivesse entrando na adolescência, nesta fase os meninos mudam muito. Ficam quase irreconhecíveis. Eu vejo as fotos do meu irmão e não seria capaz de reconhecê-lo se não vivesse com ele durante todo o processo, imagina um fotógrafo qualquer que sequer tinha um envolvimento maior com o garoto?
Já Complications, tem tanta coisa que me chamou a atenção que não sei nem por onde começar (ou mesmo se vou lembrar de tudo).
Primeiro são os sonhos da Sarah e as alusões a quê eles fazem, que eu honestamente não entendo (embora teorize aqui e acolá). E são sonhos meio malucos, cheios de tartarugas, três pontos, vestidos rosa e afins. Mas Sarah sempre foi dada a sonhos. Antes eram apocalípticos, agora são um tantinho diferentes, mas com certeza alguma coisa eles querem dizer.
Depois foi toda a história do sumiço do corpo de Cromartie. Gostei particularmente da cena de Cameron e John no carro indo para o México. Acho legal que algumas atitudes da exterminadora desconcertem John (embora a esta altura eu já espere quase de tudo vindo dela). Quem iria imaginar que ela lembraria da história da tartaruga na casa do Ellison? Minha dúvida é se ela virou o corpo do ex-agente por ‘piedade’ ou para demonstrar que estava conscientemente se negando a ajudá-lo.
E John ainda é bastante inocente e crédulo, embora tenha passado por maus bocados na vida até agora. E ainda que eu tenha vontade de enforcar o garoto boa parte das cenas no decorrer da série, não dá para esquecer o fato de que ele é apesar de tudo apenas um adolescente. A crueldade da vida real ainda não destruiu a sua confiança no ser humano. Entretanto, já é mais do que hora do futuro líder da humanidade começar a amadurecer. Tenho problemas em conseguir enxergá-lo como a figura de liderança que ele supostamente será um dia.
Mas ainda sobre o sumiço do corpo do exterminador, não é que o ex-agente tinha mesmo roubado a carcaça? Juro que não sei o que se passa na cabeça daquele homem. Qual o sentido em entregar Cromartie para Catherine estudá-lo? A ordem é destruir as máquinas e não estudá-las ainda mais! Tudo bem que queira lutar contra o futuro com suas próprias mãos, ainda mais que Sarah literalmente o excluiu do seu grupo (embora, no fundo, ela não tivesse muito a contar realmente. A vida deles é aquela ali. Lutar e sobreviver. Não muito mais), mas um pouco de bom senso seria bom, não?
E já que tocamos no assunto das máquinas, foi muito instigante a trama de Derek e Charles Fisher. Confesso que passei boa parte do episódio tentando decidir se o velho era mesmo Fisher ou não. E mesmo depois dele confessar, a dúvida era se ele havia ido ao passado em uma missão ou não. E agora? O que o velho Charles foi fazer na tal empresa? Tinha uma missão oculta ou apenas cuidava para que o seu eu no passado fosse preso e assim sobrevivesse ao Dia do Julgamento? Ou uniu o útil ao agradável?
Uma coisa digna de nota é a fé inabalável de Derek em Jesse. Não sei se eu conseguiria segui-la como ele o fez. Mas eu não tive as experiências de vida que ele teve, tampouco precisei confiar cegamente em outro companheiro de combate, então…
Fica aqui a dúvida: Derek bloqueou o trauma ou essa Jesse veio de um futuro diferente do que ele vivenciou? Quais as mudanças reais que esse povo todo está fazendo para o futuro que nós conhecemos?
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