terça-feira, 1 de novembro de 2011

Review: Terminator: The Sarah Connor Chronicles – The Mousetrap

Review postada originalmente no site Teleséries (2008).
Nada a acrescentar. Incrível como pensei desta vez exatamente o que pensei em 2008.



Série: Terminator: The Sarah Connor Chronicles
Episódio: The Mousetrap
Temporada: 2ª
Número do Episódio: 12 (2×03)
Data de Exibição nos EUA: 22/9/2008
Data de Exibição no Brasil: 18/11/2008
Emissora no Brasil: Warner

The Mousetrap é o título perfeito para este episódio. E me fez pensar que Cromartie não é burro, ele apenas é um exterminador meio azarado. Por algum motivo os seus planos nunca dão certo. E não é nem por causa da capacidade excepcional dos Connors, é falta de sorte mesmo.

Infelizmente as coisas não foram bem para Michelle após descobrir sobre o futuro que espera a humanidade. Eu nunca quis que o Charley tivesse casado. Na minha opinião ele era o parceiro que a Sarah precisava para ficar mais humana e menos aterrorizada. Infelizmente não foi esse o destino que as forças superiores quiseram para os personagens, e Dixon acabou casado e mesmo assim enrolado no destino cruel dos Connor. Mas confesso que esse nunca foi o fim que eu queria para Michelle. Ser reduzida ao queijo na ratoeira é algo que ninguém merece. E pior, morrer por um adolescente que ela sequer conhece e que no fundo não está nem aí com ela, tão preocupado em viver a sua vidinha chata de jovem revoltado chega a dar vontade de chorar de raiva.

Eu tenho sentimentos conflitantes em relação ao que aconteceu com Michelle. Ela foi ferida e insistiu em andar. Creio que o mais correto era terem seguido a sugestão de Sarah. Ela e Derek partiriam primeiro (afinal, era a vida de John que estava em jogo) e ela enviava ajuda tão logo possível (deviam ligar para a polícia, bombeiros, sei lá! O povo tinha celular, não tinha?). Não havia necessidade do casal ir com eles, que no final foi o que levou Michelle à morte e ainda deixou Sarah em um dilema, pois tinha a vida de dois em suas mãos: o filho e a esposa do homem que amou.

O que me leva às atitudes da Sarah neste episódio (e no decorrer das temporadas). A Sarah é tão cheia de segredos que acaba sem querer prejudicando John. Eu entendo que o objetivo é mantê-lo a salvo de Cromartie, mas qual o propósito de ter um líder (futuro) se ele não pode lutar contra aqueles que o ameaçam? E já que queria deixá-lo de fora do resgate de Michelle, por que não contou para Cameron exatamente o que estava acontecendo? Tenho certeza que a vigilância dela teria sido muito mais eficaz se soubesse do risco envolvido naquela simples “compra de computadores”. Ou ainda se tivesse dito ao filho quando telefonou o motivo dele precisar ficar perto de Cameron em um lugar seguro.

A cena no píer eu acho particularmente estressante (mas gosto dela). A calma com a qual Cameron procura por John destruiu os meus nervos. Eu queria matá-la por estar tão tranqüila. E o pior é que nem posso culpá-la, pois a coitada não sabia que o seu protegido estava sendo perseguido (e a culpa é de quem? Dos Connor mais uma vez).

Só me pergunto uma coisa, quando Cromartie pulou no mar ele não sabia que iria afundar? A Camerom sabia. Que estupidez! (Retiro minha afirmação de que o exterminador não é burro).

E depois de muito xingar John durante o episódio todo, ele se redimiu aos meus olhos no final. A melhor coisa que poderia ter feito é ir atrás de Dixon no hospital. Michelle morreu por sua causa, mesmo que não tenha sido por culpa dele. Mas Dixon era a melhor figura paterna que John tivera até ali e eu creio que sua presença foi importante para ele. E foi triste ver que os quatro não puderam estar presentes no funeral da mulher, mas nem por isso esqueceram o sacrifício que foi feito pela vida de John. Muito bonita a cena do luto silencioso à mesa.

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(Mais) comentários aleatórios:

• Alguém, por favor, onde está a voz da Sarah em off? Até hoje não entendi o motivo de terem tirado a única coisa que eu realmente gostava da Sarah no seriado.

• Eu adoro a cena da Cameron parada no centro da casa. A cena é totalmente sem sentido e a Cameron está cada vez mais doida (e mais adorável). E faz parceria perfeita com a cena seguinte, dela ‘explorando’ a chaminé.

• Por que em todo seriado os filmes que mostram os personagens assistindo na TV são sempre filmes antigos? Acho que nunca assisti um seriadozinho sequer que mostrasse na TV algum filme mais recente. Isso cansa. Se não podem ser mais atuais, então que mostrem jornal, propaganda ou algo do gênero.

• Outra coisa bem clichê é o posto de combustível no meio do nada, sem nenhum atendente ou qualquer outra coisa. Não conheço o interior dos Estados Unidos, muito menos as regiões desérticas, mas esses locais me parecem tão improváveis. Quero dizer, quem mantém um posto de combustível no meio do nada sem ninguém para tomar conta? (Edit: Eu sei que lá a prática do self-service é bem comum, mas tem que ter pelo menos uma pessoa tomando conta do estabelecimento, não?)

• Um ponto na história explorado no episódio (e aparentemente importante) é a contratação de Ellison pela T-1001 ruiva, embora eu ainda não saiba o que exatamente ela quer com o ex-agente. Qual o objetivo de fazê-lo pesquisar possíveis tecnologias do futuro? Quero dizer, se ela fosse humana eu até compreenderia, mas ela é uma máquina! Ainda não adquiri grau de iluminação suficiente para acompanhar o raciocínio de Catherine. (Edit: principalmente porque ela deu a entender que eles não tem ainda a tecnologia para construir uma estrutura como um exterminador. Mas por que não tem? Em tese ela não deveria ter toda esta informação guardada em sua memória? O que impede os exterminadores que viajam para o passado de construir seus próprios exércitos?)

• Engraçado que ninguém permite que o John tenha um relacionamento fora da família, mas eles podem conviver com uma mulher grávida e totalmente indefesa sem maiores preocupações. Inclusive eu sou pró John-convivendo-com-estranhos. Por algum motivo bizarro o rapaz demonstra o melhor lado da sua personalidade (e das suas capacidades, inclusive para liderança, sobrevivência, entre outros) quando está com outras pessoas. Eu acho a convivência familiar extremamente prejudicial ao garoto. Ele se sente tão pressionado no meio daquela família disfuncional, que só consegue manifestar a sua rebeldia, incertezas, dores, sofrimentos, angústia e solidão. É quando está perto de outros que ele mostra o verdadeiro John Connor, o herói do futuro. Talvez por isso, analisando mais friamente, que sua mãe precise morrer. Porque enquanto ela estiver ao seu lado, guiando seus passos e tolhendo suas atitudes, ele nunca poderá ser o líder que a humanidade precisará.

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