Texto postado originalmente no site Teleséries (2009).
Série: Terminator: The Sarah Connor Chronicles
Episódio: Earthlings Welcome Here
Temporada: 2ª
Número do Episódio: 22 (2×13)
Data de Exibição nos EUA: 15/12/2008
Data de Exibição no Brasil: 10/3/2009
Emissora no Brasil: Warner
O monólogo de Sarah está de volta! Acho que é a melhor coisa que Sarah faz na série…
Depois da breve pausa da semana passada, voltamos à Sarah e sua obsessão com os três pontos. Eu já perguntei isso uma vez, mas insisto: com tantos nomes na parede, por que Sarah insiste nos três pontos? E ela atira para todos os lados! Surgiram três pontos em algum lugar, lá está Sarah Connor investigando. E a vítima da vez são as convenções ufológicas. E ‘coincidentemente’, dentre tantas convenções, ela vai visitar justamente a que a levará diretamente para o seu objetivo, ou pelo menos é o que pareceu.
Confesso que gostei bem mais desse episódio na segunda vez que assisti do que da primeira (Edit: e mais ainda desta vez). Talvez porque tive tempo de digerir as atitudes da Sarah e sua luta constante para achar o equilíbrio entre a jovem inocente que foi e a soldado enlouquecida que chegou a abdicar do filho e a ser internada em uma instituição mental. E também porque eu sabia onde o episódio estaria me levando e isso fez alguma diferença na minha capacidade de observação.
Mais alguém ficou em dúvida se Eileen/Abraham/Allan é homem ou mulher na vida real? Juro que não sabia se era ator ou atriz, demorei um tempão até chegar a alguma conclusão (Edit: quando revi desta vez me perguntei como posso ter ficado com esta dúvida. Só que não sei se para mim é óbvio agora porque já sei, ou se sempre foi óbvio e eu é que não conseguia ver).
Entretanto, o que importa de fato dessa busca de Sarah é que as coisas parecem fazer sentido. Os três pontos podem ser apenas marcas de um pobre moribundo na parede, mas a verdade é que eles estão nos conduzindo a importantes descobertas. Alguns episódios atrás nós vimos que a triangulação do tempo é feito através de três pontos no espaço. Desta vez nos foi apresentado projetos de naves que tem em suas estruturas os três pontos arredondados bem delimitados. Unido à informação de Eileen sobre o metal desconhecido (coltan?) e super resistente, há de se imaginar que finalmente Sarah encontrou a pista correta.
E é claro, a morte de Alan/Eileen e o tiro que Sarah levou ao final nos deixa com a pulga atrás da orelha coçando ainda mais. Resta-nos saber se a nave que Sarah avistou é real ou fruto de sua imaginação delirante (o que também é muito possível).
Em outro ponto da história, a interação de Ellison com Catherine e John Henry continua. Engraçado que eu gosto muito mais do Dillahunt como John Henry do que como Cromartie. Ele tem cara de uma inteligência artificial em desenvolvimento e portanto meio estranho e assustador, mas definitivamente não tinha cacife para um Exterminador mortal e implacável.
Entretanto, Ellison em si eu acho muito chato. Não sei o que Weaver vê de tão especial nesse ex-agente. Como um homem de fé ele me parece bobão demais. Como ex-agente, ele me parece muito ansioso em se deixar enganar. Mesmo assim estou curiosa tanto com as intenções de Catherine quanto com o destino desse aprendizado incomum de John Henry. Onde isso vai nos levar?
Mas o que me chocou nesse episódio foi a atitude de Riley. Eu realmente não esperava que ela fosse suicida. Gostei bastante dos flashbacks dela e de Jesse. Interessante a reação diferente das duas ao voltar ao passado. Riley parecia encantada, enquanto Jesse demonstrava tédio, como se estivesse acostumada a tudo isso. Qual o motivo da reação tão diferente das duas? Será por Jesse ser um soldado e estar em uma missão (que ainda não sabemos qual é)? Será por Jesse já ter experimentado o mundo pré-Apocalipse e Riley não? Para a garota, tudo aquilo era novidade, um mundo de conto de fadas. Achei bem legal a forma como ela se maravilhava com tudo.
Também gostei de como introduziram Riley na vida de John ao mostrar a cena do colégio. Ela esteve orbitando o garoto bem antes de fazer parte do cotidiano dele. E foi curioso como a discussão entre Jesse e Riley acabou refletindo nas atitudes da garota com John.
O que levou a loura a cortar os pulsos? Foi a atitude indiferente de Jesse, enquanto o carinho que a garota tem pela mulher mais velha é evidente? Foi a pressão por estar vivendo num mundo que ela sabe que irá acabar em breve? Já há algum tempo Riley tem mostrado sinais depressivos, então pode ser isso. Ou foi a conversa com Cameron, que embora parecesse inocente, vinha carregada de tensão e significado? Inclusive, não deve ser fácil para Riley fazer de conta que não sabe que Cameron é uma máquina. A ciborgue, enquanto se pensa que é uma jovem humana é simplesmente estranha (candidata perfeita a psicopata), mas com a ciência de que ela é uma máquina, toda a sua esquisitice toma novos ares e ela aparenta bem assustadora.
Enfim, não sei qual o motivo de Riley ter cortado os pulsos, mas sei que isso irá mexer com os ânimos de John e provavelmente seu relacionamento com Cameron. E com a mãe machucada no deserto e a namorada morrendo nos seus braços, qual será a reação do jovem Connor? Eu aceito qualquer coisa, mas por favor, não façam John odiar Cameron.
***
Comentários aleatórios:
- Uma coisa que só percebi quando revi o episódio desta vez é como Jesse e Riley se viram automaticamente e com um certo pânico na cena do carro, ao ouvirem os latidos do cachorro. Tem certas coisas que ficam entranhadas dentro da pessoa, não importa quanto tempo passe ou como mude o seu derredor.
- Derek não apareceu nem uma única vez.
- Não teve abertura nesse episódio.
- Não tem nada a ver com o episódio, mas não consigo deixar para lá o fato de que na 1ª temporada os roteiristas pretendiam explorar a relação de John com aquela garota loura que tinha problemas com o pai e do nada abandonaram o rumo. Particularmente eu gostei muito mais da entrada de Riley, mas me incomoda como esqueceram completamente a garota, o tal amigo que flertava com Cameron e até mesmo a vizinha grávida.
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